
21 de novembro de 2016 | 04h00
CORRUPÇÃO
Modesto Carvalhosa
No artigo O Berlusconi aterrissou em Brasília (19/11, A2), Modesto Carvalhosa descreve detalhadamente os meandros que nossos parlamentares vêm percorrendo para calar a Operação Lava Jato e tirar das costas das empreiteiras corruptas todo o dolo, para que volte a farra das obras públicas. Detalha também como estão repetindo a escola de Silvio Berlusconi, que acabou com a Operação Mãos Limpas, na Itália. A batalha, hoje, do Legislativo contra o Judiciário nos dá o sinal de alerta. Vemos a impoluta senadora Kátia Abreu – aquela que empunhou com veemência a bandeira do “impeachment é golpe” –, com sua malinha 007, conclamando a imprensa para desmascarar altíssimos salários no Judiciário; Renan Calheiros, com 12 processos, comandando a tropa de senadores e deputados que, na calada da noite, tenta introduzir penduricalhos em leis aprovadas, que dariam farto arsenal jurídico aos caríssimos advogados de plantão; o ex-presidente Lulla, enroscado até a alma em corrupção, pedindo a prisão do juiz Sergio Moro... Mas são tão burros que, copiando o que deu certo na Itália, esquecem que os procuradores e juízes da Lava Jato fizeram ground school na Itália para desmontarem todo tipo de artimanha dos nossos legisladores corruptos. E pensar que ainda temos dois anos para mandar todo esse atual Congresso para a lata de lixo da triste História brasileira!
Beatriz Campos
beatriz.campos@uol.com.br
São Paulo
Mais uma vez Modesto Carvalhosa nos brinda com artigo esclarecedor do perigo que representa a figura de Renan Calheiros para a democracia brasileira e, principalmente, para a tentativa do Poder Judiciário de combater eficazmente a corrupção no País. Renan, depois de declarar o Senado área sua, em que a Polícia Federal não pode atuar, segue tentando aprovar o Projeto 360, de abuso de poder, ameaçando juízes , promotores e policiais federais. Esse nefasto elemento responde a 12 processos-crime no STF, todos parados na burocracia e na lentidão desse tribunal. O STF faria um grande trabalho para o País se julgasse e pusesse esse senador onde há muito deveria estar: na cadeia.
Celso Battesini Ramalho
leticialivros@hotmail.com
São Paulo
Como vai ficar?
Depois da profunda análise de Modesto Carvalhosa, do registro da prisão recente de Garotinho e Cabral (o atual, não aquele que descobriu o que aí está), mais a autorização, que levou seis meses para ser dada pelo ministro Dias Toffoli, para a abertura do 12.º inquérito no STF contra o “grande chefe” Renan, e muitas outras notícias em apenas uma edição do Estadão, não dá mais para acreditar que possa haver salvação para uma laranja totalmente podre. Eliminou-se apenas uma das metades (o PT), a outra metade, a que foi mantida, não dá para crer que possa estar diferente. Só nos resta pedir: tenham pena de nós!
Alfredo Cantinho Silva Filho
v-acantinho@uol.com.br
Santana de Parnaíba
Equanimidade
Parabéns ao advogado Modesto Carvalhosa pelo artigo O Berlusconi aterrissou em Brasília. O “estancamento da sangria” da Lava Jato está nas mãos do STF, basta dar a Renan o mesmo tratamento dispensado a Eduardo Cunha.
Arnaldo Ravacci
arnaldoravacci05@gmail.com
Sorocaba
Lerdeza
Quantos inquéritos serão necessários no moroso STF para que julguem o poderoso “coronel” Renan Calheiros? O STF é tão lento que, se lhe derem uma tartaruga para tomar conta, os 11 juízes conseguirão deixá-la fugir.
Paulo Boin
boinpaulo@gmail.com
São Paulo
Prioridade máxima
Nós, brasileiros, não aceitamos mais ser reféns de políticos da pior qualidade moral na condução do Congresso. Neste momento parlamentares estão reunidos para produzir leis que os tornem livres de punições devidas por atitudes espúrias na execução de seus mandatos. Completamente à vontade para tramar a favor de si mesmos. E, claro, contra o povo! Falamos das regalias que o foro privilegiado lhes propicia. Se, por um lado, o foro por prerrogativa de função os limita, em caso de julgamento, a uma única instância, sem possibilidade de recurso, por outro os beneficia com a prescrição, dada a lentidão do STF em julgar as ações lá estacionadas, que chegam a durar 18 anos. A longa tramitação oferece uma bem-vinda impunidade aos políticos corruptos, que aproveitam bem essa dádiva jurídica. Congestionados, os tribunais não dão conta de julgar as ações contra as autoridades privilegiadas. Daí a necessidade do fim do foro privilegiado, esse alento para os corruptos. Urge tirar a sobrecarga das Cortes, para que a Justiça seja ágil e retire da vida pública, sem delongas, os que desgraçam a vida de milhares de brasileiros, gente nossa. O 12.º inquérito foi autorizado contra Renan Calheiros pelo Supremo. E ele continua a liderar o Senado! É uma vergonha, um disparate, uma afronta aos dignos brasileiros. Fim do foro privilegiado já!
Myrian Macedo
myrian.macedo@uol.com.br
São Paulo
Subterrâneos da política
O pânico é tanto depois da prisão de Garotinho e Cabral que políticos correm para aprovar anistia de si próprios por caixa 2, lavagem de dinheiro e corrupção. Alguns mais ousados, como Lula, pediram até a prisão do juiz Sergio Moro, que está acabando com a impunidade de poderosos no País. É de surpreender até onde chega a ousadia!
Paulo R. Kherlakian
paulokherlakian@uol.com.br
São Paulo
Silêncio tumular
Amanhã, terça-feira, a Câmara dos Deputados deverá deliberar sobre as dez medidas contra a corrupção pedidas por mais de 2 milhões de brasileiros e encaminhadas pelo Ministério Público Federal. E não há nenhuma manifestação pública convocada para a Avenida Paulista ou qualquer outra parte do País. Não houve no fim de semana, nem para o dia da votação, em Brasília. Onde estão, além daqueles que assinaram o requerimento, os milhões de pessoas que encheram as praças e ruas do Brasil exigindo o impedimento da presidente? De repente, todos deixaram o Brasil sozinho, pedindo socorro?! Este silêncio sepulcral será fatal para o projeto. Ao contrário, os corruptos do Parlamento, com toda a audácia e muito cinismo, estão agindo intensivamente para desfigurá-lo, nele inserindo a anistia para seus crimes passados. É lamentável que venhamos a perder esta oportunidade de dar um passo rumo a um novo caminho. Como disse o procurador Dallagnol, o Brasil “ficará vendo navios”. Só.
Elias da Costa Lima
edacostalima@gmail.com
São Paulo
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