08 de setembro de 2015 | 02h40
Adriana Carranca, em artigo tocante no [BOLD]Estadão[/BOLD], faz as contas: são dois afogados por hora no Mar Mediterrâneo. No Brasil são seis assassinatos por hora. O jornal [ITALIC]Público[/ITALIC], de Portugal, também faz contas: quando caiu o Muro de Berlim havia 16 fronteiras semelhantes no mundo. Hoje são 65. No Brasil, a presidenta da República mandou erguer a 66.ª, para separá-la do povo na parada do 7 de Setembro.
LEO COUTINHO
leo.coutinho@uol.com.br
São Paulo
No Dia da Independência eles construíram um alambrado pra separar “nós” e “eles”. Isso porque defendem a democracia...
MOISES GOLDSTEIN
mgoldstein@bol.com.br
São Paulo
Muro da vergonha
Um governo que se esconde de seu próprio povo atrás de um muro, por medo, não é digno do seu mandato!
PEDRO PAULO ANTONACCIO
pepantonaccio@gmail.com
São Paulo
Isolamento
As placas de metal na Esplanada são a materialização do isolamento de dona Dilma não somente do povo, mas da realidade brasileira.
TANIA TAVARES
taniatma@hotmail.com
São Paulo
E só dá ‘ella’ na passarela
Maior que o grito do Ipiranga foi a quantidade de vaias que Dilma levou na passarela - com centenas de policiais para salvaguarda da presidenta contra o povo. Isso é que é um 7 de Setembro inesquecível: presidenta x povo brasileiro, passarela x vaias!
GLÓRIA ANARUMA
gloria.anaruma@gmail.com
Jundiaí
GOVERNO DILMA
Contas a pagar
Discursando no dia 7 de setembro, Dilma, entre outras coisas, disse: “As dificuldades são nossas e vamos superá-las”. Sra. presidente, as dificuldades são dos cidadãos que trabalham ou perderam seus empregos, que enfrentam amargamente uma inflação altíssima e outras agruras. Para quem está no governo não existe problema algum: salários em dia, mil mordomias, benesses pagas religiosamente, etc. Por dever de ofício, a senhora deveria ser mais sincera.
FRANCISCO ZARDETTO
fzardetto@uol.com.br
São Paulo
Negação da realidade
Mais um delirante discurso da presidente negando a realidade e sua exclusiva culpa pela gravíssima crise, que tira o emprego e o futuro dos brasileiros. Sua proposta de Orçamento é admissão de que não tem competência nem vontade de governar. E ainda que tem a má-fé de querer esfolar o povo com mais impostos para sustentar a boquinha parasitária dos companheiros.
JOSÉ SILVEIRA
josesilveira@yandex.com
São Paulo
A ‘comandanta’ e seu barco
O Titanic está lentamente afundando, mas a festa a bordo continua, com a “comandanta” assegurando diversão com seu linguajar desprovido de nexo. A conceituada embarcação, tida como insubmersível, está há tempos “fazendo água”. Que Deus proteja os eventuais sobreviventes (se houver).
BENEDITO LIMA DE TOLEDO
bltoledo@uol.com.br
São Paulo
‘Embromation’
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, parece ainda não ter entendido o recado das ruas, embora ele tenha sido claro e objetivo. Num país democrático, como o próprio nome diz, o povo decide e seus representantes no Congresso têm de ratificar a decisão popular. As constantes manifestações e as mais diversas pesquisas já demonstraram, com muita clareza, a insatisfação com o atual governo. Entretanto, o que se vê são decisões meramente políticas e de interesses pessoais. O sr. Cunha está esperando o quê, para cumprir seu dever de representante do povo? O Brasil não é dele, muito menos as decisões sobre o caminho que o nosso país deve tomar. A vontade popular tem de ser cumprida. Chega de enrolação.
