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Cartas - 14/04/2011

Exclusivo para assinantes
Por Redação

POLÍTICA ECONÔMICA

Ninguém se entende

Por motivos muito conhecidos de todos nós, a inflação novamente bate à nossa porta. O governo, que deveria tomar medidas firmes para combatê-la, como o fizeram FHC e sua equipe, já no governo Itamar, fica batendo cabeças. Dilma diz que quer diminuir os juros, mas sem eles o investimento externo diminuirá. Mantega diz que está tudo sob controle e o preço da gasolina será mantido. A gasolina já aumentou e Gabrielli, o presidente da Petrobrás, aventa a possibilidade de aumento dos combustíveis. Pelo visto, ninguém se entende, nenhuma medida realmente foi tomada, a não ser a tímida restrição dos gastos do governo, mas que não foi realizada, continuam gastando mais e mais. Lula legou uma imensa dívida, impagável, que Dilma não conseguirá contornar, o que acarretará mais aumento da inflação. Que medidas serão tomadas? Se os que estão no governo não o sabem, quid potest?

CARLOS E. BARROS RODRIGUES

ceb.rodrigues@hotmail.com

São Paulo

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Rolando a ladeira...

Dia destes, a notícia de que a gasolina poderia ter o preço aumentado deixou a presidente em saia-justa e ela afirmou que não haveria aumento. Em 12/4, na China, o presidente da Petrobrás voltou a dizer que existe a possibilidade de o combustível sofrer alteração de preço (para mais, é claro) nos postos, caso o valor do petróleo se mantenha em alta no exterior. Não estou entendendo: quem é que manda no País? A presidente diz uma coisa e o presidente da estatal diz outra? Por que quando o petróleo está com o preço baixo no mercado internacional continuamos pagando uma exorbitância e quando se fala em alta do barril somos ameaçados com aumento do combustível? Não somos tão autossuficientes como propalava dom Luiz Inácio? Será verdade que os balanços da estatal do petróleo eram maquiados? Francamente! Estamos mal servidos, com tanta incompetência. E lá vai a estabilidade econômica rolando a ladeira...

APARECIDA DILEIDE GAZIOLLA

rubishara@uol.com.br

São Bernardo do Campo

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DESARMAMENTO"Armação"

Que tal o governo resolver o problema da cada vez mais inflada inflação, em vez de discutir desarmamento dos cidadãos que não traficam nem facilitam a entrada de armas pelas fronteiras altamente "democráticas" deste país? Mudar o foco, com o preço atual dos combustíveis, é piada para funcionários em Brasília; para quem vive do trabalho, não!

JOSÉ JORGE RIBEIRO DA SILVA

jjribeiros@yahoo.com.br

Campinas

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Referendo

Ótima a ideia de Sarney de um referendo para opinarmos sobre armas. Vamos aproveitar a oportunidade para incluir outras consultas, tão ou mais urgentes que a proposta, como, por exemplo: 1) Validade imediata da Lei Ficha Limpa nos termos aprovados; 2) fim de assessores para senadores, deputados e vereadores e da autofixação de salários dos parlamentares; 3) fim de cartões corporativos secretos na Presidência da República. A lista pode ser ampliada, ouvida, por exemplo, a OAB. Está na hora de darmos um basta à gastança promovida pelo poder público. Nosso dinheiro é suado, não é fruto de propina.

DOMINGOS PEROCCO NETTO

dperocco@ig.com.br

Itatiba

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Inação do Estado

Referendo sobre proibição de armas de fogo? Nada disso! O que deve ser feito é entrar com processo contra o Estado todas as vezes que formos assaltados, violentados, sequestrados, etc. - tanto pela incompetência como pela falta de ações. Assim se obrigaria o governo a procurar meios mais eficazes de combater toda essa violência que impera neste país.

BENEDITO RAIMUNDO MOREIRA

br_moreira@terra.com.br

Guarulhos

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OPOSIÇÃOChamado à ação

O artigo O papel da oposição, de Fernando Henrique Cardoso, é antológico e de leitura obrigatória para quem queira entender o que ocorreu no País nos últimos anos. É um chamado à ação não só para a oposição, mas também para todos os que acreditam que o Brasil tem jeito.

GILBERTO DIB

gilberto@dib.com.br

São Paulo

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Orfandade

O artigo do ex-presidente FHC explicita a indigência da oposição política no País, hoje. Os partidos não aliados ao governo não têm, ao menos, um programa que responda aos anseios do seu eleitorado. Basta ver o arremedo de novo partido capitaneado pelo prefeito paulistano, que nem sequer sabe a sua linha ideológica. Em termos de representação política, a classe média está órfã. E abandonada...

RENATO CONSOLMAGNO

consolmagno@terra.com.br

Belo Horizonte

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Pensar grande

As diferenças entre os que estão na classe média - se assim a podemos chamar - e nas classes menos favorecidas, que foram determinantes nas últimas eleições, são tremendamente conflitantes, quando obrigados a definir realmente o que pensam, em situações que os colocarão cara a cara com as necessidades de uns e de outros, no contexto da vida do brasileiro comum, o "povão", como somos chamados. Certo está FHC, o PSDB tem de sair de cima do muro e pensar grande no quesito "diferenciação de classes", nos próximos pleitos eleitorais. Se não agir assim, vai continuar a ser "oposição" por muito tempo.

ALOISIO A. DE LUCCA

aloisiodelucca@yahoo.com.br

Limeira

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Inclusão

Cada um interpreta o artigo de FHC conforme a sua conveniência, contexto não existe para medianos. Pôr os interesses do Brasil na frente dos interesses pessoais também não existe para tais pessoas. Se os pobres estão migrando para a classe média, é claro que se deve reorganizar a nova classe C. Continuando o processo de inclusão iniciado com a teia social desenhada pela dra. Ruth Cardoso, novas e boas ideais surgirão para quem é capaz de desenvolvê-las. Por estar com data de validade vencida e por ser o partido dos pobres de ideias, deixem o PT, como sempre faz, utilizar-se dos movimentos sociais e dos mais humildes de forma demagógica. O que vai prevalecer no final é o bem-estar das pessoas.

NELSON PEREIRA BIZERRA

nepebizerra@hotmail.com

São Paulo

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"Espero que a promessa não fique apenas no ar"

VIDAL DOS SANTOS / SÃO PAULO, SOBRE A COMPRA DE AVIÕES DA EMBRAER PELA CHINA

vidal.santos@yahoo.com.br

"E agora, o que faremos com as facas nas mãos de deficientes mentais, como no caso do crime no Parque Trianon? Vamos incluir armas brancas na nova consulta popular?"

SERGIO S. DE OLIVEIRA / MONTE SANTO DE MINAS (MG) SOBRE O DESARMAMENTO ssoliveira@netsite.com.br

"E o psicopata que atropelou ciclistas em Porto Alegre? Haverá também um plebiscito para parar a fabricação de automóveis?"

