18 de julho de 2010 | 00h00
Entre junho de 2009 e junho de 2010, o salário médio de contratação subiu 4,86% reais, passando de R$ 783,06 para R$ 821,13. Se a inflação se acomodar, o ganho do poder de compra será mantido ou até poderá crescer, ao contrário do que se imaginava apenas dois meses atrás. O emprego cresceu mais no interior do que nas capitais, ajudado pela safra agrícola recorde. Em junho, a agropecuária abriu 55 mil vagas (+3,47%), e 175 mil no semestre (+11,98%). O interior paulista abriu 43 mil postos e o mineiro, quase 33 mil.
Em porcentagem, os Estados que lideraram o crescimento do emprego no mês passado foram Maranhão, Piauí, Pernambuco, Minas Gerais e Mato Grosso, num bom sinal de diversificação de oportunidades para a mão de obra. Rondônia foi onde o nível de emprego mais cresceu, com 16,7 mil vagas (+8,31%) no ano, em parte em razão das obras das Usinas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira.
A construção civil continuou a liderar as contratações, abrindo 24,8 mil vagas, em junho, e 230 mil, no ano. Subsetores de serviços afins, como administração de imóveis e alojamentos, abriram 221 mil vagas no semestre.
Mas faltou emprego onde seria mais necessário, como Alagoas, vítima de inundações, o único Estado com mais trabalhadores despedidos do que contratados tanto no semestre (34.450 ou ?11,71%) como no mês passado (67, equivalente a ?0,02%).
Seguem juntos emprego e atividade econômica ? que cresceu menos no segundo trimestre do que no primeiro, mas terá um alento com o aumento das aposentadorias de quem ganha mais do que o piso e o pagamento de atrasados, além da antecipação de metade do 13.º benefício do INSS.
Mais inflação ou uma nova desaceleração global seriam ruins para o emprego no País, mas o efeito tende a ser moderado se se confirmar a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,5%, no ano que vem, ante 7,5%, neste ano.
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