Imagem ex-librisOpinião do Estadão

Cartas - 21/03/2011

Exclusivo para assinantes
Por Redação

GUERRA NA LÍBIAPasso decisivo

A ação militar conjunta de Europa, Liga Árabe e EUA, sob autorização da ONU, representa um passo decisivo contra as atrocidades que Muamar Kadafi, o "cachorro louco" da África, vem cometendo contra seus opositores e desafetos políticos. Juntos, os aliados vão-lhe ensinar uma lição da qual nunca se esquecerá - e o povo líbio agradecerá.

SÉRGIO ECKERMANN PASSOS

sepassos@yahoo.com.br

Porto Feliz

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De que lado estamos?

Agora vamos saber e confirmar de que lado estamos, ou melhor, a nossa presidente está: democracia ou ditadura. Os EUA oferecem-nos a grande oportunidade de voltarmos a nos aliar às nossas origens democráticas e de aumentarmos o comércio entre os dois países, o que muito nos interessa. Vamos continuar apoiando ditadores fracassados?

MARIA TERESA AMARAL

mteresa0409@estadao.com.br

São Paulo

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Leão de chácara

Nossa diplomacia quer transformar o Conselho de Segurança da ONU na turma do deixa-disso. Eximindo-se da responsabilidade de sanções a Kadafi, o Brasil mostra que não tem cacife nem para apartar briga de botequim.

A. FERNANDES

standyball@hotmail.com

São Paulo

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Conselho de Segurança

O Brasil é como o cão que corre atrás do carro, mas quando o alcança não sabe o que fazer. Corre atrás de uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU, mas quando surge a chance de mostrar firmeza e votar se acovarda e se abstém de dar seu voto. Apenas mostrou ao mundo que não tem a mínima condição de assumir tal responsabilidade.

NILTON DOS SANTOS

niltonsantos2008@gmail.com

São Paulo

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VISITA DE OBAMAIndigência política

As ralas manifestações no Rio contra a visita do presidente dos EUA, de algumas dúzias de, provavelmente, militantes xiitas do partido que agasalha a petralha, mostram, de forma sobeja, o grau de indigência política de parte do povo brasileiro. Desde que se instalou no País a cultura dos conchavos, dos aparelhamentos - em que quem é da patota que se locuplete enquanto pode -, não se viu nenhuma reação popular contra a roubalheira desenfreada que assalta todo dia o dinheiro dos escorchantes impostos, que deveriam servir para melhorar as condições de vida dos brasileiros. Esse tipo de manifestação é próprio de quem não tem educação política e se orienta pelo assistencialismo governista.

JAIR GOMES COELHO

jairgcoelho@gmail.com

Vassouras (RJ)

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Sopro de elegância

Bem assessorada, em boa hora Dilma Rousseff convidou os ex-presidentes, incluindo FHC, para o almoço com Obama. E Lula estranhamente recusou, revelando uma vez mais seu indigerível antiamericanismo - ou enciumado por não ser mais um dos protagonistas... Lula esquece que convite de presidente da República a um filho da Pátria é mais que uma ordem. E dessa forma, mais uma vez, ele desprezou as boas regras diplomáticas e democráticas, aliás, prática comum durante os seus oito anos no poder. Mas louve-se a serenidade e a descrição da nossa presidente nessa visita de singular importância para o País. Os decibéis do populismo que fomos obrigados a suportar na gestão anterior deram lugar até aqui, nesta era Dilma, a uma agenda objetiva visando às prioridades sociais e econômicas, ficando para trás os inúteis palanques diários e enfadonhos. Oxalá este diapasão de respeito às nossas instituições prossiga por todo o mandato da nossa presidente.

PAULO PANOSSIAN

paulopanossian@hotmail.com

São Carlos

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Quem vê o "cara"...

O deselegante desdém de Lula pelo convite para o almoço no Itamaraty com Barack Obama faz crer que o petista estaria melindrado com a então iminente ofensiva militar contra o seu "amigo e irmão", o ditador líbio Muamar Kadafi, capitaneada pelo presidente norte-americano. O apoio explícito do ex-governo de Lula a sanguinários ditadores do naipe de Kadafi e do iraniano Ahmadinejad certamente já fez Obama concluir que "quem vê o "cara", não vê coração".

