19 de fevereiro de 2019 | 01h00
Que é isso, presidente?
O Brasil conseguiu tirar o PT do governo. Eleito, Jair Bolsonaro logrou (salvo três ou quatro escolhas questionáveis) montar uma boa equipe, com destaque para a excelência dos times da Economia e Justiça. Ainda estamos em lua de mel. Mas justo quando mais precisamos pacificar e organizar o Congresso, onde será necessário o voto qualificado das duas Casas para aprovar reformas cruciais, o circo político pega fogo por causa da fritura de um ministro pelo clã Bolsonaro. O que é isso, presidente? Precisamos parar esse caos tuiteiro, há um país a governar!
Leia mais na página de Opinião
Fernando B. Nogueira
fernando@bikeways.com.br
São Paulo
Liturgia do cargo
Estamos conhecendo melhor a família Bolsonaro. O presidente, que se comunica mais facilmente pelas redes sociais, está acostumado ao compartilhamento de notícias. Mas não se deu conta, em sua ascensão política, de que palavras e atitudes agora têm outro peso e podem acarretar implicações profundas no cotidiano do povo que governa. Para o bem e para o mal. Ao nomear um porta-voz, reconheceu que a comunicação de um presidente não se deve circunscrever ao informal. O poder presidencial tem a sua liturgia. Os filhos de Jair Bolsonaro estão bem encaminhados na política, preparados para voos solo. Nessa liturgia, o voo do presidente vem em primeiro lugar.
Sergio Holl Lara
jrmholl.idt@terra.com.br
Indaiatuba
Bolsonaro está cheio de boas intenções, mas muitas de suas atitudes nada têm que ver com sua posição. Precisa deixar de dizer tudo o que lhe vem à cabeça e falar apenas o necessário.
Laert Pinto Barbosa
laert_barbosa@globo.com
São Paulo
A mão que balança o berço
Qual será a poderosa mão que balança o berço nos subterrâneos da crise que atinge o governo a menos de dois meses de seu início? Será a mesma que arquitetou a patuscada Janot/Joesley em 2017 e acabou com o governo Temer e a reforma da Previdência às vésperas da votação? Vamos ficar atentos aos desdobramentos do episódio Bebianno e de possíveis novos casos com o objetivo de enfraquecer o governo Bolsonaro e paralisar sua agenda de reformas. Não poderíamos esperar que mesmo uma pequena parte dos privilégios fosse entregue de bandeja, com renúncia pacífica ao marajalato vitalício daqueles que se amoitam sob os mantos (e togas) de uma democracia de araque que apenas a eles aquinhoa.
Jorge Manuel de Oliveira
jmoliv11@hotmail.com
Guarulhos
Mudar para valer
A população brasileira fez a sua parte tentando remover obstáculos às reformas que prejudicam o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Mas os mandatários eleitos precisam ter foco e retidão para compreender que no curso de um mandato é preciso estabelecer vacinas que impeçam fatos como a severa recessão que o País enfrenta, aparelhamentos e fragilidade democrática. Pois, apesar de o prazo do mandato ser razoável, o tempo pode ser desperdiçado se o que se fizer for apenas ocupar-se da burocracia trivial. Para isso é necessária alta dose de desprendimento e grande prioridade aos interesses brasileiros. A sociedade consciente já precificou a sua dose de contribuição, porém os políticos parecem não ter entendido que precisam romper com o mesmo jogo que nos lançou no atual atoleiro.
Airton Reis Júnior
areisjr@uol.com.br
São Paulo
Política econômica
Concordo plenamente com o editorial Pragmatismo para crescer (17/2, A3): inflação controlada e juros baixos são condições importantes para uma economia saudável. Porém na última reunião do Comitê de Política Monetária os diretores do Banco Central foram muito enfáticos ao destacar que o crescimento de longo prazo com expansão segura dos negócios e do emprego implica questões muito mais abrangentes. Se for considerado o atual cenário desanimador da economia brasileira, a prioridade dada pelo governo Bolsonaro ao equilíbrio do Orçamento da União e à reforma da Previdência já será um alicerce e tanto para arrumar o País, pois sem progresso econômico não existe progresso social.
Edgard Gobbi
edgardgobbi@gmail.com
Campinas
Nosso Judiciário
A capa do Estadão de ontem resume bem o mal que nos faz o Judiciário. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, vai levar a julgamento vários processos tributários cujo valor alcança R$ 50 bilhões e que estão parados por pedidos de vista há mais de dez anos. O regulamento do tribunal define um prazo curto para as vistas, que não é seguido. Em outro ponto da capa somos informados de que a maioria dos juízes de primeiro grau não segue a jurisprudência, expondo claramente a insegurança jurídica que isso causa. É incrível como os magistrados são rápidos quando se mexe no seu bolso, mas não se importam quando o interesse é do Brasil. Fala-se tão mal do Congresso Nacional, mas o Poder que mais nos atrasa é mesmo o Judiciário.
