Imagem ex-librisOpinião do Estadão

Cartas - 28/03/2011

Exclusivo para assinantes
Por Redação

COMBUSTÍVEISAutossuficiência?

Leio que o Brasil está importando gasolina e etanol americano (muito mais caro que o nosso), para poder garantir a movimentação nas ruas da frota nacional de veículos. Ué, para onde foi a tal autossuficiência que Lula anunciou com tanto estardalhaço?

MAURÍCIO LIMA

mapeli@uol.com.br

São Paulo

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Importação

Taí, Brasil: a Petrobrás, exemplo de tudo o que é bom neste governo, vai importar gasolina! Mas que droga de empresa é essa, que tem valor nas alturas, cobra preços abusivos internamente e anuncia somente belezas e progressos, na imprensa?! Isso realmente é o Brasil pensando grande, rumo ao futuro!

MAURICIO VILLELA

mauricio@dialdata.com.br

São Paulo

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Vale

A Petrobrás, quem imaginaria, importando gasolina e etanol, este último dos EUA.... É isso que querem para a Vale?

M. CRISTINA ROCHA AZEVEDO

crisrochazevedo@hotmail.com

Florianópolis

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FICHA LIMPAObediência à Lei Maior

Nenhum brasileiro, exceto os políticos, é contra a Lei da Ficha Limpa. Mas o poder maior do Judiciário brasileiro jamais poderia deixar-se influenciar pela opinião pública. Ainda bem que o novo integrante daquela Corte salvou a lavoura ao cumprir o que consta na Constituição federal. Parabéns a todos os que votaram pela obediência à nossa Lei Maior. Na minha opinião, temos agora seis ministros em quem podemos confiar totalmente e os demais nos deixam em dúvida: quando vão decidir de acordo com a lei ou quando vão deixar-se influenciar pela voz das ruas? Quer dizer que a justiça venceu apertado, mas venceu. E isso nos leva a não perdermos as esperanças no nosso Judiciário. Quem sabe, num futuro não tão distante, possamos contar com juízes que atentem para o texto da lei na hora de decidir. Os ministros que jogaram para a plateia prejudicaram o bom do andamento eleitoral e agora terão de resolver as questões advindas de tamanha e gritante falha! Podem crer que foi uma grande conquista popular contarmos com a Lei da Ficha Limpa a partir de 2012. Ela não é a solução para tudo, mas já é um bom começo.

LUÍS DE TOLEDO DE CASTRO

marcio134@yahoo.com.br

São José do Rio Preto

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Direitos e deveres

Gostaria de saber por que os juízes são defensores tão encarniçados dos direitos daqueles que, eleitos para trabalhar pelo bem-estar da sociedade, o fazem em seu próprio benefício. E, mais: por que os juízes não manifestam a mesma preocupação com o descumprimento dos deveres que esses senhores juraram honrar? A dita "Justiça" deveria pesar igualmente os dois valores: direitos e deveres. E não apenas aqueles, que, por excessivos, tornam os deveres irrelevantes. Uma última pergunta: esses juízes contratariam para administrar seus bens os senhores que protegem com tanto empenho? Ou fariam como todos, que para tal cargo exigem referências e atestado de bons antecedentes?

LIZETE GALVES MATURANA

lizete.galves@terra.com.br

Jundiaí

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Impedimento

A Lei da Ficha Limpa não é uma regra do processo eleitoral, mas um impedimento. Trata-se de uma qualificação impeditiva, rejeitada pela sociedade. A regra é a forma como o participante deve proceder. Por exemplo, seguir os prazos, a fiscalização, a propaganda, os cálculos, etc. De modo que deve obedecer ao princípio da anterioridade, pois os participantes devem saber antes (no caso constitucional brasileiro, um ano) como trilhar nas eleições. Todavia o impedimento não tem nada que ver com o princípio da anterioridade. Por exemplo, uma lei criada hoje que proíba candidatos filiados a grupos de ativistas de discriminação racial de serem empossados passa a vigorar imediatamente, não precisando esperar o ano de antecedência. O julgamento do STF foi incongruente e revela analfabetismo jurídico, além de ofender toda a sociedade brasileira. Com certeza eles sabem disso, mas...

JOSÉ R. DE VASCONCELOS NETO

prof.vasconcelos@terra.com.br

São Paulo

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Nem Kafka

Ficha suja, ficha limpa, pressão do povo e lei votada para valer em 2010, mas só vai valer em 2012; bons antecedentes sempre exigidos de funcionário público de carreira, mas não de político; falta de decoro sempre motivo de cassação de mandato, mas político é apanhado flagrantemente recebendo dinheiro de origem não explicada e não acham que seja falta nem de honestidade nem de decoro... E por aí vai a cena política deste nosso Brasilis macunaímico. Não é de admirar o desânimo dos cidadãos, pois nem Franz Kafka, no seu auge, conseguiria apresentar enredo tão absurdo, sem lógica e injusto!

