Imagem ex-librisOpinião do Estadão

Cartas - 13/01/2011

Exclusivo para assinantes
Por Redação

ENCHENTESChuvas e escolhas

Durante décadas os paulistanos elegeram prefeitos que construíram marginais e esqueceram as várzeas, criaram avenidas e minhocões, canalizaram córregos e esqueceram o que os índios já sabiam, tudo para terem o privilégio de um transporte individualista. Hoje nem na seca, nem na chuva o carro nos dá segurança alguma, muito menos mobilidade no transporte. Parece que as escolhas não foram muito felizes.

FRANCISCO DA COSTA OLIVEIRA

fco.paco@uol.com.br

São Paulo

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Solução, não tapeação

Enquanto o povo morre durante as enchentes, os políticos enterram nosso dinheiro com promessas de dragagem do Rio Tietê e limpeza dos córregos. Queremos solução, e não tapeação, queremos que esse assunto seja tratado e resolvido por especialistas, ficando os políticos com a obrigação de assinar os papéis para liberação das verbas necessárias e de fiscalizar a execução das obras.

JOSÉ CARLOS COSTA

policaio@gmail.com

São Paulo

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Incompetência

Até quando vamos ser submissos a um poder público incompetente para lidar com os problemas da cidade e que tem a cara de pau de nos extorquir com um aumento indecente de IPTU desde o ano passado, convenientemente apoiado por traidores, digo, vereadores que votaram contra a população?

RICARDO M. GUERRINI

irgguerrini@uol.com.br

São Paulo

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Os grandes da política

Assolado pelas imagens da TV focando a inundação de segunda-feira em São Paulo, fiquei muito excitado e com uma incontrolável vontade de que tivéssemos eleições. Que vontade de votar no Serra, no Kassab...

DECIO FRANCO DE ALMEIDA

bdfpartners@uol.com.br

São Paulo

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Cansou

Uma excelente sugestão para acabar com as enchentes na maioria dos municípios brasileiros, nos três primeiros meses de cada ano: é só mudar a data das eleições para março, em vez de outubro. Com certeza os candidatos à reeleição vão se preocupar muito mais em evitar os desastres que as inundações causam à grande maioria do povo brasileiro, em especial aos mais humildes e sofridos cidadãos. Votar para reeleger quem pouco ou nada fez para resolver esse problema que nos assola todos os anos no verão, com perdas de vidas e prejuízos irreparáveis, vai ser muito difícil, mesmo que continue tentando enganar com falácias, mentiras ou desculpas. Essa história de que choveu demais já cansou. Vão ter de agir, senão adeus, voto!

MARIA TERESA AMARAL

mteresa0409@estadao.com.br

São Paulo

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CIDADE DO SAMBAÁrea verde destruída

Muito tristes as notícias sobre a construção da chamada Cidade do Samba no local onde fica o centro esportivo da Santa Casa. Com sua destruição perde a comunidade acadêmica da Santa Casa, que fica sem um lugar de convivência com seus colegas, professores e suas famílias. Perdem os médicos da Santa Casa, já que para muitos esse era o único lugar de lazer para relaxar da rotina desgastante de um hospital. Perdem os pacientes e moradores do bairro, que utilizam o espaço para prática esportiva e reabilitação. Enfim, perde a cidade de São Paulo, com a destruição de uma grande área verde, talvez a única naquela região. E para quê? Para a construção de um depósito de carros alegóricos, como já se vê no terreno vizinho, o que pertencia ao clube de beisebol Giants (cujas atividades, também muito benéficas para a população local, ficarão extintas com esse projeto da Prefeitura). Essa Cidade do Samba, ao que se saiba, não é nem de interesse das próprias escolas de samba. Afinal, qual delas vai querer sair de seu bairro, de sua comunidade para ficar confinada com as rivais? Com um simples ato de populismo sem propósito, o sr. Kassab atacou o bairro da Barra Funda, a Santa Casa, seus médicos, alunos e pacientes, além de diminuir consideravelmente a já escassa área verde de São Paulo.

PEDRO A. DE A. POLETTO

ppoletto@zipmail.com.br

São Paulo

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ÔNIBUSAumento da tarifa

Parabéns ao Estado pela informação de que a frota de ônibus municipal em São Paulo não aumenta desde 2006. Interessante saber, por notícias publicadas anteriormente, que alguns doadores para campanhas eleitorais são empresas de ônibus, construtoras, etc. Acreditar que a tarifa não subiria e que a qualidade do transporte público iria melhorar, com mais ônibus, mais assentos, mais conforto para viajar, e que alguém iria fiscalizar e punir é o mesmo que acreditar em saci-pererê, Papai Noel, nos três porquinhos, etc...

MAURICIO AVELAR DE A. MARQUES

mzlmauricio@yahoo.com.br

São Paulo

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INFLAÇÃO E PIBA farsa

Imitando o estratagema de Delfim Netto nos anos 1970, o governo transforma a inflação real de 11,32% (IGPM da isenta Fundação Getúlio Vargas) de 2010 numa inflação oficial de apenas 5,91% (INPC do aparelhado IBGE). A diferença de mais de 5% ele transformará num "crescimento do PIB" de mais de 7%, quando o crescimento real da economia foi inferior a 2%. Assim transformará em "milagre econômico" um crescimento insignificante. E assim o governo lulo-petista transforma o Pibinho em Pibão! Está explicado por que no Brasil de Lula até Mercadante virou doutor em Economia.

ROLAND CORRÊA

rolandfc@uol.com.br

São Paulo

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POLÍTICA EXTERNAIrã incomodado

Assessor especial do presidente iraniano manifestou "incômodo" com as críticas do atual governo brasileiro à situação dos direitos humanos no Irã. Incomodados ficávamos nós ao ouvir as declarações do ex-presidente Lula de que o apedrejamento de mulheres não era problema nosso. Merece elogios a nova atitude do governo Dilma Rousseff ante Teerã. E esperemos que continue assim, não só nesta questão, como também em relação à política sempre mal explicada de pesquisa nuclear do governo iraniano.

LUCIANO HARARY

lharary@hotmail.com

São Paulo

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"Às vésperas do 457.º aniversário, São Paulo é um piscinão sem ralo transbordando água das chuvas. Socorro!"

J. S. DECOL / SÃO PAULO, SOBRE AS ENCHENTES

decoljs@globo.com

"Aluguel e ônibus pressionam a inflação. Dilma, em vez do Lula, chame o FHC"

EDUARDO HENRY MOREIRA / SÃO PAULO, SOBRE ECONOMIA

henrymoreira@terra.com.br

"Já é o primeiro santinho da campanha eleitoral de 2014?"

