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Comércio mantém a confiança em avanço futuro

Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) subiu 2,1% em março em comparação com o mês anterior

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Por Redação
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O ritmo lento de recuperação da economia e os contratempos na esfera política ainda não afetaram as expectativas do comércio para este ano. Como informou há pouco a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) subiu 2,1% em março em comparação com o mês anterior e 10,9% em relação ao mesmo mês de 2018, alcançando 127,1 pontos, acima da linha de 100 pontos, que indica satisfação. Este é o quinto avanço consecutivo do Icec, o melhor resultado desde novembro e a melhor marca para o mês de março desde 2012.

Não significa que o comércio esteja alheio aos acontecimentos políticos recentes, partilhando da preocupação de que pode ser criado um ambiente que comprometa a aprovação de reformas essenciais, a começar pela da Previdência, gerando obstáculos para um crescimento mais vigoroso da economia. “Ainda assim”, pondera Fabio Bentes, economista da CNC, “o cenário de investimentos no setor, para o decorrer do ano, ainda não está comprometido.”

O subíndice que mede o ânimo atual do empresário do comércio (Icaec) registrou alta de 6,4% em março em comparação com o mês anterior e de 16,7% no período anual. A pesquisa indica que seis em cada dez entrevistados acreditam que o momento atual de atividade econômica está mais favorável que há um ano.

A CNC não deixa de notar, entretanto, que no primeiro trimestre deste ano o varejo teve um desempenho mais fraco que o antecipado e, como se verifica em outras áreas de atividade, o setor tem a expectativa de que a economia possa deslanchar daqui para a frente. Se isso vier a ocorrer, 72% dos entrevistados relataram disposição para contratar novos funcionários, enquanto 47,7% têm planos de investir na abertura de lojas e pontos de venda. Quanto ao nível dos estoques – elemento fundamental para novas encomendas à indústria –, 23,7% consideram que eles ainda estão atualmente “acima do adequado”.

De acordo com este quadro, a CNC projeta, entre admissões e demissões, um saldo positivo de 102 mil empregos formais no varejo até o fim do ano, bem acima das 71 mil vagas criadas no setor em 2018. Poderão, também, ser abertas 23,3 mil novas lojas, quase o triplo do número de estabelecimentos comerciais abertos no ano passado (8,1 mil).

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