SILVANO CORRÊA

scorrea@uol.com.br

São Paulo

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CULTURACompanhia de dança

Não condiz com a elegância das bailarinas a entrevista das diretoras da São Paulo Companhia de Dança, Inês Bogea e Iracity Cardoso (Caderno2, 25/3). A companhia é uma organização social que recebe recursos públicos para executar as políticas definidas pela Secretaria de Cultura do Estado. Como a receita da companhia provém 99% do orçamento do Estado, é obrigação do governo zelar para que esses recursos sejam bem aplicados em benefício da população, e não apenas de alguns. Questionei as diretoras sobre a vantagem de a companhia dançar em Baden-Baden, na Alemanha, em vez de Piracicaba, Salto ou São João da Boa Vista, cidades paulistas dotadas de excelentes teatros e ávidas por bons espetáculos. Indaguei também sobre os custos de todos os programas que não envolvam apresentações públicas, já que a prioridade de uma companhia de dança estatal é oferecer cultura de qualidade à população do Estado. Tais questionamentos e ajustes orçamentários necessários, contrariamente à opinião das diretoras, não são uma "negociação normal de começo de gestão", mas refletem um dever do gestor público: questionar o gasto de qualquer centavo de recursos provenientes dos impostos dos cidadãos de São Paulo.

ANDREA MATARAZZO, secretário

kdunder@sp.gov.br

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TEMA DO DIA

Centro-Oeste é nova força do consumo

Desembolso dos lares da região registrou o maior aumento do País, chegando a 18%

"As cidades pobres do entorno são um luxo perto das outras das grandes cidades, que são favelas, sem endereço e rua."

JOSÉ MARIA DE JESUS

"A indústria está a todo vapor. Enfim, o boom aqui está ótimo. E o agronegócio também."

FRANCISCO ANTONIO SALLES

"O Sul, Sudeste e Centro-Oeste avançam. Enquanto isso o Norte e Nordeste, atados à estagnação, ficam mais distantes."

ABRAAO LINCOLN SALES BASTOS

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Cartas enviadas ao fórum dos leitores, selecionadas para o estadão.com.br

Eldorado Brasil 3000

FM 107,3. No dial, uma nova emissora com o melhor da música:''Eldorádio''.

J. S. Decol

decoljs@globo.com

São Paulo

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PARCERIA PERFEITA

A nova Rádio Estadão/ESPN, que ontem começou seus trabalhos, traz a parceria perfeita de dois dos maiores monstros sagrados da comunicação brasileira. Juntar a seriedade, independência e competência desses profissionais tem de ser muito comemorado pela sociedade deste país. Tenho certeza que as transmissões da nova emissora nos proporcionarão o prazer de ouvir o rádio com a mais qualificada programação de notícias, esportes e entretenimento disponíveis atualmente. Sucesso a todos.

FILIPE LUIZ RIBEIRO SOUSA

filipelrsousa@yahoo.com.br

São Carlos

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ÁLCOOL

Quem diria?! O Brasil irá importar 200 milhões de litros de álcool do EUA. O que será que está faltando, vergonha, cadeia ou ambos?

David Neto

drdavidneto@uol.com.br

São Paulo

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E ainda querem mexer com a Vale

Li e reli a notícia e lá estava, imutável. Verifiquei a data e não era 1.º de abril. O Brasil vai adicionar água ao álcool anidro (nos dicionários: adjetivo - que não contém água) e importar álcool e gasolina dos Estados Unidos, com quem vive às turras pelo protecionismo ao álcool de milho. Só pode ser brincadeira de mau gosto.

Luiz Nusbaum

lnusbaum@uol.com.br

São Paulo

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AVIDEZ

A seguir o exemplo da Petrobrás, que está a importando gasolina e etanol, logo estaremos importando minério, se o governo abocanhar a Vale, como tudo indica. Eta, turminha ''boquisseca'' por cargos, só pensam nisso.

Leila E. Leitão

São Paulo

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Adeus, doce Vale

E lá se vai a eficiência. Os tiranos invadiram, como bárbaros.

Nelson Pereira Bizerra

nepebizerra@hotmail.com

São Paulo

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O grapefruit de Dilma

O que será que o ministro Guido Mantega, grapefruit (laranja oficial) da presidente Dilma Rousseff, tanto cochicha com o presidente do Bradesco? Será que é para ele baixar os imorais spreads bancários ou para entregar a Vale ao PT? Assim, com esse reforço de caixa, os petistas vão deitar e rolar, pois nem só de Petrobrás podem viver os ''cumpanheiros''. Como diria o Chávez, ''hay que tener mucha plata'' para chegar lá.

J. Treffis

jotatreffis@hotmail.com

Rio de Janeiro

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Bradesco-PT

Há muito tempo o Bradesco vem atuando ao lado do Governo, não só operando o Banco Postal, como sendo caixa de ressonância das propagandas ufanistas governamentais. Portanto, não há que estranhar o fato de o Bradesco ter ''cedido'' ao governo na intervenção na Vale. A parceira Bradesco-governo PT vem de longa data.

Maria Cristina Rocha Azevedo

crisrochazevedo@hotmail.com

Florianópolis

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A pelegada e a Vale

Certamente o governo está interessado em abocanhar a Vale para arranjar mais empregos para sua pelegada parasitária e manejar mais uma verbinha extracurricular. Uma vergonha! Fico pensando: se a Petrobrás fosse desamarrada, será que não teria o dobro de sua importância?

Geraldo de Paula e Silva

geraldodepaula@ibest.com.br

Rio de Janeiro

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Fundos de pensão

Além de constituírem uma excrescência jurídica, que permite o desvio de dinheiro público em favor de uma casta do funcionalismo, os fundos de pensão transformaram-se em instrumentos de deplorável ingerência política em empresas privadas, como se vê agora na blitz contra a Vale. E ingerência política a partir do Estado leviatã todos sabem como termina: no mínimo, em mordida.

