29 de abril de 2022 | 03h00
IPCA-15
Na mesa do brasileiro
Prévia da inflação fica em 1,73% em abril, a maior para o mês desde 1995. Haja ovos!
Virgílio Melhado Passoni
Jandaia do Sul (PR)
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Crise entre Poderes
Preocupação presidencial
O Brasil afunda com a alta da inflação, o governo já fez 28 trocas de ministros, a Educação e a Saúde continuam péssimas, mas a grande preocupação do presidente Bolsonaro está localizada nos calcanhares do deputado Daniel Silveira. Até quando toleraremos tanta incúria e inépcia?
Marize Carvalho Vilela
marizecarvalhovilela@gmail.com
São Paulo
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Pá de cal
Daniel Silveira tomou posse como titular da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. É um escárnio à população, ao País, à civilidade e à ética. E, sobretudo, é a pá de cal sobre a credibilidade dos deputados. Se já era difícil esperar decência da atuação destes senhores, agora não nos resta mais nada, senão sobrevivermos homericamente até 2 de outubro e que as pessoas não se afoguem no esquecimento, como aqueles que se deliciavam com as águas do Rio Lete. Só escolhendo melhor nossos representantes poderemos recuperar a esperança de um futuro mais digno. Até lá, que os deuses nos protejam das tempestades que nos assolam.
Maria Beatriz Cytrynowicz
São Paulo
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Degradação
São aviltantes as cenas protagonizadas nas dependências do Palácio do Planalto, onde o presidente da República e dezenas de deputados promoveram ato de desagravo em homenagem a um parlamentar desordeiro, a fim de zombar da mais alta Corte de Justiça do País. Um triste picadeiro. Com tantos problemas urgentes por serem resolvidos, temos de assistir ao gracejo destes senhores na sede do governo. “Restaure-se a moralidade, ou locupletemo-nos todos”, já dizia o sempre atual Stanislaw Ponte Preta, que nem em seus devaneios poderia prever a que ponto de degradação moral chegaria o Brasil.
Luiz Thadeu Nunes e Silva
São Luís
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Corrupção
Deputados contra Moro
Deputados do PT vão à Justiça contra Moro por atuação na Lava Jato e reparação de danos aos cofres públicos (Estado, 27/4). É o cúmulo do absurdo! O cidadão desmonta esquemas colossais de corrupção e deputados resolvem entrar com uma ação popular contra ele alegando prejuízos, sendo que a corrupção – da qual muitos deles participam – gera prejuízos reais ao povo. É o criminoso julgando o juiz. O fim do Brasil.
Sérgio Eckermann Passos
Porto Feliz
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Imposto de Renda
Estelionato tributário
Temos de entregar nossa declaração de Imposto de Renda (IR) até 31 de maio. A tabela anual para cálculo é a mesma dos últimos anos. Especialistas dizem que ela está defasada em mais de 100%, isso já nos governos do PT até o desastre Bolsonaro, que, em campanha, anunciava a correção da tabela. É certo que ele enviou um projeto ao Congresso misturando, de propósito, a correção da tabela com várias outras questões. Apesar de aprovado na Câmara, com ínfima correção da tabela, o projeto dorme em berço esplêndido no Senado, onde o relator o engavetou com a complacência do próprio desgoverno. O marionete Paulo Guedes, em ano de eleição, anuncia que a tabela será corrigida, talvez para iludir eleitores desavisados. Enquanto isso, temos de calcular e pagar o IR do exercício de 2022 pela tabela corroída pela inflação, ou seja, pagar imposto sobre a perda de poder aquisitivo do contribuinte. É o que interessa a este governo bipolar: arrecadar tudo o que puder para, via emendas do relator ao Orçamento e outras formas de desperdício de recursos, saciar a gula de seus aliados no Congresso em troca de apoio parlamentar. Não é só uma nova versão do mensalão e do petrolão lulistas, mas autêntico estelionato tributário.
Antonio Joaquim F. Custódio
São Paulo
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Pavilhão Pacaembu
Quem autorizou?
Pacaembu terá áreas de shows (Estado, 25/4, A8). Finalmente, conseguiram. Capacidade para até 9 mil pessoas, num bairro tombado. A pergunta às autoridades: quem autorizou?
Vera Bertolucci
São Paulo
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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br
‘BOLSA EX-PRESIDIÁRIO’
Comitê da Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu que Sergio Moro e procuradores foram parciais nos processos contra o "inocente" Lula da Silva. A defesa do ex-presidiário pretende acionar a Justiça pedindo ressarcimento pelos 580 dias que o "mais honesto" brasileiro passou numa das dependências da Polícia Federal, em Curitiba. O Brasil, que já possui “bolsa detento” e “bolsa terrorista”, passará a ter a “bolsa ex-presidiário”.
J. A. Muller
josealcidesmuller@hotmail.com
Avaré
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O STF E O COMITÊ DA ONU
Fizeram críticas ao processo, mas não inocentaram Lula e os corruptos.
