Imagem ex-librisOpinião do Estadão

Cartas - 09/02/2011

Exclusivo para assinantes
Por Redação

SALÁRIO MÍNIMOMetamorfose

Como dizem os especialistas na área, em política tudo é possível. Quem diria que o fervoroso sindicalista de antanho Luiz Inácio Lula da Silva chamaria os atuais membros dos sindicatos de "oportunistas" por defenderem um valor acima de R$ 545 para o salário mínimo?! Uma crítica impensável de um ex-líder sindical, crítico feroz das iniciativas de governos passados. Para proteger a sua pupila, hoje exercendo a Presidência da República, as assertivas do destemido contestador de outrora se voltam agora contra os sindicatos. Essa nova atitude de Lula mais uma vez nos ensina que a política tem mesmo o poder de transformar a mente das pessoas. Mas, segundo os ditames de Maquiavel, sempre por pura conveniência.

FRANCISCO ZARDETTO

fzardetto@uol.com.br

São Paulo

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Sindicallistas & sindicalistas

O ex-presidente Lulla chamou os líderes sindicais de "oportunistas" por exigirem salário mínimo acima dos R$ 545 oferecidos pelo governo. Voltando no tempo, especificamente para a década de 1970, em São Bernardo do Campo, o metalúrgico Lulla iniciava a sua carreira pública promovendo greves e exigindo melhores salários para os trabalhadores da indústria automobilística. Como se vê, não há grandes diferenças entre essas duas situações, a interpretação está relacionada conforme o lado em que se coloca, em ambos os casos se constata que todo sindicalista é um oportunista, está em seu DNA.

JOSÉ CARLOS DEGASPARE

degaspare@uol.com.br

São Paulo

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INFLAÇÃOA conta apareceu

Nem tudo são flores. Inflação de 0,83% em janeiro. A maior dos últimos anos. O anterior presidente lambuzou-se no mel e refestelou-se no banquete dos gastos de seu interesse. Mas a conta precisa ser paga, para não pesar nas costas dos trabalhadores, porque o imposto da inflação dói no lombo de quem produz. E, então, para que a conta seja paga, a atual presidente precisará cortar gastos e fazer a magia difícil de impedir que ocorra pirataria nas verbas orçamentárias, em que os integrantes da "base aliada e não amiga" estão de olho e desejosos de partilha, para suas finalidades, nobres e não nobres. Doravante é que vamos verificar se temos à frente do País uma "dama de ferro" ou uma comandada do "Lulinha paz e amor"...

JOSÉ CARLOS DE C. CARNEIRO

carneiro@claretianas.com.br

Rio Claro

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COMÉRCIO EXTERNOApoio contra os chineses

Será que agora o "novo" Itamaraty, nas mãos de um verdadeiro "patriota", vai reconhecer, sem ranços ideológicos, que a adesão à Alca poderia ter sido um negócio da China?

SERGIO S. DE OLIVEIRA

ssoliveiramsm@hotmail.com

Monte Santo de Minas (MG)

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Assimetrias

Fez muito bem o nosso ministro da Fazenda, Guido Mantega, em reclamar a Tim Geithner da existência do déficit de US$ 7 bilhões e fumaça nas nossas relações comerciais com os EUA. Num mundo justo, todos os países devem apresentar simultaneamente superávit comercial...!

ALEXANDRU SOLOMON

alex101243@gmail.com

São Paulo

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CORREIOSEficiência

Causou-nos estranheza a expressão de Everardo Maciel, no artigo Ministério da Eficiência e Desburocratização (7/2, B2), de que os Correios estariam em "estado de terra arrasada", pois a empresa, em que pesem dificuldades naturais de percurso, continua entregando, todos os dias, mais de 35 milhões de objetos em aproximadamente 45 milhões de domicílios e estabelecimentos comerciais e suas mais de 12 mil agências cumprem com diligência o seu papel de atender milhões de brasileiros em todos os 5.565 municípios existentes no País.

FAUSTO WEILER

, analista, Departamento de Relacionamento Institucional dos Correios

fausto@correios.com.br

Brasília

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CIDADE DO SAMBAIncêndio

R$ 20 milhões arriscados sem seguro, isso é típico da temeridade brasileira. Galpões com material inflamável, solvente, tinta e congêneres, umbilicalmente ligados na Cidade do Samba, no Rio de Janeiro, sem nenhum distanciamento entre eles, permitiam ao homem médio prever a deplorável ocorrência. A informalidade e a improvisação caracterizam o maior e melhor carnaval do mundo, o que não é exceção neste país, que, se já deixou de ser pouco sério, seguramente não prima pelo profissionalismo em diversos campos de suas atividades.

