Imagem ex-librisOpinião do Estadão

Cartas - 08/01/2012

Exclusivo para assinantes
Por Redação

POMBAS E FALCÕES O mundo no caminho da paz

Excelente começo de ano o anúncio do corte de gastos militares pelo presidente Barack Obama. Decidido a mudar a face guerreira dos EUA no mundo, leva seu objetivo de forma gradual, procurando minimizar a reação dos belicistas radicais de seu país. Melhor que isso só se seu exemplo for seguido por Rússia, China e Irã. Talvez assim o mundo possa alcançar nova fase, de mais prosperidade, com os recursos da guerra indo para desenvolvimento econômico e social. Parabéns a Obama!

SERGIO LOPES

blackfeet@uol.com.br

São Paulo

 

 

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GOVERNO DILMAInflaçãoO índice oficial de 2011, anunciado como dentro da meta de 6,5%, é conto da carochinha para o consumidor, que é quem paga a conta. Parece que importaram o "método Kirchner", que divide por 4 ou 5 os números reais! Até os postes da rua sabem que a inflação foi muito além disso. No supermercado, na feira, no shopping, nos serviços é que sabemos os números reais. E não são esses.MARIA CRISTINA R. AZEVEDOcrisrochazevedo@hotmail.comFlorianópolis

   

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MaquiagemA inflação no nosso bolso é bem superior ao dobro do índice informado. Os que pagam suas despesas com recursos do erário nem têm ideia do preço real dos produtos de consumo obrigatório. Como sempre, os números da nossa economia são maquiados - e o povo é que fica no prejuízo. Este é o Brasil do PT e aliados... MARIA TERESA AMARAL mteresa0409@estadao.com.brSão Paulo 

 

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IPCAÉ óbvio que o índice foi manipulado pelo ministro Mantega. Poderia ter sido menos óbvio se tivesse divulgado, por exemplo, 6,48% em vez de 6,5%, o limite da meta. Na realidade, foi muito mais, mas ele não quis dar o braço a torcer e martelou para baixo só para mostrar que está sempre certo.RENZO ORLANDOrenzoorlando@uol.com.brSão Paulo

 

 

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Ministério inútilAo interromper as férias da ministra Gleisi Hoffmann para "coordenar a adoção de critérios técnicos na distribuição de recursos do Ministério da Integração para o combate e prevenção de desastres naturais", dona Dilma, direta ou indiretamente, atestou a inutilidade dessa pasta.GUTO PACHECOdaniguto@uol.com.brSão Paulo 

 

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Critérios técnicosNossa presidente cobrou da Integração Nacional critérios técnicos para a distribuição de verbas contra enchentes. Só pode ser piada. Com todos os ministérios transformados em presentes para partidos aliados, ministros sem competência e muitas vezes sem ética, a máquina pública toda aparelhada por políticos, como pode ela pretender critério técnico? A presidente conhece os seus ministros de longa data e sabe do que eles são capazes, deve estar fazendo jogo de cena para o público. Enquanto a farra continuar, o País vai seguir assistindo a esses fatos lamentáveis.CELSO BATTESINI RAMALHOleticialivros@hotmail.comSão Paulo 

 

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FiscalizaçãoDê-se o nome que se desejar ao processo de fiscalização de verbas manuseadas pelos ministérios. Mas a iniciativa presidencial de impor a fiscalização e a consequente prestação de contas do dinheiro público que transita pelas vias ministeriais é uma providência que vem tarde, porque os ralos existentes nas pastas dirigidas por partidos políticos escoam milhões de reais indevidamente - montante que poderia ser muito bem endereçado à saúde, à educação e à segurança do País, setores que angustiam os brasileiros pela deficiência no atendimento e na adequação de suas incumbências. Com uma fiscalização mais apurada, porém, muito dinheiro deixará de escoar pelos ralos da corrupção e da incompetência.JOSÉ C. DE CARVALHO CARNEIROcarneirojc@ig.com.brRio Claro 

 

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RetrocessoA cada dia que passa nos é lícito deduzir que esse "presidencialismo de coalizão" constitui verdadeiro retrocesso institucional. A chantagem é marca registrada no proceder da base aliada do governo, glorificando a desastrosa política do toma lá, da cá. Os mais altos interesses nacionais acabam sendo postergados por causa dessa estrutura que torna inviável uma melhor governança ao País. O caso, entre tantos outros, do ministro Fernando Bezerra direcionando 90% das verbas contra enchentes para seu Estado é mais uma evidência que consagra essa anomalia. E a tão esperada reforma política não sai do papel porque os interesses partidários têm prevalência e falam mais alto.FRANCISCO ZARDETTOfzardetto@uol.com.brSão Paulo

 

 

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ANIVERSÁRIO DO 'ESTADO'FelicitaçõesParabéns por esse grandioso jornal! Parabéns pelos 137 anos de existência e eficiência!SIDNEY CANTILENAsidneycantilena@bol.com.brSão Paulo

 

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ParabénsCumprimentamos o Estado por seus 137 anos. É um jornal que sempre se pautou por respeito, dignidade, defesa da liberdade de imprensa e qualidade da informação, marcas também da Agência Estado, do Jornal da Tarde e da Rádio Eldorado. Parabéns!IVAN NETTO MORENO, Sindicato dos Agentes Fiscais de Rendas do Estado de São Paulo (Sinafresp)São Paulo 

 

 

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Parceiro da democraciaÉ prazeroso pegar o meu Estadão, e bem cedo. Há décadas faço isso com muita ansiedade. Muda a diagramação ou acrescenta um novo caderno, mas lá está, há mais de um século, o jornal da família Mesquita, sem jamais perder a qualidade de seu conteúdo e a independência jornalística. Não importa o teor da notícia, sei que a cada novo dia estarei bem informado, agregando cada vez mais conhecimento. E, principalmente, sendo incentivado a ser parceiro inseparável da democracia. Isso é o Estadão! Parabéns por mais um aniversário.PAULO PANOSSIANpaulopanossian@hotmail.comSão Carlos

 

 

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"Medidas do governo tomadas a conta-gotas e em câmara lenta"

LUIGI VERCESI / BOTUCATU, SOBRE AS INUNDAÇÕES

luver44@terra.com.br

"Mas até quando esses ministros oportunistas abusarão do povo? Não os constrange o sofrimento dos despossuídos?"