EVALDO JIMENEZ
eskaf@hotmail.com
São Paulo
POLÍTICA ECONÔMICA
Entrevista de Flávio Rocha
Excelente entrevista e entrevistado admirável (6/9). Enquanto a maioria dos empresários se omite e participa dos conluios, o presidente da Riachuelo foi analítico, preciso e corajoso. Como a maioria dos pequenos empresários e dos brasileiros honestos que labuta na economia de mercado e não faz parte dos conchavos com os governos, nem com os seus tentáculos políticos e administrativos, suas declarações nos surpreendem e nos dão alento. Esperamos que outros empresários - e políticos, que estão mais preocupados com a sua própria pele, e não com o futuro do País - saiam também do casulo e contribuam para o encurtamento de um dos maiores descontroles políticos, econômicos e éticos já vividos pelo País. A maioria dos grandes empresários, segundo a reportagem logo abaixo da entrevista, prefere a recessão a tomar posição contra o que está aí. Hoje são poucas as vozes de lideranças empresariais e políticas que sinalizam ruptura com o presente e defendem outra forma de fazer o que é certo da forma correta. Somente aumentando as manifestações dos bons poderemos abafar o barulho dos medíocres.
MANOEL S. DE ARAÚJO PEDROSA
link.pedrosa@gmail.com
São Paulo
Até que enfim surge uma opinião consciente no meio empresarial brasileiro. Parabéns, Flávio Rocha!
FERNANDO FENERICH
fernando@ffenerich.com.br
São Paulo
Salvação nacional
O presidente da Riachuelo é um dos empresários mais inteligentes e competentes do Brasil. Num governo de salvação nacional o sr. Flávio Rocha precisa estar presente.
MARCIO PITLIUK
pit@pitcom.com.br
São Paulo
JABUTICABAS
Sistema viário paulistano
Tenho dúvidas razoáveis sobre as medidas tomadas recentemente no sistema viário paulistano. Será que a equipe que trata disso é a mesma que concebeu a tomada de três pinos, incompatível com qualquer sistema elétrico existente no mundo, até no Brasil? Também conceberam elevados que desabam facilmente?
CARLOS GONÇALVES DE FARIA
sherifffaria@hotmail.com
São Paulo
DILMA X DIA DA INDEPENDÊNCIA
Arrisco a dizer que, Dilma Rousseff é a primeira presidente da República, desde a invenção da televisão (como "nunca antes"!), que passou o dia da Independência do Brasil - uma das mais importantes datas de nossa história - sem fazer o tradicional e esperado pronunciamento oficial pela TV. Tudo isso pelo medo de tomar vaias da população.
Paulo Ribeiro de Carvalho Jr.
São Paulo
*
FUMAÇA EM BRASÍLIA
Pudemos ver ao mesmo tempo manobras da esquadrilha da fumaça e parte da quadrilha, que, com suas manobras, fez nosso dinheiro virar fumaça.
Níveo Aurélio Villa
Atibaia
*
ULTIMO CAPÍTULO
Quando um governante tem de evitar seus governados, é o último capítulo de uma farsa construída por um partido farsante e oportunista.
Luíz Frid
São Paulo
*
GOVERNO BLINDADO
Blindaram toda área do Palácio do Planalto, onde foram feitas as comemorações do dia 7 de Setembro. Cadê a presidente que foi eleita e que diz que governa para o povo? Dentro do espaço estavam pessoas previamente cadastradas, para aplaudir a farsa que é esse desgoverno.
Izabel Avallone
São Paulo
*
MURO DA VERGONHA
A construção do “Muro da Vergonha” para o desfile de 7 de Setembro em Brasília é a representação concreta da divisão entre nós e eles. O símbolo da Guerra Fria, cuja divisão mental provocou o radicalismo político, foi derrubado na cidade de Berlim em 1989. Há uma percepção psicológica de recriar o enfrentamento ideológico, que agora passou de todos os limites, ao defender a volta ao passado sepultado da Cortina de Ferro.
Luiz Roberto Da Costa Jr.
