
01 de janeiro de 2021 | 03h00
Desgoverno e pandemia
Vacilo fatal
Mais um recorde brasileiro. Fomos o penúltimo país a reconhecer a vitória de Joe Biden para a presidência dos EUA e, agora, competimos para ser o último a vacinar sua população. Mais de 40 países já iniciaram a vacinação e nós, a segunda nação mais atingida pela covid-19, ainda aguardamos decisão do governo. Era só ter vontade e teríamos pelo menos superado a agilidade da Argentina e de outros países sul-americanos.
CARLOS VIACAVA
SÃO PAULO
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Eficiência
Quando a covid-19 estiver extinta no restante do planeta, nós, brasileiros, ainda estaremos sendo vacinados...
LUIZ FRID
SÃO PAULO
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Bravatas pandêmicas
Nosso presidente, provavelmente no afã de diluir responsabilidades quanto ao atraso nas providências necessárias no combate à covid-19, e também para satisfazer seus fiéis seguidores, poderosamente, com 2,75% da população mundial de demanda, pretende revogar a lei da oferta e da procura, que não conhece ou esqueceu, ao bravatear que as grandes farmacêuticas é que devem vir pedir a aprovação da Anvisa e vender a vacina aqui. Acontece que, certamente abarrotadas de pedidos firmes e com uma longa fila para atender, no momento essas empresas devem estar focadas na carteira de encomendas a cumprir, além de uma longa lista de espera. O preço também tem sua elasticidade, mas, como a demanda é forte e a oferta tem limitações, isso torna a discussão mais difícil. Como todos os países precisarão das vacinas e nenhuma empresa sozinha conseguirá suprir a demanda mundial, e sabendo que países poderosos já compraram muito mais vacinas do que necessitam, com certeza os países atrasados, menos competentes ou com menor poder aquisitivo sofrerão, mesmo tendo um bom mercado. Enquanto outros países fabricantes discutem patentes e royalties, a China sorrateiramente divide tecnologia e pratica a diplomacia da vacina, notadamente nos países menos desenvolvidos. Acorda, Brasil.
LUIZ A. BERNARDI
SÃO PAULO
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De pressa e angústia
Nem foi preciso desenhar para o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, o porquê de tanta pressa e dessa angústia que ele mencionou como se fossem emoções despropositadas, fora de lugar. A realidade incumbiu-se de fazê-lo entender, mostrando a ele e ao presidente Bolsonaro que agora é tarde e “Inês é morta”. Não só Inês, mas 200 mil vítimas desse vírus terrível! Agora faltam seringas, faltam agulhas e falta um plano de verdade para vacinar a população brasileira. Somente o Estado de São Paulo conseguiu prover esses insumos, além de já ter planejado a imunização, tarefa que cabia ao ministério fazer para todo o Brasil. Será que agora ficou claro o motivo de tanta pressa para o general “ás da logística”?
ELIANA FRANÇA LEME
CAMPINAS
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Circo de horrores
Não tem seringa? E agulha? Verdadeiro circo de horrores esse Ministério da Saúde. E enquanto o povo morre, o coveiro se esbalda no Guarujá. Salve-se quem puder!
LUCÍLIA COSTA
SÃO PAULO
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Homicídio
Apesar de minha ignorância sobre o assunto, acredito que o comportamento de Jair Bolsonaro poderia ser classificado como homicídio doloso. Sim, doloso, porque ele tem pleno conhecimento das consequências de seus atos irresponsáveis no que diz respeito à pandemia. A inação de seu desgoverno está levando milhares de brasileiros à morte. Será que nenhuma “otoridade” vai tomar medidas para afastá-lo do cargo? A população não pode ir às ruas protestar e, contando com isso, o governo e seus cúmplices aproveitam para “passar a boiada”.
HELEO POHLMANN BRAGA
RIBEIRÃO PRETO
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O responsável
Tenho 69 anos e comorbidades. Estou me precavendo de todas as formas para não contrair a covid-19. Se, por não ter vacina, vier a contraí-la e morrer, meus descendentes e advogados estão instruídos a responsabilizar o presidente da República por homicídio doloso.
CÁSSIO MASCARENHAS E CAMARGOS
SÃO PAULO
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Galardão
Bolsonaro é eleito o “corrupto do ano” pela mídia internacional. Finalmente um prêmio mais do que merecido!
