06 de abril de 2022 | 03h00
Guerra na Ucrânia
Massacre de civis
Imagens aterradoras na TV e nas mídias digitais. Destruição, corpos amarrados, cenas de execução e genocídio cometidos pela Rússia, diz toda a mídia. Biden acusa diretamente Putin. Diante disso e de tudo o que está acontecendo nesta guerra, pergunto: por quê? O que a Rússia ganharia com isso? Quem conhece a história e a literatura russas, quem já esteve lá e conviveu com os russos não vai achar este massacre pelos russos verossímil. Embora Putin seja capaz de fazer esse tipo de coisa, o que ele ganharia com isso? Inábil e incapaz ele não é, e sabe que na Rússia isso teria uma repercussão muito negativa na população, que vê os ucranianos como irmãos de sangue e de fé. A destruição, contudo, deve ser verdadeira, é parte do confronto. Excessos acontecem no horror da guerra. Mas a execução de civis amarrados parece mais coisa dos “nazistas” ucranianos ou montagem para repercussão na mídia ocidental. Vale lembrar o artigo A Ucrânia sem maniqueísmos, publicado neste jornal pelo professor Roberto Romano em 10/3/2014. Dizia o ilustre e saudoso professor, com todas as citações e o rigor científico que o caracterizava: “Na luta nazista contra os judeus, o pior foi realizado pelos colaboracionistas. Mesmo o dirigente genocida do 4º Einsastzkommando germânico ‘confiou a si mesmo a execução de adultos e mandou que auxiliares ucranianos atirassem contra crianças’. Segundo Ernst Biberstein, chefe do 6.º Einsastzkommando, os alemães atemorizaram-se com ‘a sede de sangue daquela gente’”. Acrescente-se que, antes de isso vir à tona, o presidente Zelensky falou em “guerra de extermínio” para fazer uma associação com a invasão da URSS. Isso dá uma pista de que pode ser, mesmo, coisa para repercutir na mídia ocidental.
José Jairo Martins josejairomartins7@gmail.com
São Paulo
*
O horror em Bucha
Hoje a Rússia diz que a Ucrânia está mostrando ao mundo um “show bem dirigido”. Quando os campos de extermínio foram libertados, há mais de 75 anos, também havia negativas dos fatos e que, infelizmente, para alguns, persistem até hoje.
José Milton Glezer jmglezer@uol.com.br
São Paulo
*
Vladimir Putin
Até quando a comunidade mundial vai tolerar este terrorista?
Helio Teixeira Pinto helio.teixeira.pinto@gmail.com
Rio de Janeiro
*
Besteirol
O ex-presidente Lula disse que “a razão dessa guerra (na Ucrânia) seria resolvida no Brasil numa mesa tomando cerveja”. Parece que ele está querendo tomar o lugar do atual presidente, que diz besteira todo dia.
Vital Romaneli Penha vitalromaneli@gmail.com
Jacareí
*
Eleições 2022
‘Catástrofe contratada’
Sobre o editorial Catástrofe contratada (3/4, A3), acho ingênuo esperar de qualquer atual postulante à Presidência uma real preocupação com o povo e com o Brasil, tendo em vista que o sistema político atual os impele a priorizar seus apoiadores, amigos e familiares, em detrimento do resto da população. Em jogo há milhares de cargos em comissão, contratos, verbas secretas ou não, assim como a possibilidade de concessão de isenções, subsídios e outras benesses – e tudo isso se transforma na verdadeira razão de governar e de se manter no poder. Por isso não se viu nem se verá um único presidenciável defender na prática os reais interesses da população e do País. Portanto, a terceira via, como é apresentada atualmente, não passa de uma ilusão. Tristes trópicos.
Fernando T. H. F. Machado fthfmachado@hotmail.com
São Paulo
*
Oração
O último parágrafo do editorial Catástrofe contratada deveria ser apresentado em negrito e com o título Oração pelo Brasil.
Mario Jose Kerper mario.kerper@hotmail.com
Campinas
*
Eduardo Bolsonaro
Ataque a jornalista
Sobre a matéria Políticos repudiam ironia de Eduardo sobre tortura (5/4, A11), proponho aqui uma aposta: eu aposto que Eduardo Bolsonaro nunca, jamais, será punido, cassado ou o que quer que seja pela besteira e idiotice (bem características dele) consumadas com seu comentário sobre a tortura da jornalista Miriam Leitão. Não vai acontecer nada além de um pouco de barulho e alguma fumaça. Depois, continuará tudo como está, e sempre estará. Ou será que aqui não é mais Brasil? Querem apostar?