José Benedito Napoleone Silveira

nenosilveira@aim.com

Campinas

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Mudança no PT

Com a mudança na Presidência da República, parece que o que o PT queria fazer com Lula não conseguiu, agora, com a Dilma mais fraca, eles estão ditando normas, querem aparelhar todo o sistema governamental num só bloco. O comando está com o PT, estamos vendo essa troca em todos os níveis, principalmente na Vale. Querem a troca de comando para colocar quem bem entendem, só que eles esqueceram que a Vale é uma companhia mista. Gostaria de saber que proposta o sr. Guido Mantega fez ao sr. Brandão, presidente do Bradesco, para ele ceder na troca do sr. Agnelli. Um conselho à presidente Dilma: dê um murro na mesa, senão a senhora futuramente vai ser apenas a primeira-ministra.

Maria José da Fonseca

fonsecamj@ig.com.br

São Paulo

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SOLUÇÃO

Seria muito pedir ao presidente da Vale (não vamos nem citar seu nome) que dê um pouco de seu precioso tempo à Petrobrás para tentar endireitar aquilo? Importar mais gasolina, etanol... Se isso não for incompetência... Vamos colocar gente certa no lugar que precisa. E ainda querem o lugar desse senhor na Vale...

LUIZ CARLOS TIESSI

tiessilc@hotmail.com

Jacarezinho (PR)

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POLÍCIA FEDERAL

O ministro Mantega procurou a direção do Bradesco para tratar da permanência ou não de Agnelli à frente da Vale. Agiu de maneira antiética! Com qual finalidade? Obter alguma vantagem para si ou para outros? No mínimo, deveria ser demitido e investigado pela Polícia Federal. Dona Dilma, comece a mostrar quem manda em quem antes que os companheiros aloprados comecem a agir. Cá entre nós, desocupados dando palpite é o que não falta.

LUIZ RESS ERDEI

gzero@zipmail.com.br

Osasco

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Governo Dilma mudou em quê?

Assistimos a este início de governo da presidente Criatura e, para surpresa nossa, bastou adotar um comportamento mais discreto que o do burlesco Lula e acenar com uma série de mudanças no País para a mídia começar a bajulação. Difícil crer que essa mídia que tanto a criticou quando de sua participação em cargos no governo Burla possa engolir essa farsa. Tal comportamento cheira mais um ''ficar bem'' com o governo Criatura e suas contas publicitárias milionárias, como as da CEF, Petrobrás, Banco do Brasil e outras estatais que torram grana para promoção da administração. Na prática, contraria o que promete, basta ver como está pagando a conta altíssima que ela e seu criador assumiram com a malta que a apoiou. Essa dívida já custou aumento de Ministérios e secretárias para abrigar a cambada que mamará nessas novas tetas federais, porque as anteriores já estão lotadas por milhares de outros privilegiados sugadores do erário. Também se submete ao predatório dinossauro maranhense que arranca o quer do governo e nas sombras dessa política de esbórnia parece ser quem manda no País. Outra demonstração de que seu comportamento é puro jogo de cena: basta ver a investida na mineradora Vale, pedindo a cabeça do administrador atual porque o Burla quer, desde outrora, especificamente para colocar em seu lugar alguém submisso ao governo e que permita a entrada de mais outra leva de folgados nessa empresa. A Vale, é bom lembrar, era uma estatal deficitária e antro para aninhar políticos e hoje, privatizada, é lucrativa para o próprio governo, que ganha muito com isso. Então, onde está a diferença? Só mesmo na discrição, no ''comer pelas beiradas'', diz o caipira.

Laércio Zannini

zanix@hotmail.com

São Paulo

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ETANOL

O governo arrecada muito, gasta muito mais, e mal, e enquanto isso a inflação aumenta descontroladamente, embora o ministro da Fazenda diga o contrário. O etanol, em apenas três meses, aumentou mais de 50%, a desculpa é a entressafra, além de os usineiros estarem produzindo mais açúcar, cujo preço está mais alto no momento. Por que o governo não fez estoque regulador para manter o preço durante esse período, a fim de evitar o aumento descontrolado do etanol? Esse aumento provoca a elevação do preço da gasolina/diesel e, por consequência, o reajuste de todos os demais produtos, fazendo subir a inflação. O governo compra dólares para evitar uma maior desvalorização dessa moeda em relação ao real, por que não consegue armazenar etanol, para manter o seu preço? Como sempre, o maior prejudicado é o povo brasileiro. Pelo visto, o governo está ''perdido'' devido à herança recebida do antecessor e da gastança sem limites. Fiquem atentos que ainda poderá vir uma nova ''marolinha'' em razão dos problemas com a tragédia do Japão, daí pode piorar um pouco mais. Haja etanol!

Luiz Dias

lfd.silva@uol.com.br

São Paulo

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E se não fosse o álcool?

Coisas que eu gostaria de saber: quantos litros de etanol nós exportamos no último ano?

Por que o etanol está tão caro?

A cana-de-açúcar não é mais produtiva do que outras fontes?

Nosso custo de produção não é muito menor do que o de milho?

Os EUA não taxam o nosso produto?

Por que estamos importando 200 milhões de litros dos EUA?

Não pega mal esta importação, para quem tem pretensões de se tornar um fornecedor confiável?

Sérgio Barbosa

sergiobarbosa@megasinal.com.br

Batatais

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A Vale é uma estatal?

Será que o governo acha que a Vale é uma estatal, a ponto de tentar interferir na estrutura da grande empresa? É demais!

