
16 de outubro de 2018 | 03h00
ELEIÇÕES
Hora da mudança
O Brasil assiste a uma acirrada disputa pela Presidência da República. Independentemente da minha posição pessoal, já expressa em outros comentários, o tempo é de mudança. Seja por questões políticas, sociais, econômicas ou culturais, quem se opuser à mudança será fragorosamente derrotado. As manifestações de rua que levaram à destituição legal da presidente Dilma Rousseff agora repercutem ainda mais fortemente via redes sociais. O povo aprendeu que a liberdade tem um preço: manifestação constante na busca da melhoria de suas condições de vida. O voto de cabresto ainda persiste em algumas regiões importantes do Brasil, mas pouco a pouco os donos dos currais eleitorais estão sendo destituídos. O resultado das eleições legislativas demonstra isso com toda a clareza. Esse resultado evidencia que a população não se conforma mais com discursos de palanque. Busca novas ideias e ações que venham realmente ao encontro de seus anseios. Emprego, saúde, educação, segurança são as demandas maiores do momento. Não vai demorar para a população perceber que suas demandas precisam ser traduzidas por partidos políticos que aglutinem em torno das legendas ideias que levem à concretização de tais anseios. Essa percepção levará à redução dos partidos políticos, transformando as eleições em decisão não de nomes, mas de políticas públicas, tão reclamadas dos atuais candidatos. Em busca de apoio a essas políticas os partidos terão de buscar em cada eleitor a participação efetiva via voto distrital, em que a representação será mais sólida e abrangente, procurando o consenso democrático nas urnas.
CÉLIO DAL LIM DE MELLO
dallimmello@icloud.com
Curitiba
Faroeste caboclo
As opções que nos restam para o segundo turno da disputa presidencial têm me deixado injuriado. Os ânimos estão exaltados e é praticamente impossível frequentar uma rede social sem ser exposto a mentiras evidentes, omissões propositais, exageros direcionados e fé cega e radical, isenta de quaisquer compromissos lógicos ou morais. Para evitar uma eventual bala perdida nesse faroeste eleitoral midiático tenho me privado de emitir opiniões que possam parecer indicar qualquer preferência, que, afinal, não tenho. Ainda assim, minhas publicações revelando minha indignação com a situação que vivemos me trouxeram a pecha de estar em cima do muro. Ou seja, os e-militantes abominam não apenas o lado oposto, mas também os neutros. Para o PT, quem quer que não apoie explicitamente o Lula é fascista; para os bolsonaristas, qualquer um que não os apoie é comunista. Um amigo meu procurador de Justiça me apresentou outro dia uma visão alternativa muito interessante. Disse que, embora também não ache eticamente sustentável apoiar publicamente qualquer dos lados, ficará feliz, seja qual for o vencedor, ao se ver livre ao menos de uma parte das soturnas consequências que espreitam o nosso futuro. E viva o Brasil!
JOSÉ ROBERTO MONTEIRO
jm6042645@gmail.com
São Paulo
Agressões
Fico um misto de pasmo e triste com o horário de propaganda político-partidária. São muito mais ofensas do que projetos para o já sofrido povo. A Nação votante não suporta mais tanta insensatez. Será que os marqueteiros não têm propostas melhores? Por amor aos pobres eleitores e a toda a população, parem!
JOÃO COELHO VÍTOLA
jvitola@globo.com
Brasília
Infelizmente, se procurarmos na propaganda eleitoral maiores informações para tomada de decisão sobre nosso voto, só encontramos ataques generalizados ao adversário. Programa de governo, que é bom, nada.
M. DO CARMO Z. LEME CARDOSO
zaffalon@uol.com.br
Bauru
Propaganda desvairada
Há necessidade de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disciplinar o que é propaganda eleitoral na TV e no rádio. O tempo de propaganda é concedido aos partidos para que os candidatos exponham os programas de governo devidamente registrados no TSE, e não para se xingarem mutuamente.
PEDRO LUIZ BICUDO
plbicudo@gmail.com
Piracicaba
Ação e reação
A terceira lei de Newton diz que a toda ação corresponde uma reação de igual intensidade no sentido oposto. Para mim, essa é a explicação do que está acontecendo em nosso país no que concerne à política. Espero que nossas instituições democráticas aguentem os desafios que virão, com o pêndulo indo radicalmente para o outro lado.
JOAQUIM XAVIER DA SILVEIRA
joaquimsilveira@gmail.com
São Paulo
Amigos de novo
Nada pesa mais do que a verdade de cada cidadão no momento do voto, portanto, vamos parar com a polarização eleitoral, que faz de milhões de brasileiros inimigos comuns. Já houve discórdia suficiente, é hora de pôr a mão na consciência. Às vezes, um pouco de silêncio pode nos trazer de volta à razão.
RICARDO C. SIQUEIRA
ricardocsiqueira@globo.com
Niterói (RJ)
Reconciliação
O PT jogou o Brasil na extrema direita. O radicalismo vigente criou sérias fissuras no tecido social. Agora, vamos ter de cumprir uma tarefa duríssima que será reconstruir um Brasil de todos os brasileiros sem o “nós e eles”. Esse foi o legado mais nefasto da era lulista.
JOSE ED. BANDEIRA DE MELLO
josedumello@gmail.com
Itu
Plantar e colher
Lula plantou ventos e agora colhe Bolsonaros. Não apenas um, mas uma família inteira!