JOSÉ ANTONIO PEDRIALI / LONDRINA (PR), SOBRE O SELO DOS CORREIOS EM HOMENAGEM A LULA

jpedriali@hotmail.com

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TEMA DO DIAChuva faz 170 vítimas no Estado do Rio

Teresópolis, cidade mais afetada, decreta estado de calamidade; governador pede ajuda à Marinha

"Novamente, vidas são perdidas durante as chuvas e, de novo, nada é feito pelos governantes, só discursos demagógicos."

VAGNER RICCIARDI

"Mais uma trágica prova de que encosta é lugar de vegetação. Permitir sua ocupação por favelas é uma completa estupidez."

MARCUS CUNHA

"Todos somos culpados, mesmo atirando um chiclete na rua. Mas é doloroso que tantas pessoas estejam perdendo a vida."

MARIA LUIZA PAIVA DINIZ

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Cartas enviadas ao fórum dos leitores, selecionadas para o estadão.com.br

 

 

 

 

 

 

 

 

INCOMPETÊNCIA GENERALIZADA

 

Neste caos da região serrana do Rio, com mais de 220 mortes, desabrigados, desabamentos, etc., o governador Sérgio Cabral está de férias, e no exterior, para variar. Ainda que mal pergunte: quando está no Rio?

Todo verão é a mesma coisa. Chuvas, enchentes, alagamentos, desabamentos, etc. As promessas das autoridades ficam pelo caminho. Acaba a campanha eleitoral, esquecem tudo. O pior é o povo, que esquece também, pois vota neles sempre. Os prefeitos da região serrana do Rio, a mais atingida, deveriam responder por homicídio doloso.

E em São Paulo, então? O PSDB governa o Estado há anos. Não são poucos, não, são muitos. E não consegue uma solução para as enchentes no Estado, principalmente na capital? Qual o problema? Para mim, já é incompetência. Devem ter sido contaminados pelos incompetentes do Rio de Janeiro, que também não resolvem nada.

 

 

 

 

Panayotis Poulis ppoulis@ig.com.br

Rio de Janeiro

 

 

 

 

 

 

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TRAGÉDIA NO RIO

 

É, governador Cabral, vai falar o quê, desta vez? Todo mundo sabe que nada foi feito para evitar essas tragédias. Nem no Rio, nem em nenhum outro Estado. E vai continuar assim. Porque o Lulla ensinou como governar: não precisa fazer nada que o País anda sozinho, basta dizer que fez ou que vai fazer. Agora, vejam nossos ilustres ministros. Terão como principal missão aparelhar ainda mais o ParTido, além do BB, da Caixa, da Petrobrás... Nossas cobranças devem ser feitas nas portas do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e das Assembleias Legislativas!

Eduardo Vitale eduardovitale@terra.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

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A COBRANÇA DA NATUREZA

 

Nossas cidades não são planejadas, a cada prédio que sobe sem nenhuma responsabilidade ou estudo, a cada invasão sem fiscalização de nossos governantes, somada a falta de educação da população no trato do lixo, tudo isso faz com que a cobrança da natureza seja cruel.

Infelizmente, a cada ano teremos um cenário pior.

 

Marcelo de Moura mdemoura@globo.com

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

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FAMÍLIAS AO RELENTO

Assim que você, leitor, ouvir ou vir as cenas de enchentes, pessoas morrendo por causa de alagamentos, lembre-se de que, se você é um daqueles que jogam papel, lata de refrigerante, ponta de cigarro ou qualquer outro lixo na rua que servirá para causar as tragédias de morte de crianças e adultos, deixará ao relento famílias, sem ao menos terem um pedaço de papel higiênico para suas necessidades básicas ou um copo de água para matar a sede. Então, não lamente, você deve pedir perdão às vítimas.

 

 

Jorge Peixoto Frisene jpfrisene@zipmail.com.br

São Paulo

 

 

 

 

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GOVERNANTE SOFRE

Todos os anos a mesma água, a mesma reclamação e a mesma ladainha, mas por mais que as autoridades invistam na prevenção das enchentes as chuvas de verão continuarão proporcionando manchetes, desmoronamentos, enchentes e mortes, porque a culpa não é só de São Pedro ou das autoridades. Os moradores também pecam. Pecam ao morar debaixo e em cima do morro. Pecam por morarem na boca do rio. Pecam por encherem o rio de lixo e detritos. Se reclamarem a São Pedro, ele responderá: quem mandou engessar os rios? Quem mandou encher tudo de concreto? Quem mandou não deixar escoamento para tanta água? Quem mandou jogar lixo no rio? Mas o mais curioso é que continuam morando em lugares proibidos e perigosos e quando algo de ruim acontece a culpa é do governante. Se as autoridades não tiram os moradores de local de risco, são culpadas pelas desgraças. Se o governante tira, fazem piquete e interditam rodovia. Sei que muitos dirão: mas eles não têm onde morar! E eu diria: minha família está em primeiro lugar e no pé do morro, em cima dele e na beira do rio eu não moro! Amo minha família!

 

Beatriz Campos beatriz.campos@uol.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

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CHUVAS COMO NUNCA ANTES

 

Não consigo entender por que motivo a mídia abre espaço tão grande para críticos aos governos paulista e paulistano em razão das chuvas torrenciais que caem muito acima da média diariamente na capital e em outras cidades do Estado. O mesmo está acontecendo em muitas regiões do Brasil, onde as cidades inundam. Mas somente os governantes de São Paulo são duramente criticados. Por que será? Acho que é fácil saber a razão de tanto azedume, que, certamente, não está relacionado com o sofrimento do povo. Todos podem deduzir qual é o motivo real das críticas, afinal, daqui a pouco teremos eleições municipais. Além disso, incomoda ao partido de oposição, o PT, ter aqui o governo do PSDB governando há 16 anos e sempre muito bem aprovado! Mas a maioria do povo paulista não se deixa levar por críticas tão injustas e absurdas. Felizmente, temos escolhido bem e todos reconhecem os esforços do nosso governador e do nosso prefeito tentando dar o melhor deles para resolverem a situação de forma a amparar o povo que mais sofre com tudo isso.

Eliana França Leme efleme@terra.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

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MINA DE OURO

 

Enquanto a população sofre com as enchentes, patrimônio e vidas perdidas, verdadeiras tragédias em São Paulo, os nossos políticos põem a culpa no clima e até em Deus. Talvez pudéssemos concordar, mas é só relembrar que isso aconteceu em todos os 16 anos de mandato do PSDB, e eles nunca conseguiram fazer um planejamento de longo prazo, só empréstimos e mais empréstimos internacionais para cuidar do Rio Tietê, todos os que passaram pelo governo paulista. O povo está cansado de ver isso, muitos deles chamam o Rio Tietê da mina de dinheiro dos políticos. Até que tem uma certa lógica, no ano passado foi cortada a verba da limpeza publica, dizendo que estavam gastando sem necessidade. Erraram. Mais uma vez vêm eles falando que vão gastar milhões com a limpeza das ruas e do próprio Tietê. É importante perguntar: quem estaria levando vantagem com a desgraça da população?