AMADEU R. GARRIDO DE PAULA

amadeugarridoadv@uol.com.br

São Paulo

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Exemplo a ser seguido

Faltando pouco menos de 30 dias para o carnaval, três escolas de samba do Rio perderam praticamente tudo e não têm como participar do desfile. Será? Não tenham dúvidas, vão desfilar e encantar, porque no caos que é o preparo de uma escola de samba para o desfile existem coordenação, empenho, as tarefas são distribuídas pela coordenação, redistribuídas pelos auxiliares diretos, e assim vai até a costura do último botão. Vão conseguir o impossível, porque não existe um político, um secretário, um prefeito, um vereador, nada que possa atrapalhar o andamento dos trabalhos. Que sirva de exemplo para o Estado brasileiro, um cabide de emprego de incompetentes nomeados para cargos de grande importância que em alguns casos não sabem a diferença entre um fusível e um disjuntor. Vamos lá, moçada, mostrem a todos que sem políticos e maracutaias a coisa funciona. Som na caixa!

LUIZ RESS ERDEI

gzero@zipmail.com.br

Osasco

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Inversão de valores

É revoltante observar algumas inversões de valores. Semanas atrás, centenas de pessoas morreram por causa das chuvas na serra. Poucos se manifestaram e muitos não deram a mínima. Agora, logo após o incêndio na Cidade do Samba, muitos famosos, artistas e políticos aparecem para dar declarações, todos muito tristes, chorando e até declarando luto! Enquanto muita gente ainda chora a perda da família, outros apenas se importam em não perder sua diversão. Minha indignação!

DORIVAL MUNHOZ JUNIOR

junhaomunhoz@terra.com.br

Curitiba

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"Os sindicalistas são aprendizes perto do mestre"

MARIA CRISTINA ROCHA AZEVEDO / FLORIANÓPOLIS, SOBRE LULA CHAMAR OS SINDICATOS DE OPORTUNISTAS

crisrochazevedo@hotmail.com

"Primeiro foram as enchentes, agora o fogo. Acho que está na hora de Sérgio Cabral se benzer"

VIRGÍLIO MELHADO PASSONI / PRAIA GRANDE, SOBRE O INCÊNDIO NA CIDADE DO SAMBA

mmpassoni@gmail.com

"880 mortos, centenas de desaparecidos e o carnaval é que está de luto? Meus pêsames, Rio de Janeiro"

ANGELO ANTONIO MAGLIO / COTIA, IDEM

angelo@rancholarimoveis.com.br

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TEMA DO DIAGeithner quer apoio do Brasil contra a China

Secretário do Tesouro americano diz que yuan desvalorizado é pior para o Brasil do que para os EUA

"China e EUA são iguais. Predadores sem freio ético que nos comerão como lanchinho matinal na primeira oportunidade."

RONALDO GOMES FERREIRA

"Ou seja, Geithner quer o fim dos Brics."

JONATHAN PORTO

"China e EUA são dois carniceiros da economia mundial e o nosso desgoverno deveria se prevenir de ambos fortalecendo a economia com contenção de gastos e diminuindo o déficit."

RENATO SAAD

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Cartas enviadas ao fórum dos leitores, selecionadas para o estadão.com.br

 

 

 

 

 

 

CARA DE PAU GLOBAL

 

Estava mesmo insuportável, há que se entender. Então, lá foi nosso "ex" para Dacar, onde há um ‘palanque global’ disponível, ideal para soltar o verbo, contido a duras penas há mais de mês. Lá, o "cara" tratou de falar sobre tudo e sobre todos, como é de sua natureza, aplaudido efusivamente por ditaduras africanas e ressentidos de todo gênero presentes ao Fórum Social Mundial. Lulla vê-se como porta-voz dessa "tchuma de excluídos", o público certo para ovacioná-lo assim que despeja seus torpedos terceiromundistas contra o "Norte" desenvolvido - esse meio-que-abstrato quadro de nações ‘responsável’ (segundo Lulla) pela pobreza do Sul. Deveras, os países africanos em particular, não têm culpa pela situação econômica e social em que se encontram, já que neles não se vê corrupção alguma, o continente é 100% democrático, e, ali, não há registro de conflitos internos, tribais, étnicos, e otras cositas más. É, enfim, tutto buona gente e o inferno são os outros, como diria Jean-Paul Sartre. LIberto das imposições do cargo de presidente, Lulla sente-se à vontade para reproduzir, em escala global, o surrado "nós contra eles", lugar-comum de seus divisionismos, na esteira da não menos batida luta de classes marxista-leninista. Com o oportunismo que lhe é inerente, o "ex" não poderia deixar o evento sem vergastar a ditadura egípcia (óbvio!), coisa que permitiu-se não fazer em seu tempo de presidente, preferindo, ao revés, atacar o estado de Israel - a única democracia do Oriente Médio. Não há registro de que algum repórter o tenha questionado sobre seu love affair com os irmãos Castro, há mais de 50 anos no poder em Cuba. Ao final, perguntado sobre se censuraria a não menos odiosa ditadura iraniana com a mesma ênfase com que criticou a egípcia, Lulla não se fez de rogado: "no Irã a eleição muda o presidente". Que cara de pau !

