Imagem ex-librisOpinião do Estadão

Cartas - 09/04/2011

Exclusivo para assinantes
Por Redação

DEPOIS DO MASSACREMedidas drásticas

Muito comovente o choro de dona Dilma ao discursar sobre os assassinatos na escola de Realengo, no Rio. Só que o País precisa de muito mais que choro em ocasiões como essa. E a gente espera que dona Dilma tome medidas, mesmo que drásticas, imediatamente e também faça pressão sobre o Congresso Nacional para que saia da costumeira inércia.

GERALDO ALAÉCIO GALO

ggalo10@terra.com.br

Guarulhos

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A guerra é aqui

Mais um motivo para o governo iniciar uma ação eficaz contra o contrabando de armas e drogas. A presidente Dilma tem a obrigação moral de aparelhar a polícia de fronteira com homens, veículos, aviões e equipamentos para impedir o tráfico de armas. Se necessário, usar o Exército e aumentar o seu contingente. A guerra é aqui e estamos perdendo a batalha. Nossas crianças têm direito à vida e a um futuro melhor.

JOSÉ CARLOS COSTA

policaio@gmail.com

São Paulo

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Nova sociedade

O massacre no Rio, que muito nos entristece, é um alerta para as necessidades dos novos tempos, globalizados. Com os benefícios da modernidade vieram também os problemas e hoje acontecem no Brasil coisas só antes vistas nos países "de Primeiro Mundo" ou nos chamados fundamentalistas. A escola vem dando, há anos, os sinais de inconformidade. O outrora respeitado professor hoje é ofendido, agredido e até morto por sua própria clientela. Os jovens vivem o drama de uma sociedade cada dia mais exigente para sua inclusão, mas nem sempre encontram abertas as portas do mercado e para o seguir da vida. Como consequência, tergiversam, perdem a saúde e acabam cooptados pelo crime e pelo vício, e vão engrossar as estatísticas de insucesso social. Temos hoje o Brasil tecnológico que todo brasileiro sonhou. Mas, infelizmente, não temos tido a capacidade de assistir a população e encaminhar o jovem. E o pior é que cada dia menos temos sabido nos comportar uns com os outros. O episódio do Rio chama a atenção para a necessidade de uma vida comunitária ativa. Vizinhos, amigos e até familiares do criminoso sabiam de suas dificuldades. Mas poucos, certamente, ousaram tentar fazer algo para ajudá-lo. Ele se transformou numa bomba que eliminou mais de uma dezena de vidas (inclusive a própria). É de perguntar: quantas outras bombas latentes existem por aí? Ficamos sabendo da pior forma que já somos um país desenvolvido. Já temos nossos serial killers e outros problemas típicos das áreas mais desenvolvidas do planeta. Agora é preciso cuidar. Mas só dinheiro ou ação de governo não bastam. Além do empenho e do aporte de recursos de governos e empresas, há a necessidade do empenho pessoal de cada brasileiro. Sem isso será muito difícil enfrentar o caos...

DIRCEU CARDOSO GONÇALVES

, tenente PM, dirigente da Associação de Assistência Social dos Policiais Militares de São Paulo

aspomilpm@terra.com.br

São Paulo

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Violência banal

A carta do leitor sr. Judson Clayton Maciel (Fatalidades, 8/4) deve ser impressa, copiada e distribuída a todos os pais de crianças de todas as idades. Ele descreve exatamente a verdadeira raiz desse trágico acontecimento. Como pedagoga aposentada, mãe e avó, sei, pela experiência de muitos anos trabalhando com crianças, como a violência banal dos jogos, filmes, videogames e até histórias em quadrinhos afeta o cérebro de qualquer criança que tenha tendência a comportamento obsessivo - e não são poucas.

JANET SPENCER DELGADO

janet.spencer@terra.com.br

Águas de São Pedro

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Faltas graves

Como velho professor aposentado e cidadão brasileiro, manifesto meu repúdio aos burocratas da educação e suas cartilhas que impedem que a escola faça constar faltas graves no histórico escolar, mesmo de alunos rebeldes e jubilados, deixando-os livres para tumultuar e cometer crimes hediondos na vida em sociedade.

ANTONIO ROCHAEL JR.

antoniorochael@gmail.com

Iguape

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Solução urgente

Foi graças a Deus e à rápida intervenção do terceiro-sargento da Polícia Militar Márcio Alexandre Alves que se evitou um número maior de vítimas. A solução urgente é haver policiamento nas escolas e, tão logo que for possível, detectores de metais nas entradas dos edifícios escolares.

JOSÉ ERLICHMAN

joserlichman@terra.com.br

São Paulo

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ESCLARECIMENTOAerossóis

Sobre a nota na seção Planeta de 5/4, esclarecemos: o aerossol é um produto que sempre utilizou gás propelente. Até 1978 utilizavam-se os clorofluorcarbonos (CFCs). Os cientistas, na época, elaboraram teoria probatória de que os CFCs - elementos muito estáveis - migravam lentamente até a camada de ozônio, permitindo com sua molécula de cloro interromper o ciclo de renovação daquela no nível estratosférico. Essa teoria foi atendida por EUA e Canadá nos fins de 1978. O Brasil atendeu a essa posição em janeiro de 1979, sendo o terceiro país do mundo a iniciar a substituição dos CFCs por propelentes naturais: butano, propano e isobutano. Isso custou à nossa indústria uma mudança estrutural importante e cara, que levou a substituir todos os equipamentos e o layout das empresas envolvidas na produção de aerossóis. Os CFCs, que têm como definição técnica hidrocarbonetos halogenados, foram uma importante invenção nos EUA para o sistema de refrigeração. Quando substituímos CFCs por propelentes naturais, toda a indústria de refrigeração continuou a utilizá-los até a proibição pelo Protocolo de Montreal, com prazos a partir de 1988, e também, quando dessa proibição, as indústrias de expansão de espumas sintéticas de borracha foram envolvidas. A indústria de aerossóis nunca chegou a consumir mais de 8% da produção de CFCs, portanto, mencionar que o aerossol é responsável pela redução da camada de ozônio é uma afronta a todo o setor industrial, pioneiro na substituição dos CFCs. Nossa indústria de aerossol não significa uma agressão ao meio ambiente, significa, sim, respeito ao meio ambiente, ao consumidor final e à saúde pública.

HUGO CHALULEU

, presidente da Associação Brasileira de Aerossóis e Saneantes Domissanitários (Abas) e da Federação Latino-Americana de Aerossóis (Flada)

ppagina@ppagina.com

São Paulo

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"Apenas mais um dado na estatística de insegurança, violência e tantos outros descasos, como com a saúde e a educação, que assolam o País e os governantes insistem em negar"

ANGELO ANTONIO MAGLIO / COTIA, SOBRE A TRAGÉDIA NO RIO

angelo@rancholarimoveis.com.br

"A sociedade precisa se mobilizar contra a violência, chega de ver sangue de inocentes na imprensa"

PAULO DIAS NEME / SÃO PAULO, IDEM

profpauloneme@terra.com.br

"Não se encontra na natureza nada de tão malvado, selvagem e cruel como o ser humano (Hermann Hesse)"

J. S. DECOL / SÃO PAULO, IDEM

decoljs@globo.com

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TEMA DO DIAEUA apontam abuso policial no Brasil

Relatório critica ainda ''relutância em processar e a ineficácia nos julgamentos" de corrupção

"Cara de pau o relatório. Quantos foram assassinados com duas bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki?"

REGINA FONSECA

"Se a Casa Civil no Brasil produzir relatório semelhante sobre outros países, não seria considerado ingerência externa?"