 

Anderson Aparecido dandersonaparecido@yahoo.com

Hortolândia

 

 

 

 

 

 

 

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CRIMINOSAMENTE NEGLIGENTES

 

A chuva é um fenômeno natural e não temos nem como recorrer a quem quer que seja para evitá-la ou mantê-la sob controle. Quando comedida, é sempre bem-vinda, indispensável, uma bênção! Quando excede, é indesejada sob todos os aspectos. As cheias trazem mazelas e prejuízos os mais variados, e piores que as secas. A saúde é precarizada e o nosso corpo fica sujeito a uma série de doenças, como hepatite, leptospirose, etc. Como se não bastasse, observamos os prejuízos materiais, que para alguns - os mais abastados - podem parecer insignificantes, mas para o pobre são tudo o que conseguiu vida e se esvai, desce nas enxurradas ou se perde com a invasão das águas. Armários, camas, guarda-roupa, TV, geladeira, fogão, tudo é danificado e os prejuízos, que não repostos, são incalculáveis. Além de incômodo e medo, mortes.

Mas a culpa não é só da natureza. Os administradores municipais, por relapsos, só agem, quando agem, para tentar remediar. Precavidamente, nenhum toma a iniciativa com a oportunidade que a situação requer. Não só pela incompetência, por não saberem planejar para enfrentar situações emergenciais, como também pelo descuido em não tomar logo medidas preventivas, como desentupimento de esgotos e galerias, recolhimento de lixo e entulhos, desobstrução dos bueiros, das passagens, drenagens, etc. É uma situação de pânico que nos faz sentir logrados pelas administrações municipais, que anos seguidos não conseguem sanar ou amenizar a situação, por inábeis e criminosamente negligentes.

Pena que tenhamos receios ou não saibamos a quem recorrer por falta de esclarecimentos, pois contra o poder público caberiam ações por danos materiais e morais. Lamenta-se que aos responsáveis não os atinja para serem responsabilizados pelo descuro que demonstram, afetando-lhe inclusive o bolso, pois só assim eles se compadeceriam dos milhares de vítimas negligenciadas pelo poder público, nas diversas instâncias. A Justiça a tudo assiste apática, letárgica, não punindo, o que denota alienação e descompromisso com a sociedade que deveria amparar, de sua iniciativa!

 

 

J. Hildeberto Jamacaru de Aquino hildebertoaquino@yahoo.com.br

Russas (CE)

 

 

 

 

 

 

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TRABALHAR NÃO MATA

 

Todo ano enfrentamos as mesmas tragédias provocadas pelas chuvas e todo ano a desculpa dos nossos "queridos" governantes é sempre a mesma: a culpa é da chuva! A culpa é do povo que não tem educação e joga o lixo nas ruas.

A culpa é da Defesa Civil e dos órgãos competentes (existe isso?), que permitem a construção de casas nas áreas de risco. A culpa é da incompetência dos governos municipais, estaduais e federal, que não têm nenhuma vontade de resolver o problema.

Foram gastos milhões para rebaixar a calha do Rio Tietê e o que aconteceu na segunda-feira? O rio transbordou!

Kassab, Alckmin e outras autoridades: trabalhar não mata! Vamos arregaçar as mangas, para que esse tipo de coisa não repita em 2012? Ou será que

isso não dá votos?

Eu ainda tenho uma certa esperança...

Em tempo: Os aumentos de IPTU, IPVA, inspeção veicula e ônibus foram decididos rapidinho, né?

 

 

 

Adriana Aulisio aulisiodri@gmail.com

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

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NOVOS PLANOS

Não obstante o exagero do volume pluviométrico, é entranho ver o governados Alckmin e o prefeito Kassab anunciarem "novos" planos para a contenção de enchentes em São Paulo. Passam a impressão de que os planos anteriores ocorreram em algum outro lugar ou país e que os partidos políticos desses personagens eram outros. Eles dão a impressão, também, de "que estão chegando agora", dia 12 de janeiro de 2011, e não sabiam de nada.

 

Fabio Figueiredo fafig3@terra.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

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HOLANDA E VENEZA

Um país como a Holanda e uma cidade como Veneza vivem sob constante ameaça de enchentes, pois ambos estão abaixo do nível do mar. Lá são tomadas todas as providências para que suas populações e residências não sofram a ameaça das águas. Há uma união da sociedade e de governos, e são tomadas medidas sérias, que exigem apoio e sacrifício de todos. A vida é levada a sério. Temos de aprender com eles, aplicando medidas semelhantes em áreas de risco. Primeiro, evitando construções nas encostas dos morros, ao longo de margem de rios e terrenos resultante de aterros ou lixões (como foi o caso do Morro do Bumba). Há necessidade de mais rigor na aprovação e fiscalização de projetos imobiliários, assim como a observação de um sério e inteligente planejamento urbano. São vidas humanas que estão em jogo, e elas devem ter total prioridade dos responsáveis. Enquanto interesses político-eleitorais e de lucro imobiliário prevalecerem, não haverá solução!

 

Silvano Corrêa www.sivanocorrea.blogspot.com

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

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BURACO NÃO DÁ VOTO

 

O problema das enchentes em São Paulo foi alvo de projeto para sua solução em 1893. Em 1957, tive a oportunidade de folhear o projeto de Edgar de Souza, no arquivo morto da São Paulo Light, na subestação de Paula Souza. Nele constava um by pass em forma de túnel que saía a montante da usina e ia desembocar a jusante junto à foz do Rio Atibaia. Esse túnel tinha a capacidade da vazão catastrófica do Rio Tietê. As comportas do túnel seriam abertas se o sistema de reversão do rio para a Represa Billings fosse insuficiente para conter a vazão do rio. Perguntei ao velho superintendente Mania, polaco, que me mostrou o projeto, por que o túnel não foi construído. Disse-me ele: "Primeiro, o túnel iria atingir área fora da concessão da Light. Foi pedida autorização, mas o Ministério da Agricultura informou que a obra era atribuição do Estado. Segundo, você já viu político fazer buraco? Buraco não dá voto!"

 

Ronald Martins da Cunha ronald.cunha@netsite.com.br

Monte Santo de Minas (MG)

 

 

 

 

 

 

 

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TUCANATO

É intolerável a gente ter de aguentar o governador, diante de toda essa tragédia, dizer que não dá pra fazer obra em 24 horas. E em 16 anos, dá? E o silêncio da imprensa paulista, domesticada pelo tucanato?