ARNALDO LUIZ DE OLIVEIRA FILHO / ITAPEVA, IDEM

arluolf@hotmail.com

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TEMA DO DIAHomem queima Bandeira do Brasil

Durante protesto em Brasília ele escalou 110 m e ateou fogo em um dos símbolos do País

"Em qualquer país decente as pessoas respeitam a bandeira nacional. Não é a queimando que iremos melhorar as coisas."

JONAS BALIEIRO

"Eu sei que é um desrespeito e um crime o que ele fez, mas diante de tanta falta de vergonha na cara que impera em nosso país, quem nunca teve vontade de fazer o mesmo?"

SANDRO CARVALHEIRA

"Não concordo. Como brasileiro, sinto-me agredido."

ROGER MELO

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Cartas enviadas ao fórum dos leitores, selecionadas para o estadão.com.br

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SUGESTÃO DO CHEFE

O artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para revista Interesse Nacional deveria ser um texto de cabeceira principalmente para os membros do PSDB. No lugar de boa parte destes contestarem as oportunas citações do sociólogo, os tucanos deveriam se organizar para conquistar a classe média, como sugere FHC. Porque esta mesma classe formadora de opinião é que vai ter poder de convencer aqueles que dependem dos programas sociais, criados pelo PSDB, e que, com esperteza desprezível, o Lula vendeu como se fossem obra de seu governo.

Os tucanos que se apequenaram em duas campanhas eleitorais majoritárias contra o PT, na defesa dos grandes avanços que conquistaram durante os oito anos em que estiveram no poder, agora precisam com humildade e determinação se superar politicamente e apontar com coragem e diuturnamente os equívocos que são constantes da continuidade do lulismo no Planalto.

O PSDB, diferentemente do PT, e de outros partidos, tem quadros de excelência, entre seus economistas e especialistas em macroeconomia, para impor mudanças importantes para melhorar o País. O que urge mesmo é que o vigor político novamente seja posto em prática. Caso contrário, e infelizmente, vamos ter de suportar por legislaturas a fio o PT em berço esplêndido dando as cartas à sociedade...

Tucanos precisam afinadamente gritar...

Paulo Panossian paulopanossian@hotmail.com

São Carlos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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MAIS FHCS E MENOS LULAS

Lendo o artigo que o ex-presidente Fernando Henrique escreveu para a revista Interesse Nacional, chega-se facilmente à seguinte conclusão: o Brasil seria bem melhor se tivéssemos mais alguns FHCs e menos alguns Lulas da Silva.

Euclides Rossignoli euros@ig.com.br

Itatinga

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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MÉDIA

 

"Oposição deve disputar classe média", disse FHC. Fácil pra quem vive fazendo "média" com a situação.

A. Fernandes standyball@hotmail.com

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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PREGAÇÃO DE FHC DEIXA OPOSIÇÃO INQUIETA

O PSDB e seus "pavões" perderam o rumo e meteram o bico onde não deveriam, apesar de sempre se manterem coerentes com sua prática "em cima do muro".

O partido não foi "posição" quando tinha de ser, e muito menos oposição quando foi colocado lá.

Aécio está longe de ser um tucano, apesar de ser um pavão. Acho que seu partido é o PMDB, que luta para encontrar um "cara" em suas listas de "oportunistas"! Com um "cara" e com um propósito de partido, e não de corrupção, o PMDB é invencível nas atuais circunstâncias de um país sem Constituição, sem leis, sem instituições confiáveis, etc. etc., como um barco à deriva esperando que o vento sopre para o lado certo!

Ariovaldo Batista arioba06@hotmail.com

São Bernardo do Campo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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UNIÃO

Para o PSDB ser oposição, como quer o ex- presidente Fernando Henrique Cardoso, é preciso que seus membros sejam unidos (não só nas fotos) E não são, pelo menos, em São Paulo. Fernando Henrique, José Serra e Alckmin, cada um pensa de uma maneira, assim como os seus seguidores. Em Minas Gerais, Aécio Neves já pensou em sair do partido. E assim vai pelo Brasil afOra. Partido forte é partido coeso. Agora, então, FHC disse que o PSDB precisa esquecer o "povão" e se "agarrar" com a classe média.

Tudo bem, mas sem o "povão" ninguém ganha eleição.

 

Olympio F. A. Cintra Netto ofacnt@yahoo.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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OPÇÕES DE AÇÃO PARTIDÁRIA

Ao manifestar a ideia de que a oposição deve abter-se de concorrer com o PT na busca do "povão" e filiar-se ao ideário supostamente mais esclarecido da classe média, para não perder o apoio desta, que sustenta ideologicamente o PSDB, Fernando Henrique Cardoso nada mais faz do que reprisar as bases da concepção original de seu partido, que veio à luz para ser um partido de quadros esclarecidos e de formadores de opinião, e não uma agremiação impulsiva de chão de fábrica. É o que o especialista em partidos políticos Maurice Duverger classificava como "partido de quadros" e "partido de massas". Ambas são fórmulas político-partidárias válidas, embora a primeira dê ênfase à formação e ao esclarecimento crítico sobre os assuntos públicos, enquanto o segundo, à adesão física de um número cada vez maior de militantes. Elitismo e populismo podem ser as corruptela deformantes dessas ideias fundamentalmente sadias. Em se tratando de oposição, aspecto abordado pelo ex-presidente, podemos ter uma modalidade crítica e fundamentada em asserções persuasivas e outra sistemática, emotiva, sem muita preocupação com a procedência do mérito das discordâncias, voltada apenas para "descer a marreta" sobre o governo, pouco importando sem com ou sem razão. O PT optou por esse tipo de oposição durante os governos de FHC e teve êxito, embalando o povo em seu entusiasmo fácil e promessas irresponsáveis, veneno que também experimentou quando do confronto com Collor de Mello. Temos para nós, para quem a emoção e a razão não se excluem, mas antes se complementam, se aquela for compreendida como conhecimento e ação baseados na experiência sensível, trabalhados pela ação reflexiva e autorrefutativa da segunda, que a conjugação de ambos os métodos é que pode indicar o sucesso da empreitada política. Oposição equilibrada, mas candente quando necessária, que apele ao maior número de pessoas, sem prejuízo da crítica do pensamento fundamentado na razão, com esforço para traduzir em linguagem popular, sem prejuízo da qualidade dos conceitos, as posições contrárias aos atos do governo, parece-nos superar a contradição interlocutória com o povo apresentada pelo ex-presidente. O que um partido de quadros não pode ser é prodigioso no campo das ideias galvanizadoras das camadas médias e mais esclarecidas, mas preguiçoso na busca do contato popular.