Ruy Carlos Silveira Crescenti ruycarlos39@uol.com.br
Águas de São Pedro
*
Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br
MUDANÇA DE ARES
É inegável que a crise provocada pela pandemia da covid-19 já tenha deixado bem claro os rumos que a economia global deveria seguir daqui para frente: a autossuficiência dos países. A dependência da China em setores-chave da economia foi um dos grandes marcos e desafios que a pandemia nos deixou – por exemplo, a sujeição a ingredientes farmacêuticos, semicondutores e matérias-primas. Entretanto, muitos governos ainda não se convenceram desse fato. A guerra entre Rússia e Ucrânia deixa ainda mais evidente essa necessidade de disrupção — atentando à dependência pelos combustíveis fósseis da Rússia. O petróleo e seus derivados possuem altas concentrações de carbono, o que intensifica o efeito estufa e contribui para as mudanças climáticas. A temática em torno da redução das emissões de poluentes tem sido escopo de inúmeras discussões em conferências ambientais. Na reportagem do Estadão Painel da ONU aponta 2025 como limite para evitar catástrofes no clima (5/4, A17), o relatório do Painel Intergovernamental sobre o Clima (IPCC), das Nações Unidas, nos mostra as consequências de um aumento climático de 1,5ºC, como surtos de estiagem, inundações catastróficas e ondas de calor cinco vezes mais quentes no mundo todo. A fim de reprimir o aquecimento global, se fazem necessárias políticas públicas e privadas que tragam inovações tecnológicas para uma transição no setor de energia. Contudo, no Brasil, o grande desmatamento é a causa mais relevante nas emissões de gases de efeito estufa. Portanto, uma solução viável e de custo barato seria a não depredação das nossas florestas. Tudo isso nos deixa claro a urgência em tornarmos o Brasil um país autônomo em energias renováveis e em outros segmentos da economia para um futuro mais próspero e viável para nós, brasileiros, e para a humanidade.
Fernanda Rocha de Souza
fernandarocha1701@gmail.com
São Paulo
*
NOVO FUTURO
O mundo após o início da pandemia de covid-19, e agora da guerra na Ucrânia, nunca mais será o mesmo. Esses dois acontecimentos fizeram com que a humanidade tivesse uma alteração comportamental sem precedentes em sua história, e que todos nós estamos sentindo de forma profunda. Queremos voltar ao que éramos antes, mas é uma utopia que não tem chance de acontecer. A situação exige que cada um de nós mudemos a forma de nos comportar se quisermos viver adequadamente nesse futuro que está à nossa frente.
José de Anchieta Nobre de Almeida
josenobredalmeida@gmail.com
Rio de Janeiro
*
ESPETÁCULOS MAMBEMBES
Atualmente, as notícias de Brasília assemelham-se a um espetáculo mambembe. Nesta semana, o deputado federal paulista Eduardo Bolsonaro, de baixa estatura moral, ofendeu a jornalista Miriam Leitão com um deboche indigno de um ser humano sobre as torturas que ela sofreu nas masmorras da ditadura militar (Estado, 5/4, A11). Ao mesmo tempo, soubemos do ataque desenfreado às verbas do Ministério da Educação por parte de dois pastores da Igreja Universal que atuavam no seu interior sem ocupar nenhum cargo. O ministro, também pastor, autorizou a edição de Bíblias com verba pública contendo páginas com fotos suas e dos dois biltres, ofendendo as religiões que a adotam. Descobertas as tramoias, o ministro pediu demissão. Acompanho a política nacional há décadas, mas jamais vi o meu País tão parecido com um espetáculo dos Trapalhões, os humoristas liderados por Renato Aragão. O ápice do presidente foi com a trapalhada na Petrobras. Demitiu o sério presidente da estatal, general Joaquim Silva e Luna, para disfarçar suas próprias trapalhadas, que têm provocado os reajustes exagerados dos combustíveis. Indicou rapidamente Adriano Pires, do setor de energia, mas sem procurar saber das regras da petroleira. Pires não pode assumir por ser sócio de empresa do setor. Estamos mais uma vez em uma enrascada. Aragão não faria melhor.