Orlando C. O. Barretto

ocdobarr@usp.br

São Paulo

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CAIXA

Estava impressionado com os crescentes elogios a Dilma Rousseff. Sugestivamente, notava-se o exagero. E se comprova: com a recente nomeação de Geddel para a Caixa Econômica, demonstra que nada mudou, é tudo jogo de cena, muito provável, coordenado diretamente de algum boteco lá em São Bernardo do Campo.

Paulo Vaz

paulo_vaz@coreconsp.org.br

São Paulo

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AÇÃO DE RESPONSABILIDADE

Maria Fernanda pediu demissão da presidência da Caixa Econômica Federal e alegou que foi contra desde o início a ''participação acionária'' da Caixa para conter o rombo do Banco Panamericano. Eu não disse que o buraco vinha de cima, porque em falcatrua desse montante presidente de banco estatal não manda? Só resta saber se será cabível neste caso uma ação de responsabilidade contra o ''presidente do buraco''!

Beatriz Campos

beatriz.campos@uol.com.br

São Paulo

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LEGADO

Em relação à matéria ''Maria Fernanda deixa a Caixa e Jorge Hereda assume presidência'', publicada na edição de 25/3, é importante registrar que a ex-presidenta Maria Fernanda Ramos Coelho deixou um legado na Instituição. Decorridos cinco anos no comando, a ex-dirigente mostrou o verdadeiro ideal de uma representante da Região Nordeste, onde uma simples gerente administrativa pôde sair do Recife e galgar o cargo máximo até a chegada à presidência, e o êxito da administração da ex-presidenta Maria Fernanda Coelho deve-se aos R$ 175,8 bilhões de operações de crédito e ao recorde de R$ 77,8 bilhões de crédito imobiliário, representando 1.231.250 financiamentos e levando a Caixa Econômica Federal a quarto maior banco e à oitava marca mais valiosa do mercado. Sendo a única mulher entre os principais presidentes nos 150 anos de história da instituição, levou 1 milhão e 5 mil casas aos trabalhadores brasileiros, auxiliando 53 milhões de clientes com 40 milhões de contas de poupança, administrando R$ 260,3 bilhões em FGTS, além de ter comandado 83 mil funcionários. A Maria Fernanda Ramos deixa um grande legado de exemplos às futuras dirigentes de que a vida corporativa é valorizada mesmo acima dos 40, independentemente de região administrativa, um exemplo fiel para todas as Fernandas e Marias.

HÉLIO KENJI HIRATA

helio_ken@bol.com.br

São Paulo

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COINCIDÊNCIA

A Caixa Econômica salva o Banco Panamericano, de Silvio Santos, e o SBT, ''a TV Mais Feliz do Brasil'', lança, no final do mês, a novela ''Amor e Revolução'', que conta a história da presidenta e seus companheiros.

Helena Rodarte Costa Valente

helenacv@uol.com.br

Rio de Janeiro

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Ortografia

O deslize de dona Dilma Rousseff ao pedir para ser chamada de ''presidenta'' pode ocasionar um verdadeiro ''Festival de Besteiras que Assola o País'', recordando o saudoso Sérgio Porto. Assim, a continuar esta ignorância, um cargo ocupado por muilher poderá ser grafado e lido pelos anafabetos do País como superintendenta, gerenta, conferenta, assistenta, concorrenta, escreventa, suplenta, correspondenta, dirigenta, doenta, remetenta, sobreviventa, serventa, e por aí vai.

James F. Sunderland Cook

sunderland2008@gmail.com

São Paulo

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Reajuste da energia elétrica

É difícil entender como as concessionárias de energia elétrica nos diversos Estados do Brasil têm conseguido reajustes muito superiores à inflação, enquanto o IPCA foi de 6,01% nos últimos 12 meses. Alguns exemplos: a Aneel concedeu à CPFL 16,06%, à Energisa, 14,92% e à CPFL Santa Cruz, 13,48%. O pleito da Enersul - concessionária que atende o Estado de Mato Grosso do Sul - é muito maior, chega ao patamar de 19,35%, e por a Aneel considerar que estava alto, foi formulada uma nova solicitação de 17,56%. Se os custos das empresas, em sua maioria, sobem pela média de inflação, como é que se justifica os custos das concessionárias subirem em patamares três vezes maiores que a inflação? Pois um pedido de 19,35% representa um porcentual de 12,58% acima da variação do IPCA. O que justificaria um aumento absurdo como esse? Seria o aumento dos custos de geração de energia? De transmissão? De distribuição? Investimentos em qualidade dos serviços prestados? Acho que não, pois esses custos devem estar se comportando dentro dos patamares da inflação. A reformulação do pedido de aumento de 19,35% para 17,56% ainda é muito pouco. Ficam alguns questionamentos para os consumidores: qual é a relação da Aneel com as concessionárias para conceder aumentos tão absurdos, prejudicando os consumidores e as indústrias? Por que nossos parlamentares, em sua maioria, têm se calado diante da atual política tarifária da energia elétrica? Têm sido as concessionárias de energia elétrica financiadoras de campanhas eleitorais, à custa de toda a sociedade? Tem coisa errada, vamos comparar: o reajuste da tabela do Imposto de Renda será de 4,5%; o reajuste do salário mínimo foi de 6,86%; o IPCA acumulado nos últimos 12 meses representa o índice de 6,01%. Está na hora de este país ser moralizado, as Assembleia Legislativa dos diversos Estados da Federação, a Câmara dos Deputados e o Senado precisam abrir uma CPI para investigar a relação da Aneel com as concessionárias do setor elétrico, pois somente a Aneel não consegue perceber que os reajuste concedidos estão muito fora da realidade econômica.