TÚLLIO MARCO S. CARVALHO

tulliocarvalho.advocacia@gmail.com

Belo Horizonte

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Lógica

Fernando Henrique Cardoso presente, o "cara" ausente. Nada mais lógico. Que show de Michelle! Que saudades de dona Ruth...

EDGARD MARQUES FILHO

ed.marques@terra.com.br

Barueri

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MENSALÃOA farsa

Lula disse que o mensalão foi uma farsa, nunca existiu. E prova. Só não disse quando. Os brasileiros, ansiosamente, aguardam. Vamos, desembuche, mostre logo. Ou está sob segredo de Justiça?

IVAN SCHWARZENBERG

navinegro@hotmail.com

São Paulo

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COMISSÃO DA VERDADECardozo pede "perdão"

Muito bonito o ministro da Justiça vir a público pedir perdão e falar em reparação aos torturados no regime militar. Quando o ministro virá a público pedir perdão e prometer reparação aos milhões de brasileiros que são agredidos, humilhados e torturados diariamente pelo sistema de saúde, que leva meses para agendar uma consulta, marcar um exame ou uma cirurgia? Isso não é agressão aos direitos humanos? Ou será só uma demonstração de carinho e afeto? Em 1977, quando a PUC foi invadida, o ministro disse que não estava presente por medo. Não teria sido covardia?

JOSÉ THOMAZ FILHO

thomaz.filho@terra.com.br

São Paulo

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GTE-EMBRAPADesmonte

Lamentável o desmantelamento da equipe e a falta de autonomia da Gestão Territorial Estratégica da Embrapa Monitoramento por Satélite. Informação precisa, atual. confiável e tecnologias modernas são fundamentais para o desenvolvimento do País. Deviam ser valorizadas, e não temidas.

CRISTINA RAPPA

cristina@crivel.net

São Paulo

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"Dependendo do galinheiro, galinha "avoa" longe..."

SERGIO S. DE OLIVEIRA / MONTE SANTO DE MINAS (MG), SOBRE A ESCALADA DA INFLAÇÃO

marisanatali@netsite.com.br

"Blindados, helicópteros e mais de 800 homens na segurança de Obama. E os cidadãos brasileiros..."

LUIGI VERCESI / BOTUCATU, SOBRE A VISITA DO PRESIDENTE DOS EUA AO BRASIL

luver44@terra.com.br

"Muita pretensão do "cara" recusar o almoço com Obama, alegando que o momento é de Dilma. Ele acha que brilha mais que qualquer outro ser humano"

LEILA E. LEITÃO / SÃO PAULO, IDEM

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VOCÊ NO ESTADÃO.COM.BR

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TEMA DO DIANo Rio, Obama exalta a democracia

Discurso teve como principal foco os valores compartilhados entre Brasil e Estados Unidos

"Para nós, brasileiros, esta é uma visita muito importante sob todos os aspectos: político, econômico e social."

EDSON ROBERTO

"Obama não veio fazer negócios e sim passear. Perdeu, portanto, a chance de negociar os aviões F-18."

CARLOS HENRIQUE AZEVEDO

"Após ver as fotos da família de Obama com a Dilma, fiquei orgulhoso e achei muito bonito."

MAURO APRÍGIO

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Cartas enviadas ao fórum dos leitores, selecionadas para o estadão.com.br

JUSTA HOMENAGEM

O presidente americano autorizou, do Brasil, o lançamento de uma chuva de mísseis Tomahawk na cabeça do amigão de Luiz Inácio Lula da Silva. Acho que foi em homenagem ao ''cara'', que, em vez de ir a Brasília, a exemplo de outros ex-presidentes, preferiu ficar em São Bernardo do Campo preparando churrasquinho de coelhos.

