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Mercado de trabalho melhor, segundo a FGV

Os números mais favoráveis vieram do Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), que avançou 2,3 pontos entre setembro e outubro

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Por Redação
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Após os indicadores favoráveis da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dois indicadores recentes sobre o emprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre-FGV) confirmam as avaliações positivas sobre a retomada da demanda de mão de obra. Os números mais favoráveis vieram do Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), que avançou 2,3 pontos entre setembro e outubro. Também o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) exibiu números confortáveis, recuando 0,5 ponto em relação a setembro.

O IAEmp já havia superado, em setembro, a marca de 100 pontos que separa os campos positivo e negativo, atingindo 102,9 pontos em outubro. Esse índice supera em 12,9 pontos o de dezembro passado e em 10 pontos o de dezembro de 2016. Note-se que outubro é um mês sazonalmente favorável ao emprego, pois a indústria está produzindo mercadorias para o Natal, enquanto o varejo e os serviços se preparam para atender à demanda mais forte do final de ano. O IAEmp vem subindo quase ininterruptamente desde outubro de 2015, período em que a economia brasileira vivia, no governo do PT, a pior recessão da sua história.

Como notou Fernando de Holanda Barbosa Filho, economista do Ibre-FGV, “a recuperação gradual da economia e as perspectivas de um maior crescimento em 2018 sugerem que a geração de emprego deverá ser mais forte no próximo ano”. Para isso é essencial que se confirme o sentimento de melhora dos negócios nos próximos seis meses, como esperam os empresários, bem como a expectativa dos consumidores de melhora do mercado de trabalho.

O ICD também recuou pelo segundo mês consecutivo, mas, como a variação foi pequena, os economistas do Ibre-FGV consideram que predomina a estabilidade. Essa situação se vem mantendo desde abril, com melhora “na margem” no que diz respeito à geração de vagas de trabalho, formais e informais. Mas, ao mesmo tempo, “observa-se que o desemprego continua elevado”, diz Barbosa Filho.

A reação dos entrevistados das pesquisas não é uniforme. A perspectiva de queda mais intensa do desemprego é maior entre consumidores com renda familiar de até R$ 2,5 mil e entre os que ganham mais de R$ 9,6 mil mensais. O maior desafio está nas faixas médias.