Josué Kazuo Nishimura

josue.nishimura@ig.com.br

Campo Grande

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Presente de grego

O gesto da presidente Dilma corrigindo a tabela do Imposto de Renda em 4,5% pode ser visto como um presente de grego: dá com uma mão e tira com a outra, ao taxar o IOF em 6,38% sobre despesas com cartão de crédito. Que triste ver um governo que pune o cidadão contribuinte com a finalidade de apenas arrecadar. Reduzir as despesas públicas, nem pensar. Fica uma lição para os turistas: não usem cartões de crédito para comprar no exterior, levem dólares. Somente quando o boicote aos cartões de crédito for feito é que se mudará alguma medida econômica nesse país que é regulado e mantido pelo lobby das grandes empresas.

Izabel Avallone

izabelavallone@yahoo.com.br

São Paulo

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Confisco no IOF

O governo Dilma, com problemas de caixa, resolve quase triplicar o IOF dos gastos com cartão no exterior. A medida ganha ares de praticamente confisco. Isso não apenas encarece as viagens e visa a diminuir os gastos de brasileiros com compras no exterior. Ela também torna viajar para fora um inferno, pois a nova alíquota do tributo incide sobre os gastos com alimentação, transporte e hospedagem no exterior, inevitáveis, e não só sobre as compras. Ela gera também um problema de segurança, pois faz o viajante cogitar de levar mais dinheiro em espécie para evitar pagar o tributo, expondo-o a furtos, extravios e prejuízos. Há meios melhores de incentivar o turismo interno. Decisão lamentável, que tolhe o intercâmbio entre os povos!

Luiz Augusto Módolo de Paula

luaump@yahoo.com.br

São Paulo

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Infraestrutura?

O Brasil pretende sediar dois importantes eventos internacionais, sem que tenha a mínima estrutura para tal. Enquanto nossos aeroportos não conseguem atender à demanda interna de passageiros, nem projetos estão sendo apresentados para ampliação dos serviços. O mesmo ocorre com hotéis, estádios olímpicos, etc. O Brasil pode e quer exportar seus produtos, mas não constrói estradas, ferrovias e seus portos estão bufando por dias a fio com tanta carga à espera de embarque. Total incompetência do Estado brasileiro, que se nega a gastar tempo e dinheiro com estas ''bobagens''.

Ana Prudente

ana_prudente@uol.com.br

São Paulo

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Compromissos

A divulgação do estudo do Ipea que prevê que obras em aeroportos não ficarão prontas nem para 2014, nem para 2016, só vem confirmar o que sempre foi dito: que o Brasil não tem capacidade para fazer eventos dessa magnitude. Falta seriedade nas atitudes e no comportamento político no País, é evidente que isso vai nos comprometer mundialmente.

Angelo Tonelli

angelotonelli@yahoo.com.br

São Paulo

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AVIÃO X ÔNIBUS

O povo brasileiro está viajando mais de avião que de ônibus. Em 2010 o número de passageiros em viagens aéreas atingiu 155,3 milhões! Por isso é que os aeroportos estão superlotados. A Infraero precisa atualizar-se para atender a esses fenômenos social e econômico.

Prof. Paulo Dias Neme

profpauloneme@terra.com.br

São Paulo

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Exemplo para nossos prefeitos e governadores

Uma estrada que foi destruída pelo terremoto do último dia 11 no Japão foi completamente reconstruída em apenas seis dias. O trabalho de reconstrução dos 150 metros da estrada destruída começou em 17 de março. Na noite de quarta-feira (23), a Rodovia Grande Kato, em Naka, foi reaberta para o tráfego.

Odair Picciolli

pedraseartes@suednet.com.br

Extrema (MG)

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RODOVIA DA MORTE

O Japão foi parcialmente destruído por um terremoto e em cinco anos estará reconstruído. Nesse mesmo tempo não teremos, ao menos, duplicado a BR-116.

ALFREDO YAZBEK NETO

alyaz@terra.com.br

Curitiba

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DNIT

É, o Japão, assolado por uma catástrofe tríplice, terremoto seguido de tsunami, e, mais uma vez na história, ameaçado pelo flagelo da radiação atômica, não tenhamos dúvida, tal como a Fênix, erguer-se-á das cinzas para mostrar ao mundo um modelo de civilização que deve ser copiado, principalmente pelos países emergentes, sem uma bússola de orientação. Exemplo se viu nos últimos dias, quando foram mostrados os danos causados pelo terremoto nas rodovias e o curto espaço de tempo em que tudo foi recuperado como se nada tivesse ocorrido. Um vídeo deve ser encaminhado ao ministro Alfredo Nascimento e quem sabe lhe dê alguma inspiração para fazer com que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) mostre para que existe. Nossas rodovias, com raras excessões, mais se parecem com os caminhos das tropas do Brasil colonial.

Jair Gomes Coelho

jairgcoelho@gmail.com

Vassouras - RJ

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METRÔ

De fato, o Japão levou sete dias para reconstruir uma estrada arrasada pelo tsunami.

No Brasil, há sete anos estamos construindo uma linha de metrô, com término previsto para 2014, se tudo der certo - e geralmente não dá.

GUSTAVO GUIMARÃES DA VEIGA

gjgveiga@hotmail.com

São Paulo

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Novo Brasil

Confesso que tenho de mudar de opinião sobre o governo da nossa presidente. Trocava ideias com os amigos e sempre dizíamos: ela foi eleita com o aval do nosso ex-presidente, então vai continuar com a mesma política e colocar panos mornos.