Campinas
*
SEPARAÇÃO
Enquanto no mundo todo, derrubam-se muros, nós aqui construímos um no dia da Independência para separar nós de eles.
Moises Goldstein
São Paulo
*
O POVO PAGA A CONTA
Quem seriam os idiotas que pagaram para erguer o muro da Dilma? Estou desconfiado de que, sem ser consultado, fui um deles!
Frederico Fontoura Leinz
São Paulo
*
A CRISE SE AFUNILA
A crise está afunilando. Michel Temer falou em três anos, Fernando Henrique, em três meses. Com o desembarque de Temer do governo (Temer desembarcou, 6/9, A3), o chão praticamente acabou debaixo dos pés de Dilma. Só falta ela fazer o que tem de ser feito: pensar em primeiro lugar no Brasil e renunciar. Quem sabe em três semanas ou em três dias... Dê um presente ao Brasil na semana da Pátria!
Jorge Manuel de Oliveira
Guarulhos
*
JÁ DEU
Sr. Aloizio Mercadante, o seu governo já teve 12 anos de tempo! Foi mais do que o suficiente para ficar bem claro a incompetência dessa administração!
Lourdes Migliavacca
São Paulo
*
CORRUPÇÃO DESCARADA
Aloysio Nunes, o senador pelo Estado São Paulo, acusado de receber propina da Construtora UTC, devia nos explicar porque Ricardo Pessoa, dono da empresa - que hoje o acusa -, teria de bom grado lhe passado do próprio bolso R$ 500 mil para sua campanha. Em outras palavras, como teria sido legal uma contribuição para sua eleição, se o próprio doador diz que não foi?
Paulo Serodio
São Paulo
*
FHC
Li e reli diversas vezes a entrevista concedida pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao Estado (5/9, A8). O ex-presidente demonstrou total sintonia com as ruas, mantendo sempre a cautela necessária que sua posição política exige. Ao revés de Lula, o tucano tem uma espécie de "responsabilidade intelectual'', justificando cada uma de suas posições. Bem diferente daquele que qualifica os adversários como golpistas, burgueses, coxinhas... Sem ao menos abrir espaço para um debate mais sério. Ressalto que Fernando Henrique procura não se antecipar aos fatos, de modo que, em 1992, às vésperas da renúncia de Fernando Collor de Mello, comparou o impeachment à bomba atômica, “existem para não serem usados”. Se hoje fala tão abertamente sobre a possibilidade de Dilma não concluir seu mandado, é porque o mar de evidências sopra forte para esse lado.
Elias Menezes
Nepomuceno (MG)
*
TRITURANDO DILMA
Se a cúpula petista chamou de desastrosa a declaração de FHC, de que um pedido de renúncia da presidente seria “um gesto de grandeza”, qual será agora a reação do Planalto, depois que o ex-presidente tucano, em entrevista ao Estadão, afirmou que a gestão Dilma, “vai se desmilinguindo, esfarinhando”?! Lógico que não dá para discordar da afirmação de um estadista da estatura moral de FHC! Já que a cada dia esta gestão se desmancha, como resultado da sua incompetência e das mentiras em profusão. Mais ainda, o seu esfarinhamento respinga perversamente sobre a família brasileira, que sofre com a inflação, desemprego e com a falta de perspectiva de retomada da nossa economia! Além da grande indignação com a corrupção petista...
Paulo Panossian
São Carlos
*
FALTA DE COMPETÊNCIA
Excelente as colocações do ex-presidente FHC em entrevista no Estadão de sábado, exceto ao dizer que a presidente poderia assumir o comando, pois lhe falta competência, liderança e capacidade de negociar, e o ex-presidente sabe disso. Vamos ter de pagar pela sua eleição. O PT é o grande responsável, pois sabia da incompetência dela, criou o “mensalão”, o “petrolão”, os gastos excessivos e outros males. O Congresso ajudou. Enfim, empurraram a “vaca para o brejo”. Agora temos de ajudá-la a sair. Nós que nada fizemos para isto, mas o País é nosso!