José Paulo Cipullo
j.cipullo@terra.com.br
São José do Rio Preto
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SERGIO MORO
Comitê da ONU condena Moro por “violar” direitos de Lula. A inveja é a arma mais letal usada para destruir as boas ações praticadas pelo melhor juiz que já existiu neste país. Podem desacreditar seus feitos, mas jamais conseguirão destruir a integridade de Sergio Moro.
Lourdes Migliavacca
lourdesmigliavacca@yahoo.com
São Paulo
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HIPNOTIZADO POR IDEOLOGIA
O que causa espanto é ver parte do povo brasileiro hipnotizado por ideologia, envolvido e viciado em corrupção. O julgamento da Lava Jato, por exemplo, foi praticamente transmitido ao vivo, os delatores estavam ali, empresas devolveram dinheiro, personagens que hoje juram "honestidade" também estavam presentes e foram expostos e presos. Réus confessos, inúmeras provas documentais, condenações, e ainda há gente dando ouvidos à impunidade? Francamente!
Ricardo C. Siqueira
ricardocsiqueira@lwmail.com.br
Niterói (RJ)
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LEI DE ARBITRAGEM
O presidente do Comitê Brasileiro de Arbitragem, André de Albuquerque Cavalcanti Abbud, fez muito bem em comemorar os 25 anos da Lei de Arbitragem com o artigo publicado na quarta-feira (Estado, 27/4, B2) dando destaque para o fato de que o próprio Judiciário acabou evoluindo positivamente seguindo os bons exemplos da arbitragem e seus julgamentos fundamentados na participação de especialistas mais focados nos temas em discussão. A quebra do monopólio estatal sobre a prestação de serviço jurisdicional tem produzido bons frutos ao simplificar procedimentos e melhorando a qualidade das sentenças.
José Elias Laier
joseeliaslaier@gmail.com
São Carlos
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DANIEL SILVEIRA EMPOSSADO
E o condenado deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) tomou posse na Câmara como titular da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) – a principal da Casa –, de Educação, de Cultura e de Esportes, além de ser eleito vice-presidente na de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (Estado, 28/4, A14). Na cerimônia, posou sorridente e debochado para as câmeras com o decreto de graça editado por Bolsonaro devidamente emoldurado em verde e amarelo. Definitivamente, o Brasil virou piada para português morrer de rir.
J.S. Decol
decoljs@gmail.com
São Paulo
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A DESORDEM BOLSONARISTA
Após o capitão-presidente ter perdoado o condenado Daniel Silveira e promovido o "ato cívico de liberdade de expressão", a partir de agora, em contrapartida, qualquer cidadão, desde o mais humilde dos brasileiros até os legisladores, pode divulgar vídeos nas redes sociais defendendo a intervenção civil nos Poderes constituídos; atacar o presidente da República com palavras de baixo calão; ameaçar, intimidar e ofender todas as autoridades; bem como propor de público a desintegração da ordem jurídica do País. Pelo roto entendimento, são todos crimes inimputáveis, designação apropriada aos dementes. A desordem bolsonarista está levando a República brasileira ao manicômio.
Honyldo Roberto Pereira Pinto
honyldo@gmail.com
Ribeirão Preto
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BIZARRICES
O tal de Daniel Silveira, agora eleito para a CCJ, é o tipo de sujeito que se deixa usar pelos espertos do momento. Acinte, provocação, desrespeito e truculência são o lema dessa turma. O que choca é ver tanta gente que ainda apoia essa sequência de bizarrices. As questões fundamentais para o povo brasileiro ficam em segundo plano, em detrimento do espetáculo de picadeiro.
Elisabeth Migliavacca
Barueri
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A MESQUINHEZ DO AUXÍLIO BRASIL
A pedido do presidente Jair Bolsonaro, a Câmara dos Deputados aprovou aos mais vulneráveis o Auxílio Brasil permanente no valor de R$ 400 (Estado, 28/4, B7). Na verdade, Bolsonaro exigiu que Arthur Lira barrasse a proposta inicial de R$ 600. Afinal, recursos para o orçamento secreto e para a compra de Viagra e próteses penianas há bilhões de reais disponíveis, já para absorventes femininos e um Auxílio Brasil digno para os brasileiros matarem a fome, não. Esse é o presidente que pretende se reeleger!
Júlio Roberto Ayres Brisola
jrobrisola@uol.com.br
São Paulo
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PLANO SAFRA E OS RURALISTAS
Considerando o agronegócio o grande incentivador e participante do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, com marca e pontuação de 20 a 25% dele, não podem os produtores rurais ser obstados de realizarem empréstimos subsidiados pelo Plano Safra caso não se encontre no Orçamento fonte de recursos que possibilitem juros mais baixos. É sabido que as atividades rurais não podem suportar os altos juros a que se submetem a indústria e o comércio, requerendo taxas de juros subsidiadas. A peça orçamentária precisa ter possibilidade de conter repasse de verbas para o Plano Safra, embora não se queira intrometer no orçamento secreto, arcabouço de propriedade exclusiva de deputados e senadores, cuja produção é bastante conhecida. Aguardemos o que se fará (Governo fica sem recursos para safra, 28/4, B1).
