
21 de agosto de 2010 | 00h00
Em defesa da vida
Foi com desagradável surpresa que vi estampada minha fotografia no topo da página A7 do Estado de ontem, com a nota de que eu teria admitido que os católicos votem em candidatos que são favoráveis ao aborto. Gostaria de expressar, mais uma vez, a posição inegociável da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que é a mesma do Magistério da Igreja Católica, de defesa intransigente da dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural. O aborto é um crime que clama aos céus, um crime de lesa-humanidade. Isso, evidentemente, não significa que o peso da culpa deva recair sobre a gestante. Também ela é, na maioria das vezes, uma grande vítima dessa violência e precisa de acompanhamento médico, psicológico e espiritual. Aliás, esses cuidados deveriam vir antes de uma decisão tão dramática. Os católicos jamais poderão concordar com quaisquer programas de governo, acordos internacionais, leis ou decisões judiciais que venham a sacrificar a vida de um inocente, ainda que em nome de um suposto Estado de Direito. Aqui, vale plenamente o direito à objeção de consciência e até, se for o caso, de desobediência civil. O contexto que deu origem à nota em questão é uma reflexão que eu fazia em torno da diferença entre eleições majoritárias e proporcionais. No caso da eleição de vereadores e deputados (eleições proporcionais), o eleitor tem uma gama muito ampla para escolher. São centenas de candidatos e seria impensável votar em alguém que defenda a matança de inocentes, ainda mais com dinheiro público. No caso de eleições majoritárias (prefeitos, senadores, governadores e presidente), a escolha recai sobre alguns poucos candidatos. Às vezes, sobretudo quando há segundo turno, a escolha se dá entre apenas dois candidatos. O que fazer se os dois são favoráveis ao aborto? Uma solução é anular o próprio voto. Quais as consequências disso? O voto nulo não beneficiaria justamente aquele que não se quer eleger? É uma escolha grave, que precisa ser bem estudada e decidida com base numa visão mais ampla do programa proposto pelo candidato ou por seu partido, considerando que a vida humana não se resume a seu estágio embrionário. Na luta em defesa da vida, o problema nunca é pontual. As agressões chegam de vários setores do Executivo, do Legislativo, do Judiciário e até de acordos internacionais. E chegam em vários níveis: fome, violência, drogas, miséria... São as limitações da democracia representativa. Meu candidato sempre me representa? Definitivamente, não! Às vezes, o candidato é bom, mas seu partido tem um programa que limita sua ação. Por isso, o exercício da cidadania não se pode restringir ao momento do voto. É preciso acompanhar, passo a passo, os candidatos que forem eleitos. A iniciativa da Ficha Limpa mostrou claramente que, mesmo num Congresso com tantas vozes contrárias, a força da união do povo muda o rumo das votações. Que o Senhor da Vida inspire nossos eleitores para que da decisão das urnas nas próximas eleições nasçam governos dignos do cargo que deverão assumir. E que o cerne de toda política pública seja a pessoa humana, sagrada, intocável, desde o momento em que passa a existir, no ventre de sua própria mãe.
DOM DIMAS LARA BARBOSA, bispo auxiliar do Rio de Janeiro, secretário-geral da CNBB
secretariogeral@cnbb.org.br
Rio de Janeiro
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Pés pelas mãos
José Serra cada vez mais mete os pés pelas mãos. Agora, apelando ao se apresentar na TV ao lado de Lula, está se indispondo até com o seu fiel eleitorado. É hora de mudar de marqueteiro, se é que já não é tarde demais.
ROBERTO TWIASCHOR
rtwiaschor@uol.com.br
São Paulo
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Marqueteiro ou sabotador?
A infelicíssima ideia de usar a imagem de Lula num vídeo de campanha de Serra só pode ter saído da cabeça de um marqueteiro alienado, incompetente ou sabotador. Que Serra pare de ouvir trololó da sua equipe de marketing e escute a voz do seu eleitorado, essa, sim, é confiável. Não queremos o nosso candidato envolvido com o nome do presidente, nem de longe. Serra tem luz própria. Faça-me o favor!
MARA MONTEZUMA ASSAF
montezuma.fassa@gmail.com
São Paulo
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Gota d"água
Esse uso da imagem de Lula por José Serra em sua campanha foi a gota d"água que faltava para me fazer jogar a toalha. Pena que a urna atual seja eletrônica e eu não possa protestar como antigamente, votando no rinoceronte Cacareco ou no macaco Tião.
