
01 de janeiro de 2019 | 02h00
Utopia
Hoje o Brasil inicia um novo ciclo político e governamental. Estamos livres, por ora, da esquerda nefasta que, no poder, nos ameaçava com o pior. Sugiro, na minha humilde condição de contribuinte, a cobrança das dívidas de bancos, clubes de futebol e grandes empresas, sem dó nem piedade; a abertura do mercado nacional, como ocorreu no Chile; a diminuição da carga tributária e uma máquina estatal menor, com o essencial. Um Poder Legislativo com menos membros e sem regalias; um Judiciário em seu lugar, sem interferir no Executivo, sem benesses e recebendo o justo. Um país digno para seus cidadãos, com saúde, segurança e sistema previdenciário honesto. De utopia também se vive.
Edmar Augusto Monteiro
eamonteiroea@hotmail.com
São Paulo
É muito?
Ao presidente Jair Bolsonaro, que toma posse hoje, desejo um ano novo repleto de realizações das promessas feitas na campanha eleitoral. Ao Judiciário e à Previdência Social desejo um ano de grandes reformas e a alguns ministros, um bom descanso. Aos trabalhadores desejo mais empregos e melhores salários e aos aposentados, um tratamento mais digno. Aos corruptos e a outros delinquentes desejo punição exemplar e efetiva e aos empresários, mais investimentos com juros menores e menos impostos. Será que estou desejando muito?
Cláudio Moschella
arquiteto@claudiomoschella.net
São Paulo
Registro histórico
Toda a Nação espera que este 1.º de janeiro de 2019 possa ser marcado na história como o início de uma era de desenvolvimento, com equilíbrio entre os Três Poderes da República. Que o Judiciário cumpra a sua parte, deixando de lado o estrelismo de ministros da Corte Suprema como no caso recente de sua excelência Marco Aurélio Mello no episódio da concessão de liberdade a presos condenados em 2.ª instância. Que o Legislativo acabe com a tônica das promessas de trabalhar com ética em benefício de seus eleitores, seus verdadeiros patrões, porque a maioria exerce seu mandato visando a seu interesse próprio, na base do toma lá dá cá, sem nenhum interesse público. E ao Executivo, o que deseja a nação brasileira? Que a luz de esperança que brilhou no horizonte com a candidatura de Jair Bolsonaro se concretize em atitudes de equilíbrio, com a gestão pública sempre no rumo do atendimento dos interesses coletivos, e que voltem os empregos, haja um mínimo de segurança, saúde e educação para muitos brasileiros que não sabem o que isso significa. Que a passagem de Bolsonaro pela Presidência não seja jamais como a luz que nos brilhou quando Fernando Collor apareceu com suas promessas e se esvaiu como o cometa Halley, da mesma forma como foram os 13 anos de petismo no poder. E que justiça seja feita a Michel Temer, que pegou o leme de um país desgovernado e, com medidas impopulares, entrega uma nação caminhando com suas próprias pernas. Que Bolsonaro não nos decepcione. O futuro nos dirá o que poderemos registrar sobre ele na história de nossos governantes.
Shiguemassa Iamasaki
yamazaki@yamazaki.adv.br
Maringá (PR)
Desafios na economia
É de todo compreensível que Jair Bolsonaro não tenha tido tempo nem disposição para ler os jornais nos dias conturbados que antecederam sua posse, mas é de grande importância que seus auxiliares mais próximos tenham lido no Estadão de 30/12 (páginas B4 a B8) Os desafios do governo Bolsonaro. É preciso ponderar, analisar e julgar importante o que foi escrito por Gustavo Franco, Elena Landau, Marcelo Caetano, Bernard Appy, José R. Mendonça de Barros, Carlos Melo, Affonso C. Pastore, Rubens Barbosa e Barry Eichengreen. Sem dúvida, é uma importante contribuição para o futuro presidente da República.