 

 

Amadeu R. Garrido de Paula amadeugarridoadv@uol.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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OS CONDENADOS

Edmar Moreira (o do castelo de Minas) está de volta ao governo, assim como Palocci, Genoino e outros. A presidente

 

 

 

 

 

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DE MAL A PIOR

 

A pergunta que não sai da cabeça do cidadão é a seguinte: como um sujeito com prontuário tão sujo como o do ex-deputado Edmar Moreira foi nomeado vice-presidente da Minas Gerais Participações (MGI), empresa pública em que o governo de Minas é o principal acionista? O salário é de R$ 11 mil por mês, a partir do mês de abril de 2011. Relembrando um dado interessante no currículo deste novo funcionário do governo mineiro, devemos dizer que é aquele desmemoriado que se esqueceu de colocar na sua declaração de bens, quando era deputado, que possuía um castelo medieval no valor de R$ 25 milhões. Ele foi indicado pelo Partido da República (PR), ao qual é filiado, e foi o único concorrente à vaga. O governador Antonio Anastasia (PSDB) disse que não tem nada que ver com a nomeação. Descobrimos que o governador do Estado é um joguete nas mãos dos políticos. Este fato vergonhoso é um acinte à opinião pública. Se a nomeação para um cargo público de uma pessoa com a ficha corrida do ex-deputado Edmar Moreira faz parte da nova postura da oposição, que foi anunciada pelo senador Aécio Neves no plenário do Senado, a coisa vai de mal a pior. Esta história é o retrato fiel do que acontece nos subterrâneos dos Poderes Legislativo e Executivo após qualquer eleição. A nomeação de Edmar Moreira é a imagem real do mundo político no Brasil.

 

Wilson Gordon Parker wgparker@oi.com.br

Nova Friburgo (RJ)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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BRASIL DE TODOS

O ex-deputado federal Edmar Moreira (aquele do castelo de R$ 25 milhões) foi nomeado vice-presidente da estatal Minas Gerais Participações (MGI) com um salário de R$ 11 mil. É como diz aquele velho ditado: quem tem padrinho não morre pagão. Enquanto isso, nós, povão, estamos fu...zilados.

Virgílio Melhado Passoni mmpassoni@gmail.com

Jandaia do Sul (PR)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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BOM EXEMPLO

 

Assim o "honorável" presidente do Senado, o "incomum" José Sarney, classificou a dispensa de um terço dos funcionários de seu gabinete da obrigação de "bater o ponto". Muitos de seus coleguinhas fizeram o mesmo com seus funcionários, inclusive o caçador de marajás - lembram-se dele? Pois é, mais um tapa na cara do cidadão comum, aquele não tem como fugir do ponto e muito menos do trabalho, o cidadão que passa quase cinco meses do ano trabalhando para custear a farra de suas excelências e seus asseclas ou capachos. Está bom para o público pagante? Nada a declarar?

 

Aparecida Dileide Gaziolla rubishara@uol.com.br

São Bernardo do Campo

 

 

 

 

 

 

 

 

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DESCARAMENTO

Sarney alega que a liberação de 1/3 dos funcionários de seu gabinete da obrigatoriedade de bater ponto é um bom exemplo, já que alguns outros colegas liberaram todos os seus funcionários da obrigação. Um verdadeiro escárnio a leniência e o desacaso desses parlamentares, capitaneados por Sarney, com o dinheiro público. O Congresso Nacional está tão contaminado pelo mau uso de dinheiro público que esse ato de Sarney, ofensivo e danoso ao contribuinte, é qualificado como um bom exemplo. Vejam a que ponto chegamos. Pagamos impostos para financiar a desfaçatez desses parlamentares, inescrupulosos que são no manuseio de verba pública, porém extremamente zelosos em fazer cortesia com chapéu alheio.

Francisco Zardetto fzardetto@uol.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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DINHEIRO NO LIXO

 

Quanto dinheiro jogado fora! Senão vejamos: o Lula deu do bolso nosso R$ 45 milhões para um grupo denominado UNE, é mole? E no fim de seu mandato o Sarney deita e rola, joga R$ 1,2 milhão no lixo para instalar o sistema biométrico que em dez dias se tornou inócuo. E as escolas do Rio de Janeiro sem segurança, as famílias de Petrópolis querendo apenas um copo d'água, o viciado em crack querendo apenas uma clínica para se tratar... Enquanto isso, a censura continua. E você acha que o Tiririca está não está certo?

 

Jorge Peixoto Frisene jpfrisene@zipmail.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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GASTO INÚTIL

 

O ponto biométrico foi instalado no Senado a partir de 1.º de abril, data sugestiva. Gasto desnecessário, porque o mandachuva em menos de duas semanas já desativou o ponto fiscalizador: o famoso Sarney, que transformou o Poder que preside num senadinho, dispensou "seus" servidores do ponto biométrico que comprovaria dia e horários em que o funcionário esteve presente. Outros nove senadores - por enquanto - já copiaram a mutreta e também dispensaram "seus" servidores da fiscalização. Quanto custou a implementação desse sistema? A conta deve ser paga por Sarney, que mandou instalá-lo e desativou-o. Desrespeito aos contribuintes e eleitores, patenteada pelos políticos brasucas.

 

Mário A. Dente dente28@gmail.com

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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DESPERDÍCIO NO CONGRESSO

É notória a farra que o Congresso faz com o dinheiro púbico, gastando desavergonhada e despudoradamente, mas agora acho que extrapolou em sua irresponsabilidade. A autorização para o gasto desnecessário de mais de R$ 1 milhão com o tal ponto eletrônico para controlar os funcionários só pode ter sido feita pelo presidente do Senado para agora o próprio Sarney dispensar seus funcionários de tal obrigação, sendo seguido por outros pares, transformando-se num enfeite decorativo de péssimo gosto. Se um Congresso não tem capacidade para legislar suas próprias atuações, que competência terá para legislar as leis do País? É a total falta de vergonha desses fantoches que se dizem íntegros. E é esse mesmo Sarney que na semana passada foi homenageado pelo Sindicato dos Delegados (ou seria Sindicato dos Bajuladores?). É a desfaçatez total de um país que já está podre em suas instituições, exalando seu próprio odor fétido.

João Roberto Gullino jrgullino@oi.com.br

Petrópolis, RJ

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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PAPAI NÃO DEIXA

Dez governadores estão na mira do TSE e podem perder o mandato, entre eles a governadora Roseana Sarney. Hummm, imagine se o papai Sarney vai deixar isso acontecer. É mais fácil o sargento Garcia prender o Zorro. E querem saber? Não vai dar em nada, porque neste país as coisas acontecem e não acontece nada.

 

Panayotis Poulis ppoulis@ig.com.br

Rio de Janeiro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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REALENGO DÁ VOTO, SARNEY?

Desarmamento é um assunto muito discutível e não deve ser tratado com a leviandade e a ligeireza como querem Sarney e outros políticos. O que faz com que muito mais ladrões não invadam casas, lojas e carros senão o medo de que o assaltado possa reagir? Vamos, como quer Sarney, eliminar o receio de bandidos deixando-os à vontade para eventualmente assaltarem, agredirem e assassinarem? Vários países comprovaram que o desarmamento não reduz a criminalidade, e sim a inteligência, como em Nova York, ao contrário do Rio, por exemplo. Muito menos reduziria casos como o do Realengo, aliás, objeto de disputa de exploração de imagens por políticos, como Sarney.