RONALDO GOMES FERRAZ
ronferraz@globo.com
Rio de Janeiro
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Herança maldita
Sou grande admirador e eleitor de José Serra, mas torço para que não ganhe a eleição agora. Explico: 1) Até 2014 o Brasil estará quebrado (Copa, Olimpíada, aeroportos, etc.); 2) este governo promoverá a possível volta da inflação; 3) Dilma não tem capacidade para governar, portanto, precisaremos de Serra para depois; e 4) o povo não quer um pessoa séria governando. Parafraseando a leitora sra. Iracema Palombello (18/8), "quem viver verá".
NELSON PIFFER JR.
pifferjr86@gmail.com
São Paulo
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Ônus pelo erro
Talvez seja melhor mesmo Lula ir até o fim deste período da História do Brasil, agora por intermédio de Dilma Rousseff, como seu terceiro mandato. Segundo diretor de consultoria da revista The Economist, o Brasil desperdiçou a chance de atacar problemas estruturais e se a China passar por alguma crise, ainda que suave, teremos um período de crescimento muito baixo por alguns anos no mundo. Ora, não é justo que José Serra e o PSDB paguem a conta por um erro que não cometeram. Se o Brasil diminuir o seu ritmo de crescimento, o PT e seus seguidores jamais poderão atribuir a Serra a responsabilidade por problemas que afetarão a vida de milhões de brasileiros. Que Lula, Dilma e o PT assumam integralmente o ônus da incompetência e irresponsabilidade daqui para a frente.
ELIANA FRANÇA LEME
efleme@terra.com.br
São Paulo
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De véspera
Lendo Dora Kramer (A revelação, 20/8, A6), tem-se a impressão de que nem só peru morre de véspera... Tucano também!
ARMANDO C. DA SERRA NEGRA
a.serranegra@gmail.com
São Paulo
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"O sr. Lula não resistiu, volta aos palanques, de onde nunca desceu, para garantir nos próximos quatro anos a visibilidade e a demagogia para sua volta triunfal em 2015. Reich dos mil anos?!"
CESAR ARAUJO / RIBEIRÃO PRETO, SOBRE "A VOLTA DAQUELE QUE NUNCA IRÁ"
ces-araujo@uol.com.br
"Nunca antes neste país tivemos um presidente garoto-propaganda"
VAGNER RICCIARDI / SÃO PAULO, SOBRE A CAMPANHA ELEITORAL
vbricci@estadao.com.br
"A oposição perdeu de vez o senso do ridículo"
MARCELO HOLTZ / AVARÉ, SOBRE A PRESENÇA DO PRESIDENTE
LULA NO PROGRAMA DO PSDB
marcelo.holtz@terra.com.br
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TEMA DO DIA
Mano reúne europeus em treino na Espanha
Por não ter arranjado adversário, seleção vai a Barcelona só para treinar; lista saiu nesta sexta
"Absurdo! Convocar para treino? E quando for jogo irá chamar Neymar, Ganso e outros aqui do Brasil? E o entrosamento?"
LUIZ FERNANDO CARRION
"Utilizar estrutura alugada na Europa para convocar jogadores em início de temporada e jogar contra ninguém. Só a CBF!"
ALEXANDRE SILVEIRA
"Acho válido. O Mano nunca trabalhou com a maioria desses jogadores. Será bom para terem um contato mais próximo."
REDIMARK SANTOS
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Cartas enviadas ao fórum dos leitores, selecionadas para o estadão.com.br
Sandra Gomide
Completam-se dez anos da morte da jornalista Sandra Gomide e o fato contiua ainda ''sub judice''. Sem ter nenhuma pretensão de juízo de valor, apenas para argumentar, há mais de 2.500 anos dizia Sólon, político grego, 640-560 a.C.: ''As leis são como teias de aranha, quando algo leve cai nelas, fica retido, ao passo que, se for algo maior, consegue rompê-las e escapar."
Mario Pallazini mpallazini@hotmail.com
São Paulo
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Exemplo de impunidade
Faz dez anos que o jornalista Antônio Marcos Pimenta Neves cometeu um assassinato e continua em liberdade, graças à posição do STJ a favor da presunção de inocência e do excesso de prazo. Qual é o tipo de inocência a favor do referido criminoso? Será que o ministro Marco Aurélio, do STF, acredita que o acusado vá aguardar a presença da polícia em sua casa ou se apresentar-se polícia após a condenação, se lhe for desfavorável: Ou terá ainda o seu direito de fugir, para manter seu sagrado direito de liberdade? É justo usar como argumento a lentidão da Justiça para beneficiar somente os criminosos, esquecendo do mal irreparável causado aos familiares da vítima? Eis um dos núcleos essenciais da impunidade no País. Criticada até mesmo internacionalmente.