ELIANA FRANÇA LEME / SÃO PAULO, IDEM

efleme@terra.com.br

 

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TEMA DO DIA

Dono de empresa de próteses admite falha

Jean-Claude Mas, dono da PIP, disse que adulteração de próteses mamárias começou em 1993

"O uso de próteses tem importância na vida de muitas mulheres mastectomizadas devido ao câncer de mama."

FERNANDA GOTZE

"Como ele conseguiu enganar tanta gente durante tanto tempo?! A França também é culpada por não testar as próteses."

JAYME ROCCO JR.

"Todos os medicamentos deveriam ser analisados quimicamente ao menos uma vez por ano."

ANTONIO LEAL

 

 

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Cartas enviadas ao fórum dos leitores, selecionadas para o estadão.com.br

 

 

EXPLICANDO O PATÉTICO ESPETÁCULO

O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, tem toda a razão em "fazer de conta" que ficou indignado com quem pensa que sua gestão no Ministério tem privilegiado o Estado de Pernambuco, através de manobras dignas de uma "política pequena e partidária". Em primeiro lugar, é bom que fique claro que Fernando Bezerra Coelho, um velho "apadrinhado" do ex-governador Miguel Arraes, está apenas "pagando" ao neto do seu antigo protetor, o atual governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pela carreira política que fez a partir da "proteção" recebida pelos "governantes da família Arraes". Como recompensa pela "lealdade canina" que sempre demonstrou. Outra coisa que ele afirma, e é verdade, prende-se ao fato de insinuarem que os privilégios nas distribuições das verbas destinadas a prevenção de catástrofes, que carrearam milhões de reais para os cofres de Pernambuco, seriam fruto de "maquinações partidárias", pois está absolutamente claro que o compromisso de Fernando Bezerra Coelho transcende aos interesses do PSB, estando muito mais ligados aos planos destinados a criar situações favoráveis para os interesses pessoais de Eduardo Campos, providenciando verbas que permitam, através de um "marketing" eficiente, o estabelecimento de imagem de um administrador "brilhante" para o governante de Pernambuco, viabilizando seus planos de disputar em 2014, pelo menos, uma "boquinha" de vice-presidente. Por fim, é absolutamente injusto chamar de política pequena, uma armação destinada a "jogar" em Pernambuco a maior parte das verbas distribuídas pelo Ministério da Integração Nacional, comandado pelo "tarefeiro" Fernando Bezerra Coelho. Entenderam agora o motivo daquele patético espetáculo protagonizado por Fernando Bezerra Coelho, tentando fazer com que o povo brasileiro acreditasse que ele estava verdadeiramente indignado? É coisa de quem "foi pego com as calças nas mãos"...

Júlio Ferreira julioferreira.net@gmail.com

Recife

 

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A LENTA DILMA

A presidente Dilma Rousseff tomou posse assistindo a um dos mais tristes desastres naturais da história do País, em que quase mil pessoas morreram na região serrana do Rio de Janeiro em 2011. E temos outros Estados onde ano a ano esses episódios se repetem. E o que fez a presidente para que celeremente a população afetada do Rio recuperasse seu estado de direito social e econômico?! Absolutamente nada! E para as outras localidades que não saem do noticiário no período das chuvas?! Absolutamente nada! Agora, passados 12 meses de agonia destes brasileiros, e ainda somente depois que a imprensa (Estadão) denunciou a picaretagem do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, por ter destinado somente ao seu Estado, Pernambuco, 90% das verbas destinadas à prevenção de possíveis desastres naturais, vem a Dilma liberar - e depois da casa arrombada - R$ 482 milhões, recursos contingenciados durante todo o ano de 2011 pelo Planalto. Ou seja, para gastar bilhões mantendo milhares de incompetentes camaradas em cargos de confiança e ainda perder tempo para defender ministros que praticaram atos ilícitos a presidente tem... Mas exigir ações práticas para evitar catástrofes que ceifam vidas e geram prejuízos materiais para milhares de brasileiros a presidente demonstra falta de sensibilidade, como se não tivesse nada que ver com a situação... É muita esculhambação institucional!

Paulo Panossian pauopanossian@hotmail.com

São Carlos

 

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ÓLEO DE PEROBA

O ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB) está corretíssimo quando afirma que "não houve política partidária no repasse de verbas para obras de prevenção de enchentes em Pernambuco."

O que ocorreu de fato foi sem-vergonhice, safadeza, canalhice, etc.

Maria Carmen Del Bel Tunes Goulart carmen_tunes@yahoo.com.br

Americana

 

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FALTA DE GERÊNCIA

Não faltou gerência do Ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB). Faltou Ética. Mesma insuficiência verificada no Presidente do seu Partido ao defender e conseguir a indicação nomeação da sua mãe para o Tribunal de Contas da União.

Hélio Mazzolli mazzolli@terra.com.br

Criciúma (SC)

 

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CORDÃO DA SAIDEIRA

Compreende-se o gesto do ministro da Integração Pernambucana, Fernando Bezerra, ao repartir de maneira não muito salomônica os recursos para prevenção de desastres, supostamente privilegiando seu Estado. O gigantismo do Leão do Norte é de conhecimento público há muitas décadas, difundido pela vox populi, em pelo menos duas anedotas: a do locutor recifense cujo prefixo era "Rádio (...), Pernambuco falando para o mundo" e a de seu conterrâneo, professor de Geografia, ao ensinar que "na Veneza brasileira, os rios Beberibe e Capiberibe se juntam para formar o Oceano Atlântico". Natural, pois, que para ali se direcionem verbas mais avantajadas. Mas Sr Ministro, se a divulgação de tais "malfeitos", por essa terrível mídia, lhe causar incômodos, siga as dicas de outros conterrâneos seus, como Fernando Lobo, cantarolando as Chuvas de Verão; emende com seu filho Edu Lobo, entrando no Cordão da Saideira; e finde recitando o Vou danado prá Catende, de Ascenço Ferreira, musicado pelo Alceu Valença. Os cariocas e fluminenses, serranos ou da orla, o aplaudirão de pé.