Fabio Figueiredo fafig3@terra.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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BÚSSOLA DEFEITUOSA

 

José Sarney não se emenda. Quer porque quer fincar seu nome para a posteridade como aquele que fez algo espetacular pelo País. Mas não consegue sair da mediocridade que sempre o acompanhou. Como presidente da República transformou o País num tubo de ensaio com vários planos econômicos mirabolantes que acabaram com a economia nacional. Hoje, como presidente do Senado, transformou aquele recinto na casa da mãe Joana, onde privilegia sem remorso todos os que lhe beijam a mão. Agora quer gastar mais de R$ 1 bilhão (que não temos) para se perpetuar como aquele que iniciou o desarmamento no Brasil, acabando com a criminalidade. Como sempre, sua bússola continua apontando o norte errado, porque nenhum bandido em sã consciência entregará suas armas, simplesmente porque eles já vivem à margem da lei, e muito menos pequenos e grandes agricultores, que precisam se defender de ladrões, bandidos e do MST! Apontem-me quem respeitará essa lei. Apontem!

 

Beatriz Campos beatriz.campos@uol.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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ELE DE NOVO!

Ah, gente, o Sarney de novo na mídia propondo um plebiscito que já foi ralizado! É demais, né não?

Isael Coleone isael.coleone@itelefonica.com.br

Indaiatuba

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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PLEBISCITO

O massacre do Realengo provocou o presidente do Senado, José Sarney, a apresentar proposta de plebiscito (voto de confiança do povo) sobre o desarmamento, obviamente para saber como agir pela sua segurança em qualquer campo da sua atividade. Qualquer que seja o resultado dessa consulta, ela vai dar em água de barrela, em engodo. Se for contra, seremos um povo sem defesa contra os bandidos, que hoje agem em criminosas quadrilhas e agirão muito mais, de peito aberto, matando roubando,sequestrando, etc. Se for a favor, continuará com está. Esse plebiscito deveria conter somente uma única consulta: como combater o famigerado tráfico de armas? Como estas armas modernas e poderosas entram no nosso país, como o revólver do matador do Realengo, de última geração (com tambor carregado e trocado pelo descarregado em questão de segundos)? Duvido que a Polícia Civil tenha igual. Como ele (o matador), como vimos pela televisão, tratava-se de um pobre diabo, mal trajado e de chinelo de dedo, conseguiu tão poderosa arma para matar tantos inocentes em poucos minutos "To be or note to be", eis a questão para o governo resolver e proteger a população brasileira.

 

Antonio Brandileone abrandileone@uol.com.br

Assis

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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AS ARMAS

Sabemos que é impossível o fim das armas. Muito se fala em desarmar o cidadão, falamos aqui das armas de fogo. Excelente senador José Sarney e demais congressistas, não vai adiantar recolher as armas de fogo se não conseguimos desarmar a consciência do cidadão. E como desarmar as consciências? Será que o conseguimos através de leis (ou por meio de exemplos)?

Sou totalmente contra a pena capital, sinto muito pelas crianças que tão cedo se foram, por seus familiares e amigos. O executor de tal delito não era um criminoso, mas sim um doente desequilibrado ao qual faltou assistência médica, isto é o que os meios de comunicação têm divulgado, depois de ouvir vários especialistas.

Assunto tão complexo, sei que existem congressistas que saberão lidar com o tema. Pois não é aceitável que no momento em que um doente transtornado provoca uma tragédia venham senhores de envergadura pequena querer confundir a população.

O povo já se manifestou recentemente sobre o assunto, ficando claro de que não aceita lavagem cerebral.

Manuel José Falcão Pires manuel-falcao@ig.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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UM PASSO DE CADA VEZ

Certo, os críticos mais simplistas e pregadores de "oposição" falam que o desarmamento não resolverá o problema da violência. Ainda dizem que o problema mesmo são os policiais corruptos que fornecem armas e munições aos bandidos, somado a uma fronteira territorial sem fiscalizações. Verdade, tudo isso pode ser um fato. Ninguém discorda muito dessas ideias.

Porém a questão é que não precisamos ser 100% perfeitos. Não precisamos resolver "todos os problemas do mundo" numa lei, seja lá qual for ela. Não precisamos resolver tudo num único dia, num único mês.

Se tirarmos as armas das ruas, que seja voluntariamente ou por um referendo, já estaremos diminuindo, e muito, o número de mortes, homicídios, acidentes domésticos tirando vidas de garotos, mortes banais no caótico trânsito brasileiro, chacinas, execuções por traficantes, milícias organizadas, e assim por diante.

Os números mostram que temos hoje um alto índice de criminalidade por conta das armas nas ruas. Se conseguirmos diminuir, que seja em percentual ou que seja em vidas humanas, o esforço já terá valido a pena. Além de vidas, estaremos aumentando a segurança, elevando a cidadania nacional, aumentando o respeito mútuo, e teremos uma sociedade mais civilizada.

Vamos um passo de cada vez. Se pensarmos localmente, mas agirmos globalmente, teremos um mundo melhor. Mais vale melhorar 10%, 20%, 30% - e temos até casos de cidades que reduziram em mais de 50% seus índices de furtos, roubos, mortes violentas, homicídios, entre outros - que ficar criticando ações sem propor soluções concretas e que sejam eficazes. Criticar por criticar não é construtivo. Não passa de autopropaganda ou incapacidade de argumentação e colaboração.

Ficar criticando governo azul, governo vermelho, quem fez o que, a podridão do sistema carcerário, a corrupção, o descaso com isso ou aquilo, certamente não irá melhorar nosso país.

Vamos fazer as coisas acontecerem e continuar cobrando, sim, o poder público para mais ações.

Tudo o que vier para o bem é válido, sim. Que comecemos pelo referendo do desarmamento.

 

 

Ricardo José Barbosa Sato ricardojbsato@hotmail.com

Campinas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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NÚMEROS

Interessante como na maioria dos casos citados abaixo o desarmamento foi imposto em países que estavam sob governo ditatorial e/ou autoritário... Vejam só.

Em 1929, a União Soviética desarmou a população ordeira. De 1929 a 1953, cerca de 20 milhões de dissidentes, impossibilitados de se defender, foram caçados e exterminados.

Em 1911, a Turquia desarmou a população ordeira. De 1915 a 1917, 1,5 milhão de armênios, impossibilitados de se defender, foram caçados e exterminados.

Em 1938, a Alemanha desarmou a população ordeira. De 1939 a 1945, 12 milhões de judeus e outros "não arianos", impossibilitados de se defender, foram caçados e exterminados.

Em 1935, a China desarmou a população ordeira. De 1948 a 1952, 20 milhões de dissidentes políticos, impossibilitados de se defender, foram caçados e exterminados.

Em 1964, a Guatemala desarmou a população ordeira. De 1964 a 1981, 100 mil índios maias, impossibilitados de se defender, foram caçados e exterminados.

Em 1970, Uganda desarmou a população ordeira. De 1971 a 1979, 300 mil cristãos, impossibilitados de se defender, foram caçados e exterminados.