Humberto de Luna Freire Filho hlffilho@gmail.com

São Paulo

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NÃO TEM PREÇO

Não ver o Pintasilgo do Cerrado na festa, e saber que um certo ex-presidente perdeu o apetite porque o presidente Obama veio ao Brasil, recebido com carinho pelo povo brasileiro... não tem preço.

Bem-vindo, Barack Obama! Por uma América solidária, unida e fraterna de Anchorage a Ushuaia (ou pelo ao menos Chuí).

Antonio Cavalcanti da Matta Ribeiro antoniodamatta@ig.com.br

Guarulhos

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MAL-EDUCADO

O ex-presidente Lula recusou convite para almoço com Obama e Dilma. O "cara" está com inveja, demonstra não ter humildade e é mal-educado ao extremo. E pensar que ficamos com ele oito longos anos como presidente do Brasil. Arrrggh, dá-me ojeriza só de pensar!

José Eduardo Victor je.victor@estadao.com.br

Jaú

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DESCULPA ESFARRAPADA

Lula, entre outros motivos, recusou o convite para o almoço com Obama porque está com o rabo entre as pernas por ter afirmado antes: "Foi gostoso passar pela Presidência da República e terminar o mandato vendo os Estados Unidos em crise, vendo a Europa em crise, vendo o Japão em crise". Certamente Obama vai resolver a crise do seu país. E a nossa, que Lula legou?

Maria Cristina Rocha Azevedo crisrochazevedo@hotmail.com

Florianópolis

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ALMOÇO NO ITAMARATY

Sabem o que o presidente Barack Obama disse quando soube que ex-presidente Lula não iria ao almoço no Itamaraty? Vou dormir na pia esta noite!!!

Elza D''Ambrosio Busato, elza.busato@uol.com.br

São Paulo

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COISA BOA

Lula não compareceu ao almoço que foi oferecido a Obama no Itamaraty. FHC foi. Por aí se vê o que um e outro representaram no contexto ''presidente''. O ''cara'' de pau, criador da presidente Dilma, amigo de Fidel e sua cria, fora outros ditadores sanguinários, não compareceu. Felizmente ele fez uma coisa boa, desapareceu.

Carlos E. Barros Rodrigues, ceb.rodrigues@hotmail.com

São Paulo

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PÉROLA

Todo estadista de renome quer estar ao lado do homem mais poderoso do mundo. Alguns petistas preferiram lamentar nos bastidores o fato de Obama não ter vindo ao Brasil durante a permanência de Lula na Presidência da República e a prepotência petista saiu com a pérola: "Lula não vai ao encontro com Obama par não ofuscar Dilma." Obama veio ao Brasil porque o País se destacou no mundo, tem uma economia estável, uma moeda valorizada, um crescimento visível, além do turismo, que aumentou muito nos últimos anos, dentre outros aspectos. A inveja de alguns em relação ao sucesso alheio não passa despercebida e muitos companheiros ainda acham que Lula está na frente dos holofotes. Com essa pobreza de espírito fica difícil sermos Primeiro Mundo.

Izabel Avallone izabelavallone@yahoo.com.br

São Paulo

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DISCURSO

No seu discurso de saudação pela visita do presidente Obama, a presidente Dilma não disfarçou a sua face autoritária de ex-comunista e radical de militante petista. Ao se referir às realizações do governo anterior e ao programa de seu governo, ela afirmou que eles olharam para as classes menos privilegiadas, como nunca antes havia sido feito. Assim dizendo, foi extremamente indelicada com os ex-presidentes Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, presentes, e extremamente condescendente com Lula, ausente, esquecendo as bases e reformas que aqueles dois presidentes criaram para que o governo do PT pudesse surfar durante seis anos (2003-2008) na onda do crescimento mundial, e omitindo propositalmente o fardo de "restos a pagar" do governo anterior, tanto no campo fiscal, como no político e externo.