Gil Cordeiro Dias Ferreira gil.ferreira@globo.com

Rio de Janeiro

 

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FERNANDOS

O Brasil é assim mesmo: sai um Fernando da berlinda, o Pimentel, entra outro Fernando na berlinda, o Bezerra. E assim, de Fernando em Fernando, segue o País descendo a ladeira da moralidade, vendo o seu futuro ser roubado por corruptos profissionais.

Ronaldo Gomes Ferraz ronferraz@globo.com

Rio de Janeiro

 

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DESFAÇATEZ E INSOLÊNCIA

Não bastasse mais um absurdo inadmissível do governo Dilma, desta vez do Ministro da Integração Nacional de destinar 90% da verba do ministério para o Estado de Pernambuco, seu Estado de origem e de sua candidatura à Prefeitura de Recife nas próximas eleições. Essa divisão safada foi realizada com a realocação das verbas do Sul e do Sudeste. A presidente Dilma, tão logo soube de mais um "mal feito" de um ministro seu, convocou-o imediatamente para as devidas explicações. Evidentemente esperávamos a sua demissão, mas mais uma vez a presidente contemporizou devido à pressão que sofreu do partido do ministro, inclusive pessoalmente pelo presidente do partido o atual governador de Pernambuco e padrinho político do ministro. Ora, vincular 90% da verba federal em detrimento do Sul e do Sudoeste, com as catástrofes ocorridas nas regiões em 2010, principalmente na região serrana do Rio de Janeiro, que sofreu a maior catástrofe da história do Brasil é decididamente desonesto. E não bastasse tanta insolência, a presidente mandou o próprio para coordenar o socorro um tanto tardio para as atuais enchentes em Minas Gerais e o Rio de Janeiro. Quem assistiu a entrevista do cidadão insurgiu-se contra tanta desfaçatez, tentando justificar uma destinação da verba totalmente imoral e interesseira. Lógico que o Estado de Pernambuco merece uma verba adequada às suas necessidades, mas não em tais proporções e em detrimento dos demais Estados. Não é uma atitude corriqueira neste país com tanta safadeza, mas quando ela com certeza vai aumentar o número de vítimas fatais. E o adjetivo pode ser estendido merecidamente ao governador de Pernambuco.

Gilberto Pacini benetazzos@bol.com.br

São Paulo

 

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REPÚBLICA FEDERATIVA DE COALIZÃO

A República Federativa de Coalizão com distribuição de ministérios de porteira fechada para os partidos alinhados com o Presidente da República autoriza os ministros a adotarem seus próprios critérios de distribuição de recursos públicos, isto é o que está acordado no governo federal? Eu só queria entender!

Vagner Ricciardi vbricci@estadao.com.br

São Paulo

 

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TOLERÂNCIA DEMAIS

Uso político de verba pública, priorizando o Estado do ministro da pasta. Das verbas destinadas para atender desabrigados e obras contra enchentes, os Estados de Pernambuco e Bahia foram os mais contemplados. O titular da pasta é pernambucano. Simplesmente vergonhoso. Presidente Dilma, isto é ter tolerância de mais. É caso para exoneração sumária. Nada de intervenção branca, como foi feito, com a Casa Civil autorizando os repasses. Isto não é intervenção branca, é intervenção mesmo, mas deveriam exonerar o titular da pasta. A paciência não acabou ainda não? A do povo já, mas se isto não se espelhar nas próximas eleições, também não adianta nada dizer que a paciência acabou.

Panayotis Poulis ppoulis46@gmail.com

Rio de Janeiro

 

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QUE RESPOSTAS?

Somente 2 (São Paulo e Florianópolis), entre 56 municípios, receberam as verbas previstas no programa governamental "Prevenção e Preparação de Acidentes" do governo federal. Logo, aos que não foram contemplados e ocorrerem as catástrofes, como se dá atualmente em Minas Gerais, restará apenas receber algo do outro programa ("Resposta aos Desastres e Reconstrução"). Pergunta: que resposta podem ter os mortos, feridos e cidadãos privados de todo seu patrimônio, como vemos, quase que diuturnamente, nesta época que apenas se inicia, em imagens frente às quais parece que nossos governantes já se habituaram na indiferença e insensibilidade?

Amadeu R. Garrido de Paula amadeugarridoadv@uol.com.br

São Paulo

 

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TRAGÉDIAS

Tragédias anunciadas no Rio de Janeiro! Políticos nada fizeram em relação à região serrana, tão afetada com as últimas enxurradas. Colocaram o dinheiro do governo federal no bolso. Governo estadual (Sergio Cabral) e prefeitos de Friburgo, Teresópolis e Petrópolis, simplesmente embolsaram os 70 milhões destinados pela Dilma para tentar amenizar o sofrimento da população local. Por isso é que eu e minha família votamos nulo sempre! De nada adianta a gente confiar em safados se eles querem apenas se locupletar às nossas custas, de nossos votos. Povo brasileiro, acorde! Vote nulo sempre, em quaisquer pleitos, pois políticos nada fazem pela gente! Moro em Petrópolis, e nada vejo de melhoras aqui e também em Teresópolis e Friburgo, cidades próximas. Portanto devemos dar um basta nessa canalha de políticos, votando nulo sempre!