 

 

Silvio Natal silvionatal49@yahoo.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

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JORNALISMO ENCANTADO

O artigo d 7/2/2011 do professor Carlos Alberto Di Franco pode ter sobre os jornalistas o mesmo efeito da vitória do Corinthians sobre o Palmeiras no domingo: dar um respiro, revigorar momentaneamente a imprensa e a mídia. Vamos ver se o time de jornalistas titulares que está aí sobe na classificação geral. Se não subir, fuja da torcida...

 

Luiz Roberto de Barros Santos luizroberto.santos@gmail.com

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

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VAGA NA RENAULT

Aporte financeiro pode garantir posição de terceiro piloto na Lotus Renault, mas será que garante lugar no cockpit ocupado por Robert Kubica?

Sergio S. de Oliveira ssoliveiramsm@hotmail.com

Monte Santo de Minas (MG)

 

 

 

 

 

 

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ENTRE CACOS DE HERÓIS

Tá aí! os "meninos do Brasil", lídimos representantes do "conosco ninguém podosco", do verde amarelo-canarinho dominador, dos gênios da raça em chuteiras, revelou-se um bando de pivetes que uma crônica esportiva insensata e com complexo de inferioridade criou. Já estávamos a caminho de mais um episódio da série "nunca antes neste país", protagonizado pelo maior canastrão da cena política desta nação. Entre ufanismos, nacionalismos ridículos e egos inflados por vento, vamos vivendo entre cacos de pequenos heróis de pés de barro. Quando vamos deixar de ser ridículos?

 

Alexandre de Macedo Marques ammarques@uol.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

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PEGA MAL

A Seleção Brasileira foi eliminada pela Argentina nas semifinais das Olimpíadas de Beijing-08 (3x0). Depois, a Seleção Brasileira principal foi derrotada pela Argentina por 1x0, em amistoso no Qatar, sob o comando do técnico Mano Menezes. Agora, foi a vez da nossa Seleção 'Sub 20' perder para os nossos maiores rivais, por 2x1, no Pré Olímpico do Peru. A Argentina é um grande adversário, mas o Brasil é superior e temos vantagem no confronto direto contra eles. Pega mal para o futebol brasileiro colecionar derrotas seguidas para os 'hermanos'. Vencer a Argentina no futebol é uma questão de honra para qualquer torcedor brasileiro.

 

 

Renato Khair renatokhair@uol.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

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NÃO CONVENCEU

 

O Flamengo ainda não convenceu. Tem ganhado aos trancos e barrancos. Reforçou o meio de campo e esqueceu a defesa. O miolo da zaga é um desastre. Tirando Ronaldinho e Thiago Neves, que, diga-se de passagem, até agora não fizeram uma apresentação a altura do nome deles, o time é o mesmo de 2010 que deu vexame. Só não foi rebaixado porque os outros foram piores, pois futebol o time não tinha, e ainda não tem. Não é só porque o time tem Ronaldinho e Thiago Neves que tem que ganhar tudo e é o favorito. Vamos baixar esta bola. É preciso que os outros também joguem, e isto não tem acontecido. Luxemburgo vai ter muito trabalho com a limitação dos outros jogadores e daqui a pouco vão começar a criticá-lo porque não está conseguindo armar um time. É que nem o engenheiro que recebe material de 1ª e entrega uma obra de 3ª.

 

Panayotis Poulis ppoulis@ig.com.br

Rio de Janeiro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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SARTRE E CERTOS TORCEDORES DE FUTEBOL

Jean-Paul Sartre foi famoso pensador do século passado. Ele e sua mais ou menos esposa Simone de Beauvoir defenderam com entusiasmo uma teoria comportamental denominada de existencialismo.