Roberto Castro roberto458@gmail.com

São Paulo

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OBAMA NO RIO

O discurso que o presidente americano faria na Cinelândia tinha de ser cancelado para evitar possíveis agitações que com certeza seriam feitas por grupos ligados aos países vizinhos contrários aos EUA, jamais por cariocas e brasileiros. Como nos EUA, temos as nossas origens democráticas, respeitamos a liberdade, os direitos individuais e humanos, a Constituição e o Estado Democrático de Direito. Destacar-nos-emos ainda mais como os norte-americanos quando acabarmos de vez com a IMPUNIDADE que nos assola, cujos malefícios ultrapassam os limites do bom senso. O povo brasileiro não recebe o devido respeito dos políticos, que na sua maioria se ''aproveitam'' do País. Péssimos exemplos não nos faltam, e ficam impunes. Quando recuperarão a HONRA?!

Luiz Dias lfd.silva@uol.com.br

São Paulo

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A VANGUARDA DO ATRASO

As manifestações contra a visita de Obama ao Rio de Janeiro partiram de um grupinho de desocupados, liderados por alguns desinformados fora de sintonia com o mundo atual, globalizado, pois qualquer aproximação com países desenvolvidos deve ser encarada como uma forma de trazer o progresso e empregos ao País. Na verdade, os líderes de tal movimento devem seguir a doutrina de Fidel Castro, mas com menos ''qualidade'' e mais vandalismo. A solução é dispersar a corja com jatos d"água, de reúso...

Luiz Ress Erdei, gzero@zipmail.com.br

Osasco

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MANIFESTAÇÃO NO RIO

O PT ''legal'' cumpriu à risca ordens da presidente Dillma e não compareceu à manifestação no Rio de Janeiro contra a visita do presidente Obama. Mas mandou seu representante ''ilegal'': o MST!

Beatriz Campos beatriz.campos@uol.com.br

São Paulo

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MATURIDADE POLÍTICA

O Tio Sam despejou bom humor, carisma e conhecimentos sobre o Brasil; abriu o diálogo em pé de igualdade com a nossa nação, pontuando a respeito dos grandes benefícios que esta aliança pode render para seu país e o nosso. A presidente ''Rúwsef'' (pronúncia de Obama) demonstrou honorável maturidade política, ciente dos benefícios que podemos ter com o desenvolvimento das relações entre nós e eles. Bom para ambas as partes, exceto para Lula e os petistas xiitas, frustrados com o desmoronamento de sua pífia empreitada anarquista e antiamericana, que provou - uma vez mais - ser uma atitude ignóbil, irresponsável e absolutamente infantil; proveniente de uma meia dúzia de comunistas frustrados. Vivam os Estados Unidos da América. Viva a República Federativa do BRASIL!

Sérgio Eckermann Passos sepassos@yahoo.com.br

Porto Feliz

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BRASILEIROS PELA METADE

De acordo com uma publicação do Estadão de 28/11/2010, página A33, os fiscais do Ibama aceitavam sem maiores indagações, através do DOF, vistorias ou fiscalizações comprovando a existência de várias serrarias que movimentaram, na época, 58.780 metros cúbicos de madeira serrada, o que equivale a 2 mil carretas e 201 mil metros cúbicos de carvão, o suficiente para encher outras 3.665 carretas, tudo à custa de propinas! Todos os endereços das serrarias envolvidas eram falsos, sendo que uma delas teria a sua sede no meio do Oceano Atlântico! No entanto, nunca se viu uma passeata da CUT, do PSOL, do PC do B, do PCB ou da UNE contra esse comportamento criminoso, como fazem contra o presidente dos Estados Unidos! Brasileiros pela metade!

Eugênio José Alati eugeniojosealati@yahoo.com.br

São Paulo

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DOIS PESOS... SEM MEDIDA!

Por que será que o Brasil, na pessoa de seus governantes, ainda associa alinhamento e colaboração com subserviência? Num mundo globalizado, só os ''esPerTos'' ainda tentam tirar proveito do nosso complexo de inferioridade, que parece não existir quando nos alinhamos para conquistar uma vaga do Conselho de Segurança da ONU. Dois pesos e duas medidas? Até quando a falta de educação do nosso povo vai ajudar os deseducados e seus desgovernos?

José Jorge Ribeiro da Silva, jjribeiros@yahoo.com.br

Campinas

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RECEPÇÃO

O modelito vermelho de dona Dilma Rousseff para receber o sr. Obama foi para aplacar a ciumeira e fúria dos petistas que queriam manifestar-se contra essa visita?