Fernando Faruk Hamza botafogorio@bol.com.br

Petrópolis (RJ)

 

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NENHUMA SURPRESA

Não é de admirar que, após anos de tragédias decorrentes das chuvas, nada tenha sido feito para evitar novas mortes, afinal o ministro é pernambucano e prefere liberar as verbas para sua região eleitoral. Não é nenhuma surpresa que, após a esdrúxula aquisição do Banco do Silvio Santos pela CEF, ninguém da diretoria da estatal tenha sido preso ou pelo menos demitido, afinal ela é composta pelos principais partidos governistas: PT e PMDB. Não causa estranheza que, após anos de gestão do senador Collor na Petrobrás Distribuidora, a empresa esteja quebrada, afinal seu conhecimento sobre este mercado é irrelevante. Não tive nenhum sobressalto ao verificar que, após anos de definição de que seríamos o país sede, as obras da Copa e das Olimpíadas estejam atrasadas, afinal a muitos interessa que elas sejam feitas em caráter emergencial. Não assusta mais o caos aéreo de todos os anos. Não caí da cama ao saber dos movimentos corporativistas no judiciário ou ao saber que vários crimes do mensalão serão prescritos. Não fiquei estupefato ao saber que, após a grande comemoração por termos atingido a autossuficiência no petróleo, a Petrobrás tenha feito a maior importação de gasolina dos últimos anos, afinal ela é a maior empresa do país e suas diretorias são disputada acirradamente por todos os partidos. Não causa perplexidade que o senador Sarney tenha se dedicado tanto, a ponto de interromper o recesso, para garantir a posse do senador Jader Barbalho, afinal os amigos têm que se proteger. Não gera nenhum espanto que, após inúmeras reportagens sobre fraudes envolvendo o deputado Eduardo Cunha em Furnas, ninguém tenha sido preso, afinal ele exerce grande influência na base do governo. Não é de admirar?

Hermínia Faria Guimarães herminiafaria@hotmail.com

Rio de Janeiro

 

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CONVENIENTE

Será que não seria conveniente o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, se preocupar em apoiar a população, vítima de enchentes todos os anos, que ainda sofre com tantas favelas não pacificadas, além dos problemas de serviço público de saúde e educação, antes de pensar em apoiar a reeleição de Dilma?

Roberto Saraiva Romera robertosaraivabr@gmail.com

São Bernardo do Campo

 

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CADÊ O SENADOR?

Muito mais do que senador pelo Estado de Minas Gerais, Aécio Neves tem responsabilidade como senador de oposição e fazer vistas grossas é sumariamente preocupante diante do tremendo escândalo promovido pelo ministro Bezerra de PE, que colocou inclusive seu estado - Minas Gerais - tão necessitado de obras preventivas de enchentes e desmoronamentos sem nenhuma verba, direcionando tudo para o estado de Pernambuco. Será que os mineiros sabem das presepadas que seu mais votado senador tem aprontado fora das Alterosas? Sim, porque ele está provando que ao sair das barras das saias mineiras, se esqueceu desse povo que tanto o aprovou nas urnas, preferindo mirar apenas no seu "ególatra futuro" de olhos na presidência 2014. Ao compactuar com os errados, não fazendo seu papel de opositor convincente, com certeza estará dando tiro nos próprios pés, diga-se de passagem, diante das recentes catástrofes já sujinhos de lama das obras não feitas em Minas. Ou será que a função de senador mudou de rumo que não seja lutar pelo seu estado?

Beatriz Campos beatriz.campos@uol.com.br

São Paulo

 

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INCOMPETÊNCIA REAL E IRRESTRITA

Estamos mais uma vez assistindo o afogamento de pessoas pelas enchentes e o desmoronamento de encostas. O que foi feito? Um tal ministro Bezerra do curral de Eduardo Campos foi indicado para um ministério mas, qual a qualificação profissional deste ministro? Isso é o que menos importa num governo de coalizão. Como o indicado tem que pedir bênção ao padrinho que lá o colocou, nada mais óbvio que por gratidão, destinasse milhões para a terra do "Padrinho Pernambucano". Quando neste país, um ministro vai ter um currículo técnico, para a pasta que ocupar. Não adianta capacitar pessoas, se nos cargos prioritários da nação, os escolhidos não sabem nem o básico, para o ministério que vão comandar. Até eles se familiarizarem com a pasta, já se passaram 4 anos e todo o malfeito já foi praticado. E o dinheiro vai escoando pelo ralo, não se tem um plano de governo. Os cientistas e os técnicos não são ouvidos, como no caso da transposição do Rio São Francisco, onde a água vai evaporar ao sol. As encostas das serras não são protegidas, desmata-se á perder de vista. Em Pernambuco há plantação de cana em morros, o que é um absurdo. As onças estão invadindo o asfalto, pois o habitat delas nos o tomamos. Só temos que esperar o pré-sal fazer furo porque daí, o mar vai ficar de uma negritude semelhante, à biografia dos mandatários da nação.

Mara Fonseca Chiarelli mara.chiarelli@ig.com.br

Mogi Guaçu

 

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TRANSPOSIÇÃO

Conforme o Estadão de 29/12, à página A4, já foram gastos R$ 2,8 bilhões nas obras de transposição do Rio São Francisco e os gastos com o projeto, conforme Fernando Bezerra, ministro da Integração Nacional, poderão chegar a R$ 6,9 bilhões. Será que irá compensar tão alto investimento?

Adherbal Ramon González gonzalezadherbal@ig.com.br

Santa Cruz das Palmeiras

 

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OBRAS ABANDONADAS

O grande sonho do ex-presidente Lula é a transposição do Rio São Francisco, um canal que levará as águas do Velho Chico para o Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. É sabido que em tempos de secas, em alguns trechos o rio quase secam, mas isso é mero detalhe para burocratas e empreiteiras.A obra foi iniciada em seu governo, mas está paralisada, dos 600 quilômetros nem 30 foram concluídos. Pelas fotos do Estadão, parece uma imensa pista de skate para cabritos. Na realidade o que se verifica é uma transposição de licitações e orçamentos, pois o custo inicial da obra estimado em R$5 bilhões, já saltou para R$ 6,9 bilhões, certamente estourará em mais de 50% o previsto, pois já foram gastos R$ 2,89 bilhões e quase nada foi realizado. Aí perguntamos, onde estão o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, a Controladoria-Geral da União, o ministério da Fazenda, o BNDES? Pelo andar da carruagem vai levar ainda muito tempo para fluir água pelo canal, mas em compensação, está fluindo um mar de dinheiro público.