José Carlos de Castro Rios
jc.rios@globo.com
São Paulo
Deixa ficar
Após idas e vindas, protagonizando o “tira-põe” dos Escravos de Jó, ziguezagueando à frente do photochart palaciano, Michel Temer decidiu não assinar o decreto que concederia o indulto de Natal. Os corruptos de colarinhos que atentaram contra a administração pública, com senhas de soltura asseguradas na letra original do generoso e discutível decreto, permanecerão inarredáveis, fartando-se, doravante, das ceias servidas pelas cantinas das unidades prisionais onde estão domiciliados. Será que o presidente, “jogando caxangá” com “escravos guerreiros”, fiéis defensores da República por juramento, assim o fez porque ouviu em uníssona roda o providencial refrão “deixa ficar”? Feliz 2019, meu Brasil brasileiro!
Camila P. David de Oliveira
camilapdavid@yahoo.com.br
São Paulo
Tradição não é obrigação
O Decreto n.º 8.940, de 22 de dezembro de 2016, que, entre outras providências, concede o indulto de Natal a presos, diz que tal concessão é competência privativa do presidente da República, nos termos da Constituição, e estabelece as condições e os beneficiados. Então o presidente concede ou não. O fato de ser tradição, que consta no decreto, não torna a concessão obrigatória. Ardilosamente, procuraram desvirtuar a interpretação do texto do decreto para que fossem indultados os crimes de lavagem de dinheiro e corrupção, por exemplo, sob a alegação de que não são crimes violentos. Se não é uma violência não ser atendido em hospitais da rede pública, não ter segurança pública nas ruas nem escolas públicas de qualidade, então não sei o que é violência neste país.
Panayotis Poulis
ppoulis46@gmail.com
Rio de Janeiro
Vítimas
Em boa hora Temer ouviu o clamor das ruas. São as pessoas que não têm segurança nem carro blindado as vítimas dos presos beneficiados pelo indulto. Bolsonaro vem aí e já sinalizou que vai acabar com esta afronta. O povo, o eterno sofredor, aguarda que providências sejam tomadas a fim de que não coloquem nas ruas bandidos que roubam, matam e enlutam famílias inteiras. Basta de tanta violência.
Izabel Avallone
izabelavallone@gmail.com
São Paulo
‘O canto de Temer’
Ao não conceder o discutível indulto de Natal, Temer me remeteu ao Canto de Ossanha, ecoando na voz da pimentinha Elis Regina: “O homem que diz dou não dá, porque quem dá mesmo não diz (...)”. Seria deselegante alcunhar o épico sucesso de Baden Powell e Vinicius de Morais de O canto de Temer?
Júlio A. Echeverria Vieira
jecheverria50@gmail.com
Santa Cruz, Califórnia, EUA
Novo governo
Hoje é dia de festa e de comemoração. Teremos um novo presidente da República. Ampla maioria o elegeu, mas também foi grande o número de opositores. Alguns esperam muito, outros se decepcionaram e acham que contribuir se restringe a criticar. Após a festa, depois de recolher o lixo e acordarmos para o dia seguinte, saberemos de fato que propostas serão postas em votação pelo novo Executivo. Será, então, o momento em que as esperanças se tornarão realidades. As expectativas de mudança são grandes. Daí se cobrar muito em realizações. O grupo escolhido para áreas consideradas fundamentais do governo tem peso na capacitação. Veremos, então, como se sairão nas suas aprovações legislativas, e também diante das críticas à execução de seus projetos. Apesar de ainda ser uma incógnita, há aprovação popular crescente e o cenário econômico dá sinais positivos encorajadores. Torcemos para que tudo isso contribua para que os milhares de desempregados de hoje voltem a sorrir amanhã, por estarem novamente empregados. Boa sorte ao novo presidente.