Edenilson Meira merojudas@uol.com.br
Itapetininga
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ASSASSINO CONFESSO LIVRE HÁ DEZ ANOS
O jornalista Antônio Marcos Pimenta Neves, assassino confesso da jornalista Sandra Gomide, em quem desferiiu um tiro no ouvido e outro nas costas, em 20 de agosto de 2000, continua em liberdade. Atitudes como essa enxovalham a Justiça no Brasil. A paixão é um sentimento forte, livre e profundo. Um afeto violento e egoísta só é paixão no dicionário dos incompetentes, mal-intencionados e ignorantes, que usam a coação física ou moral na tentativa de obter o amor do outro. Creio ser este o caso do assassino Pimenta Neves. Ele retirou da sua memória algo muito importante, que pela própria profissão que exercia jamais deveria ter esquecido: onde não existe liberdade não pode florescer nada. Principalmente o amor.
WILSON GORDON PARKER wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)
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Bruno x Pimenta Neves
Só pra eu entender, mano... Caso Bruno: crime sem cadáver, sem testemunhas, com os acusados negando o ocorrido, sem provas contundentes... e eles estão presos (Ótimo!). Caso Pimenta Neves: crime com cadáver, réu confesso, com testemunhas, motivo torpe, foi uma execução premeditada, sem chances de defesa para a vítima... e ele está solto!
Eu só queria entender...
Dino Benazzi benazzi@uol.com.br
São Paulo
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Solução pro bandido
Na cidade de Mairinque, um senhor de 83 anos, japonês, foi queimado vivo por assaltantes que invadiram suas residência. Em outra cidade do interior de São Paulo, uma grávida de cinco meses foi estuprada em casa após invadirem sua casa. Não há pena de morte no Brasil? Claro que há... Ao inverso, a dos bandidos decretada contra nós, os honestos! E ainda insistem que desarmar a população honesta é ''solução''! Só se for pro bandido...
Paulo Boccato pofboccato@yahoo.com.br
São Carlos
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Escárnio dos altos tribunais
Juízes que vendiam sentenças condenados ao "dolce far niente" com polpudos R$25 mil mensais vitalícios, censura ao prestigioso Estadão, aumentos automáticos de vencimentos, greves infindáveis dos servidores judiciários, férias de 60 dias que podem ser ''vendidas'' e transformadas em incremento salarial, veículos oficiais utilizados para fins particulares e gozo de férias no litoral. É um escárnio sem fim aos cidadãos. É a literal tomada de posse do Estado para si, mais do que patrimonialismo, um modelo imperial e aristocrático que é forte com os fracos e fraco com os fortes. Esse é o arremedo de Justiça que temos por essas plagas.
Nelson Gomes Affonseca Junior nelsonaffonseca@uol.com.br
Cordeirópolis
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Admirável criatividade
Quer dizer que os juízes federais, que já gozam de dois meses de férias anuais, adquirem a prerrogativa de vender 20 dias de trabalho, sagradamente remunerados? Que belíssima estratégia para sangrar mais o erário, devidamente aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça. Conseguem um privilégio robusto, depois podem negociá-lo para aumentar seus soldos. Entre outros benefícios adquiridos pelos insígnes magistrados, como auxílio-alimentação, licença-prêmio, chega-se à conclusão de que é simplesmente risível a propaganda enfaticamente veiculada que afirma ser o Brasil um país de todos.
Francisco Zardetto fzardetto@uol.com.br
São Paulo
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NOTICIAS DO JUDICIÁRIO
Semanalmente, ao abrir os jornais vemos notícias sobre aumentos salariais no Poder Judiciário. Parece que o assunto mais sério nas Cortes nacionais é o próprio salário. Prestam um serviço de pésssima qualidade e ainda reclamam. Vejam o vergonhoso caso do Judiciário paulista, há quatro meses em greve e absolutamente nada é decidido. O caos que já havia está sendo agravado a cada dia sem que a questão seja ao menos discutida. O povo que paga essa carga absurda nem sequer é atendido nos fóruns judiciais do Estado de São Paulo.
O Poder Judiciário é imprescindível, dizem eles. Mas qual Poder Judiciário, este que está aí (ou que não está nem aí)? Julgam e condenam a greve no setor privado enquanto a própria se arrasta sem qualquer previsão. Nós, povo, já não aguentamos mais.