Aldo Bertolucci
aldobertolucci@gmail.com
São Paulo
Dinheiro na mão
Ao decidir pelo fim das contribuições privadas em apoio a candidaturas políticas, o STF validou o sistema da montanha de dinheiro dos fundos partidários, dinheiro público. Assim, dinheiro na mão de político é vendaval e o escândalo que o atual partido do presidente desenha é apenas sinal dos tempos. A nossa classe política é incorrigível quando se trata de dinheiro dos contribuintes brasileiros.
Carlos Henrique Abrão
abraoc@uol.com.br
São Paulo
Prefeitura Regional da Lapa
Preocupado com os viadutos, o prefeito (?) não tem feito nenhum serviço de tapa-buracos pelos bairros, que com as chuvas estão precisando muito. No Sumaré, onde moro, as ruas estão muito esburacadas. É um bairro que está a merecer muita atenção nesse item. Recapeamento nem pensar... Como é feio ver as ruas da cidade cheias de remendos, mas sempre é melhor que esburacadas. O que fazer para conseguirmos esse serviço? Aliás, cadê mesmo o prefeito? O que anda fazendo? Será muito exigir das prefeituras regionais, como a da Lapa, que façam suas equipes funcionar?
Marcos Pougy
marcoslaly@gmail.com
São Paulo
A 'nova' UDN
Parece boa a iniciativa de criação de uma nova UDN como partido aglutinador das forças políticas da direita nacional, de que tratou matéria do "Estadão" de domingo (17/2, A4). Abandonar o PSL e seus laranjais até poderá ser uma boa saída para o clã Bolsonaro. Tudo bem, mas o que desde já coloca aspas na nova sigla é a ida de Flávio Bolsonaro, com Fabrício Queiroz na bagagem, e de outros flávios, queirozes e laranjais que certamente existem entre os velhos políticos que formarão a "nova" UDN. Prato cheio de matéria-prima para os fabricantes de crises em série que desde maio de 2017 vêm tocando sua indústria com o objetivo de blindar a privilegiatura contra qualquer iniciativa reformista - sobretudo na Previdência - de qualquer governo. Eles não pararão por bem, sejam quais forem as siglas.
Jorge Manuel de Oliveira
moliv11@hotmail.com
Guarulhos
Sofá à venda
Não seria mais correto o clã Bolsonaro apurar cada falcatrua, mostrando que são totalmente isentos de culpa, ao invés de migrar para outro partido? Largar o partido que o elegeu é, segundo me parece, "vender o sofá", parafraseando a velha história do marido que encontra a mulher com outro.
Maria do Carmo Zaffalon Leme Cardoso
zaffalon@uol.com.br
Bauru
Batendo em retirada
Os "menudos", filhos do presidente Jair Bolsonaro, pretendem "bater em retirada", saindo do PSL para irem para o partido União Democrática Nacional (UDN). A pergunta que não quer calar: será que longe do "paizão" conseguem enfrentá-lo e fazer oposição às suas propostas? Quem viver verá!
Júlio Roberto Ayres Brisola
jrobrisola@uol.com.br
São Paulo
Alvissareira notícia
Está em fase de criação a nova UDN. Desde 1964, quando o novo regime de então extinguiu todos os partidos políticos, eu, membro da extinta União Democrática Nacional, jamais me filiei a qualquer dos partidos desde então criados. Lá se vão 55 anos em que me sinto um órfão político. Convidado para aderir à Arena, um dos dois partidos então recém-criados, declinei do convite e jamais me arrependi. O MDB jamais ousou me convidar. Agora, alegremente, vou procurar minha filiação ao partido de minha juventude, cuja legenda era "o preço da liberdade é a eterna vigilância". Famosa frase de Thomas Jefferson e grande verdade. Espero poder contribuir com a legenda que lembra minha juventude e que o movimento de 1964 houve por bem extirpar. Vou procurar minha filiação.
Mário Rubens Costa
costamar31@terra.com.br
Campinas
Mil anos
"Estadão" diz que clã Bolsonaro vai para a UDN: capitão vira brigadeiro Eduardo Gomes e o trio peralta encarna Carlos Lacerda, Milton Campos e Afonso Arinos de Mello Franco? Só em mil anos de reencarnações!