Sergio Holl Lara
jrmholl.idt@terra.com.br
Indaiatuba
Boas-vindas
Seja bem-vindo, Jair Bolsonaro, à direção do nosso majestoso Brasil, que vem cambaleando durante as três últimas décadas com administrações públicas que não satisfizeram nem melhoraram o bem-estar dos brasileiros. A responsabilidade do presidente em corresponder à expectativa geral da nossa gente é enorme, mas a maioria está confiando na sua postura. Sabemos que nenhum ser humano é perfeito, Bolsonaro também não é, mas os brasileiros lhe depositam enorme confiança, desejando-lhe muita sorte, sabedoria, força moral e competência para tornar a vida dos brasileiros mais aceitável em comparação com o passado. O presidente já começará o mandato com a colaboração plena do seu maior adversário, os petistas, que não participaram da cerimônia de posse.
Benone Augusto de Paiva
benonepaiva@gmail.com
São Paulo
Sorte ao presidente
28 de dezembro, sexta-feira, 17 horas em Higienópolis, bairro tradicional de classe média alta de São Paulo. Madame ricamente "produzida" entra com carro importado, top de linha, na última vaga livre de estacionamento de uma farmácia. Celular na mão esquerda, sacola bacana na mão direita, caminha uns 40, 50 metros e entra num edifício residencial. Enquanto isso, quem precisa estacionar para comprar um remédio fica dando voltas. Depois de 15, 20 minutos, ela volta só com o celular, depois de ter deixado a lembrancinha - uma "bobaginha", não repara tá? -, pega o carro e vai embora. Madame fez isso por que faltou segurança? Faltou sistema de saúde pública? Faltou estrada para ela? Água e esgoto tratado? Harvard, Princeton, Oxford ou Sorbonne teriam ensinado a não fazer isso? Obviamente, não, então madame não fez isso porque faltou educação. Madame fez isso porque faltou caráter! Senhor presidente eleito, Jair Messias Bolsonaro, eis aí o seu povo a partir de hoje, 1.º de janeiro de 2019. Boa sorte com ele. Foi esse o brinde que lhe fiz com a xícara de café que eu tomava na padaria em frente.
Marcia Meirelles
marciambm@yahoo.com.br
São Paulo
Voto de confiança
Parabéns, "meu" presidente! Apesar das aspas nos pronomes possessivos, não posso deixar de cumprimentar o "nosso" novo presidente. Afinal, foi o que fiz com seu antecessor aqui, nesta mesma coluna, em 27/10/2014, dia seguinte do 2.º turno que reelegeu a candidata do PT. Foi quando cumprimentei não Dilma Rousseff, mas Michel Temer, pela eleição para presidente, tal a certeza que eu tinha no futuro impeachment da eleita. Na última eleição votei, sim, em Jair Bolsonaro e fui seu cabo eleitoral fanático, inclusive em todas as mídias sociais de que participo. Essa minha escolha, assim como a da grande maioria dos que o elegeram, na verdade se fundamentou no motivo das aspas: fomos convencidos pelo maior e principal cabo eleitoral de Bolsonaro, o PT. Ou, mais propriamente, pela ojeriza ao PT, seus "sócios", seus métodos, sua roubalheira sem limites, sua prepotência, suas oportunidades descartadas em fazer deste país um dos melhores, seus crimes ainda a comprovar, enfim, tudo aquilo que levou nossa nação ao caos atual após anos de mandatos petistas, mesmo com as tentativas posteriores de Temer de corrigir algo. Por isso, como a maioria dos que deram a vitória a Bolsonaro, troquei, com meu voto, a certeza de caos pior ainda pela incerteza da inexperiência de quem, de início, só oferecia um discurso radical. Felizmente, após eleito, "nosso" presidente tem mostrado posicionamento e escolhas razoavelmente promissoras. Tem sido um bom começo. Apesar das vacilações e tropeços iniciais, até de seus familiares, faz ele ainda jus ao meu voto de confiança. Sim, ainda. Espero, sinceramente, que não nos decepcione e que, em bem pouco tempo, possamos orgulhosamente chamá-lo de nosso presidente, assim, sem aspas.