João Henrique Rieder rieder@uol.com.br

São Paulo

 

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COMPENSAÇÃO

No velho Chico, obras paradas. Já a transposição de verbas...

A.Fernandes standyball@hotmail.com

São Paulo

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O CANAL DO SÃO FRANCISCO E A OPOSIÇÃO

Eu entendo que o anunciado sobre preço requerido para a conclusão desse projeto pode, eventualmente, tornar-se o menor dos problemas! Com efeito, obras suspensas, placas de revestimento do canal quebradas ou soltas e outras deficiências apontadas, sugerem que essa obra, como tantas outras do "Lulismo", tenha sido contratada sem projetos, especificações e condições técnicas adequados e, desenvolvida sem uma correta fiscalização. Em se confirmando estes temores, a simples conclusão dessa obra, iria perpetuar problemas e custos, ou mesmo, chegando a inviabilizar a sua operação. Portanto, se a Oposição no Congresso não exigir uma auditoria feita por técnicos qualificados, ela estará sendo conivente com o Governo Federal!

Christian Moth Nielsen cnielsen@uol.com.br

São Paulo

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DESVIOS

Ninguém saberá o percurso dos desvios de recursos para mudar o curso do São Francisco.

Roberto Twiaschor rtwiaschor@uol.com.br

São Paulo

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TERCEIRO SETOR

Muito oportuna a abordagem do assunto no artigo Hora de regulamentar o Terceiro Setor (3/1, A2). O Rodrigo Baggio tem credibilidade para falar em nome das pessoas sérias e comprometidas que formam grande grupo de cidadãos que atuam no Terceiro Setor, e é desse grupo que precisamos para criar um marco regulatório que separe os sanguessugas dos cofres públicos, "lavadores" de dinheiro, exploradores da miséria e da ignorância, de pessoas como os ilustríssimos e saudosos Herbert de Souza e Zilda Arns, e outros, famosos e anônimos, empenhados para exercer a cidadania e contribuir para o bem comum.

Renato Gentile Rocha rerocha65@gmail.com

São Paulo

 

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SÓ ACREDITO VENDO

União quer reaver R$ 1,8 bi usado irregularmente. Processos concluídos pela CGU no ano passado devem devolver aos cofres públicos dinheiro mal utilizado por ministério, entidades e empreiteiras. É o que nos diz o jornal. Como brasileiro há mais de sessenta anos, só o querer reaver não resolve nada. Aliás, há tantas coisas que queremos com relação a este país, sempre do futuro... Você que me lê, também deve querer algo para este país. Mais Educação, menos índices manipulados; mais Saúde, menos cegueira aos responsáveis; mais Segurança, menos ações da polícia avisadas com antecedência, até pela mídia... E paro por aqui, porque nossos desejos e "quereres" não são poucos. Mas, voltando ao assunto, e ao dinheiro recuperado, só acredito vendo. E do verbo ver... Não de vender! Vai que algum consultor, ex-ministro interprete ao seu modo lobista de ver, e pensa que estou pondo à venda aquilo em que não acredito?! Neste país que até já deu cidadania a Deus, tudo pode ser possível!

José Jorge Ribeiro da Silva jjribeiros@yahoo.com.br

Campinas

 

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DÍZIMO DO ROUBO

A Controladoria Geral da União (CGU), após ter analisado diversos processos, disse que quer reaver R$ 1,8 bilhão usado irregularmente ou roubado por Ministérios. Além dela jamais conseguir esse feito, o valor mencionado é simplesmente ridículo. Com certeza esse montante talvez possa representar somente o "dízimo" do que foi roubado.

Angelo Tonelli angelotonelli@yahoo.com.br

São Paulo

 

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DEVOLVER, JAMAIS

No acender das luzes de 2012, uma notícia emerge com curiosidade por se tratar daquelas que o brasileiro convive diariamente pelos jornais, E a ''me engana que eu não gosto''. A Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu que 744 processos analisados em 2011 apresentaram irregularidades e desvios de verbas. Para os juízes da CGU, Papai Noel, Curupira e Boitatá são reais, tanto que acreditam que podem reaver R$1,8 bi aos cofres públicos. Jamais, nessa república de Macunaímas algum político devolveu verbas desviadas nos ministérios. O governo alardeia ''rigor na apuração'', ''faxina nos corruptos'', mas o que se vê é que o dinheiro vai fortalecer os partidos aliados, principalmente o Partido dos Trabalhadores (PT). Nos nove anos de governo petista, qual foi o político que apanhado na malha fina, devolveu a importância desviada ? Tudo não passa de balela. Entretenimento verbal para adormecer bovídeos.

Jair Coelho jairgcoelho@gmail.com

São Paulo

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VER GALINHA CRIAR DENTE

Reaver o R$ 1,8 bilhão é o mesmo que galinha criar dente.

