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Retomada gradual da confiança

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Por Redação
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O consumidor está mais confiante quanto à evolução da economia, como mostram alguns indicadores divulgados recentemente. O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Ibope, registra alta de 1,4% em abril (até o dia 11), em relação a março, alcançando 103,4 pontos, o que significa crescimento de 6,1% diante do mesmo mês do ano passado.

O Inec ainda está 5,2 pontos abaixo de sua média histórica, de 108,6 pontos, mas todos os seus componentes, inclusive os relativos às condições de emprego e à inadimplência, apontam melhora quando comparados com os resultados de março, com exceção do item sobre compras de bens duráveis de maior valor, que registrou queda de 1,7%.

Vai na mesma linha a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Embora o índice tenha registrado pequena queda de 0,5% na avaliação de abril em relação a março, houve um aumento de 6,2% em relação a abril de 2016. Como o Índice mostrou em março crescimento de 0,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior, trata-se da segunda variação anual positiva consecutiva, o que não ocorria desde julho de 2012, como assinala a CNC.

Pelo levantamento, há uma diferenciação quanto aos estratos de renda. O nível de confiança das famílias com renda de até dez salários mínimos mostrou queda de 0,7% na comparação mensal, enquanto o daquelas com renda acima desse patamar apresentou aumento de 0,2%. Há, também, uma diferença com relação ao item Emprego Atual, apresentando resultados melhores as Regiões Centro-Oeste (139 pontos), Norte (118,7 pontos) e Sul (114,3 pontos). A confiança é menor no Nordeste (108,3 pontos) e no Sudeste (98,9 pontos).

Por esses dados, pode-se concluir que as classes de menor renda têm hoje menos expectativa de ocupação e que o ritmo de atividade é mais intenso nas regiões com maior produção agrícola ou em que a atividade extrativa mineral tem mais peso.

Ambos os indicadores deixam entrever que, com a desaceleração da inflação e a queda dos juros, juntamente com a liberação de recursos de contas inativas do FGTS, se amplia a base para um crescimento mais consistente da atividade econômica nos próximos meses.