Certa vez numa entrevista ao ser questionado por alguém sobre que conselho daria aos jovens ele respondeu em outras palavras, claro, o seguinte: Que os jovens deveriam se preocupar com seus respectivos planos profissionais, com seus estudos e, até, com as belas mulheres. Que deveriam deixar para os adultos a Política por ser atividade escorregadia, perigosa. (Aqui coloco o que me ficou na memória. Mesmo com a internet acho que não seria fácil achar citada entrevista.) Fixei bem aquelas palavras porque, de criança à jovem adulto, também eu perdi tempo com interesse por temas que nada ou muito pouco me trouxeram de benefício prático para enfrentar e vencer as barreiras que se antepuseram em minha trajetória de vida. (Primeiro, foi a religião influenciado por meus pais; depois, o futebol. Não só adorava jogar, sem me importar com o tempo nem com o horário, como também ler e ouvir tudo que podia sobre o belo esporte. Não gastava quase nenhum dinheiro porque não tinha. Com 14 anos passei a trabalhar mas o que eu ganhava era pouco. Não deixei de estudar. Só que não era o aluno que deveria ser envolvido que vivia com assuntos outros que não os tratados na Escola naquelas fases.

Felizmente, também, nunca me envolvi em tumultos. Mais à frente me interessei por Política.

Quando tomei conhecimento do que pensava Sartre a respeito do envolvimento dos jovens com as ideologias já era tarde demais.) É de conhecimento geral que nos anos 50, 60, 70 a população mundial ficou dividida: de um lado o comunismo; do outro, o capitalismo. Um bloco punia os adversários do outro bloco com violência, chegando à morte. O prejuízo que tomei com processos etc. etc. foi grande e definitivo. Onde esses marmanjos que, pelo jeito nem trabalham, nem estudam, arrumam dinheiro para irem às tardes dos dias úteis aos estádios, às vezes longínquos? E para irem fazer protesto ou aplaudir seu clube na chegada em aeroportos? E as violências contra patrimônios e pessoas chegando a formas de assassinatos que jamais pensei que iria ver pelo menos após chegarmos ao século XXI? Como convivem com seus familiares essa gente que tem que ter roupa lavada e passada; água, energia elétrica, alimentos, materiais de higiene e tantas outras coisas mais, todos os dias? E a hora que precisam obturar um dente; fazer uma consulta médica de urgência? Adquirir um remédio? São perguntas que imagino muitas pessoas de bem estão se fazendo após a derrota do Corinthians na Colômbia 4ª feira última (2/2/2011) e a conduta de um punhado de torcedores. Há algum tempo tive a infelicidade de entrar num ônibus onde alguns desses jovens retornavam para casa após o encerramento de jogo à tarde. Apesar de falarem de um jeito prepotente desceram sem pagar as passagens... Ai do motorista ou do cobrador se tentassem impedi-los...

 

Osnir G. Santa Rosa osnirsantarosa@bol.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

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SALVO

Perdendo do "timão" sem Roberto Carlos e Ronaldo fenômeno por 1x0, o Palmeiras salvou o treinador Tite,do Corinthians, de ser mandado embora.

Olympio F.A.Cintra Netto ofacnt@yahoo.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Sem líderes

 

A torcida do Corinthians (brasileiros comuns) reagiu violentamente ao resultado negativo de seu clube pela Libertadores e exigiu que os milionários jogadores tivessem vergonha na cara e trabalhassem. Deu resultado: o time ganhou do líder Palmeiras. O povo brasileiro (brasileiros comuns) , tirando os exageros das ações, precisa fazer o mesmo e protestar contra os salários dos corruptos e bandidos congressistas, protestar contra os péssimos serviços públicos do país incluindo a Justiça , protestar contra o mau uso do dinheiro público por parte dos prefeitos e governadores. O problema é que , diferentemente das torcidas, estamos sem líderes.

Instituições representativas como UNE e sindicatos foram comprados pelo governo petista e se calam. O Poder Judiciário e Ministério Público têm asseguradas suas mordomias e salários e se calam. Os empresários estão mais preocupados com o faturamento mensal e o PSDB, que deveria ser o partido de oposição e ser a voz da população , está morrendo afogado em um mar de vaidades e discussões burras e inúteis.

A população está órfã e carente de líderes . Isso é mau e teremos um alto custo por causa disso.

 

André Coutinho arcouti@uol.com.br

Campinas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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PALMEIRAS X CORINTHIANS

Próxima canonização: Sociedade Esportiva Palmeiras. Milagre comprovado: ressuscitar mortos.

Roberto Castiglioni rocastiglioni@hotmail.com

Santo André

 

 

 

 

 

 

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PAROXISMO

Felipão conseguiu o que queria: não tirar o emprego do Tite. Agora está contentinho?