Cícero Sonsim c-sonsim@bol.com.br

Nova Londrina (PR)

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O ETANOL E A TERRA DO SOL

Para ampliar a oferta de etanol o importante, fundamental e estratégico, além de óbvio, é diversificar as matérias primas e ampliar as regiões produtoras. Significa dizer que precisamos continuar, sem dúvida, incentivando e modernizando a cultura e o processamento da cana de açúcar, mas, também, deveremos ir um pouco além do canavial. O Brasil precisa reforçar as ações para fomentar e implementar uma política energética inovadora e reguladora através da introdução de alternativas de matéria prima para a produção do álcool. O etanol poderá vir da Terra do Sol, o Nordeste Brasileiro, pelo cultivo e utilização tanto do agave azul como, também, do sorgo doce ou sacarino para produção de álcool como opção viável para o período da entressafra da cana de açúcar, promovendo a segurança do abastecimento e o equilíbrio do mercado. Culturas de regiões secas e quentes, o agave azul (Agave tequilana) poderá fazer com o sorgo sacarino uma dupla sertaneja de sucesso produzindo etanol na região semiárida nordestina. A irregularidade hídrica do Nordeste requer culturas resistentes, caso do agave e do sorgo. Vale lembrar a experiência nordestina com outra planta da família Agavaceae, o sisal (Agave sisalana), cultivado nos estados da Paraíba e da Bahia, sendo que na região sisaleira baiana está situado o maior pólo produtor e industrial do sisal do mundo. Pesquisas já existem, precisamos, no entanto, de ações complementares de assistências e extensões, rurais e tecnológicas, para a efetiva produção. No Grande Sertão encontraremos as veredas do progresso. Vamos inovar, renovar e avançar.

Paulo Cesar Bastos paulocbastos@bol.com.br

Salvador

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ETANOL

Carro a álcool, você ainda vai ter de vender um?

Com tantas duvidas e mancadas no fornecimento além de um preço totalmente fora do normal,vai ser difícil alguém continuar querendo carro a álcool. Uma prova disso e o crescente numero de veículos importados mais tecnologia e somente a gasolina? No Brasil planos são feitos para fazer auê e quando estão dando certo sempre vem alguém para estragar o prazer. Agora é o açúcar? País que não é sério é outra coisa? É piada.

Antonio Jose Justino anjogoma@yahoo.com.br

Rio de Janeiro

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NOVA FASE PARA O ETANOL

A diferença entre nação de primeiro mundo e nação de segundo e terceiro é que até mesmo naquilo que parece haver seriedade, não há. Os americanos concluíram que os embargos eram inúteis e desgastantes, pois o Brasil não tem sequer como abastecer seu próprio mercado interno em etanol. Uma vergonha de governo e empresários brasileiros, ainda somos tupiniquins mesmo. E ainda tem o PAC do pré-sal que ao invés de ser um projeto secreto de país sério, é um propaganda enganosa eleitoreira! Seremos bois de piranha de elites políticas imorais, mentirosas, corruptas e incompetentes. Nada diferente do elefante branco da sangria do Xico!

Ariovaldo Batista arioba06@hotmail.com

São Bernardo do Campo

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NOVA LUZ

A questão da cracolândia no centro de São Paulo pode ser resumida assim: se tirar o bicho pega, se deixar o bicho come... Pois alguns definem a retirada dos usuários e traficantes de drogas do local como sendo a aplicação de uma política higienista no pior sentido que se dá a esta palavra. E deixar tudo como está é render-se à força de uma política perversa alimentada por entidades pseudo-humanitárias e religiosas que se locupletam do caos social para sobreviverem. A quem ou a qual partido político interessa que o centro velho de São Paulo não ressurja , qual fênix, das cinzas para a Nova Luz?

Mara Montezuma Assaf montezuma.scriba@gmail.com

São Paulo

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POLÍTICA PÚBLICA

A ação repressiva na cracolândia do Estado em conjunto com a Prefeitura revela a falta de política pública,cuja prevenção simplesmente não existe e é substituída pela repressão. Não se resolve o grave problema mediante ação policial ou a derrubada do muro da dependência química. É preciso mais,se o Estado se omitiu anos,agora é chegado o momento de uma atuação conjunta para separar o joio do trigo,e ver quem realmente precisa de tratamento e aqueles outros que podem ser imediatamente descondicionados de sua limitação humana.Infelizmente, nossas autoridades não entendem o meandro da situação e preferem uma resposta que agrade a população, de força e nunca de inteligência,o que apenas ataca a consequência e nunca a causa, razão pela qual o problema ainda persistira. Tudo indica que o grupo se deslocará para outra localidade, em detrimento da sociedade e causará mais desassossego aos moradores da região vizinha.

Carlos Henrique Abrao abraoc@gmail.com

São Paulo

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EU MOREI POR SEIS ANOS NA CRACOLÂNDIA

Parece-me que os políticos estão tratando da Cracolândia sem os especialistas. Hoje estou fazendo pós-graduação em dependência química. Fui dependente de drogas por 17 anos dos quais passei 6 anos na rua, onde dormia, comia, trocava de roupa e fumava crack 24 horas por dia. Até quando a polícia, o governo e as secretarias vão continuar decidindo o que fazer com relação ao problema das drogas em São Paulo sem ouvir os especialistas no assunto? Na quarta-feira dia 5 vi uma entrevista de um coordenador a respeito desta ação da polícia de espantar e espalhar os dependentes químicos da Cracolândia. Ele disse que a primeira etapa é uma ação de polícia e a segunda é uma ação social. Sim, só que não sobrará ninguém para fazer ação social, pelo menos não no centro da cidade. Também vi uma entrevista de um secretário que coordena esta ação e ele disse que primeiro devemos dificultar o uso das drogas pelos dependentes, para que estes fiquem mais sensíveis e aceitem o tratamento. Esta é uma fala de quem realmente não entende como funciona a mente de um usuário de crack ou de alguém que não pode dizer ou fazer mais do que isto por outros motivos. Um "craqueiro" vive para fumar e fuma para viver, esta é sua filosofia. O que precisar ser feito, ele fará. Com o tempo cada usuário vai aceitando fazer ou participar de coisas cada vez mais graves e comprometedoras, uma vez que sua doença é progressiva e o consumo tem que ser cada vez mais intenso. Costumo dizer que o avanço da doença é como se o dependente assinasse pactos com o diabo e vai outorgando a ele procurações entregando sua vida. Esta doença é demoníaca e dentro de cada usuário se instala um demônio especializado em algum tipo de falcatrua, golpe ou crime para conseguir mais droga. Como é que um "craqueiro" vai se sensibilizar com qualquer tipo de coisa se ele não experimenta mais nenhum tipo de sentimento, vivendo pela inércia como um zumbi pelas ruas?