SERGIO HOLL LARA
jrmholl.idt@terra.com.br
Indaiatuba
De portas e grades
Sempre votei e acreditei no ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas me espantei ao ler que ele considera que para Haddad (PT) haverá uma “porta” e para Bolsonaro (PSL), não. Com todo o respeito ao sr. ex-presidente, com Haddad haverá, sim, uma “porta”, mas para a Venezuela, Cuba, Nicarágua, etc.
ANTONIO MOLINA
molinaengenharia.santafe@gmail.com
Santa Fé do Sul
Entre Haddad e FHC não existe uma porta, mas uma grade. E um longo corredor.
JOSÉ R. DE MACEDO S. SOBRINHO
joserubens@jrmacedoadv.com.br
São Paulo
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O MURO E A PORTA
Muito infeliz, em alguns aspectos, as manifestações de Fernando Henrique Cardoso na entrevista publicada no domingo em "O Estado de S. Paulo", quando questionado sobre sua posição em relação às eleições presidenciais no segundo turno. Disse ele: "O (Jair) Bolsonaro, pelas razões políticas, está excluído", enquanto em relação a Fernando Haddad, diz que quer "ver o que ele vai dizer", mesmo não sendo explícito no apoio ao petista. Será que o ex-presidente não tomou conhecimento ou não sabe das propostas escabrosas do Partido dos Trabalhadores (PT) endossadas pelo candidato Haddad e incluídas em seu macabro plano de governo, pleno de ideias totalitárias e inexequíveis num Estado Democrático de Direito? Minha admiração por FHC e pelo seu governo desmoronaram, principalmente quando afirma que para apoiar Bolsonaro há um "muro impedindo", enquanto entre ele e Haddad "há uma porta". Assim, creio que os anos vividos já lhe estejam prejudicando o raciocínio e o bom senso. O ex-presidente se esquece de que "muros" podem ser derrubados, como o Muro de Berlim o foi, em defesa da liberdade, da democracia e da verdade? Já "a porta" que FHC vislumbra com Haddad, se aberta, representa a manutenção de uma forma política de governo corrupta e imoral, que deve ser totalmente excluída da nossa pátria.
Plínio Pereira Carvalho pliniocarvalho@ig.com.br
São Paulo
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LEMBRANDO 1989
Em entrevista publicada no "Estadão" de domingo, Fernando Henrique Cardoso declarou que "com Haddad há uma porta, e com Bolsonaro, um muro". Ele deve ter se esquecido de que em 1989 os alemães orientais, cansados dos mais de 40 anos de ocupação comunista, passaram pela Porta de Brandemburgo e derrubaram o Muro de Berlim, pondo fim ao regime comunista naquele país e iniciando uma onda que derrubou a maioria dos regimes comunistas no mundo.
Renato Sandri renatosandri@uol.com.br
Vitória
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RESSENTIMENTO
Já admirei FHC, mas a sua entrevista ao "Estadão" (14/10, A9) é indício do ocaso do ex-presidente. Uns dizem que suas outrora potentes células cinzentas já denotariam sinais de decadência, em virtude de seus quase 90 anos. Mas eu acredito que se trata de um caso de amargura, ressentimento e má-fé intelectual. Suas entrevistas só confundem e não oferecem um norte, uma proposta aos brasileiros. Sem mencionar que há anos vem atrapalhando o PSDB, desde quando boicotou (por inveja) a candidatura de João Doria a prefeito em 2016 e tentou sabotar Geraldo Alckmin ao articular uma candidatura presidencial de Luciano Huck. O amargurado e decadente FHC deveria expor expressamente a sua veia esquerdista e declarar logo voto no petista Fernando Haddad, para ambos sofrerem a derradeira derrota que os colocará no ocaso da história republicana brasileira. Chega de FHC.
Sérgio Tannuri sergio@wimport.com.br
São Caetano do Sul
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PARCEIROS
O único ocaso que podemos achar bonito é o do pôr do sol... É incrível como um sociólogo que chegou a líder político de respeito chegue ao ocaso da vida com perda da visão crítica e totalmente desligado da realidade, declarando haver uma "porta" entre ele e o PT (e, por consequência, ao bolivarianismo venezuelano) e sendo um dos responsáveis pela vergonhosa derrota do seu partido, o PSDB, nesta eleição. Agora vemos claramente que ele sempre foi um parceiro enrustido do petismo.
Godofredo Soares godofredocaetanosoares@gmail.com
São Paulo
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A BANDA PASSOU
Em entrevista ao "Estadão" (14/10, A9), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tentou se explicar, mas, como sempre, se manteve em cima do muro, de onde nunca saiu durante 16 anos. Continua escorregando pelas beiradas, tentando se manter isento ao PT, mas afirmando ter um muro para o candidato Jair Bolsonaro. Passados tantos anos em silêncio, muito estranho agora vê-lo nas páginas dos jornais sendo entrevistado diariamente. O PSDB, seu partido, fez de conta ser oposição ao desastre chamado PT durante 13 anos. Deixaram o caminho escancarado para o fenômeno Bolsonaro, ao que agora fazem oposição, como queríamos que fizessem ao PT. FHC está para o PSDB assim como Lula está para o PT, com uma diferença: um está preso por corrupção e o outro deveria estar aposentado plantando abobrinha no sítio. Porque, ao contrário do que diz, ele também está atrelado aos anos 64, 70, achando que "militares eleitos democraticamente" estarão em cada esquina prontos para nos patrulhar. FHC também sofre da "síndrome Mirian Leitão", e não percebeu que a banda já passou.