Paulo Sergio Arisi
paulo.arisi@gmail.com
Porto Alegre
O presidente e a UDN
A possível mudança do presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e seguidores para a UDN é um fato novo no dia a dia da política, mas não chega a ser novidade na carreira do governante que, nos seus 30 anos de mandato, passou por sete partidos. O País vive uma importante virada de ciclo, semelhante às ocorridas em 1945, 1964 e 1985, com a diferença de hoje não haver quebra institucional nem alteração do processo eleitoral. Bolsonaro e seu grupo têm de se prevenir e manter a credibilidade. Evitar decisões impensadas e geradoras de crise, lembrando os exemplos dos seus histriônicos antecessores Jânio Quadros e Fernando Collor, que, com medidas de alta repercussão, perderam a condição de governar. O momento exige firmeza e segurança do governante. Pouco importa se no PSL, na UDN ou em qualquer outra sigla, tem de se cuidar e ter como foco principal aquilo que prometeu em campanha e com o que ganhou os votos. Uma das tarefas a cumprir - é bom não esquecer - é a reforma do sistema partidário, que hoje não atende aos interesses do País.
Dirceu Cardoso Gonçalves
aspomilpm@terra.com.br
São Paulo
PSL II
Depois de ser tratado com indiferença por uma administração fechada e não democrática de um partido com dono, criei um grupo dissidente para formar uma chapa e disputar as eleições internas do PSL. Agora, vejo denúncias de corrupção e candidatos laranjas que desviaram dinheiro público e uma briga entre o presidente Jair Bolsonaro e o administrador Gustavo Bebianno. Convido o cidadão Bolsonaro a fazer campanha para a chapa PSL Nacionalista, que reúne militantes conservadores e nacionalistas por um partido democrático com doutrina e militância ativa.
Francisco Anéas
franciscoaneas66@gmail.com
São Paulo
Caso Bebianno
Carlos Bolsonaro, filho do presidente, fez a primeira vítima, o ministro Gustavo Bebianno. Seguramente, está orgulhoso. Deveria patentear a nova e nociva forma de como fazer política com o fígado, e não com o cérebro. Carlos é o farejador de pretensos inimigos do pai até nas sombras. Jair Bolsonaro, que ama e idolatra o filho, cegamente (disse cegamente? Então acertei em cheio), vibra e agradece pelo brilhante desserviço e gol contra do atrevido e insolente rebento. Casa dividida é prato cheio para os adversários. Pasmos, os aliados do governo correm para tentar recolher os cacos do vexame. Gostariam de saber de quantos votos o vereador Carlos dispõe, no Congresso, que ajudem na aprovação das reformas urgentes e vitais para o Brasil. Nessa linha, a propósito, escrevi nas redes sociais em dezembro de 2018, com o título "Filhos peraltas": "Será que os filhos de Bolsonaro vão deixar o futuro presidente da República trabalhar em paz? Falam pelos cotovelos. Metem os bedelhos onde não devem. Precisam botar um freio nas palavras. Afoitos, criam arestas com os próprios aliados". Concluí, antevendo problemas e dores de cabeça para o presidente: "Não tem cabimento, depois de trabalhar com determinação para eleger-se chefe da Nação, Bolsonaro levar bolas nas costas. E logo dos seus amados filhos".
Vicente Limongi Netto
limonginetto@hotmail.com
Brasília
Rambo
A propósito da inesperada demissão - ontem ainda não publicada no "Diário Oficial", como era esperado - do importante cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência após apenas mês e meio do novo governo Bolsonaro, a quem muito ajudou a se eleger, Gustavo Bebianno disse com todas as letras à jornalista Vera Magalhães, articulista do "Estadão", a frase símbolo do segundo filme da série Rambo, que retrata um militar expurgado, armado até os dentes e disposto a tudo para se vingar: "O que eles chamam de inferno eu chamo de lar". Diante da ameaça explícita, não há dúvida da alta tensão que estará no ar nos emocionantes e imperdíveis próximos capítulos deste surpreendente ocorrido. Quem sobreviver verá...
J. S. Decol
decoljs@gmail.com
São Paulo
Arestas a aparar
Li em nosso "Fórum dos Leitores" de sábado várias cartas enviadas com críticas a Bolsonaro no episódio envolvendo seus filhos. Permitam-me também incluir, aqui, o editorial "Filhocracia" (15/2, A3). Quem mentiu no episódio Bebianno foi o presidente? Não! Este senhor, sim, faltou com a verdade tentando justificar seus erros, como se o presidente o estivesse apoiando. Concordo que a ingerência dos filhos ("caneladas") não deveria ocorrer. Porém sério, mesmo, é pegar este episódio e dificultar a aprovação pelo Congresso das reformas tão necessárias ao País, como deu a entender o presidente da Câmara. Isso, sim, é grave. Bolsonaro está se recuperando de procedimentos médicos sérios e invasivos, que o debilitaram. Ainda teremos arestas a serem aparadas, por declarações isoladas de membros do governo. Por favor, deixem-no governar, vamos criticar construtivamente, ou queremos retrocesso após uma provável "soltura delle" em abril, pelo nosso "brilhante" STF? Deus te ajude, Bolsonaro, em sua difícil missão. São os meus votos.