ROBERT HALLER
SÃO PAULO
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Ano novo
Desejos para 2021
Estamos em fase de reflexão. E a esperança é a última que morre. Assim, aqui vão algumas ideias de atitudes positivas. Que a política seja exercida por pessoas mais altruístas, que pensem menos nelas e mais no cidadão, na Nação. Que em momentos difíceis como este os oligopólios pensem menos no lucro e mais nas consequências da inflação para os desvalidos. Que responsáveis por atitudes tomadas como exemplo tenham maior sensibilidade para com o próximo e entendam que deixaram de ser meras pessoas comuns justamente por se tornarem exemplos. Devem se tornar, portanto, pessoas exemplares. Que a união, a fraternidade, a solidariedade sejam exibidas com o protagonismo que merecem. A união sempre fará a força. Solidariedade e fraternidade servem de amparo a quem necessita. Que nossa economia ressurja pujante, isso é primordial para a evolução do País, seja pelos impostos e pelos empregos criados, seja pela perspectiva de futuro para quem acessa o mercado de trabalho. Feliz 2021 para todos.
SÉRGIO HOLL LARA
INDAIATUBA
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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br
SERINGAS E AGULHAS
É de pasmar. Não é piada nem notícia falsa. O governo do incompetente, inconsequente e calamitoso Bolsonaro anuncia que só conseguiu comprar inacreditáveis 2,8% de seringas e agulhas, para começar a vacinar milhões de brasileiros. Nessa linha, recordo trecho do que escrevi dia 23/12, nas redes sociais, saudando a chegada da vacina: “Não esqueça de trazer milhões de seringas. Você conhece a má fama do Brasil. Deixamos tudo para a última hora. A improvisação e o amadorismo estão em todas as partes. Sobretudo nos gabinetes dos graduados burocratas”.
Vicente Limongi Netto limonginetto@hotmail.com
Brasília
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DESLEIXO E INCOMPETÊNCIA
O desgoverno do Brasil e seu moribundo Ministério da Saúde na UTI, após nove meses e meio de quarentena por causa da pandemia da covid-19, só agora descobriu que, para vacinar 200 milhões de pessoas duas vezes precisará de 400 milhões de seringas e suas respectivas agulhas. Avisem ao governo que esta vacina não é do tipo Zé Gotinha. É com seringa e agulha, algodão e álcool 70%! Quem deixa para comprar na última hora não pode se queixar dos preços. Está pagando o preço do desleixo e da incompetência.
Paulo Sergio Arisi paulo.arisi@gmail.com
Porto Alegre
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DESGOVERNO E PANDEMIA
O senhor Eduardo Pazuello, terceiro ministro da Saúde do Brasil num intervalo de dois anos, não tem culpa de não ter a mínima noção do que seria um vírus (especialmente da covid-19), tampouco de não entender o propósito da vacinação e do uso de máscara como formas de prevenção de doenças respiratórias e infecções virais. Estamos exigindo demais do senhor Pazuello, ele é um general militar. Errados estamos nós, por exigir do ministro da Saúde o que se espera minimamente de um ministro da Saúde – um profissional qualificado, de fato, na área da Saúde –, sobretudo num contexto tão crítico como este da pandemia. Mas o que me intriga, mesmo, é a ausência de pessoas capacitadas para assessorá-lo e dar suporte para que o Ministério da Saúde consiga sair desta inação e ignorância. Com bons assessores, talvez o profundo desconhecimento do referido ministro não ficasse tão evidente. Com bons assessores, até mesmo o presidente Jair Bolsonaro governaria o Brasil com mais seriedade e competência, a despeito de sua ignorância e falta de comprometimento com os problemas sociais e econômicos que assolam o País.
Tomomasa Yano tyanosan@gmail.com
Campinas
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VACINA & INSUMOS
O ministro tá tranquilo. O ministério não conseguiu os insumos necessários para aplicação da vacina. Uma vacina que ainda não tem. Isso é que é logística para tirar o seu da seringa...