Tania Tavares taniatma@hotmail.com

São Paulo

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O JARGÃO ''GO HOME''

Lamentável a conduta dos jovens que lançaram coquetéis molotov contra a embaixada americana e feriram um funcionário, num ato canhestro de protesto contra a visita do mais democrático e competente presidente dos EUA ao Brasil. Os sensatos levam fogo dos desequilibrados da esquerda e da direita. E deram carradas de razão ao serviço de segurança americano e ao cancelamento do belo espetáculo que seria a manifestação pública desse notável orador, ao Brasil e ao mundo.

Amadeu Roberto Garrido de Paula amadeugarridoadv@uol.com.br

São Paulo

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CONVITE ACEITO

Antes das últimas eleições presidenciais aqui, no Brasil, circulava na internet, com muita intensidade e repetidas vezes, a falácia de que, se Dilma fosse eleita, jamais poderia pôr os pés em território norte-americano, pois era procurada pela Justiça de lá por nem se sabe quantas coisas. Uma tentativa clara e evidente de denegri-la, por ser considerada uma terrorista. A esses verdadeiros idiotas de plantão e verdadeiras vítimas de espertalhões políticos, sinceros pêsames, pois a presidenta Dilma foi convidada a ir em breve aos Estados Unidos da América por um afrodescendente chamado Barack Obama, e aceitou. Não se trata aqui da defesa da presidenta Dilma, mas sim de uma brutal injustiça com a imagem de um passado que, a bem da verdade, já vai longe, foi exaustivamente discutido e já cansou a todos.

José Piacsek Neto, bubapiacsek@yahoo.com.br

Avanhandava

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REVISTA

Constrangedora e humilhante para o País a decisão dos seguranças do presidente Barack Obama de revistar os ministros brasileiros no encontro da cúpula empresarial, em pleno território nacional. Nem se esse encontro fosse nos Estados Unidos essa decisão de revista seria ética e decente. Fizeram bem os ministros ao não participar e deixar o recinto.

Habib Saguiah Neto saguiah@mtznet.com.br

Marataízes (ES)

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CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU

Na pauta das tratativas entre EUA e Brasil, inúmeros temas, menos o apoio à pretensão brasileira de ter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. A razão é elementar: as posições brasileiras nos fóruns internacionais têm duração transitória e são fáceis de romper por não representarem os valores permanentes do Estado brasileiro. Na raiz desse problema está a tradicional subserviência do nosso Legislativo e a duvidosa independência do Judiciário brasileiro, que tem a composição da sua Suprema Corte toda nomeada pelo Executivo. Decorre dessa desigualdade de forças o fato de as instituições nacionais serem reconhecidamente fracas, incluindo, infelizmente, o Itamaraty, que se curva - para assombro dos países do Primeiro Mundo - a orientações partidárias. Exemplo dessa concentração de poderes na Presidência da República, acima das instituições, foi a recente devolução dos pugilistas cubanos ao ditador Castro, a deportação, na década de 30, de Olga Benário Prestes à Gestapo de Hitler e o polêmico caso de extradição do ''tetrassassino'' Cesare Battisti. Poderes monárquicos assim, não comuns nos países democráticos, podem encher de brio um governante medíocre, mas apequenam uma nação e assustam os países sérios.

Nilson Otávio de Oliveira noo@uol.com.br

São Paulo

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CAIXEIRO-VIAJANTE

O acontece para Obama aparecer por aqui com o pires na mão vendendo jatos?

Francisco José Sidoti fransidoti@terra.com.br

São Paulo

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PARCEIRO CONFIÁVEL

Nota-se pelos comentários que o Brasil continua um país dividido em relação aos EUA. Uns apoiam e gostam, outros criticam e não gostam. Já em relação ao Brasil os americanos sempre mantiveram consenso, o desprezo, até o governo FHC, em que o País começou a aparecer como capaz de resolver com seriedade seus problemas. O governo Lula reverteu essa visão e o País voltou a ser olhado com desconfiança. Cabe a Dilma, e a visita deste fim de semana foi fundamental, mostrar que voltamos a ser um parceiro importante e confiável.