M. Mendes de Brito
Bertioga.
*
BODE RUSSO
Na entrevista para o Estadão (5/9, A8) FHC disse ser contra o “antipetismo irracional”, e que “não é saudável demonizar o PT”. Então digo: Fernando Henrique Cardoso e o PSDB só se tornaram palatáveis, após o PT mostrar sua verdadeira face. E agora estamos entendendo o porquê de o PSDB ter passado a faixa presidencial para um partido que sabidamente seria um desastre. Estrategicamente foram exímios. Cientes de que eles próprios são claudicantes, despersonalizados, desprovidos de convicções e de honestidade intelectual, insuficientes, apelaram para a estratégia covarde do bode russo, di tipo: tudo bem, somos uma merd(a), realmente, mas existem coisas piores. Tinham razão e os petistas provaram isso. Mas o que fez e faz o partido não é digno. Primeiro, porque a agremiação não é nenhuma fiadora da moralidade. Difere somente na volúpia de roubar, que, diante dos estratosféricos escândalos de corrupção protagonizados pelo “Partido dos Trabalhadores”, se transformaram em santos. Mas ponham em suas cabeças: os tempos mudaram e a política rasteira se exauriu. FHC, cuidado, o povo está farto, atento e mobilizado! Saiba, sr. Fernando, que hoje não existem mais otários e desinformados, como havia a mancheia no seu tempo de revolucionário sem causa, quando vocês defendiam Rússia, Cuba, Coreia do Norte, Albânia e as demais regimes sanguinárias. Se você e seu partido pretendem andar nas ruas sem serem execrados, esculachados, então nos respeitem.
José Carlos Saliba Fogueira
São Paulo
*
FILME DE TERROR
O respeitadíssimo Financial Times britânico disse que “o Brasil é um filme de terror”.Todos sabem o nome da atriz principal, pois não?
J.S. Decol
São Paulo
*
CORTOU TUDO?
A nossa presidenta disse que “cortou tudo o que podia”, mas não nos mostrou a que se refere esse “tudo”. E os 10 ministérios, com seus asquerosos sanguessugas mamando nas tetas do governo, que já deveriam ter sido exonerados, presidenta?
Artur Topgian
topgian.advogados@terra.com.br
São Paulo
*
REDUÇÃO DE GASTOS
Se a sapiens presidenta não sabe mais aonde cortar despesas, que tal começar pela prometida e não cumprida redução de ministérios e comissionados? No embalo, poderia cortar fundo nas benesses concedidas aos que ganham maiores salários do governo, entre eles os servidores dos Três Poderes, deputados, senadores, juízes, desembargadores e outros afins. Esses cortes seguramente dariam para garantir continuidade dos programas sociais.
Wilson Scarpelli
Cotia
*
UM ESTADO MAIS MAGRO
Presidente Dilma Rousseff, veja as fotos do dia da sua posse e as compare com as atuais, você teve de se submeter a um regime para emagrecer e se tornar mais elegante, mais saudável. A mesma coisa acontece com o Estado brasileiro, ele está inchado, com servidores demais em todos os departamentos e precisa ser reduzido para se tornar mais saudável. Veja por exemplo o número de servidores do Palácio do Planalto e compare esse número com o dos servidores da Casa Branca, que disparate! A rigor, o aparelhamento do Estado promovido pelo seu partido, desde a época do Lulla, não está lhe trazendo as vantagens almejadas. Hoje, você precisa cortar gastos e não sabe de onde tirar. Comece por enxugar a máquina do Estado e a balança lhe agradecerá. Aproveite e reduza mais ainda o número de ministérios.
José Carlos Degaspare
São Paulo
*
PERDEDORES
Ver Levy ser “prestigiado” pela nossa “presidenta”, lembra muito quando um técnico de futebol perdedor é “prestigiado” pelo presidente do clube.