Beatriz Campos beatriz.campos@uol.com.br
São Paulo
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FHC MERECE RESPEITO
Na excelente entrevista de FHC publicada no "Estadão" de domingo, o ex-presidente, que respondeu sobre apoio a algum candidato no segundo turno desta eleição ao Planalto dizendo "não estou vendendo a minha alma ao diabo", demonstra por que entre os políticos vivos deste país continua como o mais brilhante, que melhor serviu e continua servindo à Nação. Enquanto isso, milhares de brasileiros desinformados ou não, principalmente pelas redes sociais, de forma lamentável e até odiosa, criticam FHC. Mas, muito respeitado no exterior, este digno cidadão tupiniquim continua recebendo honrarias não somente como sociólogo, mas também como homem público que engrandece o debate político.
Paulo Panossian paulopanossian@hotmail.com
São Carlos
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POSICIONAMENTO
Um dos mais respeitados políticos, FHC não consegue se identificar com a indignação pública. É impossível que ele ainda não tenha percebido que o PT não é um verdadeiro partido democrático, mas uma organização que conspira contra o regime de governo democrático. A população só conseguiria perceber o perigo pelo instinto, subliminarmente. O intelectual não há de ser ingênuo. O político é responsável pela formação das percepções e tem de atuar segundo a ética da responsabilidade em vista das consequências. Não pode se subtrair a condenar o PT e, por consequência, declarar o voto em Jair Bolsonaro na situação atual.
Harald Hellmuth hhellmuth@uol.com.br
São Paulo
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É PRECISO ESQUECER FHC E LULA
Na manhã de segunda-feira pós-eleição, a TV informava que Fernando Henrique Cardoso, entrevistado sobre o resultado do primeiro turno, do alto de sua sapiência política - que, diga-se a bem da verdade, não serviu para ajudar a eleger Serra nem Alckmin -, aconselhou uma mudança radical que o eleito terá de tomar, porque há a necessidade disso ou daquilo para o País pacificar e voltar a crescer. Ainda não entendo por que a mídia volta e meia sai atrás de FHC, afinal ele foi um dos maiores responsáveis por passarmos pelos nossos problemas atuais, criados quando foi presidente da República e, levado pelo ego, quis continuar no cargo e vendeu a alma ao diabo para conseguir aprovar a proposta de reeleição. Como não emplacou um tucano para a sucessão, graças a seus erros, essa situação levou à vitória de Lula, que foi de uma ingratidão sem tamanho ao acusar a "herança maldita de FHC", quando na verdade a herança maldita foi deixada ao País depois da eleição do petista. Lula saiu-se com esta apenas para justificar sua total incapacidade na Presidência de um país quase continente e com problemas inerentes a essa condição. Pior disso tudo é sabermos que Fernando Henrique foi o político com o cabedal de conhecimentos, reconhecido até lá fora, que poderia ter sido o estadista de que o Brasil precisa, mas nunca conseguiu ter. Por tudo isso, melhor faria a mídia se esquecesse FHC e Lula (na prisão) para, calados, curtirem suas lembranças sonhando terem sido governantes exemplares, porque jamais aceitarão o contrário.
Laércio Zanini spettro@uol.com.br
Garça
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NEM BARRO NEM TIJOLO
Os dirigentes e demais expoentes do PSDB ainda perdem tempo na busca de explicações a respeito da perda do papel de liderança do partido no cenário político nacional. Nada mais claro e representativo do que as posições mais do que ambíguas de Fenando Henrique Cardoso em entrevista publicada no "Estadão" de domingo (14/10, A9), que, de um a lado, afirma que não vota no candidato Jair Bolsonaro por achar que o mesmo representa tudo aquilo que ele não gosta e, do outro lado, menciona haver uma porta em direção à candidatura de Fernando Haddad e ao mesmo tempo faz críticas ao PT. Ainda, para disfarçar a sua ambiguidade, menciona, todo bravo, que não está vendendo a sua alma ao diabo. Ora, senhor ex-presidente, vai anular seu voto ou votar em branco? Afinal, o senhor é barro ou tijolo?
Flavio Carlos Geraldo flavio@fg4mad.com.br
São Paulo
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NO MURO
Realmente lamentável a entrevista de FHC, que já foi meu ídolo. Como bom peessedebista, ele continua se equilibrando no muro. "Nunca vi Bolsonaro", "não sei do programa do Bolsonaro" e por aí vai... Minha mãe dizia que o pior cego é o que não quer ver. Que tal começar a se informar? Parece que a corrupção do PT não o incomoda pois o PSDB fez o mesmo. Quem sabe a compra de partidos começou lá trás, na votação da reeleição?
Cecilia Centurion ceciliacenturion.g@gmail.com
São Paulo
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MUROS BOLSONARISTAS E PORTAS HADDADIANAS
Quando é preciso ser claro, direto, a não deixar dúvidas, FHC "sociologiza"...
A.Fernandes standyball@hotmail.com
São Paulo
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FALACIOSA RETÓRICA
Declarações e entrevistas de Fernando Henrique Cardoso sempre primaram pelo "sim, não, muito pelo contrário". Esta última, publicada pelo "Estadão" em 14/10, é mais um primor dessa falaciosa retórica. Extraindo o conteúdo dela, não sobra absolutamente nada de relevante, a não ser a frase que sintetiza o nefelibata que sempre foi. Diz ele não estar vendendo sua alma ao diabo, ao mesmo tempo que abre uma porta para apoio ao laranjão do boquirroto ladravaz que o atacou por mais de duas décadas. Se isso não for vender sua alma ao diabo, quer ele, então, emprestá-la? FHC mostra que a idade não lhe foi benéfica. Turvou sua mente e suas lembranças? Curvou e atrofiou sua coluna vertebral de dignidade? Afetou sua capacidade de discernimento e de vergonha? Ou é apenas, agora, o embuste que sempre foi? O socialista-rosé-caviar parisiense de sempre, dando suporte e aval aos mesmos falsos socialistas do PT, seu segundo partido de coração?
