
21 de junho de 2020 | 03h00
Pandemia sob Bolsonaro
1 milhão de brasileiros
Sem um aceno de condolências, sem um alento, sem agradecimentos para quem está na linha de frente, sem ministro da Saúde e sem rumo, chegamos a 1 milhão de contaminados (notificados) e quase 50 mil mortes. Sem comentários, só lágrimas.
REGINA HELENA THOMPSON
SÃO PAULO
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50 mil vidas perdidas
O Brasil alcançou a triste marca de 1 milhão de infectados pelo novo coronavírus e já contamos cerca de 50 mil mortos. A pandemia segue seu caminho e o País está há um mês sem ministro da Saúde. Por birra e pirraça de Jair Bolsonaro, o Brasil não tem uma liderança para tentar frear o avanço da doença, diminuir o número de vítimas. Sem estratégia, sem planos, desgovernado, o País está ao deus-dará. Os países que tiveram mais sucesso no controle da pandemia usaram a ciência para combater a doença. O Brasil não esquecerá a péssima gestão de Jair Bolsonaro durante a pandemia, ele será cobrado por sua irresponsabilidade e inconsequência. E responderá pelo crime de exercício ilegal da medicina, por ter receitado remédios à população sem ter gabarito para isso, e também por instigar a invasão de hospitais e por ordenar a manipulação dos números do avanço da covid-19.
MÁRIO BARILÁ FILHO
SÃO PAULO
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Nossa hecatombe
O alcaide lá de Brasília, com seu pouco interesse no trato responsável da pandemia, provavelmente nem mesmo conta os mortos. Faz-me lembrar o final dos anos 1960 nos EUA, quando, durante a hecatombe no Vietnã, no mandato do presidente democrata Lyndon B. Johnson, os universitários, horrorizados com a quantidade de caixões que chegavam todos os dias, protestavam com a famosa frase: “Hey, hey, LBJ, how many kids did you kill today?” (Ei, ei, LBJ, quantos garotos você matou hoje?). Johnson, impopular e sabendo que não se reelegeria, abandonou a disputa e o republicano Richard Nixon ganhou. Por outra causa, a história de certa forma se repete aqui. O sr. JMB deveria seguir o exemplo de LBJ.
PAULO SÉRGIO PECCHIO GONÇALVES
SÃO PAULO
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Prioridades
Já pensaram se o presidente Jair Bolsonaro se preocupasse tanto com a pandemia quanto se preocupa com a prisão do Fabrício Queiroz?
LUCAS DIAS
RIO VERDE (GO)
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Covid-19 e a prisão de Queiroz
Assustadora a impressionante sucessão de atitudes inadequadas do governo federal, em plena pandemia de covid-19. A descoberta do esconderijo de Fabrício Queiroz, preso num imóvel do advogado da família presidencial, pode acelerar decisões judiciais que determinarão o futuro desta gestão pública.
JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA
RIO DE JANEIRO
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Weintraub
Perguntar não ofende
Bolsonaro está indicando o semianalfabeto Weintraub para a Diretoria Executiva do Banco Mundial, com um belo salário de mais de R$ 1,3 milhão por ano. Vai ter rachadinha?
FERNANDO PIRRÓ
SÃO PAULO
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A despedida
Que o sr. Abraham Weintraub era totalmente desqualificado e não tinha a mínima condição de conduzir o Ministério da Educação todos já sabiam. O que talvez poucos soubessem é de seu talento de ator de chanchada, revelado na despedida, quando afirmou que sempre falava de improviso, mas dessa vez ia dizer o que estava escrito. Tirou um papel do bolso, talvez com o intuito de que fosse preservado para a História, e leu frases absolutamente inócuas. Duas chamaram a atenção: quando afirmou que já trabalhara em banco e que não se sentia seguro. Melhor seria se tivesse falado de improviso, assim teria ao menos a desculpa do nervosismo pelo momento. Completando a cena patética, ridícula, cômica, apareceu o presidente Bolsonaro tentando expressar surpresa, perplexidade e parecer aborrecido com a perda de tamanho colaborador. O Banco Mundial e Washington, pelo jeito, nunca mais serão os mesmos.
MARIO MIGUEL
JUNDIAÍ
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Candidatura
Weintraub 2022? Só se for candidato ao Enem!
ROBERT HALLER
SÃO PAULO
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Corrupção
‘Caso de polícia’
Editorial de 19/6 (A3) indaga por que desde 2005 a política se tornou um caso de polícia no Brasil. E conclui que “está mais do que na hora de mudar – sem esperar a vinda de outro messias de quermesse”. Nosso problema é estrutural, pois o sistema tão querido dos brasileiros, o presidencialismo, faz o povo ficar à mercê do caráter dos mandatários e favorece máquinas eleitorais poderosas que elegem quem bem querem – familiares e amigos. Enquanto o povo não puder, além de eleger, também despedir rapidamente os mandatários inescrupulosos, vamos continuar vendo mais do mesmo.
SANDRA MARIA GONÇALVES
SÃO PAULO
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Militâncias
É de suma importância a comparação que o Estado faz, no editorial Caso de polícia, entre a militância lulista e a bolsonarista: “A tese da ‘perseguição política’ pode ser boa para animar os camisas pardas bolsonaristas, assim como até hoje anima a tigrada petista na defesa do chefão Lula da Silva, mas, tanto em um caso como em outro, tem pouca serventia jurídica”. Ou seja, contra fatos não há argumentos, tampouco ideologias. E as militâncias que fecham os olhos para os erros e abusos de quem elas apoiam são frontalmente cúmplices.
LUCIANO HARARY
SÃO PAULO
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