Surpreendentemente, até agora estamos felizes com a nova postura da presidente, principalmente no que diz respeito ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, não deixando que figuras retrógradas do Ministério ou do secretariado conduzam por caminhos que o nosso povo não aprova. Parabéns, presidente Dilma!

Isael Coleone

isael.coleone@itelefonica.com.br

Indaiatuba

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Descendo do muro

Só os brasileiros mais alienados em relação ao cotidiano político, que infelizmente são maioria, não perceberam que, embora os nazipetralhas façam de tudo para esconder, são pouquíssimas as diferenças de comportamento entre os ''caciques'' do PT e do PSDB. Inclusive, a mais lembrada crítica feita aos ''tucanos'', que é a de ficar permanentemente ''em cima do muro'', é uma característica absolutamente comum no cotidiano da petralhada, conforme pode ser comprovado, por exemplo, a partir dos posicionamentos tomados pela diplomacia comandada pelo PT nas votações relativas ao Irã, no Conselho de Segurança da ONU. Durante todo o governo Lulla, a característica do Brasil era a de se abster das votações, com óbvio propósito de ao ficar ''em cima do muro'', conseguir ''agradar a dois senhores'', na medida em que não confrontava os Estados Unidos, e portanto, continuava sem irritar o ''patrão'' norte-americano, e protegia o Irã, atendendo aos comandos do verdadeiro chefe da ''nação petista'', o ditador Fidel Castro, assessorado por seu ''filhote preferido'', o tresloucado Hugo Chávez. Felizmente, como agora parece que o comando da política brasileira saiu das garras do PT, passando a ser exercido personalissimamente pela presidente Dilma Rousseff, o Brasil, depois de quase dez anos de covarde e irresponsável omissão, finalmente tomou tenência e assumiu um lado, votando contra aquele que é um dos ídolos políticos de ex-presidente Lulla e sua trupe, o ditador iraniano Mahmoud Ahmadinejad.

Júlio Ferreira

www.ex-vermelho.blogspot.com

Recife

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MUDANÇAS COM DILMA

Eu também achei que a política internacional do governo Dilma seria uma página virada com relação ao governo Lula, mas há poucos dias o governo se absteve na votação contra Kadafi, embora agora tenha votado a favor dos direitos humanos no Irã. Como muito bem destacou o editorial ''Página Virada'', do Estadão (26/3, A3), em 12 oportunidades o governo Lula votou apenas uma (a primeira) contra o Irã. Espero que esta primeira votação contra a ditadura iraniana não seja a única de Dilma.

Roberto Saraiva Romera

robertosaraivabr@gmail.com

São Bernardo do Campo

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Página virada...?

Quem poderá garantir que as medidas que estão sendo adotadas no atual governo, precisamente na área de direitos humanos, não são manobras de marqueteiros? É só lembrar o tempo do Lulla candidato: ''antes'' e ''depois''. Nas vezes que disputou mandatos vociferando, cabelos desgrenhados, com aspecto fedorento, perdeu. Daí, com muito dinheiro ''não contabilizado'', o Duda Mendonça criou o Lulinha paz e amor. E deu no que deu!

A dona Dilma somente após a uma (bem feita, diga-se de passagem) reforma geral conseguiu agradar ao pessoal das bolsas (incluam-se aí miseráveis, banqueiros e especuladores) e também está na Presidência.

Enquanto os direitos humanos não estiverem sendo praticados aqui mesmo, fico com o Estadão, que terminou seu editorial de sábado com a frase: ''Isso agora parece página virada''.

Não dá para virar a página enquanto reinarem as impunidades, as mortes nas portas dos hospitais públicos sucateados e com verbas roubadas, os tribunais constituídos pelo político da vez, o menor sem esperança, o idoso desamparado. Aliás, não dá para virar a página que está cheia de promessas não cumpridas, de obras que não saíram do papel e que já foram ''inauguradas''. Somos alvo de assassinos nas portas dos bancos, dentro de casa, no trânsito, nas lotecas, nas escolas, na praia e no campo. Voltar vivo para casa é hoje uma grande sorte.

Para quem até ontem participou de todas as ''arruaças'' praticadas pelo seu poderoso padrinho e aceitou tudo calada para chegar ao poder, é prematuro afirmar que agora será diferente. Principalmente após praticar a mesma ignomia do seu antecessor, agraciando com cargos públicos os ''companheiros'' que foram julgados e derrotados nas urnas.

ROGÉRIO AMIR RIZZO

rizzomoreno@superig.com.br

São Paulo

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Vivendo e aprendendo

A votação brasileira no CDH mostra que os compadres Lulle e Amorim têm muito a aprender para evitar declarações e posições inoportunas sobre política externa. Como a que o ex-chanceler Celso Amorim disse, no passado, que não caberia ao Brasil pôr ''diploma de direitos humanos na parede dos outros''. Quem está ''pondo o diploma'' é a ONU, e não o Brasil, que é apenas um de seus integrantes. Acho que a declaração do ex-chanceler foi infeliz, egocêntrica e megalomaníaca, não reconhecendo o papel fundamental que a ONU tem no mundo, que está em ebulição e é o único que temos para viver. Espero que eles não voltem mais e que, finalmente, tenhamos virado a página.