Alcides Alves alves_alcides@hotmail.com
São Paulo
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A "greve"
Os servidores do Poder Judiciário de São Paulo estão em greve? Nem percebi... Os PeTistas devem estar trabalhando na campanha da Dilma.
José Carlos Degaspare degaspare@uol.com.br
São Paulo
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Bala no gatilho
Os ministros do STF e adjacências querem um gatilho salarial (Estadão, 19/8, A1). Os aposentados só têm gatilho... para o suicídio: PUUMM!
Glalco Ítalo Pieri colyacpieri@uol.com.br
São Paulo
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Apelo por uma Solução do Conflito
Apelo ao Senado Federal para que aprove o novo Código de Processo Civil, para uma maior celeridade processual no País.
Apelo ao Conselho Nacional de Justiça para que a digitalização dos processos, em todo o País, seja concluída o mais breve possível.
Apelo ao Tribunal de Justiça de São Paulo para que proceda à digitalização na unidade federativa com mais processos no País.
Apelo aos servidores do TJ-SP para um mutirão que inclua a digitalização dos processos.
Apelo por esta solução, após 120 dias de greve, pois a economia de papel, tinta e energia elétrica, além de ser correta do ponto de vista ambiental, poderá gerar recursos para a reposição salarial e contratação de novos funcionários.
Apelo para que todos reflitam numa solução em prol da Justiça, pois o tempo urge e a sociedade não pode mais ser prejudicada sem a devida prestação jurisdicional.
Luiz Roberto Da Costa Júnior lrcostajr@uol.com.br
Campinas
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Conselho oneroso
Enquanto ao despertar de mais uma eleição majoritária temos de aturar falácias de políticos prometendo o que nunca cumprem, como o respeito ao erário, vem o Conselho Nacional de Justiça decidindo por benesses salariais para os seus magistrados, como nos informa o Estadão de 19/8 (A14).
Esses privilegiados servidores públicos, que já auferem benefícios que 99,9% da população brasileira nem de binóculos vê possibilidades de um dia alcançar, como auxílio-alimentação (longe do paupérrimo Bolsa-Família), dois meses de férias, etc., estes poderão vender até 20 dias de férias e ter licença-prêmio, só porque o Ministério Público já tem essas mordomias... Que maravilha!
Lendo essas importantes matérias, cada vez mais me convenço de que o Brasil tem ilhas soberanas, dando até a impressão com uma Constituição especial, que acolhem esses filhos tupiniquins de forma diferenciada, tais as facilidades com que conseguem melhorar seus proventos e regalias!
E estes são aqueles que zelam pela nossa Justiça...
Paulo Panossian paulopanossian@hotmail.com
São Carlos
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Indexação inaceitável
Extinto o automatismo das indexações salariais pelo Plano Real, como uma de suas condições inafastáveis de êxito, o comum dos trabalhadores busca negociar as correções na data-base, recorrer à greve e ao dissídio coletivo, este já amputado por lei inconstitucional ainda não examinada pelo STF. Na contramão da História, o Judiciário e o Ministério Público Federal propugnam pela indexação inflacionária em dois projetos recentemente enviados ao Congresso Nacional. Impatriotismo, puro e simples.
Amadeu Roberto Garrido de Paula amadeugarridoadv@uol.com.br
São Paulo
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Cartel na Justiça
Sobre o editorial "A indexação dos salários da Justiça" (20/8, A3): chamar o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para resolver essa estranha coincidência nos projetos assinados pelo presidente do STF e outro nos mesmos moldes e com a mesma finalidade pelo procurador-geral. Ambos propõem o mesmo valor de salário para toda a cúpula do Judiciário e Procuradoria-Geral.
Arcangelo Sforcin Filho arcangelosforcin@gmail.com
São Paulo
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Abuso sexual
Um juiz de Direito de Mato Grosso foi afastado do cargo pelo Tribunal de Justiça por suspeita de abuso sexual contra crianças e adolescentes. Antigamente, era Deus no céu e juiz de Direito na terra. E agora, como é que fica?
Gilberto Lima Junqueira glima@keynet.com.br
Ribeirão Preto
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Terrível condenação
A página C3 do Estadão de ontem traz uma notícia estarrecedora, apesar do pequeno destaque dado pelo jornal: em Mato Grosso, o juiz Fernando Marques de Sales, que responde pelo Juizado da Infância e Juventude, é acusado de ter relações sexuais com crianças pobres, em troca de dinheiro! Meu Deus, se um magistrado faz isso, imaginem a situação. Claro que, pelo que já conhecemos da Justiça brasileira, em se comprovando a acusação, após um ''rigoroso'' inquérito, o juiz receberá uma condenação tão terrível que nem mesmo o neoamigo do Lula, o presidente do Irã, Ahmadinejad, o Hitler do século 21, que manda apedrejar até a morte mulheres, crianças, opositores, homossexuais... teria pensado: o juiz, a exemplo do que já aconteceu naquele Estado há pouco tempo, poderá ser aposentado compulsoriamente com R$ 25 mil por mês. Castigo maior do que este acho que não existe. Pobre país!
