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Já é expressiva a recuperação dos serviços

O volume cresceu 1% em relação a outubro, confirmando-se o resultado de levantamentos anteriores da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da FecomercioSP

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Por Redação
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Os números da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relativos a novembro mostraram nítida melhora. O volume de serviços cresceu 1% em relação a outubro, confirmando-se o resultado de levantamentos anteriores da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da FecomercioSP. Outro aspecto importante da PMS é o de que o crescimento foi generalizado. Dos cinco subsetores pesquisados, a liderança ficou com os itens transportes, serviços prestados às famílias e serviços de informação e comunicação, mas também avançou o item serviços profissionais, administrativos e complementares. Só o item outros serviços mostrou estabilidade.

A retomada dos serviços ocorre com atraso em relação à da indústria e do comércio, cujo avanço já era evidente desde meados do segundo semestre de 2017 e se fortaleceu no final do ano. Não há novidade no fato, pois a atividade de serviços no Brasil depende mais de outros segmentos do que nas economias desenvolvidas.

Comparativamente a 2016, a maioria dos resultados da PMS de novembro ainda é negativa, o que explica análises como a do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) de que o setor demora muito para sair da recessão.

Mas há outros fatos positivos. Embora entre novembro de 2016 e novembro de 2017 tenha havido recuo de 0,7% no volume de serviços em geral, dois itens importantes já mostravam recuperação: transportes, serviços auxiliares de transportes e correio, com crescimento de 6,5% no período, e serviços prestados às famílias, com alta de 1,4%.

Um especialista do IBGE, Roberto Saldanha, destacou o crescimento da demanda das empresas por serviços de informação e comunicação, em especial, telecomunicações, o que revela maior “dinamismo” da atividade econômica. Saldanha também deu ênfase à melhora do item serviços profissionais, administrativos e complementares, que deverão ser beneficiados por investimentos em óleo e gás.

Entre outubro e novembro, os serviços cresceram mais rapidamente no Acre, Roraima, Mato Grosso do Sul e Piauí, indicando maior demanda inclusive em regiões menos desenvolvidas. Na comparação entre novembro de 2016 e novembro de 2017, os maiores crescimentos foram registrados em Mato Grosso, Paraná, Amazonas e Roraima.