José Carlos de Carvalho Carneiro
carneirojcc@uol.com.br
Rio Claro
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INFLAÇÃO DISPARA EM ABRIL
É desnorteadora a prévia da inflação de abril divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 1,73%, a maior para o mês desde 1995 (Estado, 28/4, B4). No acumulado de 12 meses, atinge uma taxa angustiante de 12,03%. Os alimentos no mês subiram 2,25% e os combustíveis, mais 7,54%. E o gás de cozinha, em 12 meses assustadores, 32,45%. O dólar, que estava acomodado ao redor dos R$ 4,60, na quarta-feira, 27, passou os R$ 5. Com todo este quadro preocupante citado acima, a pressão para tentativa de controle da inflação recai também sobre o Banco Central, que, na próxima semana, em mais uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), pode elevar a taxa Selic dos atuais 11,75% para 12,75%, e surpreender aplicando um ajuste maior de 13,25%. Se o baixo nível da atividade econômica é pernicioso, a inflação alta mata a esperança de grande parte da população brasileira de ter uma mesa minimamente digna para sua sobrevivência. Ora, não bastasse termos um Brasil que há tempos não cresce e menos ainda melhora a renda do trabalhador, somados os 12 milhões de desempregados, outros 28 milhões de subempregados, a pobreza batendo na casa de 50 milhões de pessoas, ainda assistimos estarrecidos a um desgoverno como o de Jair Bolsonaro, que mais busca afrontar as nossas instituições.
Paulo Panossian
paulopanossian@hotmail.com
São Carlos
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AINDA O TRÂNSITO
Um leitor escreveu a respeito do trânsito em São Paulo e eu aproveito para comentar outro aspecto que nos prejudica. No bairro do Itaim Bibi, há vários anos, quem estacionava em local proibido podia ter certeza que seria multado pois havia controle permanente das autoridades. Agora, o trânsito piorou muito porque as pessoas estacionam onde bem entendem, e nunca mais se viu agentes nas ruas do bairro. A cada ano que passa gastamos mais e o poder público está mais ausente. A nossa decadência se aprofunda.
Aldo Bertolucci
aldobertolucci@gmail.com
São Paulo
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RIO DO ATRASO
Eu fui criado em Porto Alegre e trazido muito a contragosto para o Rio de Janeiro no ano de 1978, com 22 anos. Hoje sou um velho de 66 anos. E, naquela época, havia pleno emprego na cidade, o custo de vida era muito mais baixo e os cinemas funcionavam em todos os bairros. O Rio de Janeiro, em 44 anos, ao contrário dos grandes centros mundiais, sofreu uma decadência e degradação social e urbana a nível estratosférico. A cidade hoje é infinitamente pior que a de 1978. A pobreza e a miséria, como este mar de favelas, só fizeram aumentar. Em 44 anos, a empregabilidade da cidade só piorou, com ausência de indústrias e completa falta de investimento na cidade. Falta lei que puna esta marginália que fica pelas ruas depredando e revirando lixo, faltam projetos sociais que ocupe esta gente. Um governo estadual letárgico e uma prefeitura omissa em tudo completam o quadro totalmente disfuncional do Rio.
Paulo Alves. Rua Domingos Ferreira
pauloroberto.s.alves@hotmail.com
Rio de Janeiro
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‘BODYCAM’
Se os soldados do Rio de Janeiro já estivessem usando câmeras nos uniformes, muitas vidas teriam sido poupadas em ambos os lados. Novamente mais um caso de morte no Rio, em que um jovem foi morto pois o soldado disse que ele portava uma arma e vendia drogas. Se houvesse a câmara com certeza o final não seria uma morte, e o soldado teria como provar sua atuação. Então, candidatos ao governo de São Paulo como o ex-ministro Tarcísio Freitas (Republicanos) e o ex-governador Márcio França (PSB), que são contra o uso das câmaras, deixem de fazer média eleitoreira com os policiais, pois são eles que enfrentam os problemas da cidade e correm os riscos.
Tania Tavares
taniatma@hotmail.com
São Paulo
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CASSINOS NO BRASIL
O Brasil de outrora teve o bom senso de fechar os cassinos, agora há movimento para a reabertura. É um vício maléfico, destruidor de famílias de muitos dos seus adeptos. A diversidade de jogos da Caixa Econômica já é uma espécie de cassino menos prejudicial aos seus jogadores que, cientes das remotas chances, não comprometem o orçamento familiar. É um contrassenso abrir cassino no Brasil.
Humberto Schuwartz Soares
hs-soares@uol.com.br
Vila Velha (ES)
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