 

Antonio Carlos Ciccone cicconeac@hotmail.com

Cotia

 

 

 

 

 

 

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MAL COMPARANDO...

 

Nasci e moro em São Paulo, e me lembro sempre de que nesta época, verão, chove muito e sempre houve inundações. Porém nunca vi tanta chuva num mesmo dia como a que caiu do dia 10 para o dia 11 deste mês. Surpreendentemente, se formos analisar as consequências, foram menores do que em anos anteriores. Porém o PT de Lula (que repousa tranquilamente num próprio do Exército, com toda a família, às nossas expensas) resolveu atacar nosso prefeito e nosso governador, pois pretende também tomar conta de São Paulo, é óbvio. Façamos então uma comparação: quantas mortes, até este momento, aconteceram em São Paulo em consequência dessas chuvas? Qual o tamanho da Grande São Paulo e quantos aqui residem? Quantas obras já foram e estão sendo executadas, com o dinheiro do nosso Estado, por aqui?

Piscinões, reforma da calha do Tietê e do Tamanduateí e muitas outras. E qual é a população de Petrópolis, Teresópolis e Friburgo? Menos do que a de São Bernardo do Campo, e já morreram mais de 250 pessoas. O governador do Rio é pró-Lula e Dilma, o nosso não é, ganhou no primeiro turno e está sendo desde já massacrado pelo PT, bem como gente do seu partido, com vista às eleições de 2012 e 2024, é claro. Temos experiência em São Paulo de governo do PT (o da belezura), foi uma catástrofe.

 

Carlos E. Barros Rodrigues ceb.rodrigues@hotmail.com

São Paulo

 

 

 

 

 

 

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CRIME DE LESA-HUMANIDADE

Uma vez que a vida não tem preço, então não há "recursos emergenciais", muito menos frases de efeito, como "a desgraça seria muito maior", "a maior catástrofe da história do município", proferidas à exaustão como desculpas esfarrapadas por nossas "autoridades", que atenuem a desgraça causada, sim, por fenômenos naturais, agravados pela demagogia e hipocrisia destes governantes falastrões. Deveriam responder por crime contra a humanidade, segundo o Estatuto de Roma, do qual o Brasil é signatário, e assim, quem sabe, algo de concreto seria feito.

 

Luiz Nusbaum lnusbaum@uol.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

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TODO ANO É TUDO IGUAL

Entra ano, sai ano, e o as tragédias das chuvas de verão fazem o povo sofrer! "Só Deus sabe dizer como é infinda a dor... "(Tito Madi) E os governantes? E a política de prevenção? Vamos ficar só nas palavras, palavras, palavras, parole, parole... Quanto papo e pouca ação! São Paulo e o Rio de Janeiro sofrem com as chuvas, são palavras e nada mais, são só palavras e dor!

 

Luiz Fernando D'ávila lfd_avila@hotmail.com

Rio de Janeiro

 

 

 

 

 

 

 

 

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TRISTEZA OU FRUSTRAÇÃO?

 

As chuvas que castigam o Rio de Janeiro, São Paulo e Minas, vitimando inocentes, causam tristeza e revolta, pois as tragédias poderiam ter sido evitadas, assim como outras que possam ocorrer. Infelizmente, o poder público só consegue ou tenta fazer algo após o acontecimento. Essa tristeza que toma conta do povo, para os políticos, deve ser uma frustração por tantos votos perdidos para as eleições de 2012...

 

Luiz Ress Erdei gzero@zipmail.com.br

Osasco

 

 

 

 

 

 

 

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FLUTUANTE

 

Kassab "boia" quando o assunto é a solução dos alagamentos.

A. Fernandes standyball@hotmail.com

São Paulo

 

 

 

 

 

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CULPADOS E VÍTIMAS

 

Chuvas torrenciais no Brasil inteiro provocam tragédias terríveis. Mas só os governantes de São Paulo são culpados. Os outros são vítimas. Por que será?

 

 

Tereza Sayeg tereza.sayeg@gmail.com

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

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AFINAL, DE QUEM É A CULPA?

Cidades são prejudicadas pelas chuvas porque em inúmeras administrações anteriores todos se curvaram à especulação imobiliária, admitindo que tudo seja construído em lugares inadmissíveis, fazendo com que haja condensação de população em bairros que não foram projetados para tantos prédios, com trânsito caótico.

É o caso de São Paulo.

Também se deixou e até se estimulou a vida às margens de represas e rios, sem nunca se punir os que se fizeram construções em bairros e comunidades nessas regiões, como no caso de Guarapiranga e arredores.

Isso vem acontecendo pelo Brasil todo.

O que não se pode deixar de perceber é que já há várias pessoas se aproveitando da situação para pôr em dúvida a administração não petista ou simpatizante do Estado e da cidade de São Paulo.

Já com o que está acontecendo no Rio de Janeiro se calam. E o governador Cabral pede ajuda ao governo federal.

Afinal, está chovendo mais que o que foi previsto ou as enchentes são só culpa dos administradores?

Talvez sejam ambos os casos, para todos os lugares, não só para São Paulo, mas petistas estão animadíssimos para decretar que isso é porque o PT não está governando os paulistas.

Lembram-se quando Marta Suplicy, então prefeita, foi, vestida de terninho chique, ver um bairro alagado perto de Osasco?

 

 

Maria Tereza Murray terezamurray@hotmail.com

São Paulo

 

 

 

 

 

 

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CHOVER NO MOLHADO

Nestas tragédias anunciadas, onde estão os governantes? Sumiram? Há pouco tempo, véspera das eleições, faziam qualquer coisa para aparecer. Assumam agora a negligência, incompetência ou despreparo, ou tudo junto. O quê vocês fazem com o dinheiro público? Por que não vão dormir nas regiões alagadas? Por favor, não culpem a natureza. Todo ano é a mesma coisa!

 

 

Mário Issa drmarioissa@yahoo.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

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SÃO PAULO MERECE MAIS

 

 

As Marginais do Tietê e do Pinheiros representam a coluna dorsal do sistema viário da cidade e suas obras de ampliação são prioridades que já deveriam ter sido executadas.

Muitas críticas e muitas explicações foram dadas por pessoas que tentam entender os problemas técnicos que enfrentamos, porém não encontrei nenhum artigo que me explicasse quais as verdadeiras causas de nossas enchentes.

As causas e os efeitos nada têm que ver com impermeabilização do solo. Temos de conhecer a mecânica dos fluidos ou o equilíbrio das nossas forças hidráulicas para conhecer o gargalo da drenagem, como diria o meu mestre Takudi Tanaka.

Na cidade de Los Angeles, na Califórnia, eles tinham um problema crônico de enchentes como acontece na cidade de São Paulo.