Em 1956, o Camboja desarmou a população ordeira. De 1975 a 1977, 1 milhão de pessoas "instruídas", impossibilitadas de se defender, foram caçadas e exterminadas.

Efeito do desarmamento efetuado nos países acima no século 20: 56 milhões de mortos.

Com o recente desarmamento realizado na Inglaterra e no País de Gales, os crimes à mão armada cresceram 35% logo no primeiro ano. Segundo o governo, houve 9.974 crimes com armas entre abril de 2001 e abril de 2002. No ano anterior, haviam sido 7.362 casos. Os assassinatos com armas de fogo registraram aumento de 32%. Segundo as Nações Unidas, Londres é considerada hoje a capital do crime na Europa.

Tudo isso é óbvio, pois marginais não obedecem às leis. Com o desarmamento, só gente honesta como você não poderá ter uma arma.

 

Fraterno Maria Nunes fraternomarianunes@gmail.com

Campo Mourão (PR)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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PÂNICO DAS ARMAS

Sempre quando acontece na segurança pública um fato marcante e tenebroso que estarrece a opinião pública, como o que houve na escola de Realengo (RJ), surgem os teóricos arautos da guerra às armas para cobrar do Legislativo leis mais severas proibindo o comercio de armas no País. No Brasil, atualmente, pela lei já existente, quem quiser adquirir legalmente uma arma de fogo de pequeno calibre deverá comprovar seus bons antecedentes e sua aptidão técnica e psicológica, mas também terá de enfrentar um inferno burocrático. Se desejar possuir ilegalmente, não terá nenhuma dificuldade e gastará menos. Ou seja, a legislação existente não impede que bandidos tenham armas. Atenta também contra a lógica desarmar as vítimas, para estimular os facínoras, já que a possibilidade de reação da vítima desestimula o criminoso. No Brasil, o foco está na proibição total e absoluta (artigo 35 da Lei 10.826). Uma coisa é limitar o exercício de um direito; outra coisa é suprimi-lo totalmente. Uma coisa é exigir que a pessoa esteja legalmente apta a dirigir seu automóvel, outra coisa é proibir a venda de automóveis! Não devemos nos pautar pelas estatísticas de casos fortuitos e pontuais com acidentes e homicídios em residências.

 

José Ávila da Rocha peseguranca@yahoo.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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OS CÍNICOS E O REALENGO

É de embrulhar estômagos ver políticos aproveitarem hipocritamente o momento da desgraça do Realengo para aparecer, como faz um Sarney, já programando jogar dinheiro fora em novo plebiscito para desarmamento da população. Por sua vez, a presidente Criatura, em vez de derramar lágrimas por desgraças passadas, melhor faria se evitasse mortes futuras investindo em policiamento eficaz em nossas fronteiras e portos, buracos por onde passam milhares de armas de tipos e calibres vários. Quanto ao Rio em si, em vez de ir à missas fazer demagogia e enrolar famílias com declarações cínicas de solidariedade, o governador e o prefeito deveriam desde já implantar nas portarias das escolas detectores de metais e seguranças armados.

Laércio Zannini zanix@hotmail.com

Garça

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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PLEBISCITO & DEMAGOGIA

Nem uma tragédia inibe a eterna demagogia: para que novo plebiscito, se o Estatuto do Desarmamento está em pleno vigor, porém só mal aplicado? Ninguém mais anda armado e se o governo quiser mesmo tirar mais armas de circulação é só autorizar a Polícia Federal a recolhê-las a preço de mercado, e não por valor simbólico. A R$ 100 só receberá velhas e inofensivas garruchas, enquanto pelo valor real até bandido insatisfeito ou pessoas próximas entregarão o arsenal.

Ao invés de proporem bobagens, para prevenir outros casos o certo seria criar políticas públicas de assistência a psicóticos, educando inclusive familiares sobre comportamentos suspeitos, e, como regra básica para uma cultura de paz, as autoridades criarem vergonha e terem coragem de proibir filmes de violência nas TVs abertas e fechadas e nos videogames. Esse lixo, sim, certamente é a maior semente de criminalidade que diariamente enluta o País, além de idiotizar a população.

Lafayette Pondé Filho lpf41@hotmail.com

Salvador

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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PLEBISCITO JÁ

É espantoso o vagar com que as coisas acontecem por aqui. Anunciam a realização de um plebiscito sobre a proibição do comércio de armas no Brasil, mas só em outubro.

Está certo que a proibição não vai impedir que criminosos comprem e vendam armas. Mas a medida pode inibir. E deveria vir com sanções pesadas para quem a infringisse; tanto vendedor como comprador. Cadeia, muito tempo de cadeia, sem direito a habeas corpos, fiança, etc. e tal.

Aliás, não deveria haver nem plebiscito. O governo deveria tornar lei, já, a proibição do comércio de armas no País. Mas já que é para ter um plebiscito, que seja realizado imediatamente, antes que venhamos a ver novamente cenas como as acontecidas em Realengo, no Rio.

 

Odair Pinto de Jesus odair.pj@gmail.com

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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RIOS DE DINHEIRO

Organizar um plebiscito requer rios de dinheiro, que poderia ser usado para outros fins mais urgentes e necessários. Ou será que não valeu o plebiscito realizado tão recentemente? Ou os políticos acham que as armas que circulam no meio dos bandidos são as que estão devidamente registradas?

Maria do Carmo Zaffalon Leme Cardoso mdokrmo@hotmail.com

Bauru

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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VEZO POLICIALESCO

Mais uma vez, manifesta-se o vezo policialesco do Estado a reboque de indisfarçável populismo. Acredita-se que proibindo todo e qualquer comércio de arma de fogo no País estaremos a evitar, no futuro, lamentáveis episódios como o de Realengo. A arma de fogo passou a ser o ponto fulcral do problema anunciado, esquecendo-se, os sabichões da vez, de que a pistola e o revólver empregados por Wellington foram mero instrumento de sua violência. Ao louco vale, para extravasamento de sua loucura, o que lhe estiver à mão. Fosse, então, um carro que Wellington conduzisse para atropelamento e morte proposital de diversas pessoas, o que diriam os políticos que agora se mostram hipocritamente como salvadores da Pátria? E se fosse uma bomba de fabricação caseira? Isso está a mostrar que os arautos das fáceis soluções estão mais interessados em promoção pessoal do que em resolver efetivamente o problema. Afinal, se debruçassem realmente sobre a questão, veriam que seu cerne está na insanidade desassistida, ignorada, não vista, não tratada. Não no mero instrumento pelo qual ela se fez ver, ela se fez valer. E pasmem. Não bastassem fingir acreditar que mudando a lei, que nem como está eles fazem cumprir, os políticos ainda querem fazê-lo ao preço de convocação de dispendioso e acintoso plebiscito (faz poucos anos que a população já se manifestou pelo "status quo"). Que lamentável!