Até quando vamos continuar convidando educadamente cada usuário a aceitar tratamento? O que vai acontecer com esta ação na Cracolândia é que os usuários vão ficar por um tempo rodeando a área até perceberem que a ação terminou ou que ela não vai terminar e vão se instalar em outros lugares. O morador de rua e usuário de crack procura 3 coisas para se instalar em uma determinada região para viver e usar o crack: 1) ele tem que estar próximo de onde vai conseguir comprar a droga; 2) ele tem que estar em uma região onde circulem pessoas para que ele possa "acharcar" (pedir e enganar pessoas com estórias fabulosas), ou roubar; e 3) ele procura estar em pontos ou situações que evitem que ele seja pego. Por isso a Cracolândia se formou, porque o aglomerado de pessoas dificulta a ação da polícia e também porque muitos usuários de outras cidades que já estão precisando usar 24 horas por dia e nas suas cidades e bairros não conseguem, vão para a Cracolândia pela fama que ela tem de abrigar os "craqueiros" e de prover recursos, possibilidades e lugares (buracos) para o uso. Sinceramente, se cada usuário perceber que a Cracolândia não vai mais se reestruturar eles vão se espalhar. São Paulo tem mais de 30 pequenas Cracolândias nas quais eles vão se instalar. A primeira etapa de uma ação na Cracolândia deveria ser recolher o usuário para uma internação involuntária de 30 dias para que ele possa ao menos voltar a pensar, a se comunicar e a conseguir conversar. A segunda etapa deveria ser dar a ele uma opção de tratamento em um lugar mais calmo, mais agradável e mais distante de São Paulo. Conforme ele vai se estruturando ele vai conquistando regimes de tratamento cada vez mais abertos e uma maior relação de confiança. Se ele voltar para a rua e para o uso das drogas repetimos tudo de novo até o vencermos pelo cansaço.

Fabian Penyy Nacer Fabian1001@terra.com.br

São Paulo

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CRACOLÂNDIA E ARREDORES

Todo dia estamos ouvindo falar da cracolândia e de tantos outros lugares com as mesmas características. Estes lugares são ocupados por seres que pretendem fugir da angustia, da dor, do medo através das ilusões geradas pela droga. Nesta perspectiva o abuso de substâncias tóxicas é percebido como uma tentativa de enfrentar sem fadiga situações e experiências incomodas. Os tóxicos dependentes são considerados doentes porque a ação da droga tem destruído ou reduzidos suas capacidades de reação e autonomia. Entretanto esta doença, como todas as doenças, deve ser curada com a intervenção e tratamento adequado. As doenças contagiosas e perigosas exigem o isolamento. O drogado que é um ser socialmente perigoso tratado com modalidades extremamente liberais raramente trabalha e supre as suas necessidades traficando e roubando. A contraposição entre o status de doente e a periculosidade do drogado coloca em discussão a exigência repressiva, a defesa da saúde publica, e a ilegalidade da droga. A ação repressiva pede a proibição de todas as substancias ilegais em todos os níveis, desde o trafego internacional até o consumo ocasional considerando o aspecto delituoso do consumo. Percursos ideológicos mais coerentes parecem aqueles de separar no plano cultural e normativo drogas leves e pesadas pelo fato de pertencer a realidades e tipologias de consumidores diferenciados. Entretanto nossa realidade continua a mesma. Os doentes devem ser tratados e de alguma forma tirados das ruas. Educação e prevenção são opções validas, mas precisamos também da liberdade de circular em determinados espaços urbanos sem o risco de ser incomodados por doentes com patologias de caráter psiquiátrico.

Franco Magrini framagr@ig.com.br

Cachoeira Paulista

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MAIS DOR E SOFRIMENTO?

A Prefeitura de São Paulo montou uma estratégia de combate aos usuários de crack, para inglês ver, ou melhor, para eleitor ver. Essa história de causar dor e sofrimento aos viciados quebrando a logística de distribuição dos traficantes e forçando-os a procurar a rede Municipal de Saúde e Assistência Social não passa de uma grande piada. É mais uma vez tampar o sol com uma nova peneira. Viciados em crack têm que ser tratados quer queiram, quer não queiram, por unidades e profissionais específicos e especializados no assunto. O viciados em crack quando chega na fissura, vai roubar, vai assaltar vai cometer toda espécie de crime para conseguir sua droga, mas dificilmente irá procurar o sistema Municipal de Saúde e Assistência Social. Nessa situação o viciado não tem discernimento para isso. Basta a dor e o sofrimento que a situação do vício causa ao viciado e à toda a sua família. O que a Prefeitura não quer, é arcar com o elevado custo de criar um sistema próprio para recolher o viciado nas ruas e encaminhá-lo para um tratamento específico do seu problema com o crack. A rede municipal de saúde e assistência social, não consegue atender os pacientes comuns do dia a dia, como vai conseguir tratar um problemão desses? - "Alô, Senhor Xis? O senhor está com muita sorte, a sua seção de terapia com a doutora Ypsilon, foi marcada para daqui a três meses"...

Victor Germano Pereira victorgermano@uol.com.br

São Paulo

 

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FÉRIAS

Operação na cracolândia com data de término. Os traficantes saíram de férias e o governador resolveu agir? Ou será efeito do ano eleitoral? Vamos dar um basta a estrategistas e oportunista. Acorda, Brasil!