As autoridades perceberam que o Rio Los Angeles era, na verdade, não um simples rio, mas um enorme vertedor de milhares de contribuições pluviais. Quando chovia forte, o Rio Los Angeles se tornava um grande rio e com uma vazão enorme, ao contrário do que era normalmente, apenas um pequeno córrego.

Ele foi canalizado nos anos 40.

O canal tem uma seção enorme. A base varia de 80 a 120 metros no fim do canal. O canal tem 80 km de comprimento e 20 m de profundidade.

Eles perceberam que para as águas não provocarem enchentes na cidade, essas águas deveriam ser retiradas da cidade rapidamente, e na maior quantidade possível.

Usam o canal do Rio Los Angeles, com o leito quase seco, como palco de filmagens de diversos filmes, sempre em cenas de perseguição.

Mas quando chove o canal, que foi projetado com acentuada declividade, faz a velocidade da água passar dos 50 quilômetros por hora, para realmente transportar aquele volume de água para fora da cidade rapidamente.

Numa ocasião uma betoneira trabalhava no canal e quando a água veio era em tão grande quantidade que a betoneira foi arrastada e acabou batendo numa pilastra da ponte sobre o canal. Os dois trabalhadores foram esgotados por helicóptero, após terem subido em cima da caçamba.

Muitas pessoas, talvez suicidas, ao caírem no canal não foram salvas porque a velocidade da água é realmente muito forte. Mas funciona muito bem. A cidade de Los Angeles nunca mais teve inundações.

Em São Paulo ocorre justamente o contrário. Em 1929 a Light provocou grandes enchentes e desapropriou muitas áreas. A Light simplesmente construiu uma barragem no Rio Tietê, para a produção de energia na usina de força no Rio Pinheiros, ao lado da Avenida Luiz Carlos Berrini.

Desapropriaram grandes áreas, lotes alagadiços próximos aos rios, para construir suas instalações de força. O Rio Pinheiros, que antes desaguava no Tietê, saindo da cidade sem nenhum represamento, teve então a sua direção invertida.

Toda a água de chuva que cai na cidade é recolhida e dirigida para a Represa Billings, posteriormente descendo para a Usina de Força Henry Borden, situada em Cubatão, que sustenta de eletricidade as indústrias de base da região, inclusive o polo petroquímico. Na época não existia Itaipu e somente as águas da Billings não seriam suficientes para gerar energia, sem as contribuições do Pinheiros e do Tietê. Então, o que acontece?

O volume monstruoso de água dos afluentes do Tietê, como Tamanduateí, Aricanduva e dezenas de outros, ao chegar à barragem da confluência Tiête-Pinheiros, é desviado para a subida contrária do Pinheiros, para abastecer a Billings e a Usina Henry Borden.

Não adianta fazer centenas de piscinões, atualmente já temos 17. Além de a água não sair da cidade, ela fica lentamente circulando. Vem da zona sul pelo Tamanduateí, percorre a zona central pelo Tietê e volta para a zona sul pelo Pinheiros.

A água com pouca velocidade faz a festa dos pernilongos.

Águas recolhidas nas cabeceiras do Rio Tamanduateí na região sul da cidade percorrem dezenas de quilômetros, sendo forçadas a voltar para a mesma zona sul numa velocidade de 5 km/h. Parece que desejam inundações.

Imaginem, então, quando chove 70 mm/h, como aconteceu recentemente, ou seja, 70 litros de água da chuva por metro quadrado.

Autoridades reclamam do lixo, porém o lixo prejudica apenas o giro das turbinas das usinas. Preocupam-se com plantação de árvores, que somente vão atrapalhar a movimentação das dragas em obras do leito do rio.

O Rio Tietê precisa ser dragado todo ano, pois tem assoreamento contínuo.

Das obras dos grandes lagos do Parque Ecológico do Tietê, promovidas há 20 anos, o assoreamento já acabou com quase tudo.

Para resolver esse problema de uma vez por todas, o Rio Pinheiros deveria voltar para o seu curso natural, eliminando a Barragem da Traição e liberando suas águas para um canal do tipo Los Angeles por 50 ou 60 quilômetros. Ia tirar dos paulistanos esse transtorno que leva algumas vidas todos os anos, que são as enchentes causadas pela barragem, e acidentes com carros ao caírem dentro do rio. O antigo Rio Los Angeles hoje é um canal devidamente concretado e as águas que ele transporta têm velocidade assombrosa. Não tem assoreamento. Funciona. Não precisa dragar e as chuvas carregam realmente os detritos.

A calha do Tietê que tem seus cinco metros de profundidade na parte central, cai para menos de dois de profundidade nas partes mais próximas das margens, pelo assoreamento e falta de velocidade das águas barrentas. A duplicação da Marginal não afeta em nada a drenagem das chuvas paulistanas.

Deveria existir um canal que realmente transportasse a água para fora de São Paulo.

A grande desculpa das autoridades é o lixo jogado no rio.

Mas o Tietê não é um rio, é uma represa com barragem.

Bobagem relacionar Los Angeles, com um canal totalmente concretado, com nossa cidade represada para produzir energia que ocasiona inundações todo ano. Morei na Barra Funda metade da minha vida e sei o que passamos, com perdas materiais e com o perigo de doenças. No apagão recente, a Baixada Santista não teve energia de Itaipu nem da Henry Borden, que parece não ter autonomia para atender às petroquímicas.

Então, para que manter esse sistema hidráulico em São Paulo implantado há tanto tempo?

São Paulo merece mais.

 

 

 

Pedro Antonio Cardoso piparoda@gmail.com

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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PARCIALIDADE

 

É importante que parte da imprensa repense a maneira parcial e injusta como noticia fatos relacionados aos transtornos provocados pelas chuvas em São Paulo. Ano após ano o prefeito de São Paulo é submetido a uma espécie de linchamento público, enquanto outros mandatários de cidades vizinhas, tão responsáveis quanto o da capital, passam ao largo das discussões. Há que apurar os problemas e soluções, em vez de se fazer destes tristes eventos um mero conflito envolvendo siglas partidárias.

 

 

 

Henrique Brigatte hbrigatte@yahoo.com.br

Pindamonhangaba

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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POLUIÇÃO

 

Como em todos os anos, as chuvas voltaram, e cada vez com maior intensidade, por causa da poluição ambiental, que destrói a camada de ozônio. No entanto, sempre surpreende a todos. Parece coincidência, mas o Estado que mais polui sem consciência tem sido o mais atingido. As obras de infraestrutura para prevenir esse problema não são muito visíveis, não se podem colocar placas eternizando nomes de seus executores, e ficam fora dos projetos dos políticos de plantão. No entanto, os eleitores que pagam os salários dessas autoridades continuam sofrendo sem a contrapartida do governo. É bom lembrar que o Brasil é um dos países onde mais se recolhem impostos do cidadão de bem no mundo. A quem mais recorrer?