Sergio Diamanty Lobo
São Paulo
*
CARTÓRIOS
A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 41/2005 nada mais é do que um meio de se perpetuar nepotismos e “compadrismos”, já de há muito esconjurados pela Constituição, que exige aprovação em concurso público para se dirigir cartório. A atividade cartorária, uma das mais rendosas e cobiçadas, nas mãos de pessoas não concursadas, é ato absolutamente imoral! No Brasil, não existe mais espaço para privilégios escusos.
Marcelo de Lima Araújo
marcelodelimaaraujo@yahoo.com.br
Mogi das Cruzes
*
COMEÇANDO O AJUSTE FISCAL
Não haveria necessidade de tantas discussões, se os políticos reduzissem os salários e benefícios, inclusive a aposentadoria dos funcionários públicos ao mesmo patamar da dos trabalhadores comuns. Hoje eles ganham seis vezes mais, em média, sem considerar os outros benefícios.
Renzo Orlando
São Paulo
*
NA LANTERNA
Achei lamentável a declaração do diretor de Educação e Tecnologia da CNI e diretor-geral do Senai e diretor superintendente do Sesi, de que “Temos um sistema de má qualidade. Estamos sempre mais perto das nações africanas, do que dos países desenvolvidos”. Rafael Lucchesi, pois o sistema S foi criado exclusivamente para capacitar e dar cursos profissionalizantes. E ainda as contribuições do Sistema S são pagas pelos os empregadores. É por isso que o nosso país está na lanterna em produtividade.
Odomires Mendes de Paula
São Paulo
*
AJUDA AOS REFUGIADOS
Quando os Estados Unidos, que sempre se julgaram a patrulha do mundo, decidirão oferecer asilo aos milhares de refugiados que estão fugindo da África e do Oriente Médio, penalizados por conflitos armados, consequência direta e indireta das intervenções americanas, a pretexto de garantir a democracia? Desestabilizar e depois tirar o corpo fora é fácil, assim como querer impedir o desenvolvimento de suposta bomba nuclear no quintal do próximo, depois ter sido o único país do mundo a não ter escrúpulos e jogar duas bombas atômicas em alvos civis! É o velho bordão: faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço!
Arlete Pacheco
Itanhaém
*
INÉRCIA INTERNACIONAL
Não há duvida quanto à necessidade de apoio aos refugiados. Será só o acolhimento a solução? Até quando? Tantas guerras se fizeram por muito menos! E agora? Será possível que não existem forças capazes de impedir todas essas atrocidades? Até onde isso vai? A humanidade vai ficar olhando? Opositores de qualquer pensamento estão sendo trucidados, cristãos sendo massacrados? Até quando? Por muito menos se fez muito mais!
Fábio Reiff Biraghi
Jaboticabal
*
XENOFOBIA
No Tema do Dia (A3, 7/9), a respeito dos refugiados, indaga o leitor Glauco Batista de Almeida: “Por que essa gente não vai para os Emirados Árabes Unidos, Catar, Dubai, Arábia Saudita?”. Sem a intenção de polemizar, mas só de esclarecer, respondo. Em primeiro lugar, essa gente, à qual o sr. se refere com indisfarçável desdém e intolerância (só faltou chamá-los de terroristas islâmicos, bem ao gosto dos ditames de meios de comunicação dominados pelo interesse em rotular todos - ou quase todos -povos dessa região como bandidos), são seres humanos com os mesmos direitos que eu e o sr. Tanto quanto meus pais, imigrantes do início do século passado vindos da Síria, como outros imigrantes de diversos países (Portugal, Espanha, França, Alemanha, Itália, Japão e outros) para cá vieram em busca de melhores dias e melhor vida. E, com seu trabalho diuturno (mascates, vendeiros, pedreiros, agricultores, comerciantes), ajudaram a construir a pujança do nosso país. E o mais importante: legaram ao Brasil o que de mais precioso geraram: seus filhos brasileiros, que, tendo aprendido com os pais, labutam para impulsionar esse país para a frente, seja em atividades econômicas, seja nas Universidades (que, aliás, tiveram seu embrião no seio das mesquitas, centros criadores e irradiadores de cultura e ciência, além de cultos religiosos). Esses imigrantes tiveram gratidão à acolhida, tornaram-se brasileiros, talvez mais do que muitos aqui nascidos. Pergunto-lhe: os Batista e os Almeida que lhe legaram o nome não teriam emigrado para o nosso país em busca de melhores perspectivas? Ou talvez fugidos da Santa Inquisição? E, se o fizeram, também não mereceriam ser acolhidos? É lastimável que ainda hoje haja quem destile o ranço da xenofobia e da discriminação em nosso país, que sempre acolheu povos fugidos da miséria e das guerras e ainda o faz. Lamentável. Ou a foto da criança Aylan lavou sua alma?
