26 de abril de 2017 | 03h02
O número pode ser considerado animador, levando-se em conta que, no período janeiro-março do ano passado, houve queda de 1,33% no nível de emprego da indústria paulista em relação ao 1.º trimestre de 2015. Deve-se observar, porém, que, entre os 22 setores pesquisados pelo Depecon, só 8 apresentaram resultados positivos no que se refere ao emprego; 12 permaneceram no vermelho; e 2 apresentaram estabilidade.
A geração de empregos no trimestre foi puxada pelo setor de açúcar e álcool – favorecido por uma safra muito boa –, que gerou um saldo líquido de 9.842 mil vagas. Outros 3.658 empregos foram criados nos demais segmentos, sempre em relação ao 1.º trimestre do ano anterior, destacando-se as altas de produção de coque, petróleo e biocombustíveis (8,54%), produtos de couro, calçados (6,24%) e produtos alimentícios (2,16%).
O maior avanço ficou por conta das indústrias instaladas no interior do Estado, nas quais se registrou um crescimento de 0,82% no emprego em março, o que pode ser explicado, em grande parte pela produção de açúcar e biocombustível a partir de álcool. Na Grande São Paulo, houve recuo de 0,53% no mês.
Em vista desse quadro, os analistas do setor preferem falar em estabilidade do nível de emprego este ano. Prevê-se uma geração progressiva de novas vagas, mas há ainda um longo caminho a percorrer para uma recuperação. Para ter uma ideia, somente nos 12 meses findos em março deste ano foram fechadas 109,5 mil vagas na indústria paulista.
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