LEONARDO KOPPES

"Todo cidadão brasileiro sabe desse fato. Todo "desgovernante" também. Apenas fechamos os olhos a essa barbárie!"

OSWALDO ROBERTO RODRIGUES

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Cartas enviadas ao fórum dos leitores, selecionadas para o estadão.com.br

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

TRAGÉDIA NO RIO

 

Como previsto, toda a imprensa falada, escrita e interativa estampa em suas capas a tragédia do Rio. Psicólogos, policiais, pais, irmãos de vítimas, advogados e outros entendidos, obviamente chocados, expõem suas mais diversas ideias e desabafos. Acredito eu, cidadão comum e brasileiro, termos só uma solução: o desarmamento total e irrestrito da população, com toda a vontade política necessária para isso. O resto é balela! Por enquanto, orar para que o grande arquiteto do Universo nos proteja, guarde e dê força às famílias das vítimas.

Vitor Adissi vitor@clubsoda.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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DESARMAMENTO

Após os lamentáveis acontecimentos em escola do Rio de Janeiro, autoridades e especialistas voltam a falar em desarmamento. O tema já foi exaustivamente discutido em 2005, quando da instituição do Estatuto do Desarmamento. Na ocasião foi feito um referendo para decidir sobre a proibição da venda de armas. O resultado do plebiscito mostrou que 64% da população era contra a proibição da venda de armas, enquanto que 36% era a favor. A Frente Parlamentar pelo Direito à

Legítima Defesa, que defendeu o Não e teve sua campanha totalmente financiada pela indústria nacional de armas e apoiada pela organização americana NRA (National Rifle Association) comemorou efusivamente a vitória.

Não cabe agora discutir sobre o resultado do referendo, mas cabe refletir acerca de um possível plebiscito sobre a proibição da fabricação de armas, porque se elas não forem fabricadas não será preciso proibir sua venda.

 

Cláudio Moschella arquiteto@claudiomoschella.net

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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OUTRA VEZ?

 

 

Como reação ao massacre do Rio, o governo voltou a insistir no desarmamento da população. Concordo que armas são perigosas, mas especialmente nas mãos de bandidos. Portanto, desde que o governo nos dê provas de que acabou com todas as armas ilegais que entram livremente pelas fronteiras, e que os marginais, traficantes e criminosos estão sob o controle de forças policiais (e não o contrário), aí sim, ficaremos a favor do desarmamento geral e irrestrito. Do contrário, achamos que o cidadão honesto e pacífico não pode ficar, como carneirinho indefeso, a mercê dos que não têm escrúpulos e conseguem armas e munições ilegalmente, até de uso exclusivo das Forças Armadas. Pelo muito que recebem do nossos dinheiro, o governo tem obrigação de, primeiro, nos oferecer um ambiente de paz e segurança. Depois, com tranquilidade e até alívio, entregaremos nossas pequenas armas.

Silvano Corrêa scorrea@uol.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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A FARSA DO DESARMAMENTO

Vejam como funciona o raciocínio dos que compõem este governo: o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo já antecipa que, em reação ao brutal massacre de jovens em Realengo tragédias como a do Rio " devem ser combatidas com uma política forte de desarmamento"...acrescentando que o governo federal já tinha decidido retomar as políticas de desarmamento da população...Da população? Ah...estão tentando reverter a primeira derrota de Lula acontecida já no primeiro mandato, ...o plebiscito do desarmamento., se aproveitando de um fato de comoção nacional. Será que a mídia vai novamente apoiar esta mentira mais do que comprovada pelo contínuo desleixo com que o governo tratou nossas fronteiras?Se interesse houvesse em desarmar a criminalidade...a atuação teria sido outra!

Será que não está claro que este jovem facínora não adquiriu as armas de forma legal? Que provavelmente foi comprada de traficante de armas e droga, que trabalham ativamente porque este governo é relapso ou incompetente? Que seu treinamento não foi feito numa escola de tiro regular...mas certamente sua habilidade com armas adveio de treinamento entre a marginalidade? Mas o governo prefere adotar novamente uma política de embuste. Mas se precisar começaremos já outra campanha para desmascarar as verdadeiras intenções de quem se preocupa em desarmar a população mas até agora deixou-nos à mercê da criminalidade!

Que façam uma pesquisa para saber o número de armas ilegais em mãos de bandidos e de armas adquiridas dentro da lei. Chega de enganação! As mãos cruzadas no peito imitando asas de pombinha da paz...são as mesmas que só defendem direitos de alguns humanos em detrimento de milhares de outros ...

 

Mara Montezuma Assaf montezuma.fassa@gmail.com

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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DEMAGOGIA PALANQUEIRA

 

Solidarizo-me com as famílias enlutadas no Rio de Janeiro pela tragédia praticada por esse psicopata assassino. O pior é ouvir as "viúvas do referendo", que são políticos e ONGs oportunistas e o próprio governo, reabrirem a discussão sobre o desarmamento dos cidadãos de bem. É importante reconhecer que foi o uso de uma arma em mãos treinadas que impediu que a tragédia fosse maior, direito esse negado ao cidadão honesto. Esse governo não nos dá segurança e nos impede de exercer o direito natural e sagrado a legitima defesa. Cuidem efetivamente da segurança pública, da educação, da saúde e do país e joguem a demagogia palanqueira no lixo.

José Luiz de Sanctis jldesanctis@uol.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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APOIO

 

Li com preocupação carta do senhor Adão Ribeiro - "Precedente perigoso" - publicada no Fórum dos Leitores do Estadão de 08/04/2011 sobre o massacre perpetrado por psicótico em escola no Rio de Janeiro. Concordo com a 1º metade da carta referente ao possível desencadeamento de ações semelhantes e discordo da 2º metade onde culpa armas em poder da população como uma das causas da tragédia. Permissão para que cidadão de bem, depois de submetido a investigação psicotécnica e treinamento, possua uma arma devidamente legalizada para defender sua família, enquanto bandidos armados até os dentes com equipamento pesado matam e sequestram em guerra geralmente perdida pela polícia, deveria merecer apoio de todos.

 

 

Rem: José Sebastião de Paiva j-paiva2@hotmail.com

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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REALENGO

 

 

Muito lúcida a análise do leitor Gilberto Dib. O assassino de Realengo tem todas as características de um esquizofrênico, sempre isolado, muito fechado em si mesmo, sentindo-se perseguido e querendo se ver livre de seus pretensos perseguidores. Não matou pelo fato de o plebiscito no Brasil ter derrotado a tese do desarmamento. Não é o primeiro e nem será, infelizmente, o último. Nada o deteria, tanto que entrou na escola tranquilamente e se apresentou como ex-aluno que chegava para dar uma palestra com os alunos atuais. Apenas um detector de metais denunciaria suas intenções. Ora, dirão, mas esta é uma medida constrangedora! Não é! É sim, preventiva. Há que se desarmar não os cidadãos comuns, trabalhadores, honestos, e sim os traficantes, vigiar as fronteiras e coibir a entrada de armamentos e drogas. Fazer incursões espetaculares nos morros, com cobertura televisiva, de nada resolve, apenas causa o "inconveniência" de obrigar os traficantes a mudarem de endereço.