Gilberto Dib www.dib.com.br

São Paulo

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RELAÇÃO PROVEITOSA

Os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil. Desde então uma sólida amizade e parceria deveria ter tido início, o que, infelizmente, não ocorreu por sentimentos de inveja, ódio ideológico, intrigas e atitudes um tanto arrogantes e dominadoras do governo americano. Torço para que a curta visita do presidente Obama possa ajustar as arestas que ainda restam e que daqui para sempre possamos desfrutar um relacionamento sólido, respeitoso e principalmente proveitoso a todos.

Luiz Nusbaum lnusbaum@uol.com.br

São Paulo

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ENTRAVE

Obama veio para fortalecer os laços comerciais entre dois grandes países democráticos, multiétnico, com parques industriais e agricultura expressivos, afirmando querer ajudar no desenvolvimento brasileiro. Mas o grande entrave para tal desenvolvimento não é a falta de boa vontade de nações amigas e muito menos de bons negócios: na verdade, somos nós mesmos, com a corrupção e a incompetência de nossos políticos. Precisamos de mais escolas, hospitais, estradas e portos, menos impostos, além de incentivo à inovação tecnológica. De nada adiantará o dinheiro do petróleo do pré-sal se continuarmos com políticas ineficientes na criação de bases para um crescimento sustentável...

José Eduardo Zambon Elias zambonelias@estadao.com.br

Marília

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PLANO B

Depois de muita indecisão, os Estados Unidos resolveram atacar as forças fiéis a Muamar Kadafi, com medo de que o petróleo continue nas mãos do desajustado e agora inimigo ditador líbio. Como fizeram no Iraque, os EUA pretendem tomar conta da situação à força, antes que um aiatolá desajustado o faça. Mesmo assim, dando início a um plano B, Barack Obama desembarcou no Brasil anunciando-se o maior futuro comprador do imaginário petróleo a ser extraído da camada do pré-sal brasileira.

Victor Germano Pereira victorgermano@uol.com.br

São Paulo

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KADAFI, FIDEL E SUA RENCA...

Nunca fui favorável à intromissão em problemas de outros países e povos, ainda mais uma ação militar, tal qual está sendo posta em prática na Líbia.

Intervenção, então, só em ultimo caso.

Mas já não é sem tempo que essa cambada suma, seja varrida do planeta Terra.

Que os ventos abissais derrubem os bonés desses impostores.

Com todos os defeitos, a democracia é o melhor sistema que conhecemos.

O planeta não tem mais lugar para esses pilantras que se assenhoram, fazem de seu país propriedade de família.

O povo líbio, o cubano e outros mundo afora não merecem esses crápulas que os governam.

Democracia já para esses povos é o santo remédio.

E que Deus os abençoe na nova e árdua caminhada que sem dúvida eles terão pela frente.

Ailton Dias Pereira ailton7@ig.com.br

Ribeirão Preto

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BRIGA COM O BREGA

Que o povo líbio não merece aturar, além dos 41 anos, um ditador brega, mais fantasiado que burrinho de cigano, que amealhou, criminosamente, uma fortuna incalculável à custa do suor de milhões de pessoas, tudo bem. Mas quem o substituirá para atender à sanha ianque/europeia sobre as reservas petrolíferas? Será que a inocente população líbia é, honestamente, o foco das preocupações da ''ajuda humanitária''?

Flavio Marcus Juliano opegapulhas@terra.com.br

São Paulo

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O BRASIL E A LÍBIA

Foi evidente o constrangimento de nossa embaixadora na ONU ao declarar a abstenção brasileira na decisão do Conselho de Segurança da ONU no sentido da utilização dos meios necessários para pôr fim ao conflito na Líbia. Noticia o Estadão (19/3, A310) que ''os diplomatas brasileiros buscam deixar claro que não estão ao lado de Muamar Kadafi''. A nossa política externa, então, é bifronte: de um lado, diz-se preocupada com a proteção aos civis líbios e, de outro, opõe-se à reação mundial contra os massacres do tirano. Não pode haver atitude mais infeliz, logo quando nos visitava o presidente Obama. Se na Índia ele se manifestou pelo seu ingresso como permanente membro do Conselho de Segurança, aqui o programa eram passeios nas favelas, troca de barretadas e de documentos inócuos, e a justa posição que merecemos na comunidade internacional ficará para as calendas gregas. Belas palavras disseram os dois presidentes, mas pouca ação advirá.