Renato Otto Ortlepp renatotto@hotmail.com
São Paulo
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NEM TANTO
Ora, FHC, um "mureteiro" convicto, revelou seus pendões na entrevista ao "Estado" de domingo. Esquerdista, "mas não muito", adepto dos panos quentes e água na fervura, ultimamente vem dando seus pitacos. Cada um é cada um, mas, parodiando o ex-rei da Espanha, por que não te calas?
Jose Perin Garcia jperin@uol.com.br
Santo André
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DECEPÇÃO
Decepção é o meu sentimento. Li e reli a entrevista da figura que mais me influenciou pós-revolução, por sermos da mesma geração. Sou, como ele, visceralmente contra Lula, PT e a quadrilha que praticamente assaltou este país. Pergunto: Haddad, o poste, que agora colocou Jacques Wagner como gambiarra, não faz parte dessa quadrilha? Como pode nosso ex-presidente dar a entender que Haddad será uma porta pronta a ser aberta? Não vi nesta entrevista uma palavra de incentivo para João Doria, nossa única esperança de nos livrar da corja que está a fim de assaltar São Paulo. Ao encerrar meu desabafo, quero deixar clara, também, minha decepção com Geraldo Alckmin.
Antônio C. Guimarães acguima36@hotmail.com
Curitiba
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PARA LEMBRAR...
Quem procura poste é cachorro!
Arlete Pacheco arlpach@uol.com.br
Itanhaém
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AJUDA
Quando um dos últimos políticos que eu respeitava, muito mais pelo seu passado do que pelo seu presente, abre uma porta para o PT que o achincalhou por anos, isso me ajudou a trocar meu voto de João Doria para Márcio França em São Paulo.
Sérgio Rodini sergiorodini@icloud.com
Rio Claro
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O VOTO ANTI-PSDB
Embora o PSDB esteja passando por grave crise de identidade, correndo o risco de extinção, um dos seus fundadores, o ex-presidente FHC, continua tipicamente "PSDB", ou seja, não sai de cima do muro. Na entrevista ao "Estado", FHC desfila críticas pesadas tanto a Fernando Haddad quanto a Jair Bolsonaro, afirma que este último está "excluído" do seu voto por "razões políticas", mas quer ouvir Haddad primeiro antes de se decidir, sem deixar claro o que mais ele espera escutar do candidato do PT. Bolsonaro provavelmente vencerá a eleição presidencial e não é somente pelo voto anti-PT, como diz o ex-presidente, mas também pelo voto anti-PSDB, por esta postura partidária dúbia, que sempre foi motivo de chacota e já deu o que tinha de dar perante um eleitorado cada vez mais descrente da política.
Luciano Harary lharary@hotmail.com
São Paulo
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DEVO ASSUMIR
FHC dissimulou tanto quanto pode, mas a verdade se fez presente, não mais resistirá em ser um "petralha".
Sergio Cortez cortez@lavoremoveis.com
São Paulo
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À PORTA DO VELÓRIO
Encontrei FHC uma única vez, num velório. Ele escolheu ficar à porta cumprimentando todos, parecendo não saber bem qual o seu lugar naquele momento. Domingo, lendo a entrevista (A9), encontro-o pela segunda vez à porta de um velório de dois moribundos, o PSDB e o corrupto PT. Sobre este último, ensaia um discurso fúnebre: 1) "cresçam e apareçam". 2) "A proposta que o PT representa não mudou nada". 3) O PT no poder sempre teve uma deterioração da visão de Gramsci". 4) "Quem inventou o 'nós' e 'eles' foi o PT". 5) "O PT não faz autocrítica nenhuma". 6) "O PT tem uma visão hegemônica e prepotente. Isso não é democracia". 7) "O PT está propondo coisas inviáveis". 8) "Haddad é a expressão do Lula. Ele usou uma máscara do Lula". 9) "Com que autoridade moral o PT diz: ou me apoia ou é de direita?". 10) "Ah, vá para o inferno". FHC no velório já condena o PT ao seu lugar, o inferno. Não abra essa porta, FHC, senão você vai ser enterrado junto.
Rubens Paulo Gonçalves sandgon@terra.com.br
São Paulo
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CINISMO
Como eleitor de Fernando Henrique Cardoso por duas vezes, me espanto com suas últimas declarações, mormente no domingo no "Estadão" (14/10, A9). Uma vez FHC disse que esquecessem o que escreveu. Agora, entendo, que também devemos esquecer o que vem falando. Recordo muito bem do ar de satisfação com que passou a faixa presidencial ao apedeuta hoje preso em Curitiba. O PT bateu por oito anos no seu governo, mas FHC nunca deixou de admirar o apenado. E ele sempre o desprezou, segundo os bem informados. Para refrescar sua memória, digo que a situação calamitosa em que o País se encontra é culpa dele mesmo, quando abandonou Serra e abriu a porta para a organização criminosa. Hoje, como diz, a porta é o candidato do PT, mas nos idos passados sua excelência cometeu o erro abissal de não fechá-la. Agora, suas palavras chegam tardias e eivadas de um monumental cinismo.