Lino André Votta Alves

lvottaalves@gmail.com

Campinas

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Coerência

A decisão da presidente Dilma Roussef de determinar o voto do Brasil no CDH-ONU favorável à designação de um emissário especial ao Irã para investigar a situação dos direitos humanos naquele país representa, de fato, um marco divisório em relação à política de seu antecessor e merece todo o nosso aplauso. Espero agora que haja coerência na posição brasileira naquele organismo da ONU, conforme o editorial do Estadão de sábado afirma: ''... se depender do Brasil, qualquer governo que se recuse a cooperar com a instituição nessa esfera entrará na alça de mira.'' Assim, desejo que o Brasil vote a favor de uma investigação da situação dos direitos humanos dos palestinos confinados no gueto em que Israel transformou a Faixa de Gaza, com o cerco por terra, mar e ar a que submeteu aquela região. Desejo também que o Brasil vote favoravelmente a uma investigação da situação dos direitos humanos dos prisioneiros dos EUA em Guantánamo, já vai para dez anos sem julgamento. Sei que há problemas de direitos humanos em todos os países e que exigir coerência absoluta é quixotesco e impossível. Mas os casos mais flagrantes e revoltantes da prática de política de dois pesos e duas medidas, como a dos EUA em relação a Israel e os países muçulmanos, precisam ser combatidos, para que a luta pela promoção dos direitos humanos no plano internacional ganhe legitimidade e se fortaleça.

Paulo Afonso de Sampaio Amaral

drpaulo@uol. com. br

São Paulo

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DIREITOS HUMANOS

Parece que o significado de violação dos direitos humanos, para alguns países ocidentais, ocorre apenas quando um governo, de preferência árabe, asiático, africano ou latino-americano, massacra o seu próprio povo durante protestos ou tem costumes cruéis de execução. Mas ignoram que é violação também quando o governo de outro país tortura, bombardeia e destrói lares de civis inocentes. Isso acontece nos mais diferentes palcos do mundo, especialmente no Oriente Médio, com Israel sempre alegando agir em legítima defesa em relação aos palestinos, mesmo estando sempre no ataque com o avanço de suas colônias. Da mesma forma os EUA, desde com seus soldados que metralham inocentes do alto de seus potentes helicópteros, por acreditarem que lá embaixo só existam assassinos e terroristas, como revelou o WikiLeaks, até com autoridades graúdas que apóiam prisões que trancafiam quem nunca participou do terrorismo. Mas nada poderia ser diferente, já que não reconhecem nem o Tribunal Penal Internacional, evocando-nos a crença de que estão cientes de suas violações dos direitos humanos. Portanto, mais do que ser contra as constantes violações destes pelo Irã, é de se entender que o recente voto do Brasil na ONU também condena a hipocrisia daqueles que se utilizam do mote da violação desses mesmos direitos para apenas legitimar atos covardes contra povos de outras nações. Esperamos realmente que sim...

José Eduardo Zambon Elias

zambonelias@estadao.com.br

Marília

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O obtuso

O Irã não aceita a fiscalização da ONU sobre a quantas anda a situação dos ''deretchos'' humanos naquelas plagas - como se a investigação fosse achar coisa boa . A mudança de posicionamento do governo brasileiro, irritando o amiguinho ''Ahfraudinejad'', mostra quão obtuso foi o governo Lula em matéria de relações internacionais, sendo conivente com vários governos opressores. Resta saber se essas mudanças de posicionamento são apenas para confundir a opinião internacional ou se mostrarão coerência em relação aos demais infratores.

Flavio Marcus Juliano

opegapulhas@terra.com.br

São Paulo

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AINDA A FICHA LIMPA

Li com atenção o editorial do Estadão ''A difícil decisão do STF'' (25/3, A3), do qual destaco o seguinte trecho: ''A julgar pelos comentários publicados na internet, é geral o repúdio à decisão do STF. Mas, sem jogo de palavras, trata-se de uma injustiça. Embora por maioria de um voto, a Corte preferiu uma de duas alternativas perfeitamente sustentáveis''. Mas a nossa indignação está exatamente nessa escolha. O artigo 14 da Constituição, em seu § 9.º, diz: ''Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato, considerada a vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão n.º 4, de 1994)'' - e foi detalhado na Lei Complementar n.º 64, de 18 de maio de 1990. Esta, por sua vez, diz: ''Art. 1.º - São inelegíveis: I - para qualquer cargo: d) os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos crimes: 1. contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público; 2. contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a falência; 3. contra o meio ambiente e a saúde pública 4. eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade; 5. de abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o exercício de função pública; 6. de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores; 7. de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos; 8. de redução à condição análoga à de escravo; 9. contra a vida e a dignidade sexual; 10. praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando; f) os que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele incompatíveis, pelo prazo de 8 (oito) anos''; etc. Já o artigo16 diz: ''A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 4, de 1993).'' Então, para mim, que sou engenheiro, e não jurista, não dá para entender por que os ilustres magistrados tiveram de decidir entre os dois artigos da Constituição porque, pela lógica, os candidatos que seriam prejudicados pelo disposto no artigo 16, na verdade, legalmente nem existiam, visto que suas candidaturas deveriam ter sido barradas de imediato pelos partidos, que se supõe atendem sempre à Lei Maior. Senão, tais candidaturas não poderiam ter sido aceitas pela Justiça Eleitoral. Se qualquer cidadão que passa num concurso público tem de apresentar atestado de antecedentes, por muito maior razão tal atestado deveria ser exigido para os candidatos a cargos eletivos, o que, aliás, é o que exige na prática o artigo 14. Ora, se pensarmos em termos de analogia, é o que a Lei da Ficha Limpa também determina. Enfim, como bem disse o ilustre ministro Ayres Britto: ''A palavra candidato se autoexplica, vem de cândido, puro, limpo, no sentido ético Tanto quanto candidatura vem de candura, pureza, limpeza, igualmente ética''. É por essas e outras que a população está frustrada e revoltada por ter de engolir mais uma vez os ''espertinhos'' que poluem o Congresso Nacional e os Executivos dos diversos cargos elegíeis deste pobre país.