 

 

Cléa M. Corrêa cleacorrea@uol.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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POPULAÇÃO ACUADA

 

Em razão do massacre de Realengo no Rio de Janeiro onde foram mortas 12 crianças, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), defendeu na sexta-feira a revogação do Estatuto do Desarmamento em vigor desde 2004. Este Estatuto foi um dos maiores erros já cometidos em nome de uma pseudossegurança pública, pois como resultado ele desarmou uma sociedade ordeira e manteve armados os bandidos. O que se vê desde 2004 até os dias de hoje é uma população acuada pela bandidagem e os bandidos armados até os dentes em plena luz do dia atacando as pessoas com a certeza de que não haverá um revide à altura. O que falta mesmo é um governante com "aquilo roxo" para enfiar uma tolerância zero pela garganta dos bandidos.

 

Jatiacy Francisco da Silva jatiacy@estadao.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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MORTANDADE DE JOVENS

 

Não é difícil entender porque esse desfecho de loucura, desequilíbrio, insanidade de alguma pessoa contra jovens estudantes em escolas, indefesos, surpreendidos, traiçoeira e covardemente por insanos que não merece convier com à sociedade. Se o governo cumprisse a sua obrigação de dar a indispensável segurança pública ao povo, pela qual pagamos e caro, certamente seria reduzidíssima, ou talvez eliminada. Enquanto houver negligência na segurança e ineficiência do

Poder Judiciário, infelizmente isto ainda poderá repetir.

 

Benone Augusto de Paiva benonepaiva@yahoo.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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DESTINO MACABRO

 

 

Ao ver as cenas do terror em Realengo, Rio de Janeiro, lembrei-me de um caso, quando fui fazer recenseamento em 1970, ao bater numa casa o morador não se encontrava, então os vizinhos disse-me, moça não procure esta pessoa, pois é um cara fechado, barbudo e não conversa com ninguém, me assustei, mas voltei dali dois dias, pois tinha que cumprir as informações; ao chegar no local, ele estava chegando em casa muito desconfiado e me perguntou o que você quer, disse a ele que

estava fazendo o recenseamento e precisava de algumas informações, ele disse, pra quê que o governo quer saber da minha vida eu sou uma pessoa solitária que perdi minha mulher e filha num atropelamento e não tenho mais ninguém, vivo só esperando a morte, ouvi e lhe falei que a vida é assim mesmo nos prega peça e muitas vezes horror, agora pergunto, porque as pessoas se afastam de gente que precisa de solidariedade, será que também não é culpa nossa!

 

 

Maria José da Fonseca fonsecamj@ig.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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BARBÁRIE NA ESCOLA

 

Mais uma vez nos unimos e nos solidarizamos pela dor, tem sido sempre assim, e as grandes vítimas dessas tragédias tem sido nossas crianças, nossos jovens, enfim estamos órfãos e os que deveriam cuidar da segurança estão encastelados em seus palácios e seus bunkers rodeados de seguranças por todos os lados. A presidente Dilma, ontem dedicou um minuto de silêncio às vítimas, foi pouco, seus assessores deveriam tê-la orientado a ir mais longe, em respeito deveriam ter rezado de mãos dadas um Pai Nosso, pelas almas das brasileirinhas que perderam a vida. Todos lamentam e se dizem consternados, porem o que devera ser feito pelos governantes e donos do poder?. Pouca coisa, como dizia o Michael Jackson, "Eles não ligam para nos". O que deveria se feito mesmo por conta do governo federal que forneceria os recursos, seria a colocação de 1 segurança em cada escola em todos os 5.568 municípios brasileiros para evitar que novas tragédias como essas aconteçam. As escolas particulares investem em segurança, daí a grande vantagem de não conviverem com a violência dentro delas, enquanto nossas escolas publicas estão relegadas ao deus dará, sem bibliotecas, sem segurança, sem banheiros, sem informática, e uma enorme desvalorização dos professores que são também os grandes heróis nessa longa e árdua tarefa de capacitar nossas crianças e nossos jovens para a vida, acabam virando também assistentes sociais, seguranças e psicólogos. Com a palavra, nossa presidente que prometeu em campanha, mais escolas e creches para nossos brasileirinhos, o que até agora não vimos nenhum sinal, a não ser o corte de verbas para a educação e segurança publica e habitação, o PAC, das casas mal construídas e mal acabadas, sem saneamento básico e infraestrutura, e nossos maus governantes estaduais e municipais, com desvios de recursos da merenda escolar e no transporte publico para crianças e jovens. Com tristeza pelas nossas crianças que perderam a vida.

 

 

 

Jose Pedro Naisser jpnaisser@hotmail.com

Curitiba (PR)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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O BRASIL CHORA DE DOR E DE VERGONHA

Após o massacre na escola municipal Tasso da Silveira, no Rio, na quinta-feira (7), a presidente Dilma Rousseff decretou luto oficial por três dias pelos "brasileirinhos" mortos. E chorou. O que exatamente arrancou as lágrimas da maior mandatária do País? Talvez, pela prepotência e pela falta de sensibilidade de seus antecessores que jamais souberam - ou quiseram - investir na educação. Por saber que além de cadernos, livros e mochilas, as escolas são depósito de drogas, de armas e que, há muito, se tornou o império do álcool e do bullying? Pelas famílias que por toda a vida chorarão uma perda irreparável? Por que não há uma política educacional que garanta segurança à escola e um a carreira digna aos professores? Pela dor profunda, pela vergonha coletiva que se alastrou pelo Brasil ? Todas são razões irrefutáveis, é certo. Por isso, a presidente chorou. Todos nós choramos, por dentro e por fora. Se nada for feito, estes alunos mortos não passarão de mais uma estatística fria. Uma lembrança, apenas uma saudade. Quem sabe a tragédia do Realengo possa mover a equipe do governo Dilma a arregaçar as mangas e partir para a ação contra a violência escolar. Quem sabe os "brasileirinhos" que hoje foram à escola pública tenham motivos para continuar a sonhar por um país melhor. Que acreditem que o governo Dilma faça a diferença. Quem sabe?

 

José Maria Cancelliero, presidente do Centro do Professorado Paulista (CPP) rank@uol.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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O MASSACRE

Um jovem desempregado de 23 anos Wellington Menezes de Oliveira entrou na Escola Municipal Tasso da Silveira em que estudou no bairro Realengo ( Rio de Janeiro ) e fuzilou 12 crianças e feriu mais 12. Todos adolescentes ! Foi uma terrível tragédia. A sociedade precisa mobilizar contra a violência. Chega de ver sangue de inocente na imprensa.

Paulo Dias Neme profpauloneme@terra.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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DESABAFO

 