José Milton Galindo galindo52@hotmail.com
Eldorado
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Sentença exemplar
Ao ler a sentença do ilustre magistrado de Palmas (TO) dr. Rafael Gonçalves de Paula, em processo-crime por alegado furto de DUAS MELANCIAS, atrevo-me a dar, por meio deste Fórum dos Leitores, apenas um trecho: ''Poderia sustentar que duas melancias não enriquecem nem empobrecem ninguém. Poderia aproveitar para fazer um discurso contra a situação econômica brasileira, que mantém 95% da população sobrevivendo com o mínimo necessário, apesar da promessa deste presidente que muito fala, nada sabe e pouco faz.'' A sentença, em festejada decisão, simplesmente manda libertar o pobre coitado. Essa é a situação vista por um magistrado. Nós, eleitores, permanecemos acreditando nas balelas e patranhas patrocinadas pelo erário. Valha-me Deus.
L. Dutra l.dutradvogado@uol.com.br
Avaré
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Juízes X médicos
Ilustrativas e marcantes as manchetes do Estadão de 19/8 na primeira página: se, de um lado, se noticiava que juízes legislam em causa própria por melhorias e gatilhos salariais, do outro se via a reivindicação de médicos cardiologistas por remuneração mínima pelo SUS para um digno exercício profissional. Só para lembrar: para se tornar um cirurgião cardíaco são necessários os seis anos de graduação médica, dois anos de cirurgia geral, dois anos de cirurgia torácica e mais três de cardíaca. Entram e saem ''desgovernos'' e nada se muda.
José Eduardo Zambon Elias zambonelias@estadao.com.br
Marília
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''Boicote ao SUS''
Não me conformei com a resposta dada pelo Ministério da Saúde sobre o pagamento de R$ 940 para quatro profissionais realizarem uma cirurgia cardíaca com ponte de safena (19/8, A1): ''A remuneração é compatível com os recursos do SUS.''. A réplica de um cidadão indignado deve ser assim: é fácil, realoquem os fartos recursos arrecadados com os nossos suados impostos e não desperdicem dinheiro com verbas destinadas a políticos desonestos, ONGs inescrupulosas, MST e muitas outras. Assim, tenho certeza que haverá recursos mais do que suficientes.
João Magro Ventura joãomv@terra.com.br
São Paulo
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Já para o paraguaio Lugo...
Gostaria de perguntar ao Ministério da Saúde ou à ANS qual o plano de saúde existente, que eu possa adquirir no mercado brasileiro, que também me dê o direito a transporte em avião a jato do governo, porta a porta, com ambulância, hospital e equipe de primeira, com ou sem necessidade de solicitar senha ou autorização para internação. Fazer benesses com o dinheiro do contribuinte é a maior moleza. No dia em que o presidente e os políticos tiverem de ficar no balcão de hospital para conseguirem uma consulta, de preferência na cidade ou seu Estado natal, quem sabe a saúde neste país melhore um pouco.
Fernando Pastore Junior fernandopastorejr@gmail.com
São Paulo
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Ilegíveis
Gostaria de saber por que o ministro José Gomes Temporão não obriga os médicos a fazerem curso de caligrafia. E por que os laboratórios fazem bulas que ninguém consegue ler e entender, pelo tamanho das letras e pelos termos usados. E se os remédios são tão eficazes, por que têm tantas contraindicações?
PEDRO GIGLIO sandra@giglio.com.br
São Bernardo do Campo
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Perícia criminal
O investimento de R$ 100 milhões na tecnologia utilizada nas perícias criminais é bem-vindo e deve ser constante. Não é possível que só alguns Estados disponham de tecnologia suficiente para elucidação dos casos. Necessário se faz um investimento contínuo para que diminua a sensação de impunidade que assola o País a todo momento.