Gilberto Pacini
benetazzos@bol.com.br
São Paulo
*
GROSSEIRO
Eduardo Bolsonaro é um sujeito pernicioso. Debochando e ironizando da prisão e tortura da jornalista Miriam Leitão, mostra que segue o DNA do pai dele. Grosseiro, insensível, destemperado, venal e despudorado. É um rato de terno e gravata.
Vicente Limongi Netto
limonginetto@hotmail.com
Brasília
*
GABRIEL MONTEIRO
O vereador do Rio de Janeiro Gabriel Monteiro é acusado de estupro por três mulheres. É preciso vasta e séria investigação, dando o direito da ampla defesa ao vereador. Mas, se ficar provado, é preciso uma punição séria para esse que é um dos piores crimes cometidos contra uma mulher.
Marcos Barbosa
micabarbosa@gmail.com
Casa Branca
*
PRESIDENCIALISMO DEBILITADO
Preocupado com os rumos da pré-campanha eleitoral e, principalmente, com o risco de repetição da tragédia e marcha da insensatez da polarizada eleição em 2018, parabenizo Paulo Hartung pela sua análise (O presidencialismo debilitado, 5/4, A4) em um texto crítico e esclarecedor. Que sirva de alerta a todos os cidadãos indignados com a situação caótica atual, mas que cultivam a esperança de um “novo início” para a nação em 2023 baseado em uma agenda nacional e em um “projeto fundado na superação das desigualdades”. Com racionalidade, de olhos e corações abertos, libertos da alienação e da manipulação, encontremos o caminho do equilíbrio, da mudança do modelo econômico e da governança política. Assim, serão fortalecidas a governabilidade e a democracia direta, prevista no artigo 14 da nossa Constituição federal.
João Pedro da Fonseca
fonsecaj@usp.br
São Paulo
*
EDUARDO LEITE
O ex-governador gaúcho Eduardo Leite tem o direito ao "jus sperniandi", mas expressa desespero, no momento em que a emoção substitui a razão. Na minha visão é um mau perdedor e não perde a oportunidade para aparecer. É bom lembrá-lo o que Simone Tebet afirmou no Estadão: "Converso com todos, mas hoje o candidato do PSDB é Doria”.
José Luiz Abraços
octopus1@uol.com
São Paulo
*
O BOTECO DO LULA
Depois que Barack Hussein Obama se referiu a Lula dizendo "esse é o cara", o líder petista se colocou como guardião do mundo. Intrometeu-se na questão nuclear do Irã e agora extrapolou dizendo que a guerra na Ucrânia seria resolvida numa mesa de bar. Lula é expert em boteco e até quis expulsar do País um jornalista americano que o chamou de pinguço. Com Bolsonaro ou Lula, o destino do Brasil é se transformar na "casa da mãe Joana".
José Alcides Muller
josealcidesmuller@hotmail.com
Avaré
*
CRISE POLÍTICA NO PERU
Nosso vizinho andino passa por uma grave crise política. O país teve quatro presidentes em quatro anos (2016-2020). Agora, o Congresso do Peru rejeitou o quarto impeachment destes últimos quatro anos. O atual presidente, Pedro Castillo, não tem maioria absoluta para governar e já houve a troca de quatro gabinetes em menos de um ano após sua posse para um mandato de cinco anos. A oposição não tem maioria qualificada para aprovar o impeachment. As duas tentativas fracassaram, tanto a primeira em dezembro do ano passado como a segunda, no mês passado. A capital, Lima, entrou em toque de recolher e está em estado de emergência. Os protestos por lá podem inviabilizar a realização do jogo do Flamengo pela Copa Libertadores. A América Latina apenas preocupa o Brasil quando o futebol está envolvido, mas agora a política entrou no assunto.