Acho que, de alguma forma, preciso me manifestar sobre tudo isso que vejo diariamente. O que aconteceu ontem é mais uma reprodução assombrosa do que o ser humano é capaz. Estou completamente triste pelo que aconteceu, mas mais triste ainda por saber que episódios similares (e quando digo similares quero me referir à violência puramente) acontecem todos os dias nas periferias do Rio, São Paulo, ou qualquer outra grande cidade. Acho que todas as pessoas que me conhecem sabem que sempre fui muito idealista sobre o que cada um de nós pode fazer para mudar as coisas. Nos últimos anos tenho perdido um pouco dessa esperança, e os que estudaram comigo sabem o quanto já chorei por desilusões a respeito da humanidade. Mas enfim, mais uma vez senti que ou a gente muda ou a gente muda. Obviamente sei que isso não está nem perto de ser algo fácil, mas acredito na gente. Também aprendi que não podemos esperar que todas as pessoas pensem da mesma maneira que eu penso. Sei que para alguns de nós nada vai mudar então "vamos viver nossas vidas enquanto podemos". É um direito (penso assim muitas vezes, tenho que confessar) Mas sei lá, enquanto pensarmos assim as coisas vão escapar das nossas mãos e só tendem a piorar. Acho que a gente precisa acreditar mais na gente e nas nossas possibilidades de mudança e renovação. Depois de ontem vi e ouvi diversas discussões sobre políticas preventivas e ações que tentem minimizar tanta violência. Acho todas válidas. Porém o que precisamos parar para pensar é na raiz de tudo isso. Precisamos parar de produzir esse tipo de pessoas. Acredito que sim algumas pessoas naturalmente são ruins, outras doentes, porém isso é se muito for 0,01% da população (mesmo por que caso contrario não teríamos gente que já tem tudo e ainda sim é capaz de roubar, fazer o mal, etc). Mas, o restante foi de algum modo levado a isso, seja pela carência de necessidades básicas, pela ausência da família ou amigos, pela desigualdade social, pelo ambiente violento em que vive, etc. E essas pessoas nós podemos mudar, melhorar e evitar. Sei lá, todos nós temos traumas, mesmo dos mais bobos, imagina uma pessoa que já nasce num ambiente violento, sem oportunidades (porque nós temos oportunidades e graças a deus e nossas famílias não sabemos o que é a ausência disso). Alguns podem me perguntar "falou Glenda, comovente, mas e aí, fala como fazer isso então". Pois é, eu não tenho a resposta completa para isso, mesmo porque se soubesse provavelmente não estaria aqui escrevendo isso para vocês, mas sim sendo presidente, prêmio Nobel, ou qualquer outra coisa importante, que obviamente eu não sou. As grandes ações estão de fato fora do nosso alcance (pelo menos nenhum dos meus amigos é presidente, dono de empresa trilhardário, nem participa da direção da agenda nacional). Mas enfim, podemos começar pelas pequenas ações (e não quero aqui ser a mala que glorifica as pequenas coisas, mas antes fazer algo pequeno que no final pode ter um impacto grande, do que não fazer nada). Também não quero que vocês parem com suas vidas para ficar participando de protestos na orla do Rio ou na Avenida paulista (porque inclusive sou desacreditada do impacto e da veracidade dessas ações, mas enfim isso é assunto para outra discussão). Ultimamente o Brasil tem vivido uma onda de otimismo, com altos números do PIB, etc. Fato que tem levado uma grande parte da população (principalmente a classe média e elite) a acreditar que vamos nos tornar um país desenvolvido nos próximos anos. Reconheço nossos avanços, entretanto, eu desacredito um pouco dessa afirmação, pelo menos enquanto não mudarmos aspectos sociais e políticos que podem ser comparados a países da África subsaariana. Crescimento econômico é importante, mas não suficiente. Violência é apenas um dos nossos milhares de problemas. A educação no país é deplorável (e mais uma vez boa parte dos que estão lendo essas minhas palavras nunca teve acesso a essa educação porque estudaram em escolas particulares - eu inclusa nisso é claro), a miséria, apesar dos índices incríveis defendidos pelo governo, ainda atinge uma grande parcela da população (basta ir para o interior do país), saúde precária, etc. E obvio que não vamos conseguir mudar tudo isso em 10, 15, anos... Mas se nunca começarmos nunca vamos mudar merda (desculpa o palavrão) nenhuma. Bom, mas como mudar tudo isso? Não quero aqui ser prepotente de achar que possuo a solução, pois como já disse acima não sei, mas antes de tudo quero falar que acredito no nosso país e na humanidade. Ela é sim capaz de fazer coisas horríveis, mas também é capaz de fazer coisas maravilhosas e é nisso que quero me apegar. Tenho apenas algumas propostas, não vou falar todas aqui e acredito que vocês ao pensar também devem ter outras.. mas Sei lá, para começar você que não gosta de política, acha um saco, tente pelo menos votar com consciência. Vou aqui parafrasear Ralph Milliband, em O estado na sociedade capitalista: "como seres sociais, nós também somos seres políticos, quer saibamos disso ou não. É possível não estar interessado no que o estado faz, mas é impossível não ser afetado por isso". Quando você reclama do trânsito por exemplo, ou de um buraco na rua que destrói o seu carro, você tá também reclamando do estado: " Ahh, o governo não arruma esses buracos, São Paulo com esse trânsito não dá mais".... Mas se você não votar com consciência e ficar apenas colocando a culpa nos políticos não vai adiantar nada e vai sempre continuar reclamando, porque as coisas não mudam sozinhas. E esse exemplo vale para coisas maiores, como violência, educação, saúde, etc. Além disso, se tivéssemos serviços públicos dignos você provavelmente não precisaria ter um carro, pagar plano de saúde nem escola particular e o mais incrível de tudo isso, grande parte da população estaria inclusa nisso, seríamos um país mais igual e consequentemente os índices de violência (que tanto amedrontam a classe média - afinal a elite pode se fechar nos condomínios e ter carro blindado) cairiam abruptamente. Ter um país mais igual e mais justo seria benéfico para todos, é isso que todos nós precisamos pensar. A gente tem que aprender a gritar, a reclamar e ser menos tolerante com a corrupção, temos que lutar pelos nossos direitos e deveres (e aqui estão inclusos todos os brasileiros). Os mais engajados politicamente, bom vamos nos movimentar mais.. a sociedade civil pode e deve agir (seja qual for sua área de interesse: meio ambiente, saúde, educação)... Sei lá, todos nós, os mais ou menos interessados em política, temos tantas coisas que podemos fazer.. Vamos parar de se conformar com as coisas, parar de achar normal crianças, adolescentes e adultos morrerem nas favelas, parar de achar natural uma criança na oitava série da escola pública não saber escrever ainda, parar de achar normal que todos os políticos são sempre corruptos, parar de achar normal que o Brasil é assim. É assim porque nós o fizemos assim, todos nós somos responsáveis pelas coisas boas e ruins. Vamos aprender a chamar mais responsabilidade. Vamos nos unir mais. Desculpa pela maneira que escrevi, foi mais um desabafo, mas espero que todos se sintam de alguma maneira tão incomodados como eu, porque é no incomodo que nos mexemos. Também foi bem coloquial (essas desculpa é especial para meus amigos jornalistas) e aos meus amigos intelectuais desculpa a falta de argumentação fundamentada em dados e teorias.

Glenda Santana de Andrade glendandrade@gmail.com

Manchester, UK

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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NOTORIEDADE

 

Infelizmente este assassino conseguiu o que queria: notoriedade. Era um verdadeiro zé ninguém que pulou para a primeira pagina e para o horário nobre às custas das vidas de tantas crianças... Os meios de comunicação precisam pensar em como lidar com este tipo situação, para não estimular outros malucos e psicopatas a seguir este horrível exemplo. O correto seria não dar o nome/foto do assassino na primeira pagina, somente os de dados suas vitimas (em letras bem grandes). O nome dele (que eu me recuso a escrever), deveria vir somente em iniciais ou deverial referir-se à ele como "o atirador" ou "o assassino". Ele deve ser deixado no ostracismo, relegado a sua insignificância. A carta com suas ridículas imposições? Ignorem para que não se torne o manual de outros. Hoje ouvi numa radio a locutora fazer isso (se recusar a falar o nome do monstro) e nem por isso deixar de dar a noticia com exatidão. Ela se ateve ao que interessa, fatos como o numero de vitimas, o nome da escola, depoimentos de sobreviventes e familiares além de autoridades e especialistas.

 

Ana Luiza Amaral de Oliveira Almeida Prado iza.a.prado@gmail.com

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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QUE MEDO!

 

E se a declaração da irmã do atirador se referir a uns terroristas mencionados recentemente numa certa revista?

