Imagem ex-librisOpinião do Estadão

Secovi aponta maior atividade imobiliária

Depois de um primeiro bimestre fraco para os lançamentos, a situação melhorou muito em março na cidade de São Paulo

Exclusivo para assinantes
Por Redação
Atualização:
1 min de leitura

Em contraste com as evidências de recuo da economia brasileira no primeiro trimestre, a Pesquisa do Mercado Imobiliário do sindicato da habitação (Secovi-SP) mostrou indicadores positivos relativos a março de 2019, superando os de igual mês do ano passado. Dadas as dificuldades conjunturais, faltam informações mais precisas para avaliar as perspectivas para a oferta e a demanda de imóveis no futuro próximo, mas a existência de indicadores favoráveis não deve ser ignorada.

Depois de um primeiro bimestre fraco para os lançamentos, a situação melhorou muito em março na cidade de São Paulo. Foram lançadas 2.081 unidades, 139,2% mais do que em fevereiro e 32,9% acima de março de 2018. Em 12 meses, houve alta de 19,8% nesse indicador, com aumento de 31.476 para 37.706 do número de unidades lançadas.

As vendas de 2.987 unidades novas em março também cresceram: +37,3% em relação a fevereiro e +14,3% em relação a março de 2018. Em 12 meses, foram vendidas cerca de 31 mil unidades novas na capital, elevação de 15,8% em relação aos 12 meses anteriores.

As dificuldades financeiras das famílias, aliadas à demanda por imóveis bem localizados e com ampla oferta de serviços no seu entorno, mantêm a predominância dos lançamentos e das vendas de unidades de um e dois dormitórios com espaços exíguos, de até 45 metros quadrados de área útil e preços não superiores a R$ 240 mil. Um ponto importante está na alta das vendas em relação à oferta (VSO) entre fevereiro e março.

Entre os sinais indicativos de fortalecimento do mercado está o da demanda de terrenos para edificação por incorporadoras de ponta. Há mais interesse por projetos de uso misto, com edifícios comerciais, residenciais e áreas de prestação de serviços, incluindo restaurantes e cinemas.

O aumento da oferta de recursos e os projetos de revisão dos programas de habitação popular poderão dar fôlego às incorporadoras, dado o peso da demanda das faixas de baixa renda, onde se concentra o déficit habitacional. Também aí o desafio é oferecer moradia em regiões com boa oferta de serviços. As ideias de utilizar terrenos da União e de ampliar os financiamentos aos incorporadores parecem ser promissoras. O objetivo central é oferecer moradia. O efeito econômico será o fortalecimento do investimento e do emprego.