Luiz Roberto da Costa Jr.
lrcostajr@uol.com.br
Campinas
*
HÁ MAIS COISAS
Muito interessante a dinâmica que envolveu a desistência do economista Adriano Pires e do empresário Rodolfo Landim, indicados por Bolsonaro para assumir o comando da Petrobras. Entre as razões apontadas, provavelmente a mais importante seria a ligação de ambos com o poderoso empresário e lobista do setor de óleo e gás, Carlos Suarez, o que geraria conflito de interesses. Até aí tudo bem. Só que cabe a pergunta: se os dois sabiam desse conflito, já que a relação deles com Suarez é antiga, por que levaram tantos dias para sinalizá-lo? Será que “perceberam” esse conflito somente agora e, estranhamente, os dois ao mesmo tempo? Pode até ser. Mas o mais provável é que, após extensas e intensas conversas e reflexões, muitas das quais não fazemos a mínima ideia, chegou-se à conclusão de que interesses pessoais seriam prejudicados se essas indicações fossem levadas a cabo. Em outras palavras: há mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia (W. Shakespeare).
Luciano Harary
lharary@hotmail.com
São Paulo
*
PRESIDÊNCIA DA PETROBRAS
Eu me coloco à disposição do presidente Bolsonaro para presidir a Petrobras. Tenho em comum com os anteriores indicados a mesma experiência e conhecimento. Experiência zero e conhecimento dos postos de gasolina. Tenho como vantagem sobre eles que sei administrar uma casa com extrema competência. E um sonho comum que nenhum deles tem coragem de dizer. Ganhar R$ 250 mil por mês. É muita grana. Nem precisa roubar.
Iria de Sá Dodde
iriadodde@hotmail.com
Rio de Janeiro
*
CAOS
Este fim de governo Bolsonaro vai deixar o Brasil à deriva. Não há quadros para preencher os cargos dos ministros que saíram e o presidente é especialista em fazer bobagens. Oremos!
Luiz Frid
fridluiz@gmail.com
São Paulo
*
APOSENTADORIA DIGNA
Tenho o maior respeito pelas pessoas que seguem a carreira militar. Disciplina e outras obrigações tão importantes fazem parte de suas vidas. Para ser general passam pelo menos 40 anos na caserna numa vida de só sacrifícios. Na minha opinião, ao passarem para a reserva, é chegado o momento de descansar. Trabalhar para quê? Serviram à pátria. É o que importou. Pegar boquinhas já com idade avançada é pagar mico. Ser humilhado por imbecis é pior ainda. Deveria ser proibido pela Constituição. Essa regra deveria valer também para magistrados, policiais, procuradores e outras nobres carreiras. Não há nobreza em alugar estrelas, no caso de generais, nem vender influência, nas outras atividades. Não coroam o que fizeram ao longo da vida. Abrir portas é função de porteiros, com todo o respeito.
Paulo Henrique Coimbra de Oliveira
ph.coimbraoliveira@gmail.com
Rio de Janeiro
*
ENTRE MILITARES E MILITANTES
Lula declara, segundo jornais, que no seu governo, se eleito for, melhor, fosse, iria dispensar 8 mil militares que ocupam cargos de confiança na Esplanada dos Ministérios. Trocar militares bem formados e dedicados desde sempre ao Brasil por militantes, qual a vantagem? Melhor deixar os militares em paz. Os votos que ganharia com esse anúncio já eram dele mesmo. É só desgaste, provocação, blá blá blá. Talvez Lula deva se afastar dos artistas famosos, isso sim. O eleitor os admira pelo desempenho na área do entretenimento, mas jamais os seguiria politicamente. Sangalo e outros, sabiamente, deram um passo atrás. Anitta, com sua cultura brilhante, talvez seja um bom apoio.
Roberto Maciel
rovisa681@gmail.com
Salvador
*
SONIA RACY
A jornalista Sonia Racy soube bem ocupar o espaço deixado por Cesar Giobbi nas 12 mil colunas Direto da Fonte publicadas desde 2007 no Estadão nosso de cada dia, sempre trazendo notícias frescas cheirando à tinta dos bastidores e das personalidades do poder, da política, da economia, das artes e dos esportes em geral. Que a icônica e prestigiada coluna continue sendo leitura agradável e obrigatória a partir de maio, sob a pena do respeitado jornalista Gilberto Amendola (Sonia Racy se despede da coluna 'Direto da Fonte', 5/4, C2).
J.S. Decol
decoljs@gmail.com
São Paulo
Encontrou algum erro? Entre em contato