 

Maria Luísa dos Santos Giorgi malugiorgi@gmail.com

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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SOBRE A MATANÇA E OS BANDIDOS

 

A tragédia da matança de crianças na escola do Rio deu vazão a uma infinidade de ideias e afirmações estúpidas. Aproveitando o ensejo aqueles que não se conformaram com a derrota do plebiscito das armas afirmaram que casos como esse seriam combatidos com a proibição de vendas de armas no país. Não há nada correlativo entre as duas coisas já que os bandidos não compram as armas vendidas oficialmente, pois para isso as exigências são enormes. E as armas do assassino não foram compradas em lojas. O que é preciso, isto sim, é que o combate à entrada de armas e drogas contrabandeadas seja feito rigorosamente, do mesmo modo que o combate aos traficantes e contrabandistas. Aumentar e organizar a vigilâncias nas fronteiras, tornar a polícia eficiente prendendo bandidos, isso é que é o que se precisa no combate ao crime. Não havia nada que se pudesse fazer para evitar essa tragédia, o criminoso teria feito o que fez de uma forma ou de outra. O que se pode evitar é que haja 50 mil homicídios por ano no Brasil, que as drogas sejam distribuídas à luz do dia, que bandidos escapem "como por milagre" das mãos da polícia. E que quem financia o contrabando de armas e drogas seja punido pois certamente esses não são os bandido pé de chinelo que vemos nas favelas e nas ruas.

Maria Tereza Murray terezamurray@hotmail.com

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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ALERTA

Com relação à chacina promovida por Wellington Menezes de Oliveira na Escola Tasso da Silveira no Rio de Janeiro, uma hipótese pode ser bem provável para explicar a atitude bestial cometida. Segundo os especialistas da área psiquiátrica, a psicopatia é nata, ou seja, nasce com o indivíduo. Contudo, também várias matérias especializadas rezam que um indivíduo que tenha sofrido constrangimento moral pode carregar sequelas decorrentes por toda sua existência e em algum momento essas sequelas podem emergir e ocasionar um transtorno comportamental. Em razão disso, poderia ser que Wellington fora vitimado por uma rejeição coletiva na escola (justamente aquela que frequentara), ter passado pelo constrangimento moral, conforme alguns relatos de seus ex-colegas nas reportagens sobre o caso, cuja sequela ficara gravada em sua mente, e no momento de um surto de psicopatia, emergiu levando-o a um ímpeto de vingança coletiva justamente no local onde sofrera as possíveis agressões morais. Só que sobre as pessoas erradas, mas que no seu íntimo representavam aquelas que o subjugaram. Pagaram os justos pelos pecadores. Mesmo que seja uma hipótese provável, quiçá fantasiosa, que sirva de alerta às autoridades policiais, civis e educacionais; aos pais, professores e alunos, que as ações de bullying, constrangimentos morais e assédios morais devam ser combatidos exaustiva e energicamente nas escolas, empresas, quartéis, clubes e quaisquer outros ambientes sociais, afim de que não alimentem, despertem ou estimulem sentimentos de vingança de caráter tão dantesco, que podem acontecer com um psicopata, como também, sabe-se lá com qualquer outro ser humano.

 

 

Nei Silveira de Almeida neizao1@yahoo.com.br

Belo Horizonte

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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SOLIDARIEDADE

 

A Confederação Israelita do Brasil, representante da comunidade judaica brasileira, vem a público se solidarizar com as famílias das vítimas do atentado ocorrido nesta quinta-feira, na Escola Municipal Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro. Solidarizamo-nos também com a população fluminense, chocada, assim como todos os brasileiros, com um ato de indescritível brutalidade e que ceifou a vida de crianças, tesouro maior de nossa sociedade. A comunidade judaica brasileira renova, neste momento de dor e de luto, seu compromisso com a intensificação dos esforços para o trabalho em prol da tolerância e contra a violência, para avançarmos na consolidação dos valores de uma sociedade democrática e fraterna.

 

 

Claudio Lottenberg, presidente conib@conib.org.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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SAÚDE MENTAL

 

 

Causa-me espanto quando constato nas notícias relacionada à tragédia na escola do Rio de Janeiro a constância da palavra "segurança". Ingenuamente, o caso é visto somente sob o prisma (chocante) da violência do ato. Claro, é um olhar que merece a reflexão, mas que não deveria monopolizá-la.

A figura e significado desse ato está intimamente ligada à forma como o Estado se posiciona na educação, saúde, moradia - para citar alguns dos direitos básicos. Como psiquiatra,sinto-me mais confortável em abordar o aspecto da saúde mental. Os transtornos mentais respondem por 18% de sobrecarga global das doenças do país, mas contam com somente 2,5% do orçamento da saúde. Essa matemática se traduz em uma precária rede social ao sofrimento mental da população - grande dificuldade de atendimento psicológico/psiquiátrico nos postos e ambulatórios para transtornos mentais, falta de recursos etc. Quem na trabalha no sistema público de saúde mental, como eu, acompanha diariamente casos graves de ruptura psíquica - e que passam despercebidos pela grande massa de comunicação. Essa pessoas geralmente sofrem desse intenso sofrimento por anos e enfrentam gigantescas dificuldades no acesso a um acolhimento humanizado e eficaz - faltam técnicos,bom salários, suporte para as equipes existentes, falta de insumos, descontinuidade de políticas na área. Elas aumentam a estatística de incapacidade no trabalho, de suicídios e também podem protagonizar tragédias. É imperativo que nessa atual discussão incluamos a débil atenção que a Saúde Mental recebe na formulação das políticas públicas;nossa atual postura claramente traz nefastas consequências.

Ana Bautzer, médica psiquiatra ana_bautzer@yahoo.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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ARMAS DE FOGO

 

O atual controle de armas de fogo no Brasil está dando certo. Se o degenerado Wellington, de 23 anos, tivesse tido acesso, por exemplo, a uma metralhadora, teria matado um número muito maior de alunos da Tasso da Silveira.

Sergio S. de Oliveira ssoliveira@netsite.com.br

Monte Santo de Minas (MG)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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EDUCAÇÃO

 