A.Fernandes standyball@hotmail.com
São Paulo
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RISCO DE LINCHAMENTO
Nada justifica a permanência de Eduardo Pazuello no comando do Ministério da Saúde: leigo, despreparado, incompetente, mal educado, não foi capaz sequer de comprar as seringas necessárias para imunizar a população. Jair Bolsonaro, Eduardo Pazuello e os demais responsáveis pelo retumbante fracasso do País na gestão da pandemia correm o risco de serem linchados em praça pública quando os outros países estiverem comemorando o fim da pandemia e o Brasil continuar chupando o dedo, esperando algum milagre, junto com os outros países do Terceiro Mundo.
Mário Barilá Filho mariobarila@yahoo.com.br
São Paulo
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IMORAL
Enquanto mais de 40 países já estão vacinando sua população, o governo federal começou as tratativas de compra com os laboratórios para vacinar os brasileiros. É de uma incompetência imoral!
Luiz Frid luiz.frid@globomail.com
São Paulo
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COMO ASSIM?
O presidente Jair Bolsonaro disse, em meio a uma aglomeração de desmascarados, numa praia no litoral paulista, que é preciso proteger os idosos e quem tem comorbidades e tocar a vida. Mas como assim? Como proteger da covid-19 os mais suscetíveis, se aqueles que lhes dão apoio e sustentação se colocam à disposição do vírus, servindo, com altas probabilidades, de vetores de contaminação e com o beneplácito e incentivo do próprio presidente da República? Realmente, é de admirar um mau ator desmascarado atuar pelos palcos de um país desalentado, desencantado e à mercê de apoiadores do grotesco e do surreal.
Marcelo G. Jorge Feres marcelo.gomes.jorge.feres@gmail.com
Rio de Janeiro
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MAIS UM 1.º DE JANEIRO
Presidente Bolsonaro, hoje faz dois anos que tive esperança. Hoje me sinto desamparado, decepcionado, desiludido e desconfiado. Meu voto foi seu, mas não tenho mais idade para ser um brasileiro feliz. Novamente, usei a urna do país do futuro.
Carlos Gaspar carlos-gaspar@uol.com.br
São Paulo
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EMPATIA E INDIGNAÇÃO
No último dia de 2020, no Brasil, olhei ao redor e vivenciei um doloroso conflito emocional. Por um lado, milhões de infectados e milhares de mortos me fizeram sentir profunda tristeza, empatia e solidariedade. Mas, no mesmo instante, essas emoções se desfizeram como fumaça ao ver aglomerações de pessoas sem máscaras, festas ilegais às dúzias, engarrafamento de jatinhos e, como se não bastasse, o pior: negacionistas e ignorantes pululando em todos os cantos capitaneados por pseudolíderes da mesma linhagem. Como perdoá-los, se sabem bem o que fazem? Difícil não sentir desprezo e indignação, não? Foi com esse conflito que entrei em 2021...
Sandra Maria Gonçalves sandgon46@gmail.com
São Paulo
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COMEMORAR O QUÊ?
Gostaria de sugerir que se comemorasse a chegada do ano novo a partir do óbito da última vítima da covid-19. Até então, nada do que for “comemorado” terá valor nem fará parte das macabras estatísticas que só fazem é crescer o já incrível número de vítimas.
Eduardo Augusto Delgado Filho e.delgadofilho@gmail.com
Campinas
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FUTEBOL
Fiquei profundamente desgostoso quando li vários jornais e todos mostrando fotos de nosso presidente, que aproveitou que está tudo tranquilo e sob controle, para jogar uma partida de futebol. Vê-se que a destruição que este senhor está provocando deliberadamente, os 200 mil mortos que foram nosso presente de ano-novo, a bagunça do Ministério da Saúde, onde um general foi transformado em menino de recados, as invasões de terras que estão destruindo a natureza, o Ministério da Educação entregue a uma sucessão de incompetentes que nada planejam e deixam nossas crianças sem futuro, nada disso importa. Depois de entregar pedaços de nosso país aos corruptos que lhe garantem que não sofrerá impeachment, só essa pelada interessa.
Aldo Bertolucci aldobertolucci@gmail.com
São Paulo
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GOL DE VERDADE
A imagem do presidente Bolsonaro fazendo um gol na Vila Belmiro pode ser analisada sob uma perspectiva simbológica muito interessante. É evidente que tanto o time dele quanto o adversário prepararam a jogada que culminou no gol, aliás, com uma bela e escancarada ajuda do goleiro. Com a possibilidade de impeachment do presidente praticamente afastada, pois só o processo em si paralisaria e afundaria ainda mais um país já devastado economicamente pela pandemia, o que o Brasil precisa fazer nos próximos dois anos é o que aconteceu no jogo: os demais Poderes, Legislativo e Judiciário, e as instituições conduzirem o Brasil como podem, com, sem e apesar de Bolsonaro, fazendo dele um mero fantoche que só empurre a bola para o gol, estabanado que seja e amparado pelos outros, como realmente aconteceu na Vila. Assim como surgem periodicamente novos craques no futebol, é preciso que apareçam novas lideranças na política brasileira capazes de fazer gols de verdade.
