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Construção civil tem alta do crédito e do emprego

A criação de vagas na construção civil ainda não é generalizada, beneficiando mais as Regiões Sudeste e Sul

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Por Redação
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O emprego na construção civil cresceu 0,92% entre agosto e setembro de 2019 e 1,45% entre os primeiros nove meses de 2018 e de 2019 (+130 mil vagas), no mais recente indicador de fortalecimento do mercado imobiliário. Entre dezembro de 2018 e setembro de 2019, o emprego cresceu 5,73%, para 2,4 milhões de trabalhadores, segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP). O avanço do ritmo de atividade da construção civil exerceu, assim, papel positivo sobre a criação de empregos formais no País, com abertura de 22 mil postos em setembro. A criação de vagas na construção civil ainda não é generalizada, beneficiando mais as Regiões Sudeste e Sul, enfatizou o presidente do SindusCon-SP, Odair Senra.

Há sinais de retomada dos investimentos em construção. Embora todos os segmentos pesquisados tenham registrado variação positiva entre agosto e setembro, as maiores altas ocorreram nos ramos Engenharia e Arquitetura (+1,42%), Preparação de terreno (+1,32%), Obras de Instalação (+1,17%) e Imobiliário (+0,96%).

Nos primeiros nove meses do ano, o crescimento foi mais relevante em Preparação de Terreno (+8,60%), Infraestrutura (+8,36%), Engenharia e Arquitetura (+7,13%) e Outros Serviços (+7,01%).

Recursos crescentes serão necessários para financiar a expansão da produção e das vendas de imóveis. Mas, enquanto se nota escassez de recursos de crédito para a habitação social, aceleram-se os empréstimos baseados nas cadernetas de poupança. Estas propiciaram, no âmbito do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), o financiamento de 274 mil unidades nos últimos 12 meses, até setembro (+33,1% em relação aos 12 meses anteriores), no montante de R$ 71,3 bilhões (+39%), segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Os indicadores de setembro foram os melhores desde 2015.

O comportamento dos depósitos de poupança merece atenção. Houve saques líquidos de R$ 350 milhões em outubro e de R$ 4,3 bilhões nos primeiros dez meses do ano. Os recursos do SBPE ainda são suficientes para assegurar a oferta de crédito, mas é provável que já no ano que vem os bancos dependam de novas modalidades para fazer financiamentos, valendo-se mais intensamente do mercado de capitais.