André Aparecido Martins da Silva andremartins09@ig.com.br
São Paulo
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Segurança Pública em São Paulo
Gostaria de contestar a nota da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, publicada na terça-feira, 17/9, sobre aumento real para os policiais paulistas, de 35% acima da inflação nos últimos quatro anos. Isso é totalmente inverídico e tenho como provar. Este ano, aliás, os policias da capital não tiveram um centavo de aumento, desrespeitando a data-base e a população em geral, visto que isso desmotiva por demais a polícia que mais trouxe resultados nos últimos anos. Temos o PIOR SALÁRIO DO BRASIL e vemos a Secretaria da Segurança vir a público com falsas estatísiticas sobre melhorias salariais que não existiram. Quanto À incorporação do AOL, ela viria de qualquer jeito por via judiciária, e viria de uma só vez, sem divisões em anos. Então, não nos foi concedido nada. Tenho total liberdade para falar porque, além de policial, sou peessedebista e não concordo nem um pouco com o tratamento dado pelo governo de meu partido aos policiais em particular e ao funcionalismo público em geral.
José Renato Nascimento jrns@estadao.com.br
São Paulo
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IVES HUBLET E A BENGALADA
Se mal questiono, que providências a Embaixada da Bélgica está tomando junto ao governo de Brasília sobre a morte misteriosa de um cidadão belga, o sr. Ives Hublet - perseguido, autoexilado e morto em visita ao Brasil? Os integrantes do governo, que tanto reivindicam justiça pelas mortes e torturas no regime militar, não dizem nada? E a Polícia Federal? E a arma que disseram que ele portava e não foi detectada no embarque em Curitiba? E o câncer fulminante surgido qual um enfarte? E a cremação do corpo sem autorização familiar? Mais um descaso ou conveniência do governo petista? Quantas perguntas e a Embaixada da Bélgica não procura resposta.
João Roberto Gullino jrgullino@oi.com.br
Petrópolis (RJ)
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Educação em São Paulo
O vale-presente é uma proposta absurda do governo de São Paulo. Primeiramente, porque a figura do professor é depreciada. Em segundo lugar, questiona-se a autoridade dos pais. Ela não é suficiente para impor que o (a) filho (a) vá à escola? Em terceiro lugar, a falta de conscientização do valor da instrução para o futuro do aluno é muito perigosa. Em quarto lugar, a escola vai formar mercenários? Em quinto lugar, quem garante que haverá disciplina nas aulas ministradas por colegas? Em sexto lugar, não haveria o perigo dos bons alunos também começarem a baixar as notas para entrarem no esquema? E, por último, é muito arriscado o dinheiro entregue diretamente ao aluno, pois quem garante que não será usado para a compra de drogas? É preciso muita cautela com as medidas tomadas na área da educação. O governo ainda não se conscientizou de que o fracasso escolar é resultado da malfadada progressão continuada, que só trouxe prejuízo ao educando, porque as dificuldades não vencidas são levadas às séries subsequentes, tornando-as muitas vezes irreparáveis. Não basta oferecer escola a todos. A qualidade deveria ser primordial, e ela não acontece. Existe apenas fantasia de qualidade.
Cleonice Nogueira lagsn@globo.com
Campinas
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Belo Monte será uma vergonha?
Bater nas obras do PAC passou a ser a preferência da oposição e de seus articulistas. Belo Monte, por Washington Novaes, no Estadão de ontem (A2), causa perplexidade. Não é preciso ser especialista para desmontar uma a uma as bobagens escritas. Confundir opinião pessoal do notório secretário malufista Waltão Coronado Antunes com a do Instituto de Engenharia de São Paulo. Usar estudo e prestígio da Unicamp/WWF sobre conservação de energia para mostrar que a obra não é necessária é requentar um tema totalmente ultrapassado no meio técnico e acadêmico. Criticar a baixa geração de eletricidade em estiagens prolongadas e o risco de não se ter vazão assegurada a jusante, sem entrar no mérito de uma usina a fio d''água, que assim foi projetada para redução dos impactos, é menosprezar a capacidade de discernimento dos leitores. Lamentável o terrorismo político ambiental que pode contaminar a nossa juventude, como a citação, pelo autor, de que a concessão da obra vai ser assinada ''antes mesmo que o Ibama conceda a licença de instalação''. Que desserviço ao País!
João Jerônimo Monticeli joaojeronimo@terra.com.br
São Paulo
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CLARO QUE SIM
Sobre o excelente artigo do sempre percuciente Washington Novaes a respeito de Belo Monte, são necessárias as obras para ''promover'' ou ''prover'' as propinas. Não somos ingênuos e todos sabemos que a válvula de saída é o caixa 2 das empreiteiras, tanto em época de eleições como não. O PT há 20 anos que espreitava o butim e é claro que tem muita pressa, e nada lhe garante que sairá vitorioso nesta eleição. Neste país há muitos cidadãos honestos e esclarecidos que leem o Estadão e têm muita força como formadores de opinião. Quase sempre é só o que basta.