Maria da Glória De Rosa mg-de-rosa@hotmail.com

Agudos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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SUGESTÃO

 

Sugiro aos torcedores corintianos que desabafem sua fúria em quem realmente interessa: aqueles que mexem no nosso bolso, os políticos de Brasília.

Sonia Arruga soniaarruga@terra.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

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PRESSÃO SEM QUEBRADEIRA

Após a vitória contra o Palmeiras, já tinha boleiro alvinegro roncando grosso como se tivesse ganho um torneio com a importância de uma Libertadores. Pera aí, mano! O resultado só mostrou que o Palmeiras está numa "bagaça" igual ao timão (?) e quem marcasse um golzinho ganharia o jogo. Foi tão grande a incompetência do ataque do Palmeiras que parece que seus jogadores apostaram quem conseguia acertar mais vezes o goleiro corintiano. Do lado nosso, nenhum a destacar, e o resultado não lhes dá o direito de bater no peito, porque a porcaria de uma vitoriazinha contra o Palmeiras ou mérito em ganhar esse campeonatinho paulista é igual a zero. Portanto, manos, não vamos parar com a pressão, mas de forma civilizada e sem quebradeiras, por favor.

Laércio Zanini

Garça

 

 

 

 

 

 

 

 

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SONHADORES

É, Marcos, você é um sonhador e não está sozinho. Existem muitas pessoas querendo repetir o que você disse, mas não têm coragem. Vá em frente, Marcos!

Isael Coleone isael.coleone@itelefonica.com.br

Indaiatuba

 

 

 

 

 

 

 

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TORCIDA ANTICORRUPÇÃO

A notícia tem uma importância histórica. Sou corintiano, mas, ao ler o que o grande goleiro Marcos disse - que gostaria de ver a mesma indignação da torcida (corintiana) no futebol em relação à corrupção na política -, vibrei. O brasileiro é passivo, acomodado para certos assuntos. Parabéns, Marcão, falou bonito e como patriota.

 

Nivaldo José Chiossi nchiossi@uol.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

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SAMBA E PREJUÍZO

A imprensa alardeia que as escolas de samba do Rio de Janeiro tiveram um prejuízo estimado em R$ 20 milhões com o incêndio na cidade do samba. E desde quando Escola de Samba do Rio de Janeiro tem prejuízo? É público e notório a origem deste dinheiro. Quando não é do contribuinte que paga seus impostos e o Governo esbanja e distribui à escolas de samba, é oriundo de doações de bicheiros, ou seja, a fonte é a mesma, já que quem joga no bicho também é contribuinte. Em um ou dois dias os caixas estão abarrotados novamente, duvidam?

Jatiacy Francisco da Silva jatiacy@estadao.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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SORTE

Desejo muita sorte e dedicação à nova Desembargadora Federal, a Sra. Daldice Santana, orgulhosa de ser filha de boiadeiro. Desejo ainda que seja eficaz em sua decisões, pois tenho uma pessoa conhecida, que também é orgulhoso por ter sido boiadeiro, apesar das consequências físicas que isso lhe causou, o Sr. José Domingues da Silva - processo nº2005 -03.99.00378-4, que aguarda há 06 (seis) anos uma decisão acerca do seu processo de aposentadoria, o qual se encontra no gabinete de um Desembargador (a) Federal, apesar do pequeno valor, 1 (um) salário mínimo.

 

Acacio Miranda da Silva acacio.miranda@uol.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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OMISSOS

A verdade é que não existe oposição no Brasil desde 2002, quando da saída do PSDB de FHC do governo federal, a dita oposição desde então é um amontoado de egos sobrepostos, com a hipocrisia da propriedade do politicamente correto. FHC tem responsabilidade nisso, principalmente pela sua postura academicamente omissa.

 

 

Francisco José Sidoti fransidoti@terra.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

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OPOSIÇÃO

 