Infelizmente ocorreu novamente uma chacina em escolas e, desta vez no Rio de Janeiro. Catástrofes deste tipo têm ocorrido em outros países como EUA, Alemanha, Finlândia, dentre outros, como um sinal de alerta. Em São Paulo, ocorrera uma similar dentro de uma sala de projeção de filmes, dando mostras de que os acidentes devem ser mais estudados e, providenciada uma revolução em termos de prevenção. Lêem-se, quotidianamente, nas capitais e no interior, casos de agressões e violências dentro das escolas, estampadas nas páginas dos jornais. Em Belo Horizonte, tivemos há pouco o assassinato de um docente efetuado por um aluno de curso superior, por uma banalidade. O certo é que, alunos passam nas escolas e não têm por parte do governo um acompanhamento preventivo em termos psicológicos. Existem diversos níveis de vestibular, para o segundo e terceiros graus, mas nada de testes que verifiquem os potenciais riscos de falha comportamental humana. Quanto aos servidores também, o Estado há tempos atrás sequer cumpria as normas básicas de segurança, nem pagando os exames médicos admissionais. O novo contratado tinha de efetuá-los às suas expensas. Em casa de ferreiro, o espeto é de pau. Os governantes criaram o regime jurídico único e dispensaram simplesmente o direito consuetudinário até então existente, conforme a CLT. De uma penada dispensaram a CIPA. Há escolas em que ainda existem CIPAS escolares. Já ministrei mais de meia dúzia de palestras preventivas no SENAI, em SIPATs promovidas por este tipo de órgão, com acompanhamento por parte da Pedagogia. O reflexo social da educação falha, em nosso país, se dá muitas vezes no comportamento social do indivíduo. Esse reflexo tem causas diversas, como o distanciamento dos pais na mais tenra idade, para educar os filhos, como produto da necessidade do trabalho por parte do casal. O jovem cresce sem ter observados determinados limites que seriam impostos pelos próprios pais. Trabalha-se quase que meio ano somente para pagar impostos, o que tornou indispensável a ida da mulher ao trabalho, para manutenção do lar. Há inclusive na atualidade casos diversos em que ela passa a ser a provedora única do lar. Há também casos de frequência escolar apenas em busca do alimento, da merenda escolar, dado à insuficiência de alimentos no lar. Sem tempo para educar os filhos, a sociedade delega à Escola uma tarefa árdua. A de educar infância e juventude, como cidadãos que deverão atender precipuamente as necessidades do Estado, praticamente como pertencente a uma Escola Platônica, pois estes são retirados do seio familiar, ainda muito jovens e às vezes imersos em um sistema intensivo de ensino, cuja permanência beira coisa de oito horas diárias, por 200 dias letivos, como se fosse um preparo, para tê-lo futuramente como trabalhador, em uma unidade de produção. Muitas das vezes, as crianças durante as férias, somente têm direitos a visitas, em ambientes confinados como shopping centers, e às vezes ali passam o dia sem sequer ver a luz do sol. Férias ocorrem normalmente em períodos chuvosos e, portanto, improdutivos para o trabalho. Há escolas e escolas. Em muitas delas, sequer vemos algum indício de disciplinários, e a segurança patrimonial deixa a desejar, tanto quanto a segurança do trabalho, coisa ainda indesejada pelos próprios implantadores em nosso país, utilizando do lema: - Faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço! A prova está na constatação de dois regimes de contratação de servidores públicos. Pior ainda, com a suspensão dos concursos públicos, não se podem contratar substitutos para as vacâncias, instalando-se o caos. Tomam-se decisões estapafúrdias em salas de reunião, sem imaginar os seus reflexos na prática. A solução para os problemas perpassa então pela mudança de uma política anacrônica de Educação. Governantes passados incharam a máquina pública com seus correligionários, apregoando que isto traria melhoria na qualidade de ensino. Nos concursos públicos, privilegia-se a titulação, em lugar da vivência em sala de aulas. Já vi contratado que sequer sabia operar um simples equipamento de projeção, e fritava literalmente as transparências antes de colocá-las de forma a se tornarem legíveis para os expectadores. Outro sequer conhecia as vidrarias que utilizaria nas aulas práticas. Mas, detinham os seus títulos. A decisão de diminuir a dívida externa, triplicando a interna, e efetuando superávit primário por meio da utilização da CPMF, da CIDE, e da precariedade nas áreas de sua atuação, fez com que um governo se tornasse demagogicamente bom apenas para aqueles que, se beneficiaram da impunidade, enquanto a sociedade sofre pelas suas mazelas. Em 389 A.C., Platão já dizia que não basta aos governantes tornar parte da cidade feliz. Ela tem que ser feliz em sua totalidade. Segundo ele, a política deveria deixar de ser um jogo fortuito de ações motivadas por interesses nem sempre claros e frequentemente pouco dignos, para se transformar em uma ação iluminada pela verdade e um gesto criador de harmonia, justiça e beleza. "Em todas as coisas, e especialmente nas mais difíceis, não devemos esperar semear e colher ao mesmo tempo, mas é necessária uma lenta preparação para que elas amadureçam gradativamente". "In Rebus quibuscumque difficilioribus no expectandum, ut quis simul, et serat, et metat, sed praeparatione opus est, ut, per gradus maturescant". (Cesare Beccaria apud Bacon em, Dos Delitos e das penas). Finalizando, dizia Pitágoras de Samos: - Eduque o jovem, e não será necessário punir o adulto!

 

 

Santelmo Xavier Filho santelmoxf@yahoo.com.br

Belo Horizonte

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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CULTIVANDO A AGRESSIVIDADE

 

 

O fato de que o rapaz assassino "vivia na internet" é sintomático (8/4/11, p. C4). Está mais do que provado estatisticamente que violência na TV e nos vídeo games aumentam a agressividade a curto, médio e longo prazo, tanto no laboratório quanto na vida real. Srs. Pais: querem aumentar garantidamente a agressividade de seus filhos? Deixem-nos assistir TV e jogar vídeo games. Felizmente, parece haver uma repulsa natural do ser humano de matar outras pessoas, de modo que os casos extremos como o daquele rapaz são raros e dependem de situações psicológicas muito especiais. Mas isso não diminui os males não tão visíveis produzidos pelos meios eletrônicos.

 

 

Valdemar W. Setzer vwsetzer@ime.usp.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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OPORTUNISMO

 

Com á tragédia ocorrida no Rio de Janeiro, aonde 12 crianças foram assassinadas, apareceram políticos dando sugestões e aparecendo como verdadeiros salvadores da pátria.Não quero fazer juízo de ninguém ,porem é muito comum em nosso país,quanto ocorrem tragédias dessa natureza , como em um passe de mágica, alguns políticos encontram soluções para todos os problemas.O que me causa estranheza é que alguns desses, só aparecem em momentos que eles consideram oportunos e poderá lhes render alguns votos na próxima eleição.

Virgílio Melhado Passoni mmpassoni@gmail.com

Jandaia do Sul (PR)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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BLÁ-BLÁ-BLÁ

Presidente (a) Dilma,ao invés de chorar em Realengo e cumprir um minuto de silêncio,arrume a educação desta Ptlândia.Vocês, que agora estão aí sentados no trono,sempre criticaram a educação e a saúde do País,agora é a hora de saber se realmente o presidente (a) tem vontade própria,não vive à merce do poder econômico.A senhora também não vai ter poder,muito menos coragem, de começar a arrumar a educação e a saúde,tem a chance de mostrar que foi uma guerrilheira de valor,não somente de carteirinha! Dá-lhe BláBláBlá novamente!

 

Mauricio Villela mauricio@dialdata.com.br São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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DIREITOS HUMANOS NO BRASIL

 

Ao mesmo tempo que estamos estarrecidos com o massacre de crianças no Rio, sai relatório dos EUA criticando abuso aos direitos humanos praticados por policiais no Brasil. Em vez do Ministro da Justiça se preocupar em desarmar a população de bem, não estava na hora dele reformar nosso Código Penal mambembe do Século passado? Se existe abuso que frequentemente levam os policiais a executarem bandidos, não seria porque a lei os solta imediatamente após o delito? Não está na hora do ministro se preocupar em melhorar nossas leis que permitem ao criminoso esperar em liberdade um julgamento moroso que nunca chega? Será que a punição aos policiais que aplicam a lei com as próprias mãos não é por demais frouxa ao ponto de dar a eles autonomia para matar? Em vez do Ministro Cardozo ficar caraminholando como desarmar a população de bem, deveria se preocupar em melhorar nosso Código Penal do Século XIX, que inclusive não prende bandidos e só passa m o na cabecinha deles. Quem vive armado até os dentes não somos nós viu ministro Cardozo? Por isso pode se ocupar em reformar nossas leis.