Sérgio Brasil Gadelha, cearense e advogado sbgadvocacia@gmail.com
São Paulo
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Floresta e ocupação
O artigo ''Além do Código Florestal'', de André Nassar (18/8, A2), mostra-nos que sobra terra no Brasil. Talvez falte onde se queira. Na Amazônia, com certeza, não estão as terras mais férteis e mais apropriadas para a agricultura. Por que, então, o desmatamento e a ocupação irregular? Talvez pelos mesmos motivos que levem populações a ocupar áreas de mananciais, ao despejo de esgoto in natura nos rios ou a atear fogo em terrenos baldios: ignorância, especulação, populismo e falta de fiscalização. Incentivemos este último e eliminemos os demais de forma ampla no País e aí, sim, poderemos ter uma discussão mais racional do uso e ocupação de nossas florestas.
Adilson Roberto Gonçalves priadi@uol.com.br
Lorena
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In Memoriam
Este texto foi escrito em meio a lágrimas e enorme dor pela perda do ornitólogo francês Jacques Marie Vielliard (1944-2010), ocorrido dia 9 em Belém do Pará, por problemas renais - se soubesse disso teria doado a ele um dos meus rins para mantê-lo vivo e lutando pela biodiversidade que tanto amou. Tive o prazer de falar por telefone com o professor Jacques quando trabalhava na Unicamp (Campinas). Ali criou um laboratório sonoro com o canto dos pássaros de mais de 50 países por onde pesquisou, cruzando rios, desertos, florestas e montanhas, para gravar e mostrar a alegria dos pássaros quando cantam em liberdade, no seu hábitat natural. Hoje esse registro conta com mais de 30 mil cantos, e o mais importante: nenhum deles estava em gaiolas ou no cativeiro, estavam todos em liberdade na floresta que tanto amou. No Brasil, seu gosto sempre foi pelo pairar dos beija-flores e pelo voo altivo dos andorinhões do Nordeste.
Lamentavelmente, não teve nenhum reconhecimento da imprensa, a não ser a notícia de sua morte publicada em dois obituários no dia 13/8.
Pelo seu legado, que deixa a esta e às gerações futuras, dedicamos uma parte do Poema do padre Orlando Gambi, ao qual fiz umas adaptações.
"Jacques Vielliard
Se em vida não pôde ser o bosque que floresce, foi o pássaro que nele cantou.
Se em vida não pôde ser a roseira carregada de rosas, foi o perfume de uma flor.
Se em vida não foi o mar que liga os continentes, foi o porto que recebe as embarcações
Se em vida não pôde ser uma estrela no céu, foi uma luz que animou a biodiversidade.
Se em vida não pôde ser a chuva que irriga o solo, foi o orvalho que umedece as flores.
Se em vida não foi um rio aqui na Terra, foi para os pássaros uma fonte que deu de beber.
Se em vida não foi uma árvore que deu todos os frutos, foi um arbusto que deu os galhos para o ninho e o cantar dos pássaros ao nascer de um novo dia.
Que seu espírito descanse em paz na companhia do Criador. Cumpriu sua missão na Terra e fica seu legado em favor da natureza e da vida.
JOSE PEDRO NAISSER., ecologista planetário jpnaisser@brturbo.com.br
Curitiba
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Ainda o debate da Band
Que tristeza dá ler as cartas que consideraram Alckmin vencedor do debate da Band. Falta mais capacidade analítica e menos abertura à manipulação para a população de São Paulo, isso sim. Tá na cara que o candidato tucano ao governo do Estado foi o grande derrotado da noite. Atacado por todos os lados, Alckmin não teve argumentos plausíveis para justificar a administração falha que o PSDB vem fazendo há 16 anos em São Paulo. Mas o grande erro mesmo foi tentar fazer citações numéricas na hora de atacar Mercadante. O candidato do PT é uma enciclopédia numérica ambulante e tinha todos os valores de investimentos na ponta da língua, o que derrubou o tucano em discussões sobre educação e saúde, por exemplo. Agora é certo o segundo turno, minha gente. Aceitem o fato.