Angelo Antonio Maglio angelo@rancholarimoveis.com.br

Cotia

 

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NOTA DE AGRADECIMENTO

A família aegypti, através do seu membro mais famoso, o Aedes, mais conhecido como mosquito da dengue, vem respeitosamente agradecer às autoridades e ao povo brasileiro o "apoio, oportunidade e a possibilidade" de instalar-se, proliferar e continuar sua "nobre"missão de proporcionar aos seus portadores a certeza de alguns dias com febre alta, mal estar, dores musculares intensas e para alguns "privilegiados" a forma hemorrágica. Muito obrigado por tudo e que possamos passar mais um ano juntos. Atenciosamente, seu velho amigo, Aedes aegypti.

Luiz Nusbaum lnusbaum@uol.com.br

São Paulo

 

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É A GUERRA CONTRA O MOSQUITO

O ano é novo, mas as notícias são as mesmas de sempre, e as vezes pior. Muita chuva e cidades submersas pelas enchentes e pessoas perdendo o pouco que ainda tem, as vezes a própria vida. Mas tudo isso, é previsível, todo verão quando as chuvas vem com um volume que ultrapassa a médias e as previsões. Porém tem um outro agravante nessa época do ano que são o surto em várias localidade do pais do Aedes Aegypti, popularmente conhecido como mosquito tigre, responsável pela transmissão da Dengue, e bastante resistente e precisa de água limpa e parada para se reproduzir. Para quem não sabe, a Dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A organização mundial da saúde(OMS) estima que entre 50 a 100 milhares de pessoas se infectam anualmente, em mais de 100 países, de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em consequência da dengue. no Brasil por irresponsabilidade ou negligência das autoridades responsáveis pelas áreas, condições sócio ambientais favoráveis a expansão do Aedes Aegypti possibilitaram a diversão do vetor desde sua reintrodução em 1976 e o avanço da doença em todo país. Para se ter uma ideia do tamanho do problema, nos primeiros seis meses de 2011, 84.535 pessoas tiveram dengue, enquanto que, em 2013, as notificações chegaram a 299.764. São Paulo foge as estatísticas, no Estado foi registrado em 2011, um número 57% inferior de casos de dengue, em comparação com 2010, mas essa não foi a regra em outros Estados. A descoberta do tipo 4 do vírus da dengue e alguns Estados, em 2011, tornou as pessoas mais suscetíveis a desenvolver a doença, já que não estão imunizadas contra ele. Além disso, ainda há o risco de reinfecção por diferentes tipos de vírus, o que pode ocasionar formas graves da doença, como a dengue hemorrágica. É preciso lembrar que o mosquito não faz distinção entre pessoas ou religião, negras, brancas, ricas, pobres ou famosas como é o caso do ex-jogador do Corinthians e da seleção brasileira, Ronaldo "Fenômeno", que ao passar férias em Trancoso na Bahia onde também passou o Réveillon com a família , contraiu a doença, noticia essa postada em seu twitter, quarta-feira, dia 4/1, e uma foto sua tomando soro em uma clinica da cidade, dizendo ainda que está fora de risco, em observação. Mas todo cuidado é pouco para não ser pego de surpresa como foi no caso do fenômeno e outros famosos, como diziam nossos avós, "cautela e caldo de galinha não faz mal a ninguém. Faça a sua parte como cidadão consciente que é!

Turíbio Liberatto Gasparetto turibioliberatto@hotmail.com

São Caetano do Sul

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A DOENÇA DE CRISTINA

O carcinoma papilífero encontrado na tireoide da presidente argentina Cristina Kirchner,é mais um infeliz dado estatístico que amplia a lista que contém líderes políticos latino-americanos diagnosticados pelo câncer. Lula, Dilma, Hugo Chávez e Fernando Lugo são alguns dos exemplos mais recentes. Parece que o diagnóstico da doença não esta poupando fronteiras. E se é que pode-se enxergar um fator positivo nestes casos, excluindo Chávez que foi a Cuba, o tratamento de todos esta sendo "feito em casa". Os demais, não precisaram viajar para outros centros ou procurar outros países para receber a excelência,tanto no diagnóstico quanto no tratamento. Isso demonstra o quanto nós,países considerados de terceiro mundo, evoluímos neste quesito em relação a décadas atrás. Pena que 99,9 % da população de países como o Brasil, Argentina, e o Paraguai, isso não significa absolutamente nada. O privilégio, ao contrário, continua o mesmo de outros fatídicos tempos. Para bem poucos.

Filipe Luiz Ribeiro Sousa filipelrsousa@yahoo.com.br

São Carlos

 

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'A FIFA EXIGE TUDO'

Lendo o editorial acima, pergunto: Nada deveria estar acima da Constituição da República Federativa do Brasil. A Fifa está. As exigências dessa entidade vão contra a soberania nacional. Ninguém diz nada? Cadê o OAB, o Supremo (esse está ocupado em esconder as falcatruas). O que o Supremo tem a dizer sobre essas leis inconstitucionais que estão sendo discutidas no Congresso? Essa Copa será a ruína das finanças do Brasil e o responsável chama-se Luís Inácio Lula da Silva, o falso herói do povo. Arruína o país e saí como majestade. O futebol é o ópio do povo, ou melhor, o crack. Que país é esse? Que povinho é esse?

Sergio Michilin ser.michilin@hotmail.com

São Paulo

 

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COPA MUNDIAL E SOBERANIA

Fifa gigante, soberana impondo absurdos! Brasil submisso, tornando-se pigmeu. Traidores e vendilhões da Pátria, onde jogaram nossa soberania? Até onde chegaremos?!

Jorge de Azevedo Pires jorpires@uol.com.br

Ribeirão Preto

 

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DANIEL PIZA

Uma pena o falecimento do articulista Daniel Piza. Envio meus pêsames à família Estadão e também aos familiares do jornalista.

Henrique Brigatte hbrigatte@yahoo.com.br

Pindamonhangaba

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PÊSAMES - DANIEL PIZA

Por que não me ufano: Chegou o fim de semana e a coluna dele não está mais aqui. Aforismos sem juízo: Tantas palavras, tantos espaços ocupados e esse enorme vazio.

Ecilla Bezerra ecillabezerra@gmail.com

Peruíbe