Eduardo Augusto de Campos Pires eacpires@gmail.com
São Paulo
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ARAUTO DA DESGRAÇA
Entendo que o ex-presidente FHC tem todo o direito de ser radicalmente contra o candidato Bolsonaro. Agora, dizer que Haddad pode ser uma porta é outra história. Será, sim, se eleito, a porta por onde entrarão todos os petistas repudiados pelo eleitorado. Se o ex-presidente FHC quer de fato cooperar, que se coloque como estadista, aberto para dialogar com quem for eleito pela vontade do povo. O que não é aceitável é uma pessoa da sua estatura política radicalizar e ser o arauto da desgraça.
João Israel Neiva jneiva@uol.com.br
São Paulo
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FHC E O PT
Senhor Fernando Henrique Cardoso, por que não segue o conselho do rei Juan Carlos, da Espanha, para Hugo Chávez há alguns anos? "Por que não te calas?" Presidente Fernando Henrique, se realmente pensa que tem uma porta para conversa com Haddad, saia do PSDB e assuma o que sempre pensou e do que sempre foi simpatizante. O sr., já por diversas vezes ajudou Lula a se eleger. Assuma o que é não continue dando opiniões que só atrapalham os verdadeiros democratas deste país. Saia de cima do muro.
Heitor Portugal Procopio de Araujo heitor.portugal@uol.com.br
São Paulo
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ENTREVISTA
Fernando Henrique Cardoso perdeu uma ótima chance de ficar de boca calada.
Gustavo Guimarães da Veiga ggveiga@outlook.com
São Paulo
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PELÉ E FHC
Pelé com a bola nos pés foi genial e o governo FHC foi a herança bendita deixada para Lula ganhar notoriedade. Pelé, assim como FHC, após vestirem o pijama, passaram a falar besteiras. A última de FHC foi declarar que "com Haddad teremos um porta aberta e, com Bolsonaro, não". Porta aberta para o quê? Para continuar a rapinagem de recursos públicos? Em boca fechada não entra mosca, sr. FHC!
José A. Muller josealcidesmuller@hotmail.com
Avaré
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O QUE O BRASIL PEDE
A entrevista e o pensamento de FHC ao "Estadão" me fazem reportar os decadentes, os quase inexistentes socialismo, comunismo, nazismo, fascismo, governos ditatoriais, o pão e circo (Bolsa Família e Lei Rouanet). Fazem-me tremer diante da venezuelização, da cubanização e de tantos outros desastres em países que submetem o seu povo à miséria, à falta de estudos, deixando seu povo rastejar por um pouco de comida - e ainda acham chique falar em pobreza, programas sociais, divisão de renda, bolsas isso, bolsas aquilo, pegando em seguida o primeiro avião para ir filosofar democracia nos cafés de Paris. O que o Brasil pede, sr. Fernando, é ordem e progresso para todos, e não mentiras e corrupção.
Jorge Peixoto Frisene jpfrisene@zipmail.com.br
São Paulo
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DE GRAÇA
"Não estou vendendo a minha alma ao diabo", diz Fernando Henrique em sua entrevista ao "Estadão" de domingo (14/10, A9). Verdade, aquele que considero o melhor presidente que este país já teve não está vendendo, está dando de graça sua alma (seu apoio) ao pior e mais destrutivo grupo político que já governou este país, levando-nos ao buraco em que estamos. Esta falta de clareza sobre aqueles que sempre agiram como inimigos, e não como adversários, esta falta de coragem de assumir o papel de indispensável oposição é o que transformou o PSDB num partido quase insignificante para a política brasileira. As baratas tontas do partido talvez ainda venham a atinar para a enorme frustração e ira que despertaram em eleitores fiéis, como eu próprio, com as posições dúbias e as atitudes vacilantes que vêm há quase três décadas criando o vácuo para o crescimento do PT e de outros partidos de esquerda, tornando-se com isso sócios da nefasta obra política iniciada em 2003, sócios dos mais perigosos inimigos da democracia brasileira. E agora vem FHC ainda reafirmar tudo isso? Com todo o respeito...
Jorge Manuel de Oliveira jmoliv11@hotmail.com
Guarulhos
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A ALMA AO DIABO
FHC afirma que não está vendendo sua alma ao diabo. Pois já o fez há muito tempo. Seu destino pós-passagem, com certeza, será um "inferno de alta segurança", onde sua alma não poderá mais reencarnar na Terra e continuar a praticar seus pecados ideológicos.
Ulf Hermann Mondl hermannxx@yahoo.com.br
São José (SC)
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'NÃO ESTOU VENDENDO A MINHA ALMA AO DIABO'
Só faltava essa, revender sua alma ao diabo.
Sergio S. de Oliveira ssoliveiramsm@gmail.com
Monte Santo de Minas (MG)
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PORTAS ABERTAS
Até tu, FHC? Abrindo portas para a corrupção? Que decepção!
José Luiz Tedesco tedescoporto@hotmail.com
Presidente Epitácio
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CORRUPÇÃO
Domingo, 14 de outubro de 2018, duas manchetes de primeira página do "Estado": "Gestão Haddad pagou R$ 245 milhões em contratos sob suspeita"; e "Não preciso ser coagido moralmente" (apesar de manter postura crítica, FHC afirma que há uma "porta" com Haddad, mas não com Bolsonaro). Devo entender que o "Estado", assim como o senil senhor a quem o "Estado" dá palco, estão optando pela corrupção na eleição que teremos?
Abel Cabral abelcabral@uol.com.br
Campinas
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ERROU
Vovô Fernando Henrique perdeu de ficar quietinho no seu canto ao invés de apoiar Haddad. Acho que mais beneficiou Bolsonaro e enterrou de vez o sonho do boneco de Lula, Haddad. O senhor Fernando Henrique deu uma grande contribuição para o Brasil, mas agora errou, como errou muito seu partido, PSDB. Vá vestir pijama e jogar xadrez, vovô.