ELIZEU GONZAGA eggonzaga@uol.com.br
São Paulo
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Verdades incômodas
Com a maior tranqüilidade, a candidata Dilma, discursando na ANJ (20/8, A4), disse: "Prefiro mil vezes a multidão de vozes críticas do que (sic) o silêncio das ditaduras. Sei a diferença porque vivi sob o silêncio opressor de uma." Seria bom que a candidata esclarecesse esse blablablá de ditadura, dizendo claramente que lutou com todas as armas pela implantação de uma outra ditadura, à la cubana, no Brasil. Ditadura essa que, como todos temos visto, é plenamente endossada por seu partido PT e apoiada por Lula, Celso Amorim, Marco Aurélio "top top" Garcia, etc.
Pena que a oposição evite esse assunto e outro ainda, da maior relevante importância, que é o fato de a candidata ser portadora de grave doença. O Brasil, nesta altura dos acontecimentos, não merece correr o risco enorme de ser governado pelo seu vice.
Muito menos suportar Lula num "terceiro mandato", como ele disse há pouco.
Acorda, oposição!
Nelson Penteado de Castro pentecas@uol.com.br
São Paulo
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Censura
O Estadão publicou ontem críticas de dois lulistas, a candidata Dilma e o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins, às acusações de José Serra, feitas em discurso na Associação Nacional de Jornais (ANJ), de que o governo federal e o PT tentam intimidar e censurar a imprensa nacional. Quanto às de Dilma, nada a comentar, está no seu direito de dizer as baboseiras que quiser. Mas quanto às do ministro Franklin, merecem uma crítica à parte. Sua Senhoria, quando era um simples e respeitado comentarista político, principalmente na televisão, era de uma independência elogiável. Mas agora, como ministro e falando como e pelo governo, mudou da água para o vinho, como se diz na linguagem popular, chegando ao ponto de curvar -se ao rés do chão para obedecer a seu dono. Suas afirmações nas aludidas críticas, ''jornalistas e veículos de imprensa jamais foram incomodados por qualquer tipo de repressão'' e ''a imprensa no Brasil é livre'', são de estarrecer, são de qualificar-nos como imbecis. Para desmenti-lo basta citar um caso de mordaça, a censura imposta ao Estadão, que já dura 386 dias, cujo julgamento do mérito pelo STF é procrastinado para proteger conhecido empresário, filho do poderoso político (para o mal) José Sarney.
ANTONIO BRANDILEONE abrandileone@uol.com.br
Assis
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Resposta a Franklin Martins
Se não há a ideia de controle da imprensa, para que serviu mesmo a CONFECOM? E o que é o PL 193, onde se propõe ''garantia de mecanismo de fiscalização, com controle social e participação popular, em todos os processos como financiamento, acompanhamento das obrigações fiscais e trabalhistas das emissoras, conteúdos de promoções de cidadania, inclusão, igualdade e justiça, cumprimento de percentuais educativos, produções nacionais''? Quanto o governo federal gasta com publicidade? Os milhões despejados generosamente em jornais e televisões não são uma forma de controlá-los, de mantê-los na coleira? O que o senhor tem a dizer da demonização, feita por membros do governo e do seu partido, dos veículos e jornalistas que não rezam pela sua cartilha? Ora, sr. Franklin Martins, não nos tome por tolos!
M. Cristina da Rocha Azevedo crisrochazevedo@hotmail.com
Florianópolis
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Mordaça
Desde o corte de Boris Casoy com seu refrão ''isto é uma vergonha'' do Jornal do SBT, todos evidenciaram o início da censura do governo, estendendo seus tentáculos sobre a mídia. Depois, o corte do n.º 45 da Globo por fazer 45 anos veio corroborar. Se não atendesse, perderia a publicidade das estatais.
O jornal ''Estado de S. Paulo'' está sob censura há 386 dias, é uma injustiça em que os nobres ministros do STF têm ''colaborado'' para só proferirem a sentença após as eleições. ''Até tu, Brutus?'', como disse Júlio César.
Maria Antonieta Vidigal Milanesi milanesiriopreto@yahoo.com.br
São José do Rio Preto
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Lula e a censura
Com o Estadão sob censura há 386 dias, pelo clã José Sarney, aliado de Lula e da candidata Dilma RousseFf, e o Diário do Grande ABC impedido pelo prefeito petista de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, desde 11 de maio de 2010, de publicar reportagens sobre sua administração, o candidato José Serra está certíssimo ao acusar o governo Lula e o PT de tentarem intimidar e manipular a imprensa. Ou Lula esqueceu que seu governo suspendeu o visto do jornalista do jornal The New York Times, Larry Rother, após tentativa de expulsá-lo do País?
Valdeir Celestino de Oliveira vcelestinodeoliveira@yahoo.com
Cotia
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