 

 

João Coelho Vítola jvitola@globo.com

Brasília

 

 

 

 

 

 

 

 

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SÃO PAULO PODE CONTER AS ENCHENTES

 

 

O exemplo das grandes cidades dos países desenvolvidos mostra que é possível planejar o controle desejável. O plano de drenagem em vigor, executado há mais de 15 anos, previu, com todos os piscinões construídos, tempo de retorno (TR) de 25 anos para os afluentes do Tietê, para se obter TR de cem anos no Tietê, desde que a vazão máxima na barragem da Penha fique inferior a 500m³/s. Cerca da metade dos piscinões previstos não foi construída. A área a montante da barragem da Penha é superior a metade da área da região metropolitana, nela não foi feito planejamento de retenção de água: a ocupação desordenada com certeza resultará em vazão muito superior à desejada, tornando TR desejado para o Tietê muito abaixo dos cem anos desejados, isto é, teremos as marginais inundadas com frequência muito maior. O Rio Pinheiros não foi estudado, temos temo-lo visto provocando inundações frequentes no Ceasa - mencionava-se na época que seu TR era inferior a 25anos.

Áreas importantes como o Anhangabaú estão sujeitas a inundação com TR inferior a 15 anos. Creio que a metrópole merece planejamento definindo de acordo com planejamento urbano, concentração de trânsito, investimentos existentes, etc., TRs convenientes (25, 50, 100 anos?). O exemplo dos países desenvolvidos mostra que se trata de estudos e implementações no longuíssimo (40 anos?) prazo se houver continuidade!

Afinal, estamos ou não numa metrópole? Até quando vamos pôr a culpa na topografia e na chuva? É claro que com o loteamento político das organizações do

Estado (federais, estaduais e municipais) é impossível se conseguir a competência e a continuidade necessárias à implementação de empreendimentos no longuíssimo prazo.

Por que não aproveitar a experiência dos países desenvolvidos?

 

Darcy Andrade de Almeida dalmeida1@uol.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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REVER CONCEITOS

Apesar de ter votado no Kassab para prefeito, hoje sou um crítico da sua fraquíssima gestão e o considero também um homem de baixíssima personalidade. Mas culpá-lo pelos transtornos que a cidade vem vivenciando é um verdadeiro absurdo. Os problemas da região metropolitana foram produzidos, ao longo dos anos, pela irresponsabilidade, demagogia e corrupção dos nossos maravilhosos políticos. Falta coragem aos homens públicos(?) para não permitir em hipótese alguma a construção de moradias em regiões de visível risco e em áreas invadidas. Falta coragem aos administradores públicos(?) para atacar o despejo de lixo em nossos rios e ruas, punindo os responsáveis. Falta iniciativa dos nossos homens públicos para inserir nas escolas a educação comportamental, principalmente com relação ao meio ambiente e à cidadania. O governo tucano (já no quinto mandato) nada fez para modificar junto aos prefeitos um plano diretor para reduzir a exagerada quantidade de construções em todas as partes da cidade. Falta coragem para agir e por isso estamos pagando essa conta astronômica, com vidas, com mais miséria e mais custos para de maneira paliativa corrigir as consequências das catástrofes. Parece até que os políticos adoram as tragédias, para aparecerem nos noticiários com fisionomia desolada e prometendo que ações vão ser feitas para salvar a pátria. Já passou da hora de esses políticos (de esquerda, centro ou direita) tomarem vergonha na cara e trabalharem de verdade para ao longo do tempo minimizar os destroços provocados pela péssima governança que se pratica neste país, seja federal, estadual ou municipal. E ainda falam em "Cidade Limpa", como se isso fosse possível com a péssima coleta de lixo que é feita na capital, basta ver as nossas praças, ruas e calçadas. Quando a poeira baixar (ou as águas), com certeza os vereadores e deputados estarão licitando a compra de novos veículos para sua mordomia pessoal.

Mais do que nunca, os homens públicos(?) precisam urgentemente rever seus conceitos, visando a enxugar de maneira heterodoxa as máquinas estatais (União, Estado e municípios), para que os recursos sejam aplicados no que de fato interessa à população. Parem de abusar do povo enquanto é tempo.

 

 

Ademar Monteiro de Moraes ammoraes57@hotmail.com

São Paulo

 

 

 

 

 

 

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DESCASO URBANO

 

Mais uma vez, enchentes causam mortes e prejuízos materiais. Combinação nefasta de descaso do poder público, ignorância da população e, talvez em menor parte, o aquecimento global que se faz presente. Todas são causas humanas e é desumano o tratamento político, eleitoreiro e demagógico que se dá ao fato. Parece que não se consegue admitir que um planejamento deve ser feito para mitigar o problema para daqui a 20 anos e, até lá, nós teremos de atuar de forma emergencial, pois a solução deveria ter sido feita lá atrás, nos governos de Covas, Maluf e de outros.

 

 

 

 

 

Adilson Roberto Gonçalves adilson@debiq.eel.usp.br

Lorena

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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INJUSTIÇAS

Se nós tivéssemos Justiça coerente e imparcial, obrigaria a Prefeitura de São Paulo a indenizar por todos os danos e perdas causados à população em face da inoperância dos setores públicos. Com obras responsáveis para escoar o excesso de água causado pelas chuvas de imediato, com certeza teríamos um quadro menos sofredor. A vantagem dos políticos brasileiros é que nossa população é do bem, pacífica e aceita tudo sem se opor, por pior que seja a situação. Basta ver as reportagens na televisão, onde nos deparamos com o povo perdendo tudo o que conseguiu com muito sacrifício durante a vida, não tendo para onde ir e, mesmo assim, dizendo estar pronto para recomeçar do zero. É lastimável. Eu sugiro um novo slogan para a Prefeitura: "roubar" menos e fazer mais. Que acham?

 

 

Angelo Tonelli angelotonelli@yahoo.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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OUTRO FOCO

"Em casa onde falta pão, todos falam e ninguém tem razão." Interessante a discussão sobre as causas das enchentes: ocupação desordenada do solo, diminuição das áreas verdes, pistas expressas, lixo nas ruas, assoreamento dos rios e por aí vai. Mas nestes dez dias de janeiro já choveu mais que a média histórica do mês: 254 mm x 228 mm (Folha de S. Paulo, 12/1). E as enchentes em outros Estados? Em outros países (Austrália)? E as nevascas recentes na Europa e nos EUA? Na minha visão, o foco é outro: gente produzindo calor, aquecimento global e derretimento da calota polar.