Júlio Morabito jcmorabito@hotmail.com
Tupã
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FECHADAS
Se eu tivesse a estatura política de Fernando Henrique Cardoso, manteria a porta e a boca fechadas.
Marisa Bodenstorfer Rehsteig
Lenting, Alemanha
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SABEM DA COISA
Até perdendo a eleição o PT dá aula de estratégia. Já conseguiu ressuscitar dos desastrosos 13 anos e é preciso manter vivos o partido e também Lula. Sabem que essa eleição está perdida. Então, agora, Haddad não é mais Lula nem as cores são do PT. Assim, mesmo derrotados, permanecerão vivos e prontos para a próxima.
Miguel Pellicciari mptengci@uol.com.br
Jundiaí
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ÓDIO DA IMRENSA
Está claro por que a "tigrada" petista tem ódio da imprensa e pretende colocar "um freio" em seu trabalho investigativo. Afinal, "elles" nem podem, sossegadamente, continuar com suas tramoias e trambicagens. A denúncia do fim de semana é que o "poste" da alma presidiária mais honesta deste país pagou às construtoras envolvidas na Operação Lava Jato o singelo valor de R$ 245 milhões quando foi prefeito de São Paulo. Está explicado o ódio de Fernando Haddad pela imprensa, pois nem consegue "trabalhar" tranquilo. Fora, "Andrade", digo Haddad!
Júlio Roberto Ayres Brisola jrobrisola@uol.com.br
São Paulo
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NÃO É BEM ASSIM
A manchete de capa de domingo (14/10) é tendenciosa, "Gestão Haddad pagou R$ 245 milhões em contratos sob suspeita", e logo abaixo do subtítulo o resumo da matéria ainda na própria capa afirma que os tais contratos foram firmados na gestão de Kassab em 2011 e suspensos na gestão Haddad por suspeita. Desta forma, a manchete seria classificava como "não é bem assim", se fosse analisada pela equipe de checagem de fake news. Em tempo de tantas notícias mentirosas, o jornalismo profissional precisa ser criterioso e o mais claro possível. Não deveriam reproduzir chamadas duvidosas e tendenciosas como esta. Não será dessa maneira que irão manter a credibilidade e o respeito dos leitores. Não acredito, mas poderíamos pelo menos tentar manter o debate no jornalismo profissional num nível mais elevado. Como o "Estadão" sempre soube fazer, com responsabilidade e respeito pelos fatos. É preciso clamar a todos pela razão.
Marcelo Rufino Bonder marcelobonder@hotmail.com
Paraguaçu Paulista
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NÁUSEA
Fernando Haddad declarou em cadeia nacional de TV que o saque multibilionário na Petrobrás - conhecido por todos, em seus sórdidos detalhes, por petrolão - aconteceu só porque alguns diretores resolveram usar os cargos para enriquecimento pessoal. Disse, ainda, que outro problema foi a falta de controle da corporação sobre suas ações. Ora, mas José Sérgio Gabrielli - ícone do PT e poderoso presidente da Petrobrás no auge da roubalheira - é, agora, o coordenador da campanha de Haddad nesta eleição presidencial. Esse cargo-chave certamente (imagino) não se deve ao reconhecimento pelo candidato da sua eficiência e zelo pela coisa pública no comando da estatal. O discurso cínico destes farsantes sempre foi, e continua sendo, descarado, rasteiro e primitivo! É a tal da novilíngua de George Orwell, velha e conhecida ferramenta de esbulho das esquerdas autoritárias. E a imprensa, a mídia, a militância e o eleitorado petista aceitam esse faz-de-conta quase infantil (mas nada inocente) passivamente. Desculpe a intransigência, mas eu não me conformo com tanta desfaçatez e inversão de valores. Diabo, com ou sem chifre, a gente enterra vivo.
Olimpio Alvares olimpioa@uol.com.br
Cotia
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PELO FIM DA IMPUNIDADE
Este país foi dominado pela corrupção. Para onde a gente olha tem corrupção. Apurada e muitos casos dela ainda não apurados. No âmbito das agências reguladoras, então, nem se fala! Mas dois setores em particular devem ter a atenção do Ministério Público (MP) e da Polícia Federal. O dos fundos de pensão é um deles. É um crime o que fizeram com os fundos de pensão das estatais, como Postalis, Previ, Centrus, etc. Aplicações na Sete Brasil ainda hoje estão sem qualquer esclarecimento e apuração. Lembra-me o caso do Banco Santos, quando aplicações de fundos de pensão enriqueceram alguns dirigentes que permanecem impunes, muitos deles no comando de entidades financeiras e ainda atuando no setor. Por que aplicaram na Sete Brasil? Quem mandou? Quem vai responder por isso? Alguns fundos de pensão com déficit ainda pagam bônus milionários a seus dirigentes e conselheiros. Isso tudo sob a omissão e cumplicidade da Previc e dos patrocinadores ligados ao governo federal. Outro segmento ainda não alcançado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) é o das entidades sindicais e confederações de trabalhadores. Dirigentes dessas associações estão ricos desviando recursos e ocupando imóveis que faziam parte do patrimônio delas. Entidades como a Contag, CUT, Contraf e tantas outras devem ser fiscalizadas. Os recursos repassados são nossos. É dinheiro público, sim! Essa orgia durou 13 anos, mas a impunidade não pode durar para sempre! É muito trabalho, sim. Mas esperamos que o TCU, o MP e a Polícia Federal fiscalizem e apurem tudo.
