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Bons resultados no mercado de imóveis da capital

Com vendas de 3.362 unidades e o lançamento de 1.794 casas em janeiro de 2021, resultado é bem melhor que o do mesmo mês de 2020

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Por Notas & Informações
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A queda de 61,8% das unidades residenciais novas comercializadas no Município de São Paulo e de 92,1% nos lançamentos em janeiro, na comparação com dezembro, é expressiva, mas não preocupa os dirigentes do Secovi-SP, o sindicato da habitação.

Com vendas de 3.362 unidades e o lançamento de 1.794 residências no primeiro mês do ano, o resultado é bem melhor do que o de janeiro de 2020, com aumento, respectivamente, de 23,9% e de 1.072,5%, pesquisa do mercado imobiliário da entidade.

A alta de vendas em janeiro de 2021 'é um sinal positivo'. Foto: Werther Santana/Estadão

Observe-se que, em janeiro do ano passado, o País ainda não havia registrado a ocorrência de contaminação pela covid-19, o que só ocorreria no fim do mês seguinte. Ainda assim, o resultado para o mês neste ano é bastante superior ao de um ano antes.

Já a queda na comparação com dezembro é explicada pelo Secovi-SP com o fato de que a pandemia comprimiu as atividades nos meses que se seguiram à sua chegada e levou à concentração dos negócios e dos lançamentos nos últimos meses do ano, especialmente dezembro.

A alta de vendas em janeiro na comparação com a do mesmo mês de 2020 “é um sinal positivo”, avalia o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, “pois demonstra que o mercado continua com bom desempenho”.

A evolução das vendas no período acumulado de 12 meses mostra com mais clareza o impacto da pandemia no mercado imobiliário paulistano. Por se tratar de compromisso de alto valor e, em geral, de longo prazo de vigência, a decisão da compra de um imóvel é mais demorada do que a da aquisição de bens de menor preço. A formalização da compra igualmente é geralmente mais demorada.

Assim, o impacto mais forte da pandemia nas vendas de imóveis novos em 12 meses só é notável em junho, enquanto em outros segmentos da economia os resultados mais expressivos da crise começaram a ser observados já em abril. Desde então, os resultados de 12 meses mostram uma recuperação firme (houve queda em novembro, superada em dezembro) e o de janeiro está muito próximo do de fevereiro do ano passado.

Os próximos meses, como lembrou o presidente do Secovi-SP, Basilio Jafet, estão condicionados à evolução da vacinação da população e ao avanço das reformas e da geração de empregos.