Luciano Harary lharary@hotmail.com
São Paulo
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O FRACASSO DE 2021 JÁ ESTÁ CONTRATADO
Que orgulho dos avanços que alcançamos no Brasil em 2020. Nunca a ignorância autossuficiente alcançou estágio tão avançado projetando nossa liderança no mundo neste campo. Anulamos a ciência e a educação que bloqueavam o obscurantismo e o misticismo tão necessários para alcançar o atraso. Reformamos a cultura e a verdadeira história dos homens de bem prevaleceu, e, por fim, sufocamos a arte, e as pessoas, enfim, puderam ver a verdade. O País alcançou um novo tempo de glórias diante do mundo.
José Tadeu Gobbi tadgobbi@uol.com.br
São Paulo
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EFEITO ORLOFF
É com enorme satisfação, e, confesso, uma pontinha de inveja que vejo a Argentina à frente do Brasil, com a alvissareira legalização do aborto e o início da vacinação em massa contra o coronavírus. No tocante ao aborto – um problema de saúde pública, e não moral ou religioso –, agora permitido com até 14 semanas, mulheres e adolescentes que, por um descuido, engravidarem se libertam de terem de carregar pelo resto da vida o peso de um filho não planejado e, por vezes, indesejado; salvando também aquelas que, de outra forma, poderiam morrer ou carregar sequelas ao se submeterem a procedimentos de aborto clandestinos. Já o começo da vacinação mostra que o governo argentino põe acima de tudo a vida e a saúde dos cidadãos. E aqui, no Brasil, seguimos sob a égide de uma mentalidade predominantemente obscurantista baseada em boa parte numa pseudomoral religiosa, retrógrada e ridícula, que impede a brasileiras terem o direito básico de escolherem se querem, ou não, interromper uma gravidez não planejada. Já a incompetência do governo Bolsonaro, aliada ao egoísmo e inconsequência de parcelas cada vez maiores da população de se recusam a usar máscaras e evitar aglomerações, condena à morte milhares de brasileiros impedidos de receber a vacina tempestivamente, em meio a uma segunda onda de infecções que tem tudo para se transformar numa tragédia sem precedentes. E pensar que décadas atrás se zombava da Argentina com o termo “Efeito Orloff” (em alusão à propaganda de vodca que dizia “eu sou você amanhã”), quando se comparava nosso país àquele...
Luiz Mario Leitão da Cunha luizmleitao@gmail.com
São Paulo
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DECISÃO HISTÓRICA
Numa decisão histórica, o Senado aprovou a legalização do aborto na Argentina. Com isso, as mulheres argentinas não serão mais criminalizadas e terão o direito de decidir manter ou não uma gravidez indesejada, como deve ser. Demorou. É uma das melhores notícias do ano que terminou, um importante avanço e motivo de inspiração para toda a América Latina. Enquanto isso, aqui no Brasil do grotesco Bolsonaro seguimos nas trevas, no atraso, na burrice e na barbárie. Hoje, a Argentina é sinônimo de país progressista, moderno e de vanguarda. Nós, ao contrário, somos vergonha mundial e piada pronta. Parabéns, Argentina!
Renato Khair renatokhair@uol.com.br
São Paulo
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IDADE MÉDIA GOVERNAMENTAL
“O Brasil permanecerá na vanguarda do direito à vida e na defesa dos indefesos, não importa quantos países legalizem a barbárie do aborto indiscriminado, disfarçado de ‘saúde reprodutiva’ ou ‘direitos sociais’ ou como quer que seja” (sic Ernesto Araujo, ministro das Relações Exteriores do Brasil). Estultice de um ministro mentecapto que representa o Brasil perante o mundo. Pode ter a sua opinião, mas não pode impô-la à força a um país que pensa diferente.
