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Vacinação eficaz e recuperação rápida dos EUA

Retomada é resultado de ações do governo voltadas à proteção da saúde da população e à recuperação da economia

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Por "Notas & Informações"
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A exuberante recuperação da economia dos Estados Unidos – que neste mês deve alcançar o que os economistas estão chamando de “ponto de virada” que marcará a superação da crise – deveria servir de exemplo para governantes que não conseguiram ou não quiseram entender a gravidade do quadro sanitário e, por isso, permitiram que milhões de pessoas fossem infectadas e centenas de milhares morressem. A retomada é o resultado de ações do governo voltadas à proteção da saúde da população e à recuperação da economia. Executadas com vigor, competência e, sobretudo, foco, as políticas do governo do presidente Joe Biden começam a dar frutos.

O salto de 9,8% das vendas no varejo em março na comparação com fevereiro é apenas um dos indicadores da forte retomada, o que fortalece as projeções de que, neste ano, o PIB dos EUA deve crescer 7%, o melhor resultado desde 1984.

O crescimento resulta de uma combinação de fatores. O clima melhorou, a nova onda de pagamento de estímulo ao consumo ajudou, o desemprego diminuiu e os consumidores estão mais confiantes.

Entre outros dados positivos está, justamente, a melhora do sentimento dos consumidores medido pelo índice da Universidade de Michigan. A redução dos pedidos de auxílio-desemprego mostrada pelo Departamento do Trabalho indica que o mercado de trabalho está mais forte.

Do lado empresarial, a confiança das construtoras subiu em abril. Embora tenha aumentado 1,4% em março ante fevereiro, a produção industrial continua 1,0% menor do que a de um ano antes. É provável que, com a recuperação do comércio, também a indústria volte a superar os índices de antes da pandemia.

Decerto o pacote de estímulos aprovado logo no início do governo Biden, e que injetou mais de US$ 1 trilhão na economia, está tendo grande impacto na recuperação. Mas está claro também o papel primordial da vacinação na retomada. A média diária de vacinações já está em 4 milhões – no Brasil, não alcança 500 mil pessoas por dia – e, provavelmente, até o fim de julho 80% da população estará vacinada.

Mais protegidas, as pessoas podem circular com mais segurança; lojas, bares, restaurantes, hotéis, fábricas e todos os estabelecimentos podem funcionar. E a atividade econômica se intensifica. É simples assim. Pena que certos governantes não entendam.