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Comércio da capital está mais confiante

Confiança de empresários do comércio paulistano cresceu 3% entre janeiro e fevereiro de 2019, segundo a FecomercioSP

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Por Redação
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Os bons resultados do comércio varejista no Brasil, registrados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ao divulgar a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) de 2018, parecem ter dado alento aos empresários do comércio paulistano, cuja confiança cresceu 3% entre janeiro e fevereiro de 2019, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Mas há um contraste entre a situação presente e as expectativas quanto ao futuro, como se nota no Índice de Confiança do Empresário do Comércio no Município de São Paulo (Icec). O indicador das condições atuais dos comerciantes atingiu 99,5 pontos em fevereiro, levemente inferior à marca de 100 pontos que separa os campos positivo e negativo, enquanto o indicador de expectativa chegou a 167,4 pontos. Os dois indicadores marcaram seis altas consecutivas.

Os assessores econômicos da FecomercioSP destacaram a melhoria nas variáveis econômicas, como recuperação do emprego e o aumento do consumo das famílias, inclusive mediante operações de crédito.

Mas os empresários ainda hesitam no tocante aos investimentos. O indicador de investimentos está apenas levemente acima dos 100 pontos (101,3 pontos) e houve uma pequena queda de 0,9% entre janeiro e fevereiro deste ano.

A pesquisa resulta de entrevistas com um grupo fixo de empresas segmentadas por porte e por setor (não duráveis, semiduráveis e duráveis). As empresas de maior porte (com mais de 50 empregados) estão mais otimistas (138,4 pontos, alta de 1,7% em relação a janeiro). Nas empresas de menor porte, o índice foi de 122,4 pontos, com avanço de 3% em relação a janeiro. É bom sinal, pois a percepção de melhoria parece atingir companhias de todos os portes, revelando disseminação da confiança.

O levantamento da FecomercioSP reforça a crença de que aos poucos a economia brasileira retoma fôlego, após o crescimento inexpressivo do PIB de 1,1% em 2017 e em 2018.

Mas as expectativas quanto à intensidade da retomada deixam a desejar, como mostrou a última pesquisa Focus, do Banco Central, realizada com agentes econômicos privados. A pesquisa de 1.º de março mostrou expectativa de alta do PIB de 2,3% neste ano, inferior à de 2,48% registrada em 22 de fevereiro.

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