Gilberto Pacini

benetazzos@bol.com.br

São Paulo

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FICHA SUJA

Discordo do editorial ''A difícil decisão do STF'', quando afirma: ''O STF decidiu -implicitamente - que a Lei da Ficha Limpa é constitucional''. Este humilde advogado da periferia da capital, que nunca foi expert em Direito Constitucional, teme que uma maioria de ministros do STF, logo mais, com base em alguma filigrama legal, decida que a Lei da Ficha Limpa é inconstitucional. E isso deverá acontecer às vésperas de uma nova eleição.

Decio Pedroso

dapedros@uol.com.br

Mauá

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Fichas lavadas

Em nome de suposta e questionável violação a preceito constitucional, o STF reintegra tipos execráveis e, sobretudo, despreza o clamor pela moralização da vida política do País, enquanto o Estadão completava os primeiros 600 dias de censura em explícita transgressão à mesma Carta Magna que a Corte diz preservar.

Espera-se que algum dia a tomada de consciência árabe chegue à população brasileira!

Lafayette Pondé Filho

lpf41@hotmail.com

Salvador

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JOGO DE INTERESSES

Na absolvição definitiva dos fichas-sujas, está provado o grande jogo de interesses dos Poderes constituídos, numa manobra espetacular para não prejudicar a navegação do barco ''governo'', no terceiro mandato petista. Será que o povo ignora isso?

João Rochael

jrochael@ibest.com.br

São Paulo

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PERDAS E DANOS

Decidiu o STF que a Lei da Ficha Limpa só é aplicável a partir da próxima eleição.

E agora, como fica a situação dos que tiveram candidaturas impugnadas e não concorreram, ou disputaram o pleito à revelia das decisões judiciais e não tiveram votos para se eleger? Processarão os tribunais por perdas e danos? Faz todo o sentido.

Flávio José Rodrigues de Aguiar

rsd100936@terra.com.br

Resende (RJ)

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NO LIXO

Alguém ainda tem dúvidas sobre qual vai ser o final da Ficha Limpa, depois do resultado da votação? Assim como Jaqueline Roriz foi vista com a ''mão na massa'' e ainda vai ser investigada, e a Erenice teve um ''toque'' de irregularidade, é óbvio que vai para o LIXO! Daqui até a próxima eleição, muita coisa pode mudar. E todos vão continuar firmes e fortes na Corte. E o povo? Ora, o povo...

Tânia Pinotti

tkita@uol.com.br

Pompeia

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CARÊNCIA

Ficha limpa só vale a partir de 2012! Até agora se falava de impunidade, daqui para a frente também será criada a prorrogação de aplicação de penalidade? Criminoso vai ter carência? Para esse mundo (ou só o Brasil) que quero descer!

Cesare Morosini

cesare@listasinternet.com.br

Guarulhos

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AOS AMIGOS TUDO

Considerando os últimos acontecimentos, especialmente a decisão do STF sobre a Ficha Limpa e a informação do encontro do procurador-geral com José Roberto Arruda, fica bem clara a frase ''AOS AMIGOS TUDO, AOS INIMIGOS A LEI''.

CLAUDIO MAZETTO

cmazetto@ig.com.br

Salto

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OS INTOCÁVEIS

Antes mesmo de ser aprovada, a Lei da Ficha limpa já estava sendo trapaceada no Senado, com a mudança do tempo verbal na expressão ''os que tenham sido condenados'', que foi substituída para ''os que forem condenados''. Na época, o relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Demóstenes Torres (DEM-GO), declarou que só tinha havido uma pequena mudança na redação final da lei. Essa emenda na redação da Ficha Limpa foi apresentada pelo senador Francisco Dornelles, do Partido Progressista, que pertence ao deputado Paulo Maluf, que é procurado pela Interpol no mundo todo. Atualmente, Maluf esconde-se no plenário da Câmara dos Deputados, graças a uma liminar concedida pela Justiça. Assim sendo, ícones da roubalheira nacional podem continuar a se candidatar livremente. Nesta triste história dos fichas-limpas e sujas, constatamos o seguinte: o corporativismo impera no Brasil, grande parte dos eleitores continua votando nos fichas-sujas e a única realidade jurídica que existe por aqui é a impunidade dos ladrões de colarinho branco. E ainda existem personalidades supremas do Judiciário dizendo que a Lei da Ficha Limpa não é democrática. Na ''democrácia'' brasileira, os fichas-sujas continuam intocáveis.

WILSON GORDON PARKER

wgparker@oi.com.br

Nova Friburgo (RJ)

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TIMÃO

Pelo menos o Corinthians contratou um ficha-limpa!

Eduardo Augusto de Campos Pires eacpires@terra.com.br

São Paulo

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Adriano

O Adriano é muito bem vindo ao Corinthians, jogar futebol é igual a dançar, andar de bicicleta, nunca se esquece. É só treinar, não ingerir bebidas alcoólicas, alimentar-se corretamente, não fumar e usar as noites para dormir. O resto é fácil, é só entrar em campo e fazer gols!

Arcangelo Sforcin Filho

arcangelosforcin@gmail.com

São Paulo