 

 

Antonio Carlos Gomes da Silva acarlosgs@uol.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

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MASOQUISMO?

Pois é, todo ano a mesma coisa. Durante os meses de janeiro a março os políticos, principalmente nosso prefeito, informam que existem planos para resolver os problemas das enchentes em São Paulo e que nunca choveu tanto num dia só. Moro há mais de 60 anos nesta cidade e nos últimos anos é sempre a mesma informação e durante o resto do ano nada se faz. Afinal, o que foi feito com o dinheiro do aumento abusivo de 30% do IPTU em 2009? A cidade continua mais suja do que nunca. Remendos em asfalto que com a primeira chuva formam buracos. Enchentes que paralisam a cidade com prejuízos para todos os trabalhadores. E o pior é que o prefeito ainda recebe aprovação de sua administração.

Realmente, não consigo entender nem a população, que parece gosta de sofrer, senão não votaria nos políticos que temos aí.

 

 

 

Carlos Alberto Duarte carlosalberto@ibg.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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SUBSÍDIOS

Com os R$ 600 milhões em subsídios para o ineficiente transporte público seria possível minimizar os críticos alagamentos na cidade. Não sei a quem isso (os subsídios) interessa.

 

Flávio Langer diretoria@spaal.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

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REVOLUÇÃO URBANA, REVOLUÇÃO SOCIAL

 

 

A falha de controle da qualidade de vida urbana passa pela mão incompetente e desvinculada da realidade dos políticos: vereadores, deputados, senadores, governadores e presidente do País.

A imensa massa de profissionais formados por anos a fio de estudos e prática, que deveria conduzir os passos da política urbanística das cidades brasileiras, morre nas mãos despreparadas e desvirtuadas dos nossos caríssimos políticos, aliás, que acabaram de majorar, muito acima da inflação, seus gordos e incompreensíveis salários, mordomias, etc. e tal.

Há anos, é ciente o profissional da área da discrepância entre anseios e necessidades, obrigações e prevenções, obras urgentes e fatais que a administração pública esconde à luz de proveito político, à mercê de vantagens oportunistas e eleitoreiras, enquanto a cidade e sua população sofrem as maiores perdas, humilhações e prejuízos de toda a ordem, seja moral, material ou política.

As cidades brasileiras vivem a realidade do assaque político partidário, que leva ao compadrio, enquanto nas ruas a realidade é outra, dura, humilhante, calamitosa, doente permanente que vê o médico receitar para a farmácia, para o laboratório, para seus bolsos, enfim.

A calamidade pública que se tornou a vida na cidade é causa direta da incompetência, do descuido e do desinteresse do executivo, que visa carreira e vantagens. Ao urbanista, preparado e apto a gerir, resta a assessoria manipulada pela veste partidária, e esta manuseada pelo lucro político do momento.

Ou seja, a cidade e seus cidadãos, que pagam os impostos, submetem-se a ser vassalos da lei, na forma do eleitor que se arrasta sob a capa bárbara do presidente que não preside para seu contratador.

O nosso pobríssimo Brasil se ajoelha e implora direitos a um grupelho mal formado de oportunistas que enriquecem do dia para a noite. Enchem os bolsos na caradura com a "lei" a seu lado.

Seus patrões, os cidadãos, pagam a conta com água inundando suas portas, com a farra da cueca extremada no mau ministério, permeado de bandidos já denunciados que fingem estar no paraíso que de fato ocupam na manobra das verbas públicas, que se tornam particulares, sob a conivência da cambada jurídica imposta pelo golpe petista.

Os cidadãos, sejam eles alagados nas ruas ou atropelados pela Receita, calam e aceitam a fúria corrompida e corrompedora da casta podre que nos sufoca, à espera de um super-homem do além.

Cala fundo e urgente a nomeação de um líder a conduzir a revolta que é na carne viva, na testa limpa e na palavra direta e dura que comanda os sentimentos unos deste povo cansado de ser espoliado aviltado e assaltado pela farra petista.

O momento da transposição de ventríloquo para a boneca é o certo para impor o basta. A festa, pós 11 carretas de mimos, de trocentos passaportes diplomáticos e a calada sobre cartões corporativos (= mutretão de mãe do inferno) requerem ação digna, definitiva e imediata.

Aos ladrões, a cadeia, aos assassinos, a pena de morte, aos palhaços tiiriricados da vida política, o exílio, com bens recuperados.

O País chegou ao limite do escárnio e a afronta dos roubos sobrepujou a cordialidade, agora é faca na boca, viseira, artilharia pesada e compromisso com a vitória.

O petismo levou o Brasil à guerra e os brasileiros acordaram para sua necessidade, pertinência e oportunidade.

Até que enfim, o petismo serviu para algo.

 

 

 

 

 

Ronaldo Parisi rparisi@uol.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

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COBRANÇA

 

 

Fortaleza está definitivamente despreparada para enfrentar as chuvas. Com uma chuva e as ruas se transformaram em rios! O processo de urbanização da capital cearense inchou a cidade nos anos 70 e 80 e esse fluxo de gente do interior e de outros Estados continua, apesar de menor.

Acontece que a Grande Fortaleza não é toda urbanizada e a periferia é cheia de buracos e lama. Quando chove não há escoamento e doenças como virose e dengue aproveitam a umidade e as poças de água para proliferar. Quais seriam as soluções? O escoamento das águas através da urbanização de uma metrópole abandonada.

Engenheiros e médicos sanitaristas, além de outros profissionais, já planejaram essas soluções. Porém a vontade política só aparece nas vésperas de eleições.

Temos de ser constantes na luta por mais saúde e melhores condições de vida. As promessas e propostas devem ser cobradas durante todo o período de governo.

Somos responsáveis por quem elegemos!

 

 

 

 

Paulo Roberto Girão Lessa paulinhogirao@uol.com.br

Fortaleza

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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AS CHUVAS, AS MORTES NO TRÂNSITO E A RECORRÊNCIA

 

 

 

Entra ano; sai ano e muitos problemas continuam imutáveis.

Enquanto uns culpam as chuvas pelos alagamentos e outros alegam que nenhuma solução pode ser feita em 24 horas a população vai se virando como consegue.

Obviamente sem chuva não haveria alagamento e certamente o inicio de uma solução poderia começar em menos de 24 horas.

Muito do que é necessário fazer depende de orçamento e tempo, mas um verdadeiro líder poderia fazer com que seus liderados contribuíssem para uma sensível melhora imediata, simplesmente não entupindo o sistema de drenagem da cidade com lixo de toda espécie. Conscientizando e quando necessário usando o poder público, também poderia impedir a ocupação das margens e encostas da cidade.

Mas claro que isto exige um posicionamento que pode ser desagradável aos míopes do momento.