Serra vem a público de diz: " O PSDB não atua como deveria"; FCH notícia: "..ou a oposição fala, fala forte, sem se perder em questiúnculas internas ...". Parece que todo mundo fala, e mal, da oposição, mas ninguém fala por ela, ou espera que alguém diga para falar por ela, e o que acaba ficando é um imenso silêncio. Sou um dos 44 milhões citados por Serra, em artigo no Estadão em 6/2/2011, e que aguardam uma resposta, mas creio que essa reposta tem de vir de partidos, que são agremiações que reúnem pessoas, imbuídas das mesmas crenças e valores, pelo que entendo. Certa é a proposta de Aloysio Nunes, voltada a contar com uma direção que unifique o partido, no caso o PSDB. Mas me pergunto: essa "direção", já não existe?; ou o PSDB está padecendo de uma estrutura orgânica, com cargos e atividades definidas entre os seus membros? Se as repostas forem sim! Desses cargos não poderiam participar ativamente os seus "notáveis", cujos nomes foram citados pelo próprio Aloysio: FHC, Serra, Tasso, Sérgio Guerra, Alberto Goldman, e porque não também: Aécio e Alckmin. Como em toda a organização existem disputadas por poder, mas dentro de regras civilizadas, próprias de cada uma. Se a disputa é a indicação do partido para concorrer a eleição presidencial de 2014, que ela ocorra dentro de um calendário, onde os proponentes tenham garantido o seu espaço, a exemplo da realização de primárias, sem se utilizar das escaramuças dos bastidores. Nós, os 44 milhões, estamos aguardando uma resposta; uma voz, é que ela venha de partidos, PSDB, DEM, etc., que devem atentar aos preceitos de organização e eficiência. Preceitos esses que membros desses partidos, que se arvoram como oposição, cobram de forma isolada da situação, num exemplo de turba desafinada.

 

José Nestor Cavalcante Cerqueira nestor.fwb@terra.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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REFORMA POLÍTICA

 

Não existe um parlamentar interessado em fazer a reforma política, visto que ela lhes tiraria as benesses. As coligações foram feitas para sustentar incompetentes no poder. No Brasil, somente o que produz malfeitos faz sucesso.

A maracutaia das coligações é uma vergonha, herança deixada por Lula que, em nome da governabilidade, foi tão bem assimilada por seus companheiros. Não se vê um deputado, senador ou vereador que esteja interessado em trabalhar para o País.

A horda de malfeitores cresce a cada dia e não se vislumbra um cenário melhor, pois o STF, STJ e TSE, fechando os olhos para esse perverso esquema, estão dando a senha para que tudo fique como está, mesmo sabendo que a vontade do eleitor vem sendo desrespeitada. Pobre Brasil!

 

Izabel Avallone izabelavallone@yahoo.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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E O TRABALHO...

O Estadão 8/2/2011 publica matéria sobre a produtividade da Assembleia Legislativa de São Paulo e, embora a atividade de legislar não seja a sua única, 85% das leis aprovadas foram para designação de logradouros e datas comemorativas é decididamente ridículo e, embora seja a sua função defender a Casa, a tentativa do seu Presidente de justificar o injustificável não dá para engolir. O fato de proporem projetos que foram vetados pelo governador por inconstitucionalidade não pode ser considerado como atenuante, mas sim como desconhecimento da função ou tentativa de criar dificuldades para o Executivo. E quando derrubam o veto do governador para um projeto de lei inconstitucional, praticam mais uma despesa inútil para o erário público. Se por um lado eventualmente assiste razão ao presidente d a Assembleia de que poderia haver uma mudança constitucional para ampliar suas atribuições, por outro, então enquanto tal não ocorre, não se justifica o Tesouro Estadual arcar com as despesas de 94 deputados quando cada um deles custa a bagatela de 395 mil reais por ano. È muito dinheiro para dar nomes de logradouros e inventar datas comemorativas. Ai sim deveria haver uma mudança na legislação para alterar o número de deputados estaduais para menos ou diminuir e bem os seus vencimentos pois atualmente no custo benefício é negativo e muito. A Câmara Municipal de São Paulo sofre do mesmo vício e o número de leis aprovadas para dar nome a pracinhas é absurdamente grande, principalmente porque no caso do município existe uma divisão especificamente para denominar logradouros preparando um simples decreto para a assinatura do prefeito com despesa unitária muito menor que uma lei proposta por um vereador.

 

 

Gilberto Pacini benetazzos@bol.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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SINAL DOS TEMPOS

Lula ataca sindicalistas, os mesmos que o alimentaram e o sustentaram durante toda a sua vida, os mesmos que o fizeram chegar à Presidência. É o sinal dos tempos.

 

David Neto drdavidneto@hotmail.com

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

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NAS COSTAS DO CONTRIBUINTE

Enquanto a família do ex-presidente não devolve passaportes diplomáticos emitidos ilegalmente, ao renovar o meu passaporte ontem consegui agendamento para a entrega dos documentos somente para o dia 2 de março.

Essa é mais uma herança maldita dos oito anos do desgoverno Lulla, em que sua família e os "cumpanheros" foram privilegiados, e os cidadãos comuns, pagadores de impostos, que sempre carregaram este país nas costas, têm de arcar com a deterioração dos serviços públicos, lotados de petistas e apadrinhados, incompetentes e com horror ao trabalho.