 

Xisto Rangel xalbarelli@uol.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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A DEFESA DO PAÍS

 

Na edição de ontem do Estadão (pág. A9), ficamos sabendo que o nosso impagável ministro da Defesa defende, mais uma vez, a aquisição de armamento destinado à guerra externa (aviões de caça supersônicos e submarinos, inclusive nucleares), como se o Brasil estivesse sob

ameaça de agressão militar por nações inimigas. Um investimento significativo, em moeda estrangeira.

O que o ministro tenta nos fazer esquecer é que nosso país, na realidade, precisa de armas adequadas para se defender de inimigos internos, como ficou demonstrado nas operações nos morros do Rio, onde a polícia só obteve êxito com o empréstimo de veículos e helicópteros

pertencentes às Forças Armadas.

O pré-sal não pode ser defendido por submarinos e porta-aviões, mas sim por uma guarda-costeira, eficiente também contra os contrabandistas de armas e tóxicos, porém ainda nem sequer cogitada.

Detalhe: embarcações providas pela nossa indústria naval.

Da mesma maneira, nossas extensas fronteiras não são defendidas por supersônicos alienígenas, mas sim pelos Tucanos da Embraer e pelos batalhões de fronteira, ambos "made in Brazil". Solução caseira também esquecida pelo ministro.

Na condição de contribuintes, só nos resta silenciar, ouvindo o "Samba do Avião", do Jobim (o outro)...

 

 

Nelson Carvalho nscarv@gmail.com

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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OS PREDADORES CHINESES

Engabelar dom Lulla I, o Perfeito, o que não sabia de nada, era fácil, pois com uns elogios o ego dele se inflamava a tal ponto que sua majestade, quero dizer, sua excelência era capaz de tudo, até de comprar caças antes de uma posição final de quem entende de aviões. Já dona Dilma, que não é de se pavonear como dom Lulla, sonha com algo grandioso e, como patriota que tenho certeza que é, crê em devaneios mirabolantes de uma indústria de 100 mil funcionários diretos.

Outra coisa, estamo-nos vendendo por causa de um assento no Conselho de Segurança da ONU e eu quero muito saber quais os benefícios que isso trará ao sofrido e enganado povo brasileiro.

Alguém sabe a resposta?

Também não confio na China, pois se os EUA são os leões, os chineses são os tigres-dentes-de-sabre, os grandes predadores da economia mundial, exportando suas porcarias mundo afora a preços baixos, fabricadas com trabalho escravo e semiescravo.

Cuidado com a China, olhos abertos, pois mais à frente os prejuízos serão imensos, quem viver verá.

 

Alberto Souza Daneu adaneu@gmail.com

Osasco

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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TUDO PARA ENTRAR PARA O CLUBE

Deu trabalho, custa cada vez mais caro, mas agora vai. O novo-rico Brasil conseguiu um apoio de peso para entrar no seleto clube das potências mundiais. Para isso o Brasil inovou e segue inovando: já havia reconhecido a China como economia de mercado, vendeu parte do pré-sal ainda inexplorado, vai comprar os equipamentos de perfuração dos chineses. O melhor mesmo foi agora descobrirem que a China está disposta a combater a pobreza, e firmar uma aliança nesse sentido.

Quem sabe anunciem também uma imunidade perante as ações do MST como forma de ajudar na troca de dólares podres por nossos ativos reais, digo, para criar condições favoráveis aos "investimentos", que incluem grandes extensões de terras. Menos otimista, creio que certamente a China está decidida a combater a pobreza... dos chineses. Para isso nossos recursos naturais e nosso mercado consumidor chegam bem a calhar. Isso são detalhes que nossos governantes, pelo jeito, preferem deixar para depois.

Antonio Cavalcanti da Matta Ribeiro antoniodamatta@ig.com.br

Guarulhos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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DILMA NA CHINA

Não se iludam, não existem mais negócios da China.

Sergio S. de Oliveira ssoliveira@netsite.com.br

Monte Santo de Minas (MG)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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APRENDER COM QUEM SABE

Que tal tomarmos os orientais como exemplo e aprender? Dobrar um pouco a espinha e reconhecer que temos muito a aprender com os chineses. Eles nos dão uma aula de como agir no comércio e na política internacional. Compram o que lhes interessa e de quem for mais interessante. Para os chineses, negócio é negócio, política é política. O Brasil tem realmente muito a oferecer à China em termos de mercadorias acabadas, prontas para consumo. Mas para isso precisa ser mais competitivo, ter mais qualidade, ser mais confiável. Estamos dando os primeiros passos nessa direção e a China nos dá algum voto de confiança abrindo pequenos espaços. Que tenhamos bom senso e não os ponhamos a perder na primeira oportunidade.

E que nossos governantes não se encantem pela montanha de dólares que a China queira despejar no Brasil em projetos que visam exclusivamente nossas matérias-primas. Precisamos vender, sim. Mas com juízo.

Odair Picciolli pedraseartes@suednet.com.br

Extrema (MG)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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MARCO POLO TUPINIQUIM

A honrada e venerável ''presidenta'' Dilma Rousseff, em visita comercial à China, disse que ''nenhuma nação ou grupo de nações pode agir como se seus interesses individuais estivessem acima do interesse coletivo''. Quando diz ''nenhuma nação'', a sra. ''presidenta'', num lampejo de consciência, referiu-se ao país que governa. Montada num apoio político jamais visto na História do Brasil, seu partido tira partido dessa situação para usufruir benefícios individuais, não que beneficiem a nação, mas que fortaleçam os dogmas do partido e que essa avassaladora força possa dar continuidade ao megaprojeto de perpetuação no poder. O diabo é esperto pela sua longevidade. Em esperteza, a milenar China não lhe deve nada. A China comprará carne suína e, possivelmente, aviões a jato. Nós ficaremos condicionados à falta desse produto e ao elevado preço nos mercados. Enquanto isso, na 25 de Março...

Jair Gomes Coelho jairgcoelho@gmail.com

Vassouras (RJ)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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BOM SENSO

É só uma questão de bom senso, mas poderia ser a maior de todas as proezas. Muitos ficam indignados porque o Brasil exporta produtos "in natura" e importa produtos manufaturados. Até a imprensa parece cega ante a grande realidade e fomenta as espúrias aspirações fiscalescas do governo. É muito mais simples do que apontar apenas a carga tributária. Peguem a equação de cálculo da Cofins importação, ou aquela de venda de produto de substituição tributária do ICMS para outro Estado, a estrutura de um Sped ou Nota Fiscal Eletrônica tentando concatenar uma imensidão de procedimentos e legislações quase obsoletas, para regrar ínfimos resultados, impostos que assumem a roupagem de contribuições, e vice-versa, mas que servem como comprovação de mão de obra dos excessivos grupos de legisladores, e mais, uma imensidão de burocracias que obrigam a manutenção de 50% a 70% da energia da empresa no administrativo e o restante no operacional. Aí, sim, acrescente a maior carga tributária indireta do mundo e consulte qualquer analista, contador, advogado, economista, empresário ou o mais simples calculista e conclua: o mundo está certo, nós é que estamos errados. O dedo aponta para a Lua, o idiota olha para o dedo, o esperto olha para a Lua.