 

 

Beatriz Campos beatriz.campos@uol.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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DESPROTEGIDOS

Porque o nosso Código Penal ( juristas) sempre se preocupa com o direito, a proteção e cuidados com os bandidos, do que com os direitos, a proteção e cuidados com a segurança dos cidadãos que vivem aterrorizados, atormentados, traumatizados e paranoicos nas ruas e casas? O nosso Código penal deveria mudar de nome para Código premial ou código de benefícios, tantas as prerrogativas que gozam os marginais. Para cada lei há uma contra-lei que a neutraliza. É um código de faz de contas. Tal código, faz o marginal calcular o custo benefício e fazer sua opção.

Sebastião Pereira jardins@oadministrador.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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VIOLÊNCIA INOMINÁVEL

 

 

A violência contra as inocentes crianças no Rio atingiu a raia do inconcebível, que no nosso dicionário não encontramos palavras para condená-la. Ultrapassou os limites da razão que distingue o homem dos animais, por mais ferozes que sejam. Mas, existe no nosso vocabulário, uma palavra que é uma oração, é a súplica que fazemos ao cristo redentor que está no alto do corcovado para que, com o braços abertos, receba as almas destas pequenas vítimas,como dissestes aqui na Terra:"deixai virem a mim as criancinhas, porque delas é o reino do céu".

 

 

Antonio Brandileone abrandileone@uol.com.br

Assis

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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REFLEXÃO

 

O Massacre de Realengo mostra o que todo brasileiro já conhece que é o total abandono por parte do governo no que dia respeito da segurança do povo. A anos, principalmente no governo do PT, o desrespeito as leis e a impunidade a criminalidade e total. Nossos políticos são omissos as providências para impedir as tragédias mas são presenças certas diante de microfones e câmaras de TV para dizerem suas frases demagógicas e lamentarem o ocorrido. Tudo não passa de discursos preparados pelo oportunismo para fazem suas mentirosas declarações. Fiquei pasmo da forma burra e sem qualquer sentido as declarações do governador do Rio diante das câmaras de Tv e emissoras de radio. Em momento algum ele se pronunciou falando de providências a serem tomadas para proteção do povo carioca. Suas baboseiras foram vazias e sem qualquer objetivo. Nós brasileiros e pais, lamentamos profundamente essas perdas de crianças que ainda começavam a sentir o inicio de vidas que muito poderiam ser úteis com seus projetos futuros de atendimento a seus ideais. As famílias enlutadas ainda por muito tempo receberão os abraços fingidos de políticos que so aparecem nas horas trágicas vividas pelo povo ou nas colunas policiais por seus crimes praticados contra a população. Meu coração bate revoltado por ter de escrever essas linhas contra os omissos e em lágrimas pela dor que esta passando essas famílias enlutadas pela morte de seus filhos e em agonia dentro dos hospitais pela vida dos feridos.

O povo brasileiro altamente solidário com as famílias atingidas tem de fazer uma reflexão a respeito de seu direito de voto e afastar de vez da política brasileira esses criminosos omissos que são tão responsáveis pelo ocorrido como o criminoso executor da tragédia.

 

Antonio Ranauro Soares antonioranauro@bol.com.br

Sete Lagoas (MG)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LOUCOS

A maioria da população imagina que os loucos estão internados em clínicas psiquiatras. E não sabe que todo louco manso um dia vira uma fúria.Nós temos que conviver todos os dias com esses anormais, seja no metrô, ônibus,trens, shoppings, clubes, cinemas, teatros, restaurantes, bares, estádios de futebol e na rua. Além dos ladrões e assaltantes.

É comum, mesmo no trânsito, um cara sair do carro, com revolver em punho ou uma barra

de ferro, para atacar o motorista que o fechou ou proferiu palavras de baixo calão.Nós vivemos

num mundo cão. E já tivemos, aqui mesmo em São Paulo, casos de violência brutal. É que as pessoas não tem memória. Evidentemente,que a tragédia do Realengo dentro de uma Escola, vai deixar pais e mães;avós e avôs,como eu, preocupados,assim como professores e alunos.Mas nós temos que esquecer essa tragédia e continuar vivendo a vida, como se ela fosse uma mar de rosas; porque em toda família sempre tem um louco manso.E perto de nós.

 

 

 

Olympio F.A.Cintra Netto ofacnt@yahoo.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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PSICOPATAS

 

 

Foi mostrado o "diário" do autor de um dos mais bárbaros crimes cometidos no Brasil. Um psicopata , inquestionavelmente. Não consigo imaginar como se possam impedir atos tresloucados como esse.

Mas qualquer medida preventiva que se queira adotar passa necessariamente por uma ampla avaliação mental da população. Como não será possível aplicá-la a todos, poderíamos começar com a análise psiquiátrica das declarações públicas das figuras notórias mais aberrantes que se dizem representantes na terra do criador do universo ou salvadores da pátria, indivíduos potencialmente mais perigosos que qualquer outro psicopata. Se não acreditam no que dizem e assim o fazem para tirar proveito dos demais, o lugar apropriado seria a penitenciária; se acreditam, o lugar é o manicômio. Mas não me lembro de qualquer psiquiatra destemido o suficiente para analisar as manifestações dessas geralmente poderosas personagens, tal como estão fazendo no estarrecedor episódio que nos assombra.

 

Leonardo Giannini leogann930@terra.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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DUAS TRAGÉDIAS

 

 

A lição que podemos tirar da tragédia ocorrida na escola do Rio é a certeza que não temos nenhum controle sobre a vida e a de que as nossas autoridades,menos ainda, sobre a venda clandestina de armas. Já que não é mais possível punir o criminosos que a punição recaia sobre aquele(s) que o supriam ilegalmente.

 

Roberto Castro roberto458@gmail.com

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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COPYCAT

 

 

A exploração incansável de tragédias como as da escola do Rio de Janeiro, cometidas por psicopatas, pode fazer surgir os famosos "copycats", pessoas que, vendo a notoriedade que os casos e os assassinos ganharam com seus crimes, vêem-se estimulados a copiá-los. Explorar crimes cometidos por psicopatas vende jornais e aumenta os números do Ibope, mas há que se pensar neste horrível efeito colateral secundário, e nos riscos para a sociedade. O próprio atirador da escola do Realengo era um copycat.

Maria Cristina Rocha Azevedo crisrochazevedo@hotmail.com

Florianópolis

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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DEPOIS DO REALENGO

 

Depois do Realengo constatamos que o Brasil além de ter as doenças dos países pobres começa apresentar os sintomas das doenças dos países ricos.

 

Francisco José Sidoti fransidoti@terra.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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PORTEIROS

 

Precisa-se de porteiro para cada escola que impeça ou fiscalize pessoas suspeitas a invadir escolas. Precisa-se de mais vagas nos departamentos psiquiátricos dos hospitais para que famílias possam internar enfermos mentais com potencial risco a sociedade. Precisa-se de governos de todos níveis, que invistam mais em segurança; não somente das ruas; mas; também em proximidades de escolas.

 

Edenilson Meira merojudas@uol.com.br

Itapetininga

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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SEGURANÇA NAS ESCOLAS

 

Não é novidade alguma aos brasileiros saberem da precariedade do ensino público no Brasil. Após a tragédia de ontem os dirigentes afirmam que vão começar a discutir sobre a segurança nas escolas. Tudo é claro no gerúndio, pois se seriedade houvesse HOJE todas as escolas do País já deveriam amanhecer protegidas. Sabe-se lá quanto tempo, quanta burocracia e quanta propina vai rolar até que esta segurança venha a ser realidade. Por outro lado a notícia de hoje é que os senadores irão receber carros novos e iPhones num valor de R$.17 milhões. Para quê? Isso é normal?