 

Fernando Fenerich ffenerich@gmail.com

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

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COISA FEIA

Pior do que ter recebido indevidamente um passaporte diplomático por oito anos é o fato de o filho de Lula, Marcos Claudio, ter prometido publicamente devolvê-lo ao Itamaraty e não tê-lo feito. Coisa mais feia. Prometeu, tem de cumprir. Se já foi algo vergonhoso ter um passaporte diplomático em desacordo com a lei, mais vexatório ainda é não ter palavra e não cumprir o que diz. Sr.Marcos Claudio, cumpra com a palavra dada e devolva o passaporte diplomático ao Itamaraty.

 

Renato Khair renatokhair@uol.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

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PASSAPORTES

A família Lula da Silva não sabe mais viver sem mordomias e privilégios, por isso se recusa a devolver os passaportes diplomáticos indevidamente fornecidos a vários de seus componentes. Já se conhece o efeito deletério que a súbita riqueza e mudança de status social causa nas pessoas despreparadas, mas geralmente notamos mais isso em jogadores de futebol, que, seduzidos pelo glamour, extrapolam e acabam "pisando na bola". Mas a família Lula da Silva, mesmo fora do poder, pretender estabelecer parâmetros de ilegalidade e sentir-se impune, acima e ao largo da lei, é inaceitável! Direto e reto: Devolvam já os passaportes, acabou-se a mamata!

 

Mara Montezuma Assaf montezuma.fassa@gmail.com

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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APOIO

Mubarak aprendeu com Lula como obter o apoio do funcionalismo: é só aumentar salários.

Angelo Tonelli angelotonelli@yahoo.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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FORROBODÓ

Já imaginaram se esses conflitos que estão ocorrendo no Egito, tivessem ocorrido na época em que Lula era nosso presidente ? Com certeza ele teria feito o maior forrobodó...

Virgìlio Melhado Passoni mmpassoni@gmail.com

Praia Grande

 

 

 

 

 

 

 

 

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POLVO PAUL

Onde há um holofote lá aparece elle. Não pensou em se candidatar ao posto de polvo Paul na Copa de 2014?

Adriana Irigoyen adrianairigoye@terra.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

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INCOERENTE

Lula reaparece. Espero que o mundo não pense que ele ainda fala pelo Brasil. Incoerente, demagogo e principalmente evidenciando total falta de conhecimento, faz críticas ao sistema financeiro que socorreu bancos americanos e europeus, mas esquece o socorro ao Panamericano. Crítica os subsídios agrícolas, mas sempre se furtou a criticar as invasões do MST a terras produtivas. Elogia os movimentos populares contra as ditaduras na Tunísia e Egito, mas defende o Irã, Cuba e Venezuela entre outros. Caberá ao tempo e à história evidenciar todo malefício que este senhor causou à Nação.

 

Luiz Nusbaum lnusbaum@uol.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

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ESCLARECIMENTO

 

Na edição de sábado (5/2/2011) fui citado no artigo do colunista Gilberto Mendes e elaborei a seguinte resposta: Na mais recente edição da Revista CONCERTO (da qual sou colaborador desde 2006) foi publicado um breve depoimento meu dentro de uma série retrospectiva sobre a temporada 2010, na qual diversos músicos, jornalistas e produtores foram convidados a dar suas contribuições. Meu depoimento pode ser conferido na íntegra neste link [http://www.concerto.com.br/contraponto.asp?id=882], mas em suma, em meu papel de músico - "dublê" de jornalista, profissão de fé compositor - procurei abordar os fatos (sejam eles "bons" ou "ruins") mais marcantes, tanto na cena clássica geral como no meu nicho artístico, isto é, a música contemporânea. É o mínimo que se espera quando se dá a voz a um compositor.