Jose A. Dias Pelegrino, empresário e contador josepelegrino@gmail.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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NEGOCIÃO

A presidenta Dilma não precisaria ir à China para fazer negócios. Faria um verdadeiro negócio da China se colocasse Palocci na Fazenda e Meirelles no Banco Central. Isso, sim, seria um negocião da China para o Brasil.

José Piacsek Neto bubapiacsek@yahoo.com.br

Avanhandava

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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GASOLINA

O ministro Aloizio Mercadante quer criar "soluções fiscais" para enfrentar os cortes orçamentários. Daí a proposta "em estudo" para criar um imposto para automóveis nacionais e importados movidos só a gasolina. Tal imposto impactara a sociedade de forma injusta. A classe A, detentora de veículos novos e importados, não se preocupa com o aumento de preço dos combustíveis, já as classes C , D e E, proprietárias de veículos velhos, sofrerão o impacto da nova taxa nos seus orçamentos, mais uma vez se promove injustiça social.

Para um governo que quer combater a pobreza tal imposto é uma vergonha.

Gustavo Guimarães da Veiga gjgveiga@hotmail.com

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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CADÊ O ÁLCOOL?

Seria cômico se não fosse trágico. O sr. Marcos Sawaya Jank, presidente da Única, vem pedir mais incentivo para a álcool, cujo programa tem mais de 40 anos e tem salvado os usineiros toda vez que o açúcar fica sem mercado.

Mas quando o açúcar tem forte demanda, os coitados dos consumidores que foram incentivados (ou enganados) a comprar veículos a álcool ou flex ficam sem, ou têm de pagar caro pelo produto.

Há que regulamentar esta situação esdrúxula e, se for o caso, usar mesmo de punição. Eta, cartel bem estruturado!

Ulysses Fernandes Nunes Junior ulyssesfn@terra.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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TREM-BALA

O transporte público em quase todo o Brasil é péssimo e nas áreas periféricas das grandes metrópoles chega a ser desumano. No entanto, o governo federal, que se diz popular, pretende financiar via BNDES (dinheiro público) R$ 20 bilhões para a construção da linha de TAV (trem-bala) para ligar Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, onde só ricos poderão pagar o preço da passagem. Um acinte contra os pobres deste país, pois provavelmente a obra levará mais de dez anos para ficar pronta e a um custo, no mínimo, três vezes maior que o estipulado. Um governo sensato jamais entraria numa aventura dessas, mas os delírios megalomaníacos da presidente e seu antecessor, aliados aos interesses mercantilistas da base aliada, levarão a cabo mais esse projeto nada prioritário. Até quando o Brasil vai colocar a carroça na frente dos bois?

Sandro Ferreira sandroferreira94@hotmail.com

Ponta Grossa (PR)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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BANDA LARGA

 

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo - como dizia Chacrinha, "quem não se comunica se estrumbica" -, contou uma hilariante anedota. Disse que a meta do atual governo para o final de 2014, entre outras lorotas, é que 35 milhões de brasileiros terão a banda larga na internet ao custo de R$ 35 mensais. Os donos das provedoras, Brasil afora, estão rindo a bandeiras despregadas desse engraçado senhor. A telefonia e a internet em nossa republiqueta de bananas, com certeza, é a mais cara do planeta. O ex-presidente Lula, hoje doutor honoris causa, título concedido pela Universidade de Coimbra ao primeiro semianalfabeto do mundo, cansou de anunciar essas piadas de mau gosto! Acredito que lá pelos anos de 2314 esses atuais sonhos possam virar realidade.

Roberto Stavale bobstal@dglnet.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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CURIOSIDADE

 

O sr. Lulla da Silva está recebendo importâncias astronômicas para dar conferências em empresas. Será que teremos, por parte do Ministério Público ou outro órgão qualquer, o despertar da curiosidade de saber quais são os interesses dessas empresas com negócios do governo?

 

 

Cesar Romero Galardo crgalardo@terra.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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UMA QUESTÃO DE PRIORIDADE

Os vereadores de São Paulo têm uma oportunidade excelente para impedirem as demolições e alienações dos prédios municipais que se encontram no Itaim-Bibi, em Pinheiros e na Rua Bresser, e que abrigam unidades municipais muito mais necessárias para a população do que o projeto da Nova Luz, agora em discussão na Câmara Municipal. Conforme nos informou ontem o Estadão, o prefeito pretende gastar no projeto R$ 600 milhões, isso a preços iniciais e que provavelmente serão suplementados no decorrer das obras. Sim, porque com tal verba a Prefeitura poderia construir uma grande parte das creches tão necessárias à cidade, conforme salientou o prefeito, a ponto de querer vender as três grandes áreas municipais. Entretanto, parece-nos que as creches, e mesmo os serviços executados nas unidades ameaçadas, são muito mais importantes para a população paulistana do que a Nova Luz. O projeto municipal de concentrar a população em locais próximos às linhas do Metrô e onde a infraestrutura da cidade é boa, ou mesmo excelente, é importante, claro, mas há de se observar que as linhas do metropolitano e da CPTM já andam superlotadas e não suportam mais passageiros. Paralelamente, a oferta de empregos para os moradores do entorno vai depender, e muito, da atividade profissional de cada um. Essas alienações de grandes terrenos públicos atendem muito mais às construtoras que à população. O que São Paulo necessita com urgência é reformular radicalmente o sistema e a malha viária do transporte público, colaborar na construção de novas linhas do Metrô, além de retirar a população de áreas de risco e realizar obras para devolver aos rios suas várzeas. Considerando que o orçamento do Município é insuficiente para atender a todas as demandas, ao priorizar um projeto, o prefeito prejudica outras despesas, inclusive as relativas aos precatórios, já que neste ano Prefeitura está pagando precatórios ainda de 2001. Afinal de contas, governar é definir prioridades, mas aquelas que realmente atendem a todos moradores da metrópole.

 

Gilberto Pacini benetazzos@bol.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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O POVO GRITA E KASSAB SE FAZ DE SURDO

Os habitantes e os usuários do quarteirão de serviços do Itaim Bibi, que Kassab quer "trocar" com uma certa incorporado por creches, já deixaram claro, em diversos atos, seu repúdio a essa aberração, verdadeiro assassinato do bom senso e da honestidade. Demolir uma escola, um teatro, um posto de saúde, uma biblioteca e uma sede da Apae, negociando às escuras e sem licitação com construtoras, numa barganha grotesca, é mais um exemplo da administração incapaz e suspeita de Kassab, a mesma que aumentou o IPTU e as passagens de ônibus de forma extorsiva, contra repetidas manifestações de repúdio da população.

Sugiro ao sr. Kassab que barganhe, além das supostas "creches na periferia", também o cargo de zelador das futuras torres a serem construídas, pois tenho certeza que após seu desastrado e desonesto governo este é o máximo que ele pode almejar, com ou sem seu partido de papelão.

