
O Estado de S.Paulo
05 Maio 2017 | 03h02
CORRUPÇÃO
Razoabilidade
Um juiz federal atendeu ao pedido de advogados e derrubou a exigência do juiz Sergio Moro da presença em Curitiba do Lula para acompanhar o depoimento de suas 87 testemunhas de defesa. O juiz Nivaldo Brunoni não considerou razoável tal convocação, por ser facultativa a presença. Então, segundo a óptica do magistrado, inscrever um absurdo de 87 testemunhas ele acha razoável? Ora, ora, até as estátuas com balança e venda nos olhos sabem ser apenas para enrolar o processo até que termine em nada, como deseja a quadrilha que tornou o Brasil um dos países mais corruptos do mundo!
LAÉRCIO ZANINI
spettro@uol.com.br
Garça
Se, por hipótese, Lula fosse de fato inocente dos crimes que se lhe imputam, não precisaria de 87 testemunhas nem de militância especialmente contratada para fazer baderna em Curitiba durante a audiência que terá com o juiz Sergio Moro.
FABIO DE ARAUJO
fanderaos@gmail.com
São Paulo
Questão de princípios
Lula tem razão quando diz que não existe viv’alma mais honesta do que ele neste país. Prova disso são os pagamentos de pedágios quando de suas viagens ao Guarujá. Para tomar banhos de mar, convenhamos!
LUÍS LAGO
luis_lago1990@outlook.com
São Paulo
STF
Enterro da Lava Jato
Quando os brasileiros achavam já ter visto de tudo neste país, receberam mais um tapa na cara com a decisão do STF de mandar soltar o famigerado José Dirceu, do PT. Apesar de haver numerosos processos contra políticos dormindo em berço esplêndido nas gavetas da mais alta Corte do País, nenhum é julgado. Só contra o senador Renan Calheiros são mais de uma dezena estranhamente congelados há mais de uma década. A morosidade do Supremo para julgar esses casos se contrapõe à celeridade para conceder habeas corpus a políticos condenados. De que adianta a Polícia Federal, o Ministério Público e outros órgãos investigarem e produzirem provas, os juízes de primeira instância condenarem os réus, que têm amplo direito de defesa, com os advogados mais caros do Brasil, se o Supremo manda soltá-los? Até parece haver um amplo acordo entre os três Poderes para que a Operação Lava Jato seja enterrada de vez. Do jeito que a coisa vai, que ninguém se surpreenda se começarem a ser presos aqueles que conduzem a Lava Jato. E não esperem habeas corpus... O Brasil está sendo conduzido para se tornar uma Venezuela. O PT agradece.
JOSÉ MILTON GALINDO
galindo52@hotmail.com
Eldorado
Estancando a sangria
Os votos dos ministros Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Gilmar Mendes pela soltura do réu José Dirceu, condenado a 32 anos de prisão, melhor se coadunariam se prolatados na bolivariana Corte Suprema da Venezuela. As preferências jurídicas dos srs. Lewandowski e Toffoli, considerando suas estreitas ligações com o lulopetismo, são até compreensíveis. Todavia a recente atitude do ministro Gilmar, propugnando a soltura de notórios criminosos, nos faz questionar se S. Exa. não estaria aplainando o terreno para uma candidatura à Vice-Presidência do Brasil em 2018 na chapa encabeçada pelo nefasto sr. Lula da Silva.
LUIZ A. GARALDI DE ALMEIDA
lagaraldi@uol.com.br
São Paulo
Dos três votos pela soltura do petista, dois de fato não surpreenderam, pois não se esperava outra coisa de quem vieram. O terceiro, sim, surpreendeu. No entanto, como ele veio de pessoa bem relacionada com o governo, pode ser um reflexo do aparecimento de muitos nomes “de governo” entre os suspeitos e da conveniência de preparar o caminho para lhes dar tratamento igual. Autodefesa preventiva?
WILSON SCARPELLI
wiscar@terra.com.br
Cotia
Suprema injustiça
Os supremos Mendes, Toffoli e Lewandowski acabaram, na verdade, praticando o que os jurisconsultos romanos classificavam de summum jus, summa injuria, que significa o máximo de direito, o máximo de injustiça.
EUGÊNIO JOSÉ ALATI
eugenioalati13@gmail.com
Campinas
Alongamentos
O ministro Gilmar Mendes acha que as prisões preventivas do juiz Moro são “alongadas”. Mas Gilmar Mendes pede vista de processo e o engaveta por ano e meio. Será vista “alongada”?
ELVIO MACHILDO LAGAZZI
elvio.babi@hotmail.com
Araras
Mestre do disfarce
Nas reportagens e fotos que focalizaram a soltura de José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil do governo Lula (PT), notamos a expressão de um homem combalido, que aparenta querer se retirar da vida pública. Mas ele é um dissimulador, homem de mil e um disfarces. Quando perseguido, nos anos 60, conseguiu viver disfarçado e enganou por muito tempo até a sua mulher. Agora, graças aos “três mosqueteiros” da segunda turma do STF, ganhou a liberdade e, como bom farsante, está rindo de nós, o povo brasileiro. Certamente continuará tramando os próximos passos para seguir com a roubalheira que levou o País a 14 milhões de desempregados.
JOSÉ MILLEI
millei.jose@gmail.com
São Paulo
Ao plenário
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, vai levar para o plenário do STF o pedido de habeas corpus do ex-ministro Antônio Palocci. Faz muito bem, diante da atuação da segunda turma dessa Corte. Vamos conhecer agora o pensamento dos demais ministros do Supremo.
PANAYOTIS POULIS
ppoulis46@gmail.com
Rio de Janeiro
Expertise
Percebendo ser voto vencido na segunda turma do STF, Edson Fachin determinou que o pedido de habeas corpus do presidiário Antônio Palocci seja julgado pelo plenário porque essa é a única possibilidade de manter o réu encarcerado. Chega o que aconteceu com José Carlos Bumlai, João Cláudio Genu, Eike Batista e José Dirceu. Toffoli, Lewandowski e Mendes devem ter ficado com “cara de paisagem”, pois diminuíram suas chances de libertar mais um. A expertise de Fachin põe o País nos trilhos. Muda, Brasil!
JÚLIO ROBERTO AYRES BRISOLA
jrobrisola@uol.com.br
São Paulo
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