Então, por isto, destaquei os dois fatos mais marcantes nesta área, a criação da Camerata Aberta e o atual status quo do Festival Música Nova (FMN). A Camerata Aberta deslumbrou sua audiência com um trabalho musical sério e competente, com concertos de repertório instigante, bem divulgados e sempre com uma excelente presença de público. Já o FMN, que há anos patina em termos de organização de produção, atingiu seu ponto culminante. Por exemplo, sua divulgação foi tão ineficiente que a Revista CONCERTO sequer conseguiu publicar sua programação, pois ela não havia sido enviada até o fechamento da edição do mês em que ocorreu o FMN (e olhe que na revista trabalha-se com prazos relativamente generosos para divulgar, sempre gratuitamente, os mais diferentes tipos de eventos na área clássica). A esta comparação o compositor Gilberto Mendes, criador do FMN, chamou de "estapafúrdia" em seu artigo "Morte ou transfiguração", publicado no último domingo no jornal O Estado de S. Paulo, ao qual se seguiu uma defesa do FMN através da enumeração dos muitos feitos realizados pelo evento. Gilberto Mendes foi, é e sempre será uma pessoa e um artista a quem sempre devotarei minha mais sincera admiração e respeito. Tive inclusive o privilégio de fazer uma matéria de capa para a revista em outubro do ano passado, após passar agradáveis horas em sua companhia durante um longo bate-papo que tivemos em seu apartamento, na cidade de Santos. "Salve Gilberto" é o que sempre direi, não importa as circunstâncias. Mas, ora, do jeito que as coisas foram expostas, até pareceu que eu estava a encampar uma batalha contra o festival! Em tempo, eu mesmo "participei" da última edição do FMN, na medida em que houve uma peça minha interpretada.

Poucas semanas antes do evento, fui sondado pela pianista e amiga pessoal Beatriz Alessio para mandar uma peça para a apresentação que ela faria ao lado do violoncelista Roham de Saram, que já foi integrante do prestigiado Quarteto Arditti e que é um dos grandes "músicos contemporâneos" da atualidade. Não tinha especificamente uma peça para esta formação, mas no entusiasmo de poder trabalhar com músicos tão gabaritados, reorganizei minha agenda e compus uma peça que foi estreada na última edição do FMN. Isto fez com que eu acompanhasse um pouco do trabalho de bastidor do evento, testemunhando quanto esforço os músicos tiveram que empreender para superar as dificuldades geradas pela "organização" do evento. Em seu texto Gilberto parece não discordar de minha crítica ("Na música moderna, contrastasse a criação da Camerata Aberta e seu exuberante trabalho com a desorganização do tradicional Festival Música Nova, que a cada ano perde terreno e prestígio nesta área tão importante para a cultura do país"[...]), mas sim da comparação. Mas, independentemente da proposta editorial do depoimento - onde mais estapafúrdio ainda seria eu colocar no mesmo balaio produções de ópera, Osesp, festivais e a morte de Almeida Prado - a comparação entre a Camerata Aberta e o FMN é assim tão disparatada? Ambas não assinam um compromisso com a arte contemporânea? Ambas não envolvem a questão da música contemporânea enquanto um espetáculo musical atraente para a audiência brasileira da atualidade? Ambas não envolvem muitas vezes os mesmos músicos? Ambas não se preocupam com a ampliação do público? Ambas não envolvem um esforço de logística e de produção? Apesar de em termos de tempo a Camerata Aberta ter seu esforço distribuído ao longo do ano, e o FMN concentrado em alguns dias, ainda assim penso que só em um aspecto esta comparação não pode ser realizada, isto é, nos termos da institucionalização e apoio governamental. A Camerata Aberta teve o privilégio de nascer como um projeto institucionalizado, ligado às atividades da Escola de Música do Estado de São Paulo (EMESP), e de forma pioneira, ofereceu toda uma infra-estrutura de produção, aliado a uma seguridade financeira a seus integrantes, então inédita em empreitadas deste gênero no Brasil. Por outro lado, o FMN há décadas sobrevive de forma heróica às intempéries da cultura tupiniquim, e como o próprio Gilberto coloca, "já era tempo do festival ter sido encampado por alguma instituição governamental ou coisa parecida". Também acredito que institucionalização é um passo importante para consolidação de um projeto cultural do porte do FMN, mas sem rigor artístico (algo que nunca faltou ao evento) e organização, a institucionalização por si não é chave para a resolução de todos seus problemas. Não faltam no país orquestras, coros e outros tipos de corpos estáveis juridicamente institucionalizados, mas que por fatores mil, na prática estão confinados a uma existência meramente virtual em termos artísticos. O FMN é algo que sempre existiu concretamente, e sua importância para a cultura musical brasileira é inconteste. Foi justamente a consciência desta importância que motivou minha observação, pois num país onde belas ideias e ações não raro morrem por inanição, estar atento ao entorno e propagar aos quatro ventos os feitos "bons" e "ruins" não deixa de ser uma forma de o cidadão exercer seu senso de responsabilidade cultural. Ao mestre Gilberto, digo ter a convicção que estamos a batalhar no mesmo lado desta trincheira, e que talvez, estapafurdicamente, passamos por um incidente de "fogo amigo". Acontece nas melhores famílias.

 

 

Leonardo Martinelli leonardomartinelli@yahoo.com.br

São Paulo