 

M.Helena Borges Martins m.helena.martins@uol.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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OUTROS MORTOS

 

Um maluco entra numa escola e "assassina" mais de 10 crianças e comove o Brasil e o mundo. Mas quem se comove com as milhares de crianças e também adultos que a corrupção política assassina todos os minutos de cada ano?

Ariovaldo Batista arioba06@hotmail.com

São Bernardo do Campo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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TRAGÉDIA CARIOCA? TRAGÉDIA NACIONAL!

 

Surpreendida pela tragédia em realengo, o Brasil, famoso por seu otimismo, amanhece menos alegre. Uma lição à sociedade que ignora os sinais através dos tempos. Recentemente, um estudante de medicina invadiu um cinema e matou diversas pessoas. Atualmente, e em várias vezes, indivíduos trafegaram na contramão em importantes rodovias paulistas atingindo vários carros. Arrastões são comuns no Rio.A chacina da Candelária pela polícia, órgão que deveria proteger! O crime contra a pessoa nesse país fica impune. As drogas,o crack, hoje são comuns! Qualquer um mais atento detecta a deterioração da sociedade pela falta de controles, de leis eficientes e sua aplicação instantânea, da falta de assistência médica e social a problemas físicos e psicológicos. Um sociólogo falaria do desgaste patológico do tecido social.

O que ocorre é deterioração da qualidade de vida, pelo adensamento dos centros urbanos, vítimas de mau planejamento e especulação imobiliária, onde vizinhos mal se conhecem, sujeitos ao stress de cidades mal planejadas. O indivíduo também é resultado de politicas econômicas antissociais que jogam pessoas na miséria sem lhes dar formação educacional e uma perspectiva de vida, tanto profissional como social. No Brasil bilhões são desviados em corrupção e não voltam aos cofres públicos. O Judiciário e ministério público sequer buscam a devolução desse dinheiro e dar uma resposta a sociedade. Assassinos ficam soltos por décadas sem julgamento! Não há representatividade política e portanto, os legislativos municipais, estaduais e federal, não respondem à sociedade e sequer expressam sua vontade. Muitas vezes até a desrespeitam! O caminho ontem traçado no Rio por alguém desequilibrado nada mais é que resultado de tudo que foi aqui dito e, como nos EUA, certamente se repetirá.

 

José F. Souza frnc2@hotmail.com

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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VIVER E DEIXAR VIVER

 

 

E eu, ainda impactado com a tragédia do tresloucado assassino, que, em Realengo, matou cruelmente 11 jovens adolescentes, lhes faço a essencial pergunta: Qual o preço de uma vida?! Mas, nesse redemoinho de sucessões de deslizamentos que mataram centenas de pessoas nas encostas da Serra do Mar - e que descuido criminoso, especialmente das autoridades, que só colocam a tranca depois da porta arrombada!!!-; nas vítimas de balas perdidas que zuniram - e ainda zunem! -, pelas favelas e morros cariocas, mesmo com a presenças das PPs; com os tsunamis que mataram milhares de japoneses - e continuam ameaçando-os!!!-, nos últimos dias!!!; sabendo que, por dia, morrem 200 pessoas nesse trânsito brasileiro, caótico e assassino - e suicida!!! -;só lhes posso transmitir a minha indignação pessoal, e em nome de incontáveis pessoas que me leem, e que, tenho certeza me aprovarão, na conclusão final de que há culpados a serem apontados! A partir da própria condenação da instituição da família, base da formação inicial do cidadão de uma comunidade!; da falência da educação, deturpada pela traição de sua essência, que é o ensino do respeito entre as diferenças de cada um, em nome de um bom entendimento entre todos"!; onde a abertura holística das personalidades, permite que nos vejamos uns nos outros, para que a liberdade de ser apenas some e multiplique - jamais subtraia e divida!!! -, naquilo que a sociedade humana exige e luta para aprimorar: a democracia social!!! E cuja única arma é o diálogo à procura do bem comum! Mas me exaspero, cada vez mais, por tudo que escrevi acima, ao ver o que se passou no Egito, se repete na Líbia, e agora na Costa do Marfim! E haja máquinas de calcular para fazer o levantamento quantitativo das perdas irrecuperáveis de milhares e milhares de seres humanos, sem qualquer culpa no cartório! Viver e deixar viver! Esse o segredo da convivência! Restando, para consolo de sublimarmos a agressividade que nos habita, que, o mais rápido possível, ponhamos em prática internacional a lição do filme "Rollerball", que propõe que as nações - e as pessoas!!!-, no futuro, resolvam suas diferenças ambiciosas e vaidosas, dentro do lema das disputas em que "entre mortos e feridos, todos se salvaram!!"! Pela substituição da passionalidade que leva ao crime - até no futebol, olha os "hoolligans"!!! -, se transforme em desafios humanistas e aperfeiçoadores do caráter, da jovialidade, do "fair-play", enfim, da sensação do vencedor e do derrotado, se diluir no aperto de mão, no congraçamento e no crescimento da humanidade, entendida em sua grandeza, por cada um e por todos!

 

 

Sagrado Lamir David david@powerline.com.br

Juiz de Fora (MG)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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CIÊNCIA

 

Com o advento de mais modernos tratamentos, a reclusão em hospitais mesmo de loucos sem cura vem sendo contraindicada. Parece ser este o momento de repensar o tema e, com técnicas atuais, voltarmos ao que os médicos indicavam e a as próprias famílias seguiam .Pode significar um avanço da ciência de novo afastar da sociedade quem com ela não pode conviver.

 

Jairo P. Gusman jairogusman@gmail.com

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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USURPAÇÃO

 

Autoridades insensíveis ao assassinato de mais de 50.000 pessoas por ano não tem o direito de se mostrarem comovidas pela morte de 12 crianças num dia.

A. Fernandes standyball@hotmail.com

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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SEGURANÇA NÃO EXISTE

 

Este ato de violência numa escola municipal do Rio onde crianças foram friamente assassinadas, dá a exata dimensão de como a população é tratada pelo prefeito e governador.A escola não tinha nenhum segurança. Mostra também que a segurança pública no Rio simplesmente não existe. Até um delegado de policia disse que após certo horário não trafega pela linha vermelha. Fazem propaganda de algo que é uma fachada. A violência no asfalto aumentou, e se o cidadão agora quiser segurança, terá que pagar, pois com a aprovação pelo governador de policial civil e PM poderem fazer "bicos", segurança agora só pagando. Uma coisa que é garantida gratuitamente pela constituição, o cidadão não tem. O governador e o prefeito concederam uma entrevista coletiva, na escola onde houve a chacina, para quê? Quem acham que enganam com aquela cara de bebê chorão? Só sabem cuidar da zona sul e Barra. Parece que na zona norte não mora gente. A incompetência dos dois já está vista. Deveriam renunciar.

 

Panayotis Poulis ppoulis@ig.com.br

Rio de Janeiro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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SUGESTÃO À TURISTA

Profundamente entristecido pela tragédia assombrosa ocorrida no Rio de Janeiro, ainda nos resta um resquício de ânimo para sugerir à senhora Amanda Patriarca, que tenha a fineza de devolver ao erário o valor das passagens aéreas de Brasília a Natal, pois o avião presidencial não se adequar à turismo particular. É o mínimo que a desavisada passageira poderá fazer para redimir-se de sua conduta não compatível com o que prescreve os postulados éticos. Pedidos de desculpa pelo deslize consciente não são suficientes. Mais respeito ao dinheiro público é o que se deve levar em conta.

Francisco Zardetto fzardetto@uol.com.br

São Paulo