Filippo Pardini filippo@pardini.net
São Sebastião
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ABORTO NA ARGENTINA
A mediocridade tem o mérito de fazer com que um imbecil se destaque dizendo asneiras e disparates, pois não tem nada de útil a dizer. É o caso desta figura grotesca chamada Ernesto Araújo, “sinistro” das Relações Exteriores do Brasil, ao afirmar que a aprovação do aborto na Argentina foi uma barbaridade. Assunto do qual ele entende. Barbaridades são ele e o que vem fazendo para desmoralizar o Itamaraty e o Brasil no exterior.
Antônio Dilson Pereira advdilson.pereira@gmail.com
Curitiba
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REABERTURA DAS ESCOLAS
Concordo plenamente com o artigo no Estadão de 30/12 (A2) Para abrir as escolas em 2021 é preciso agir agora. Datafolha aponta ansiedade nos estudantes (64%), irritação (48%), 41% deles tristes. Na sequência, somente 23% de acessibilidade ao ensino não presencial e, o pior, 35% estão em risco de abandonar os estudos. Merenda escolar, professores insatisfeitos, entre outras consequências, afetando significativamente sua integridade psicológica. Temos de ter atitudes corajosas, e seguir à risca os protocolos são desafios que precisam ser enfrentados. Nosso Mistério da Educação tem a obrigação de dar total apoio aos secretários estaduais e municipais de Educação, esta o maior pilar de desenvolvimento de um país. Infelizmente, não vemos nada de ações deste ministério, a educação não é russa, chinesa, americana, europeia, é de competência brasileira. As escolas precisam reabrir.
Cláudio Baptista clabap45@gmail.com
São Paulo
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VOLTA ÀS AULAS
Preocupante ver uma pesquisa revelando que 64% dos estudantes estão ansiosos, enquanto 72% dos professores, além de ansiosos, estão estressados ou deprimidos, mais que a metade desse número de alunos em vias de abandonar os estudos, mas as escolas estão fechadas. Nesse quesito, estamos em primeiro lugar. Como agirão os novos prefeitos e secretários? Prefeitos chegando agora e muitos secretários serão indicados porque apoiaram o prefeito e nada entendem de Educação, já que os cargos não exigem especializações e, mais do que isso, experiência na área em que irão atuar. Nossas crianças estão afastadas das escolas, sem atividades, sem merenda e sem perspectivas de volta. Com certeza, o grau das desigualdades sociais e dos transtornos emocionais será sentido, mas será que alguém está preocupado de fato com a aprendizagem dos nossos alunos? Pelo visto, o vírus está nas escolas, mais precisamente na Educação, a quem caberia decidir sobre as aulas e quando teremos crianças, interagindo com outras crianças, professores, familiares e funcionários. As cortinas de 2020 se fecharam, 2021 chegou. E as escolas, vão abrir?
Izabel Avallone izabelavallone@gmail.com
São Paulo
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ONÇA FERIDA
No alto da primeira página de O Estado de S. Paulo de 30/12/2020, a imagem da onça-pintada prostrada e ferida por queimadas no Pantanal, como em outros biomas, me calou fundo e pode-se dizer que representa o povo brasileiro de hoje: traído pelo desgoverno Bolsonaro e seu nefasto ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, resultando em 11 milhões de quilômetros quadrados de vegetação natural, animais e solos calcinados, além de águas de superfície e de subsolo poluídas. Reitero o que desde 1998 aqui, neste Fórum, proponho para a criação de uma frota internacional de grandes aviões de combate a incêndios em biomas diversos. A onça-pintada é símbolo de minha cidade natal, Campo Grande (MS), uma meca do agronegócio brasileiro.
Herbert Silvio Augusto Pinho Halbsgut h.halbsgut@hotmail.com
Rio Claro
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RACHADINHAS
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o pagamento para funcionários fantasmas não é crime. É passível apenas de sanções administrativas ou civis, mas não de sanção penal. Como as apurações de rachadinhas estão se espalhando pelo País, não causaria nenhuma surpresa se também viesse a ser enquadrada neste caso. Haveria no máximo as penas de demissão ou de ressarcimento ao erário, nunca a prisão. A impunidade estimula e ajuda a disseminar a prática nociva e o mal uso do dinheiro público.
Luiz Roberto Da Costa Jr. lrcostajr@uol.com.br
Campinas
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