Lazar Krym
lkrym@terra.com.br
São Paulo
Recado
Breve lembrete a todos os eleitos que serão empossados neste 1.º de janeiro de 2019: não se esqueçam de que são servidores públicos, eleitos para servir, e não para se servirem do poder que as urnas lhes conferiram. Não frustrem nossas esperanças!
Eduardo Augusto Delgado Filho
e.delgadofilho@gmail.com
São Paulo
Posse
Hoje tomará posse o eleito Jair Bolsonaro e, para tanto, haverá restrições de acesso a jornalistas - os de que a família Bolsonaro não gosta. Para a posse de um presidente eleito numa democracia, a de Bolsonaro vem carregada de expressas indicações restritivas da liberdade de imprensa. Lembra muito a ditadura.
Marcos Barbosa
micabarbosa@gmail.com
Casa Branca
Cerimônia desprestigiada
Ao contrário de seus antecessores, a posse do presidente Jair Bolsonaro não terá a presença de chefes de Estado de potências econômicas e/ou militares, eis que somente chefes de Estado, em sua maioria de países sul-americanos, confirmaram presença. Nem a vinda do primeiro-ministro de Israel serviu para acobertar o fiasco anunciado. Primeiro, ele não é mais chefe de governo, pois o Parlamento israelense acaba de ser dissolvido e convocada eleição antecipada para que ele não fosse preso. Segundo, ao contrário do trocadilho feito pelo ex-premiê israelense, Israel não é terra prometida, mas terra invadida, confiscada à força do povo palestino, que sofre forte discriminação racial pelas forças de segurança do Estado sionista.
Marcos Abrão
m.abrao@terra.com.br
São Paulo
Boicote
PT, PSOL e alguns membros do PDT e do PSD anunciaram que não comparecerão à posse do presidente Jair Bolsonaro, como forma de mostrar descontentamento por sua eleição. Que pena! Será que eles estão convictos de que sua ausência tirará a pompa e o brilho da cerimônia da posse? Infelizmente, o recalque ainda está presente nesta massa. Nota: não sou eleitor de Bolsonaro, mas respeito a votação obtida por ele.
Adib Hanna
adib.hanna@bol.com.br
São Paulo
O PT e a lisura
PT, PCdoB e PSOL anunciaram boicote à posse. O PT, em nota, disse que reconhece o resultado das eleições, mas afirmou que elas foram marcadas por falta de lisura. Risos...
José Eduardo Victor
victorjoseeduardo@gmail.com
Jaú
Primor da alienação
Minha certeza absoluta de que nada mais, dentro do campo político, me incomodaria nos últimos dias de 2018 foi jogada na lata de lixo, graças às declarações de lideranças vermelhas de que não participariam da posse de Jair Bolsonaro. A cereja deste bolo "red velvet", como não poderia deixar de ser, é a nota da quadrilha que se autointitula partido político, quando textualmente cita, entre os motivos para tão (pensam eles) lastimável e sentida ausência, os seguintes fatos: 1) a falta de lisura (?) da disputa, pela descaracterização (?) da mesma, em virtude do "golpe" (?) do impeachment. 2) A "proibição ilegal" (?) da candidatura de seu chefe quadrilheiro. 3) A manipulação "criminosa" (?) das redes sociais para difundir mentiras contra o candidato-títere Fernando Haddad. 4) Que o "resultado das urnas é fato consumado, mas não representa aval a um governo autoritário, antipopular e antipatriótico marcado por abertas posições racistas e misóginas, declaradamente vinculado a um programa de retrocessos civilizatórios". Os motivos alegados são verdadeiro primor da alienação mental dos dirigentes desta organização criminosa que pensam que todos os brasileiros são acéfalos, idiotizados ou lobotomizados por suas doutrinas. Vossa ausência na cerimônia de posse, apenas e tão somente demonstra que em festa de democracia apenas aqueles que são minimamente engajados nela dela participam. Em festa do bem, escória é escorraçada e nunca é bem-vinda.