Erica Maria Santos ericadf@bol.com.br
Brasília
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JUSTIÇA SEJA FEITA
A mídia reclama, com toda razão, da violência que campeia neste período eleitoral, envolvendo eleitores dos dois presidenciáveis. Mas sejamos justos, quem originou tal desavença? Recordo que Lula lançou a famosa frase "nós contra eles" e a socióloga Marilena Chauí corroborou com "eu odeio a classe média". Ambos seguiram à risca os ensinamentos preconizados por Lenin no seu famoso decálogo: provocar a divisão na sociedade com o intuito de enfraquecê-la. Atualmente observamos as suas nefastas consequências.
Luiz Felipe Schittini fschittini@gmail.com
Rio de Janeiro
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AGENTE BARBA
Muito oportuna o informação de José Nêumanne no "Estadão" de 15/10 sobre o fato - comprovado e ilustrado com uma sugestiva foto do "ganso" (informante, na gíria policial) no banco de trás do carro do Deops, tranquilamente fumando um cigarro - de que Lula era um ativo colaborador da ditadura. Esta é a verdadeira face do ex-presidente, ora presidiário, e explica por que ele e sua trupe sempre defenderam ditaduras como as de Cuba, Venezuela, etc. Está no sangue deles, no DNA, indelével e irremovível. Lula e seus asseclas são e serão o que sempre foram.
Luiz Mario Leitão da Cunha luizmleitao@gmail.com
São Paulo
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PECADO
Uma pergunta que não quer calar: a Igreja Católica Apostólica Romana exige de seus fiéis alguns requisitos doutrinais, um deles é confessar seus pecados ao sacerdote, antes de receber a hóstia sagrada. Será que o "poste" Fernando Haddad tem noção do pecado que cometeu ao participar da cerimônia na sexta-feira?
Márcia Callado marciacallado@bol.com.br
São Paulo
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ATREVIMENTO
O máximo de religiosidade de "Luladdad" é ser "neto de um líder religioso" (da Igreja Ortodoxa), conforme informado em sua propaganda. Como se atreve, então, a comungar numa missa católica, ofendendo a todos os católicos? E como o padre se atreveu a dar-lhe a comunhão, o sacramento máximo da Igreja, que merece mais respeito? E, se é neto de um líder religioso, é muito mais próximo, afilhado, de um presidiário condenado, de quem está aprendendo rapidamente todas as falsidades e mistificações. Vade retro!
César Garcia cfmgarcia@gmail.com
São Paulo
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VALE TUDO
Espero que Fernando Haddad e sua turma não comecem a alardear que Deus é petista!
Luiz Frid luiz.frid@globomail.com
São Paulo
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A CARTILHA
Remetendo à divulgação de supostas fake news (?) ao adversário, Fernando Haddad demonstrou irritação porque lhe atribuíram a propriedade de uma belíssima Ferrari e um relógio de alto valor. Em complemento, disse que "não tem carro em seu nome". O.k., candidato, siga a cartilha! Quem sabe faz a hora. Há algum bem no mesmo nome dos supostos proprietários do sítio e tríplex do chefe condenado?
Celso David de Oliveira david.celso@gmail.com
Rio de Janeiro
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DIA DO PROFESSOR
Ontem foi o Dia do Professor. Comemorar o quê, num país onde a escolaridade e o aprendizado foram jogados na lata do lixo quando o PT subiu ao poder e o então presidente da República, um analfabeto funcional, se jactava de nunca ter lido um livro, como se isso fosse uma honra? No Japão, com a conhecida sabedoria milenar, o professor é o único indivíduo que não precisa se curvar diante do imperador, seguindo a tradição, pois, para os japoneses, numa terra onde não há professores também não pode haver imperadores. Lamentavelmente, os parcos recursos educacionais que possuíamos se perderam no vácuo cultural do Brasil pós-PT, explicando a inversão de valores, a dicotomia entre razão e emoção, os professores apanhando de alunos dentro e fora das salas de aula e o baixo nível geral que acomete a Pátria amada e nos deixa cada vez mais perplexos. Nossos valores só serão reafirmados quando conseguirmos fazer todos esses esquerdistas retrocederem à idade das cavernas, ou seja, seu devido lugar, de onde nunca deveriam ter saído e avançado sobre as nossas instituições democráticas. Já estamos fazendo isso, com certeza. Jair Bolsonaro é apenas o chute inicial.
Carmela Tassi Chaves tassichaves@yahoo.com.br
São Paulo
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ELOGIO FALSO
Uma vergonha ver os candidatos à Presidência da República se aproveitarem do Dia do Professor para fazerem elogios falsos. Primeiro que a profissão foi desvalorizada; e segundo que pesquisas apontam que cerca de apenas 3% dos estudantes pretendem ser professores. E por que isso ocorre? Hoje o professor apanha na sala de aula, não tem segurança na escola, é mal remunerado. E o que fazem os governantes? Nada, fingem não saber, e no Dia do Professor fazem homenagens e todos dizem que também são professores. Mas ninguém exerce a profissão. Por que será? Apesar de ser uma belíssima profissão, não é respeitada no Brasil. No Japão, o único profissional que não precisa se curvar diante do imperador é o professor, pois segundo os japoneses, numa terra onde não há professores não pode haver imperadores.