Entra ano; sai ano e 1.300 pessoas morrem no trânsito da capital do mais importante estado da nação.

Enquanto uns alegam que sem educação no trânsito não há solução, outros traçam plano de reduzir em 10% essas mortes com a diminuição do limite de velocidade nas ruas.

Quanta mediocridade!

Então baixando as mortes para 1.170 tudo fica resolvido! Se for para estabelecer uma meta; que seja zero.

Os incompetentes sempre alegam necessidades impossíveis ou de longo prazo para justificarem suas deficiências. Educação no trânsito leva décadas de enorme esforço e recursos para apresentar algum resultado. Como a solução proposta é de longo prazo, de dentro dos seus gabinetes vão empurrando tudo para frente

Fala-se muito também de semáforo inteligentes. Não são os semáforos que precisam ser inteligentes; são os humanos na administração do trânsito que precisam ter alguma inteligência.

Impressiona a incapacidade dos técnicos e dirigentes da CET e SMT de ver o óbvio! Eles alegam saber onde estão os maiores problemas; o maior número de atropelamentos.

Basta ir ao local, abrir os olhos e ver. Mas certamente não pode ser aquele tipo de cego que não quer ver.

Observe onde fica o semáforo. Ele está antes ou depois do cruzamento? Antes ou depois da faixa de travessia de pedestre?

Em toda a nossa cidade os semáforos; sejam eles do tipo burro ou inteligente; estão sempre após a faixa de pedestre e após o cruzamento. O que significa que ele pode estar muitos metros após a faixa de pedestres. Além do mais, isto também cria uma dificuldade para o bom motorista avaliar se ele deve parar ou continuar ante uma luz amarelar abrupta. Se no local correto isto ficaria claro.

A lei não fala de avançar, ultrapassar o sinal luminoso? Se este estiver após o cruzamento, o acidente ou atropelamento ocorre sem que a ocorra ultrapassagem do sinal.

E o fato da faixa do pedestre sobre a mesma ser o limitador do ponto onde os veículos devem parar? Que tamanha barbaridade e irresponsabilidade destes burocratas incompetentes!

Muitas cidades no Brasil, e mesmo no nosso estado, instala o semáforo no local mais lógico, utilizando o mesmo para proteger o pedestre durante a travessia da rua.

Para o burocrata de plantão na CET e na SMT; acomodado no seu emprego público; é mais fácil ficar culpando a deficiência da educação pelos problemas em vez de criticar seu próprio trabalho na busca da melhoria e redução das mortes.

O assunto dos motociclistas então é de deixar qualquer um com um mínimo de sensibilidade irritado ao extremo.

Sob o olhar cúmplice destas autoridades houve total inversão das regras básicas de direção. Qualquer motorista com carta há algum tempo sabe que a preferência é de quem está à frente.

Sempre houve uma regra de que bate na traseira do outro é o responsável pelo acidente. Agora mudou tudo. Os motoqueiros criaram a preferência de quem vem atrás. O motorista tem que dirige com um olho na frente e outro atrás. Sinalizar não serve para nada; a preferência sempre vai ser do motoqueiro que vem pela traseira.

O mais incrível mesmo são as placas que estas patéticas autoridades do trânsito espalham pela cidade instruindo os motoristas para respeitarem os motoqueiros. É o contrário; o motoqueiro que deve ser induzido a respeitar os outros. Se aquele cego da CET ou da SMT que não quer ver perguntar para qualquer um que ande pelas nossas ruas quem é o desrespeitador contumaz do trânsito vai ouvir que são os motoqueiros. Compete ao poder público obrigar o respeito e punir quando necessário. Esta turma utiliza as multas para arrecadar apenas; nunca para educar e ao mesmo tempo ficam repetindo que o problema é justamente a falta de educação.

Mas vamos em frente na nossa recorrência, entre um deslizamento aqui, um atropelamento ali, um alagamento acolá, o ano vai avançando e a nossa recorrência garante que tudo continua como é; com um novo plano entre velhas desculpas nos esperando lá na frente.

 

 

 

 

Luiz Carlos Leitão da Cunha lucleitao@gmail.com

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

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A NATUREZA DESAFIA O HOMEM

O terceiro milênio está dando sinais de que a natureza em fúria está disposta a incomodar a humanidade. São várias as maneiras de a natureza agir no mundo dos homens. As chuvas chegam de forma irregular e causam danos consideráveis na vida humana. As inundações têm sido frequentes no mundo inteiro e causado danos materiais e ceifado vidas. A falta de chuvas em diversos lugares tem causado danos nos campos, na vida das pessoas e animais que estão nas áreas de estiagem. Terrível é a situação do povo atingido pela seca ou excesso de chuvas. Quando a estiagem se prolonga, acontecem incêndios, faltam água e pasto para os animais e as plantações registram grandes perdas.

A natureza tem mostrado nos últimos tempos que está descontente com a humanidade. O homem tem mudado a topografia da terra, poluído lagos, rios e mares; tem construídos selvas de pedra, calçadas, impermeabiliza o solo com asfalto de tal forma que as águas das chuvas nessas áreas, ao correrem para lugares baixos, acabam gerando enchentes. O desmatamento indiscriminado causa o aquecimento da atmosfera, reduz a unidade do solo e propicia os desmoronamentos de terras dos montes quando a chuva chega em excesso. As razões para tantas catástrofes causadas pela fúria da natureza se devem ao mau uso do solo pela civilização humana.

Lamentavelmente, sempre que acontecem catástrofes de qualquer ordem, quem acaba sofrendo mais é a população de baixo poder aquisitivo e também os animais e as plantações. Os anos passam, décadas e séculos decorrem e os mesmos problemas continuam acontecendo. O mundo conheceu vários sistemas de política e nenhum deles conseguiu pôr fim a essa calamidade, que vem aumentando de ano em ano. As eleições são recheadas de promessas, renovando o chefe da Nação, governos Estaduais, prefeitos, deputados estaduais, deputados federais, vereadores, e toda estrutura política é mexida, remodelada segundo as metas dos novos postulantes. Infelizmente, a realidade no Brasil não tem mostrado os resultados das promessas feitas na época das eleições pelos candidatos, frustrando, assim, o povo depois de os novos postulantes terem tomado posse. A mesmice tem-se perpetuado ao longo da existência brasileira. Apesar das grandes frustrações a que o povo está acostumado, nunca é tarde para que a classe política desperte para o bem e faça deste Brasil um verdadeiro celeiro de prosperidade, convertendo a miséria e os descasos em verdadeiros tesouros da Nação. O Brasil é grande e tem terras que podem dar leite e mel para todos.

 

 

 

 

Paul Morin (Paulo Hirano) paulmorin2002@terra.com.br

Curitiba