Renato Otto Ortlepp
renatotto@hotmail.com
São Paulo
Oposição
O PT destruiu o conceito de esquerda no Brasil. Para a população, virou sinônimo de crime e bandalheira. Onde estão seus intelectuais e políticos sérios e confiáveis? Será que só sobrou a turma do "Lula livre"?
Luiz Frid
luiz.frid@globomail.com
São Paulo
Plano malsucedido
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso há 270 dias. Nesse período, Lula deixou a carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, apenas para uma audiência com a juíza Grabriela Hardt. O presidente mais popular das últimas décadas, que governou o País durante oito anos, não comemorou o Natal em casa junto com seus familiares nem o réveillon. Alguns gatos pingados devem ter comparecido às redondezas da Polícia Federal, em solidariedade ao líder da esquerda brasileira. Os milhões de desempregados compartilharão com Lula toda a tristeza deste plano malsucedido.
José Carlos Saraiva da Costa
jcsdc@uol.com.br
Belo Horizonte
Prisão em 2.ª instância
Como pode um ministro do Supremo, com a intenção de libertar um dos maiores corruptos do planeta, em decisão monocrática, bem na hora de o órgão colegiado entrar em recesso, mandar soltar outros 170 mil bandidos presos condenados em 2.ª instância, incluindo pedófilos, estupradores e homicidas? Este senhor Marco Aurélio Mello perdeu "definitivamente" a confiabilidade para votar qualquer matéria jurídica dentre os 11 ministros, ou mesmo ficar de plantão no Supremo Tribunal Federal (STF), se escalado fosse. Tem de sofrer impeachment, sim, ou este país não será considerado uma nação séria!
José Carlos Alves
jcalves@jcalves.net
São Paulo
Eleição no Senado
O editorial "A separação dos poderes" (29/12/2018, A3) demonstra que o douto ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão monocrática, decidiu matéria de plena competência do Senado Federal a respeito da eleição dos cargos da Mesa Diretora. Essa decisão descabida, injusta, se for desrespeitada pelo Poder Legislativo, acarretará alguma medida punitiva, retaliatória ao presidente do Senado? Com confronto entre dois poderes, como ficariam as decisões monocráticas, considerando que o Supremo Tribunal Federal é uma corporação de juízes, como se manifestariam os demais integrantes dessa Corte?
Aloisio Pedro Novelli
celnovelli@terra.com.br
Marília
Indulto de Natal
Michel Temer encerra seu governo com chave de ouro. Depois de recolocar o País nos trilhos, após os desgovernos petistas, desistiu de editar o decreto de indulto de Natal, que concede perdão a presos condenados a determinados crimes. Se o próprio STF não finalizou o julgamento sobre a validade do indulto natalino, apesar de formar a maioria para derrubar liminar e manter o indulto de Temer de 2017, por que editar antes da decisão da Suprema Corte?
José Wilson de Lima
jwlcosta@bol.com.br
São Paulo
Chega de impunidade
O presidente Michel Temer resolveu na última hora não assinar o indulto de Natal que tantos delinquentes ansiosamente esperavam. Ainda bem, porque mesmo sendo o presidente pior avaliado pelos brasileiros, com essa atitude poderá sair pela porta da frente, porque o indulto assinado por ele em 2017 o colocava no topo da lista dos presidentes que mais compactuava com a corrupção e o levava a sair da Presidência pela porta dos fundos. Parece que a gritaria da população brasileira ajudou Temer na atual decisão. Chega de impunidade!
Beatriz Campos
beatriz.campos@uol.com.br
São Paulo
Mortalidade infantil
Ao noticiar a queda da mortalidade infantil ("Estadão" de 31/12/2018), a imprensa sempre se "esquece" da grande contribuição prestada pela Pastoral da Criança, fundada pela inesquecível Dra. Zilda Arns. Ensinando a mães técnicas simples de higiene e reforço de alimentação, essa instituição claramente contribuiu para o resultado positivo. É tempo de resgatar essa verdade.