 

Renato Rea Goldschmidt reagold@gmail.com

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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KASSAB VAI PAGAR TUDO

Se não fizer as periciais judiciais antecipadamente, você, leitor e contribuinte, vai pagar dezenas de bilhões de reais na Nova Luz para indenizar o Concessionário Urbanístico - que certamente não será um bobão e exigirá ressarcimento de todos valores não informados na licitação. Não se esqueçam de exigir a inclusão desta verba, com a respectiva fonte de recursos, no orçamento do Município; isto é necessário para poder beneficiar os especuladores imobiliários com terrenos subavaliados. Tive vistas do processo em apreço na SMDU em 1.º/2/2011 e em 5/4/2011, e nada foi adicionado nestes 65 dias! Não foi anexado nenhum documento, nenhum estudo ou similar feito pelo Consórcio Nova Luz; também não foi anexada a ata da "Audiência Pública" de 28/1/2011, nem os documentos nela protocolados pelos interessados. O projeto está suspenso ou há novo arquivo inacessível à população? Mas, durante este período, houve a continuidade da alocação de pagamentos da Prefeitura ao Consórcio Nova Luz, que deve ser questionada também. Se não existem as necessárias fontes de recursos, de dezenas de bilhões de reais, para inserir no orçamento do Município, há necessidade de anular o Projeto Nova Luz e as Leis 14.917 e 14.918. Ah, em tempo: parabéns aos nobres vereadores que estão se importando com esta grave ameaça à saúde financeira da cidade.

Suely Mandelbaum, arquiteta urbanista suely.m@terra.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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CRACK E NOVA LUZ

Tenho lido nos últimos dias notícias dizendo que a região da Luz será revitalizada e transformada numa "nova" Santa Cecília, voltada para atender à classe média. Legal. Muito bom. Mas pergunto: e para onde irão os usuários de crack que lá estão instalados? Respondo: para os confins da periferia, longe dos olhos da classe média e da elite. O problema não se resolve com a transformação do bairro, mas sim com a transformação das pessoas que moram no bairro. A questão passa pela institucionalização de clínicas para tratamento de usuários de drogas, sob a responsabilidade do Estado, via Secretaria da Saúde, que pode dar suporte bibliográfico às clínicas através da Faculdade de Higiene e Saúde Pública da USP e em parceria com o Município. Sem o tratamento médico dos usuários de crack e a prevenção não haverá saída.

Carlos Assumpção carlosassumpcao.1954@hotmail.com

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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PÁTIO DOS MILAGRES

 

Saindo de um concerto na Sala São Paulo, caí na Cracolândia. Passei do Primeiro para o Quarto Mundo. De súbito me vi envolvido por uma turba de nóias, drogados, vagabundos, bandidos, num festival de danados.

Pátio dos Milagres! O orgulho que senti como paulistano, no magnífico teatro, deu lugar à frustração. Com a palavra o sr. prefeito. Até quando?

 

Arsonval Mazzucco Muniz arsonval.muniz@superig.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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PLANEJAMENTO METROPOLITANO

 

O editorial do Estadão que noticia a instalação da Câmara de Desenvolvimento Metropolitano (1.º/4, A3) traz um merecido alento aos cidadãos que se preocupam verdadeiramente com a qualidade de vida nos seus respectivos bairros.

O extremo bom senso das ponderações contidas na missão da câmara, tal como expresso pelo sr. governador Geraldo Alckmin, contrasta com as abordagens fragmentadas e pouco consistentes do governo municipal apresentadas nas audiências públicas das Operações Urbanas Água Branca, Lapa, Brás e outras.

A leitura atenta do Estadão é sempre válida e gratificante.

 

Gunter Wolfgang Pollack gunterwp@uol.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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‘A FALSA LOURA BURRA’

Enquanto homens, em suas indisfarçáveis hipocrisias, alimentam cada vez mais o feminismo no Brasil, atribuindo às mulheres - boa parte delas - a falsa noção de liberdade, eis que surge, num horizonte longínquo, um paladino solitário... Parabéns a Arnaldo Jabor por colocar a questão nos seus devidos termos (Caderno2 de 12/4), Quiçá nós, homens, despertemos dessa cômoda madorna.

Valeu, Jabor!

 

Dorival Menezes Leal dorileal@uol.com.br

São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIÇÕES DE VIDA E JORNALISMO

 

O ano era 1982. Com 31 anos, vivia a maior ansiedade de participar de minha primeira Copa do Mundo de Futebol, in loco, pela Rádio Jovem Pan. Era também minha primeira viagem internacional.

Como era na Espanha, a direção da Jovem Pan deslocou Reali Júnior de sua base fixa de Paris para incrementar ainda mais a cobertura jornalística esportiva. Orlando Duarte era o coordenador da equipe na Copa e indicou-me para ser companheiro de quarto de Reali. No inicio, acho até natural, fiquei meio deslocado, estava havia pouco tempo na Pan. Não o conhecia pessoalmente, mas desde os tempos de Rádio Clube Jacareí o admirava pelo jornalismo que fazia, suas missões na Europa tinham a maior repercussão na imprensa nacional, tanto pela Pan como pelo jornal o Estado de S. Paulo. Foi um privilégio conviver com Reali por quatro semanas na Espanha. Como num curso altamente intensivo, aprendi com ele lições importantes de vida e jornalismo. Sua simplicidade deixou-me à vontade. Amante da boa gastronomia e de bons vinhos, Reali sempre me convidava e, como sabia que eu não tinha condições de acompanhÁ-lo nas despesas, estava começando minha vida profissional em São Paulo, fazia questão de pagar a conta e de forma simpática dizia: "Não se preocupe, você ainda vai ganhar muito dinheiro e vai me pagar muitos jantares e almoços". Num fim de semana, de folga na Copa, quando há o intervalo da primeira para a segunda fase, sua esposa, Amelinha, veio de Paris para ficar com ele. Programaram uma tarde de tourada em Madrid e Reali fez questão que eu fosse também, pois era uma oportunidade única que "um caipira" tinha de conhecer uma "plaza de toros". Eu, que já o admirava como profissional e colega, fiquei fã do homem Reali.

Na Copa de 1998, na França, sua casa, levou toda a equipe da Pan para jantar com sua linda família. Indicou-me os melhores passeios de Paris e seus principais pontos culturais e políticos. Fez questão de comparecer ao hotel de Paris onde a Embratel homenageou os jornalistas esportivos que estavam completando a participação em cinco e dez Copas do Mundo. Fui receber a premiação pela minha quinta participação.

No último sábado, aos 71 anos, vítima de parada cardíaca, Elpídio Reali Júnior nos deixou. Com certeza, o jornalismo perdeu uma de suas referências. Reali nasceu repórter. A Jovem Pan e o Estadão perderam um profissional que soube diminuir a distância da Europa com o Brasil, através de suas importantes e históricas coberturas, e a Pan sente a perda de seu mais famoso bordão: "Aqui Paris, direto da Maison de la Radio, às margens do Sena".

Descanse em paz, grande Reali Júnior.

José Carlos Guedes, jornalista e radialista jcguedes@uol.com.br

São José dos Campos