Jairo P. Gusman jairogusman@gmail.com

São Paulo

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O BRASIL E A LÍBIA

Foi evidente o constrangimento de nossa embaixadora na ONU ao declarar a abstenção brasileira na decisão do Conselho de Segurança da ONU no sentido da utilização dos meios necessários para pôr fim ao conflito na Líbia. Noticia o Estadão (19/3, A310) que ''os diplomatas brasileiros buscam deixar claro que não estão ao lado de Muamar Kadafi''. A nossa política externa, então, é bifronte: de um lado, diz-se preocupada com a proteção aos civis líbios e, de outro, opõe-se à reação mundial contra os massacres do tirano. Não pode haver atitude mais infeliz, logo quando nos visitava o presidente Obama. Se na Índia ele se manifestou pelo seu ingresso como permanente membro do Conselho de Segurança, aqui o programa eram passeios nas favelas, troca de barretadas e de documentos inócuos, e a justa posição que merecemos na comunidade internacional ficará para as calendas gregas. Belas palavras disseram os dois presidentes, mas pouca ação advirá.

Jairo P. Gusman jairogusman@gmail.com

São Paulo

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SEMELHANÇAS

Muito se tem falado sobre a Líbia e seu ditador. Mas será que o Brasil é muito diferente?

Cito dois exemplos de desrespeito de liberdade:

1) O Estadão pode publicar tudo o que quiser sobre a família Roriz, desde que não mexa com a intocável família Sarney.

2) Moro num condomínio fechado de classe média e recentemente dois funcionários foram demitidos sem justa causa e PROIBIDOS de entrar no condomínio. Acontece que eles prestavam serviços em minha residência, fora do horário de trabalho deles, como um bico. Mesmo eu dando uma autorização por escrito para que eles entrassem no condomínio para continuarem a fazer a manutenção em meu lago, o síndico manteve a proibição de entrada dos ex-funcionários.

Na minha opinião, o condomínio onde moro é uma extensão da Líbia e, caso Kadafi necessite de asilo político, deve vir para a casa do síndico, pois eles se merecem.

Gostaria de ser um caracol: colocaria minha casa nas costas e iria para um lugar mais democrático.

Maria Carmen Del Bel Tunes Goulart carmen_tunes@yahoo.com.br

Americana

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SACRIFÍCIOS

Os noticiários falam do sacrifícios dos heroicos técnicos japoneses tentando conter a radiação das usinas nucleares. Na Líbia, não menos heroicos revoltosos expõem sua vida para liberar seu país de um ditador sanguinário. No Brasil, um político (melhor não adjetivá-lo) faz o sacrifício de presidir um catastrófico Senado.

Leonardo Giannini leogann930@terra.com.br

São Paulo

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BAHREIN

Lamentável a atitude do governo do Bahrein de desmontar o obelisco da ''Praça Pérola'' (Pearl Square). Imaginem se essa moda pega... Não teríamos mais Torre Eiffel, Estátua da Liberdade, Cristo Redentor, nem Congresso. Até onde vão as loucuras de um déspota...