Sarah de Castro F. Barbosa
sarahdecfontesbarbosa@gmail.com
São Paulo
'Enxugando gelo'
Muito bom o artigo do jurista Modesto Carvalhosa no "Estadão" de sábado ("Enxugando gelo", 29/12/2018, A2), e assustadores os números: 12,5 milhões de brasileiros buscando emprego, devido à crise, essencialmente de incompetência, extravagância populista e de corrupção dos desgovernos petistas; ao mesmo tempo, e enquanto a grande parte da população é sacrificada, temos de sustentar, através dos impostos escorchantes embutidos em toda a conta, 12,5 milhões de funcionários públicos que continuam usufruindo de estabilidade plena, quer sejam úteis ou não ao Estado e quer apresentem bom desempenho ou não - uma verdadeira aberração! Na minha tese de doutorado, no tema de políticas públicas para acesso a medicamentos no Brasil, tive a oportunidade de conversar com os principais atores da cadeia de suprimentos do Programa Farmácia Popular, inclusive gestores públicos do SUS de São Paulo, e a minha conclusão é que a integração da gestão pública com a iniciativa privada tem resultados muito positivos em aumento na eficiência operacional e redução de gastos públicos, decorrentes dos desperdícios da própria ineficiência, e com ganhos traduzidos em maior bem-estar à população. As leis do País precisam ser reformuladas para permitirem maior flexibilidade na gestão pública, o que inclui a reestruturação e enxugamento de equipes, quando necessário, com vistas à maior eficiência na gestão e otimização de recursos, tal como acontece na iniciativa privada.
Silvia Rebouças P. de Almeida
silvia_almeida7@hotmail.com
São Paulo
Contraste dramático
O excelente artigo do Modesto Carvalhosa ("Enxugando gelo", 29/12/2018, A2) é leitura obrigatória por todos aqueles que se interessam pelo futuro deste país. A estabilidade bem remunerada dos 12 milhões de servidores públicos contrasta dramaticamente com os 12 milhões de desempregados lutando pela sobrevivência.
José Sebastião de Paiva
jpaiva1@terra.com.br
São Paulo
Um novo País
A respeito do brilhante e oportuno artigo do professor Modesto Carvalhosa (29/12/2018, A2), é premente que o Brasil atinja a maturidade política e a justiça social. Os privilégios do funcionalismo público em piscas eras se justificavam porque à época era necessário estimular os trabalhadores a se interessar pelo serviço público. Quase um século depois, o País precisa modernizar-se e adequar-se às condições socioeconômicas contemporâneas. A maioria da população recebe um salário mínimo, aliás, bem aquém do que seria o ideal pelos cálculos do Dieese. Qual o sentido desses trabalhadores sustentarem, à custa de elevada carga tributária, as mordomias de um aparelho de Estado inchado e ineficiente, e totalmente deslocado dos níveis salariais e condições dos próprios pagantes? É um contrassenso e retrocesso, pois retira-se dos pobres para privilegiar uma casta que deveria servi-los. Sabemos que o proletariado paga, proporcionalmente, muito mais impostos do que os abastados. O presidente Bolsonaro poderá, com o apoio maciço da população e do empresariado, iniciar uma nova era para nascer um novo Brasil, justo e equilibrado. Pelo bem de todos, façamos nossa parte.