Ricardo Hanna
São Paulo
*
O SILÊNCIO QUE DIZ TUDO
Rússia e China fazem questão de ignorar as guerras no Oriente Médio e na África, principalmente os milhares de refugiados que procuram a Europa em busca de salvação. Será que o preço barato do petróleo vendido por países em guerra paga o silêncio?
Luiz Ress Erdei
São Paulo
*
CONTRADIÇÕES
As mortes na escadaria da Catedral da Sé no marco zero de São Paulo chamam atenção pelo rito da inversão. Um homem e uma mulher numa cena de ódio e não de amor na porta da principal igreja da cidade. Um homem com uma longa ficha criminal e não um policial salva a refém. O espaço sagrado da igreja estava fechado e a sociedade no inferno das ruas acompanha ao vivo como está o cotidiano do purgatório no País.
Luiz Roberto Da Costa Jr.
Campinas
*
MORADOR DE RUA VIRA HERÓI
Na sexta-feira (4/9), na frente da Catedral da Sé, um verdadeiro herói brasileiro, morador de rua, deu sua vida aos 61 anos para salvar outra de pessoa que jamais tinha visto. Neste país de sinais trocados, não vi nenhuma ONG ou padres da catedral se manifestarem a respeito. Aguardo ansiosamente que façam uma missa de 7.º dia especialmente para homenagear este bravo herói brasileiro.
Cesar Romero Galardo
São Paulo
*
MENORES, DROGAS, SEXO E ÁLCOOL
Está tendo um pancadão na Rua Tejuguaçu, Vila Jacuí, bairro de São Miguel Paulista de São Paulo Capital. Ali a bebida alcoólica é servida à vontade para menores, além de crianças pequenas, desagasalhadas, no meio da bagunça. Avisada, a PM diz não ter contingente. A droga e álcool também estão rolando à vontade entre os menores. Em nossas casas não podemos dormir, por causa do som altíssimo. Quem vai fazer alguma coisa a favor dos cidadãos de bem?
Marlene de Carvalho Fávaro
São Paulo
*
HOMENAGEM
Meu tio Antoninho não está mais lá. Irmão de minha falecida mãe não está mais lá. Demorou em me contar coisas da família. Ele era fã da minha mãe e de suas conquistas em Sao Paulo. E, por tabela, também tinha admiração por mim, inicialmente pelas expectativas diante do adolescente, depois pelo adulto já formado e das minhas conquistas. Meu tio Antoninho nasceu e viveu na mesma cidade: Iguape. Cursou Faculdade de Letras em Itapetininga, foi professor e diretor de Escola Pública do Estado. Pacato, mas crítico da realidade social, não deixava por menos, externava sua opinião. Interessado, era leitor assíduo do Estadão, para onde também contribuía com cartas. Ele não está mais lá, foi-se para o além, mas deixou história, família e negócios. Meu tio Antoninho era Antonio Rochael Jr., da pacata Iguape. Difícil de acreditar..., mas ele não está mais lá!
Carlos Alberto Tortoza
Califórnia (USA)
Encontrou algum erro? Entre em contato