23 de janeiro de 2011 | 00h00
Para ricos
Reportagem do Estado sepulta de vez a rósea imagem pintada pelo governo federal quanto ao Minha Casa, Minha Vida. Nas palavras da presidente Dilma e de seu tutor, essa seria a mais brilhante panaceia já criada contra o déficit habitacional, que impede milhões de brasileiros de ter moradia digna. Parece que não é tão assim, pelo que se vê no conjunto habitacional tomado pela presidente como o maior exemplo de eficiência do programa: famílias vendem seus imóveis por falta de condições de pagamento e ocupantes suficientemente abastados a ponto de possuírem carros de luxo ali estacionados moram onde deveriam residir pessoas realmente humildes. É por essas e tantas outras que os petistas não são chegados nessa coisa chamada liberdade de imprensa.
HENRIQUE BRIGATTE
hbrigatte@yahoo.com.br
Pindamonhangaba
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Cara feia da realidade
Lançado em 2009 para alavancar a candidatura da atual presidente, esse programa mostra a cara feia da realidade: os beneficiários não têm condições de arcar com a prestação e já estão vendendo os imóveis para voltar a seus antigos hábitats (encostas, beira de córregos, etc.), candidatando-se a ser as próximas vítimas da natureza. Reza a sabedoria popular que não se constrói uma casa a começar do telhado. No caso, as bonitas palavras do ex e da atual presidente, de erradicação da miséria a partir do Bolsa-Família e correlatos, só mostra a falácia da demagogia. Não é de hoje que especialistas afirmam que o Bolsa-Família tem de ser acompanhado de programas que deem condições aos participantes de caminhar com as próprias pernas, a começar por uma educação que lhes propicie condições de trabalho melhor e mais bem remunerado. Além disso, seria essa uma ação a produzir resultados ao longo de algumas décadas, mas o imediatismo está produzindo uma bola de neve e condenando essas pessoas (e sua descendência) a continuarem à margem da sociedade. Quem vai ter coragem para encarar essa realidade?
APARECIDA DILEIDE GAZIOLLA
rubishara@uol.com.br
São Bernardo do Campo
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CARTÃO CORPORATIVO
Em benefício do povo
Economizando menos de 5% nos cartões de crédito corporativos do governo federal desde 2007, teria sido possível comprar os 17 radares meteorológicos imprescindíveis para o Rio. Gastar em benefício da população não é importante. Importante mesmo é gastar para ganhar eleição.
FABIO FIGUEIREDO
fafig3@terra.com.br
São Paulo
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PRIVILÉGIOS
Aposentadoria retroativa
Todo o poder emana do povo e em seu nome será exercido, proclama a nossa Constituição. Todavia, todo o poder de legislar em causa própria, sangrando desmesuradamente o erário, é prerrogativa exclusiva dos políticos sem escrúpulos, indiferentes aos reclamos do povo sacrificado.
FRANCISCO ZARDETTO
fzardetto@uol.com.br
São Paulo
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Revoltante
Pelo que se observa hoje no Brasil, para os políticos, da oposição ou da situação, a regra é acumular todo e qualquer tipo de renda, mesmo que não seja moral/legal. E o povo que morra na lama ou viva de doações de pessoas caridosas e de bem. É revoltante!
MAURILIO PEREIRA
mauriliopereira@uol.com.br
São Paulo
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Caras de pau
O escândalo das aposentadorias de ex-governadores de vários Estados, em que, por conluio entre os Executivos e os Legislativos estaduais, foram aprovadas leis garantindo-as, ao arrepio do Constituição de 1988, que as proíbe - para que serve mesmo a Carta Magna, hein? -, não pode cair no esquecimento e ficar por isso mesmo. Toda essa gente tem de ter os benefícios imediatamente cortados e devolver todo o recebido indevidamente, com juros e correção. Espero que a OAB vá até o fim na sua determinação de provocar uma decisão final do STF.
SERGIO LOPES
blackfeet@uol.com.br
São Paulo
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Isonomia
Os ex-governadores querem continuar recebendo a milionária aposentadoria, mesmo tendo ocupado o cargo por alguns dias, ou meses, ou mesmo por oito anos. Então, eu, que trabalhei durante 42 anos, quero, por isonomia, minha aposentadoria integral, sem a dedução do famigerado fator previdenciário e da ajuda para custear o INSS. O governo sequestra mais de 35% do valor a que eu teria direito. Realmente, o Brasil é um país de todos (eles) e nós, tolos.
CLAUDIO D. SPILLA
Claudio.Spilla@CSpilla.org
São Caetano do Sul
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CASO BATTISTI
Delação premiada
Nos EUA, 130 mafiosos foram presos graças a uma megaoperação do FBI contando com a colaboração e a denúncia de mafiosos arrependidos, sem os quais a ação não teria sucesso, dada a dificuldade de obtenção de provas em décadas de investigação. Isso significa que lá a delação premiada funciona. Aqui, no Brasil, quem se aventura a fazer uso de tal benefício - a exemplo da empresária de Santo André que de denunciante passou a ser fugitiva e, agora, de uma doleira que teve negado o perdão judicial após denunciar uma gama de pessoas influentes por lavagem de dinheiro - enfrenta a relutância da Justiça em prestigiar tão importante meio de prova criminal. E pior: a "elite jurídica" e parte do STF insistem em criticá-lo e obstá-lo, chegando ao cúmulo de questionar até as decisões da Justiça italiana no julgamento do criminoso Cesare Battisti pelo fato de se fundamentar em denúncias de ex-comparsas - posição criticada por todos os outros países com democracias mais avançadas. Este é o Brasil, onde, aparentemente, o crime de fato compensa (e sem direito ao arrependimento).
EDENILSON MEIRA
merojudas@uol.com.br
Itapetininga
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Soberania
Para a não extradição de Cesare Battisti, alguns papagaios de pirata justificam sua posição com base na nossa soberania. Onde estavam esses retóricos quando o governo da Bolívia invadiu e tomou a refinaria da Petrobrás em seu território? Em férias?
HERMÍNIO SILVA JÚNIOR
hsilvajr@terra.com.br
São Paulo
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"Enquanto o País volta as atenções para as tragédias, os políticos fazem a festa"
ANGELO ANTONIO MAGLIO / COTIA, SOBRE OS PRIVILÉGIOS
angelo@rancholarimoveis.com.br
"A nossa soberania ficará tão abalada com a extradição do italiano quanto a da Suíça se
nos mandar de volta os dólares do ex-prefeito"
JAIRO P. GUSMAN / SÃO PAULO, SOBRE O CASO BATTISTI
jairogusman@gmail.com
"Se ainda fosse presidente, será que Lula faria uma visitinha ao Baby Doc?"
CARLOS E. BARROS RODRIGUES / SÃO PAULO, SOBRE A VOLTA DO EX-DITADOR AO HAITI
cebr2403@gmail.com
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TEMA DO DIA
Sudeste terá chuvas ainda mais intensas
Governos devem se preparar, pois eventos como o do RJ se repetirão nos próximos anos, diz a OMM
"O governo está fazendo vista grossa para a questão da mudança climática e pouco faz para ajudar os desabrigados."
JOÃO DE PÁTIMOS
"O que devemos fazer? O eixo RJ-SP tem uma população enorme. Devemos remover a maioria para o Centro-Oeste?"
SILVIO SOUZA
"Temos que seguir o exemplo do Japão, que se prepara não só para terremotos, mas, também, para grandes enchentes."
ADEMAR JOAQUIM DOMINGUES
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