Izabel Avallone zabelavallone@gmail.com
São Paulo
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A ANGÚSTIA DE UM PROFESSOR
Ontem, 15 de outubro, deveríamos comemorar o Dia do Professor. Recebemos felicitações protocolares, e-mails automáticos de instituições e empresas que têm nosso cadastro e a frase "Feliz Dia do Professor". Soa polida e fria como um "Bom Dia", aliás, em desuso, mesmo que insistamos nele, toda manhã. Feliz? Comemorar? A sociedade está conflagrada, tensa e triste. Sinto, vejo, ouço, leio a ansiedade e a angústia por vezes silenciosa na face ou nos textos de muitos alunos e ex-alunos; também sinto o deboche, a empáfia e a arrogância de outros, senhores de si e do presente. Ambas as faces ocultam um profundo temor do presente, e desesperança num futuro que não se deseja encarar. Todos afirmam, de modo protocolar e vazio, que "só a educação é a solução". E dão de ombros, voltando às suas ocupações, negócios e interesses próprios. E nada muda, aliás, só piora. Professores ameaçados e agredidos, física e moralmente; assediados pelo "natural" corte de direitos e pela rotineira demissão; submetidos a jornadas extenuantes em diversos locais, para garantir sua sobrevivência. Mas persistem, teimosos, os cientes de sua missão. Mesmo com todo o empenho, falhamos. Falhamos como educadores; falhamos como líderes; falhamos como pais; falhamos como governantes. Por isso a situação atual, império da ignorância, da mentira, da desinformação, da intolerância, do medo generalizado. E das atitudes bárbaras, que se creem normais e legitimadas pelos belos exemplos. Educativos, edificantes. Quiçá em 2019 eu possa desejar a todos, e a mim mesmo, um Feliz Dia do Professor. Professor é sempre otimista, por isso faz o que faz, e deve fazer.
Mas está difícil.
Roberto Yokota rkyokota@gmail.com
São Paulo
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'A PENA DE MORTE'
Mais uma vez temos de aturar as cantilenas sobre os horrores da pena de morte, escritas por defensores das leis, mas não defensores do povo. O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Eros Grau ("Estadão", "A pena de morte", 13/10, A2) recorre ao Marquês de Beccaria, morto em 1794, e outros defuntos, para se inspirar na defesa do indefensável. A tese do erro no julgamento para não adotar a pena de morte é um imensa e injusta falácia. Matar um inocente? Deus livre a sociedade de tal crime! Não conseguem entender, estranhamente, os sábios das leis que a pena de morte age para evitar inúmeras mortes de, estas sim, vítimas inocentes. Mais de 60 mil assassinatos são cometidos anualmente no Brasil pela impunidade. A primeira execução legal baixaria esse número em 10%; a segunda, em mais 20%; a terceira, em mais 30%; até chegarmos a um patamar aceitável de criminalidade. O que mais irrita é ver que no Brasil legal se argumenta mais com as emoções do que com a razão. Pobre país. Não é possível que não entendam. Ou são cegos e surdos para as realidades da vida ou são covardes escondidos por baixo de suas próprias togas.
Gilberto Dib gilberto@dib.com.br
São Paulo
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O CONTRADITÓRIO
É sempre um enorme prazer ler os artigos de meu professor nos idos do início da década de 1970 na FGV-SP, professor Eros Grau. No caso da matéria tributária que então ensinava, sempre o fez com clareza e brilhantismo discutindo os vários ângulos da questão, ensinamentos que me acompanharam, e acompanham, em toda minha vida profissional. Escrevo, porém, não somente para elogiá-lo, mas por constatar que em seu artigo de 13/10/2018, no qual discute a pena de morte, deixou de apresentar os vários ângulos da questão. Seu artigo é uma defesa da inadequação da pena de morte, o que é seu direito, mas decepciona-me não ver discutidos por ele, poucos que fossem, argumentos contrários aos seus. Além dessa falta de discussão contraditória, talvez impossível no espaço disponível, incomoda-me profundamente, e neste caso sem ver ângulo algum que reduza esse incômodo, sua defesa do aspecto religioso da pena de morte, por ser contrário a Deus, e ainda pior, a ligação direta que se faz entre a condenação da pena de morte e o aborto. Há muito o que discutir sobre esses assuntos, sendo porém inaceitável num artigo como o do meu eminente professor um argumento que se pretenda definitivo dando à religião o poder de interferir nas leis do Estado, e dando ao Estado o poder de interferir, por delegação religiosa, na vida pessoal das pessoas ao interferir em decisões que afetam somente os diretamente envolvidos. Não é uma discussão aclaradora sobre os enormes desafios que o tema do aborto levantam.
Antonio Claudio G. Lellis Vieira lellisvieira@gmail.com
São Paulo
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LUCIDEZ
Muito lúcido e consistente o artigo do professor Eros Grau publicada no "Estado" de 13/10/2018, a respeito da pena de morte. Aliás, lucidez, consistência e erudição sempre estiveram presentes na vida do ilustre professor e ministro.
Wilson Roberto Sendyk sendyks@terra.com.br
São Paulo
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PENA CAPITAL E ABORTO
Com o devido respeito, senhor ex-ministro Eros Grau, usar o aborto como justificativa para não aceitação da pena de morte para criminosos não para em pé. A pena capital para delinquentes adultos deriva do fato de entender que estes não mais estão aptos para viver em nossa sociedade. Os crimes que eles cometeram foram tão pérfidos e violentos que nós, o povo, em consenso, entendemos que esses indivíduos não têm condições de viver entre nós. Essa é a teoria. Por outro lado, o aborto nada mais é que o assassinato de um bebê, pura e simplesmente. A criancinha não cometeu crime nem pediu para morrer. Apenas a mataram. Isso não é teoria. É fato. Diante disso, pôr os dois casos na mesma balança e dizê-los equipotentes é um total descalabro, tanto na teoria quanto na prática.
Werly da Gama dos Santos gama_eamsc@yahoo.com.br
Rio de Janeiro
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