Roberto Saraiva Romera robertosaraivabr@gmail.com

São Bernardo do Campo

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CAPRICHOS DO DESTINO

O leitor e físico araraquarense sr. Luiz Sigrist, em sua carta "Lição de casa" (18/3), parece querer dar um puxão de orelhas nos japoneses porque, segundo ele, tiveram 40 anos para procurar outras fontes de energia que não a nuclear e não o fizeram. Segundo a Wikipédia, o Japão utiliza petróleo, carvão mineral e gás natural como fontes de energia. A nuclear responde por um quarto da energia gerada. Se não usam outras fontes (hidráulica, eólica, solar, biomassa, etc.) mais intensamente, com certeza não é por falta de capacidade. Sem falarmos em tecnologia, o Japão é um país que, segundo a mesma fonte, ocupa a 11.ª posição em IDH, tem a maior expectativa de vida e o menor índice de mortalidade infantil do planeta. Não é um tanto surrealista que nós, um povo cuja intelligentsia local costuma explicar o nosso atraso com argumentos do tipo caprichos do destino, queiramos dar aula a um povo muito mais desenvolvido?

Hermínio Silva Júnior hsilvajr@terra.com.br

São Paulo

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PEDIDO DE PERDÃO DEVE SER AMPLO, GERAL E IRRESTRITO

O jornal O Estado de S.Paulo, em sua edição de 19 de março, noticia ato em que o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, pede ''perdão para os torturados, para os que tiveram suas vidas destroçadas''.

Tudo bem, até que se despe da imparcialidade inerente ao peso do seu cargo e, como um líder petista que é, assevera que ''não estamos fazendo benesses'', referindo-se à Comissão da Verdade e às vultosas indenizações, já distribuídas, sabe-se lá com que critérios.

O que se sabe, por exemplo, é que essa comissão se reuniu certa vez, em Itaici, no município de Indaiatuba (SP), na sede da Conferência Nacional dos Bispos da Igreja Católica Apostólica Romana, a mesma da Inquisição, um período da história nada dignificante para quem se diz, hoje, aliada da defesa dos direitos humanos.

Pecou o ministro do PT. Não falou pelo Estado, mas o fez pelo partido. E o governo federal, que ia indo bem em seus primeiros passos, em que pese a censura ao ''Estadão'' já por 598 dias (faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço), cometeu o seu primeiro deslize.

O pedido de perdão deve ser ''amplo, geral e irrestrito'', tal qual foi a anistia, pois vidas foram destroçadas e torturas ocorreram, a partir de ambas as facções ideológicas da época. E essa Comissão da Verdade precisa arriar a bandeira do PT e hastear a Bandeira do Brasil, voltando-se para todos os que sofreram os excessos praticados na época.

Paulo de Souza Alves Filho, presidente da 134ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil pauloalvesfilho@adv.oabsp.org.br

Tietê

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COMISSÃO DA VERDADE

Adendo à fala do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na instalação da Caravana da Anistia de 2011 (19/3, A22): o Brasil somente superará os tristes anos de chumbo grosso da ditadura militar (1964-1985) quando tiver coragem de revelar o que, de fato, aconteceu no período implacável da repressão. É fundamental trazer à tona nomes e fatos envolvendo "verdes" e "vermelhos" que mancharam de sangue páginas da História do País, que devem ser relidas à luz clara dos acontecimentos de então. Nada substitui a verdade, doa a quem doer. Pra frente, Brasil!

J. S. Decol decoljs@globo.com

São Paulo

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DESCULPEM-NOS SRS. TERRORISTAS

O ministro Cardozo pede desculpas aos torturados (muitos dos quais terroristas que roubaram bancos e mataram gente inocente). Os terroristas vão pedir desculpas às suas vítimas também?

Luiz Henrique Penchiari luiz_penchiari@hotmail.com

Vinhedo

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VIOLÊNCIA

O ministro Cardozo pediu perdão às vítimas da ditadura. Perfeito, mas quem pedirá desculpas pelos excessos da guerrilha urbana? No filme "Hércules 56", Franklin Martins e seus companheiros, com bravatas de adolescente, relatam o final do sequestro do embaixador Elbrick e confessam que usaram, por medida de segurança, a movimentação dos torcedores depois do jogo Bangu x Fluminense. Entre risos e brincadeiras, também confessam que decidiram usar bombas e rajadas de metralhadora quando se sentiram ameaçados. Não houve uma tragédia porque a polícia evitou confrontos.

Helena Rodarte Costa Valente helenacv@uol.com.br

Rio de Janeiro