Angela Barea
angelabarea@yahoo.com.br
São Paulo
Um Estado inviável
O grande mestre Modesto Carvalhosa, no seu primoroso artigo de 29 de dezembro, vai no ponto central da questão da viabilidade ou não do Estado brasileiro, que estará em atacar ou não os direitos abusivos dos funcionários públicos, desde a Constituição Cidadã, pois como está nunca se chegará a um superávit se isso não for feito. Sua análise, do ponto de vista jurídico, é perfeita. Talvez faltou conjecturar como se chegou a essa situação, pois 30 anos depois o nosso atual Estado está falido, gasta mais do que arrecada, tem-se uma imensa dívida quase impagável, além de haver muitos direitos e poucos deveres e responsabilidades, porque os que escreveram a Carta não colocaram lá de onde viriam os recursos para tantos direitos. Na Constituição anterior havia funcionários celetistas e poucas carreiras de Estado onde havia estabilidade, como juízes, promotores, fiscais, oficiais das Forças Armadas, diplomatas e outros assemelhados. A nova Carta exigiu que todos os funcionários doravante seriam estatutários com estabilidade. Também foi criado o fetiche dos "direitos adquiridos" daqueles que passaram num concurso público, que, passado o estágio probatório, adquiriam privilégios vitalícios, esquecendo-se de que o concurso público, na realidade, é apenas uma forma de escolha isonômica e nada mais. A esperteza das corporações ao induzir isso no texto da Magna Carta criou também no Poder Judiciário e no Ministério Público defensores naturais nas pessoas dos juízes e promotores, para manter os "direitos intocáveis". Todavia, existe o fato real da logo inadimplência, pois leis e decretos podem criar muita coisa, mas não dinheiro de impostos, que é unicamente oriundo da taxação de fatos econômicos, e a atual situação já cobra 1/3 do PIB em tributos, recebendo a sociedade péssimos serviços em troca.
Ulf Hermann Mondl
hermannxx@yahoo.com.br
São José (SC)
Drenos insaciáveis
O dr. Modesto Carvalhosa nem parece ser o advogado brilhante que é, em seu artigo "Enxugando gelo". Parece mais um experiente cirurgião, que vai no cerne do tumor que aflige o Brasil. Sem dúvida, os milhões de funcionários públicos nas esferas federal, estaduais e municipais, sem falar nos escândalos do Judiciário e do Legislativo com seus milhares de "assessores", passando pelos cabides de emprego cinco estrelas, que são o TCU, os TCEs e os TCMs, são os drenos insaciáveis do Orçamento. A eles se juntam estatais, agências tipo Anac, Aneel e outras onde medalhões políticos como Eunício, Aécio, Calheiros, Dirceu penduram seus "aspones" e amantes. Não deixo de reconhecer o valor e a dedicação desses funcionários, mas creio que tudo funcionaria bem com a metade dos 12 milhões.
Joao Paulo de O Lepper
jp@seculovinteum.com.br
Rio de Janeiro
Gratidão
Não faz muito tempo, eu e o professor Modesto Carvalhosa nos encontramos fortuitamente na frente da Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Ambos tentávamos encontrar um táxi. Nos cumprimentamos cordialmente com um caloroso aperto de mãos; um estranho e um dos mais importantes juristas do País. No ponto, em frente às Arcadas, o único táxi estacionado já estava com a corrida reservada. O professor despediu-se cordialmente de mim e começou a afastar-se a pé. Ele já estava a uns 15 metros quando, por sorte, eu consegui parar um táxi que passava pelo local (o único em mais de 20 minutos): "Professor Modesto Carvalhosa, consegui um táxi para o senhor". Ele até que tentou recusar, mas eu lhe disse que "seria incapaz de entrar no veículo e deixar-lhe à sorte de encontrar um outro". Ele, então, sorriu, agradeceu, entrou no táxi e partiu. Professor Modesto, eu que devo lhe agradecer! Não apenas por ter tido o prazer e o privilégio de oferecer-lhe o taxi e de poder contar sobre esse breve e fortuito encontro, mas, especial e principalmente, pela qualidade dos lúcidos artigos que publica neste jornal, sempre acessíveis a todos, pelo ativismo e pela militância apartidária que representa muito bem a indignação de boa parte dos brasileiros a este "status quo" tão lesivo ao desenvolvimento (social, econômico, político e moral) do nosso país. Muito obrigado!
Daniel Ostronoff
d.ostronoff@romeirohermeto.com.br
São Paulo
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