Claudio Baptista
clabap45@gmail.com
São Paulo
Novos tempos
Instituída a "filhocracia" no Brasil, linchamento de ministro em redes sociais e vazamento de conversas presidenciais. São os novos tempos.
Maria Ísis M. M. Barros
misismb@hotmail.com
Santa Rita do Passa Quatro
'Filhocracia'
Faz-se necessário avisar ao presidente Jair Bolsonaro que o país que tem um presidente tem de fato um presidente; o país que tem dois presidentes tem meio presidente; o país que tem mais de dois presidentes tem a presidência contra si. O povo espera que Flávio Bolsonaro não esteja acima de todos nem Carlos Bolsonaro acima de tudo.
Fernando Hintz Greca
greca.fernando@gmail.com
Curitiba
Inimigos
Com estes filhos, Bolsonaro não precisa de inimigos.
Laert Pinto Barbosa
laert_barbosa@globo.com
São Paulo
Desafetos da família
Será que a netinha de Bolsonaro também tem algum desafeto?
Cássio Mascarenhas de R. Camargos
cassiocam@terra.com.br
São Paulo
O presidente e os filhos
Antes de já ir demitindo ministros, melhor Bolsonaro chamar a super Nanny.
Carmela Tassi Chaves
tassichaves@gmail.com
São Paulo
Falta comando no Alvorada?
Capitão presidente, não sou do Rio, votei no senhor pela primeira vez e gostaria de saber duas coisas: seus meninos aprenderam a ser assim, intrometidos, por consequência de tantos mandatos de deputado ou passaram a se intrometer no que não é deles só agora? A outra: o que eles irão aprontar esta semana é calculado ou será no improviso mesmo?
Flávio Cesar Pigari
flavio.pigari@gmail.com
Jales
Uma oportunidade
Senhor presidente, o sr. foi eleito com quase 58 milhões de votos. Todos que votaram no senhor foi porque seria o único capaz de mudar nosso país. O seu ministério é bastante bom e sério. Por favor, sr. presidente, explique, peça, exija que seus filhos deixem você conduzir a Presidência e que eles assumam os cargos para os quais foram eleitos. Lembre-se, os votos foram para o senhor. Continuamos acreditando nas mudanças, não desperdice essa oportunidade.
Heitor Portugal Procopio de Araujo
heitor.portugal@uol.com.br
São Paulo
Governo Bolsonaro
Afinal, quem preside o País?
Adriano J. de Barros Vicente de Azevedo
adrianojbv@uol.com.br
São Paulo
Ausentes
O problema de Bolsonaro e filhos não existe. O que existe são os mesmos problemas há mais de 500 anos. O fato real é que nós, cidadãos, ficamos ausentes - em verdade, nem todos, mas os fatos estão aí esperando solução. Somente com democracia e partidos políticos fortes e políticos honestos teremos a solução.
Valdomiro Trento
valdomirotrento@hotmail.com
Santos
Não custa lembrar
Bolsonaro deve saber ou se lembrar de que foi eleito em parte para barrar o PT, em parte por falta de melhor opção. Seus filhos deveriam palpitar cada um em seus respectivos "ofidiários" para os quais foram eleitos que ele, Bolsonaro, não tem uma base forte de apoio no Congresso. E, finalmente, os militares que estão legitimamente no governo, indicados por ele mesmo, têm senão total imenso apoio popular.
Marisa Bodenstorfer
baica53@googlemail.com
Lenting, Alemanha
Ordem!
"Bolsonaro quer Bebianno fora" ("Estadão", 16/2). A continuar a baderna, o povo vai querer Bolsonaro fora.
Fausto Ferraz Filho
faustoferraz15@gmail.com
São Paulo
Ingratidão
Pelo andar da carruagem, o problema do governo do presidente Jair Bolsonaro é usar os filhos para seus intentos. Ao pretender afastar o ministro Bebianno, amigo da primeira hora, demonstra claramente sua ingratidão ao aliado que foi fundamental à sua eleição. Já está na hora de o vice-presidente, Hamilton Mourão, dar um puxão de orelhas no presidente e colocar as coisas no devido lugar, senão correremos o risco de ficarmos novamente com o mico na mão. A esquerda, atropelada do governo pelos desmandos cometidos, já esta deitando e rolando, esperando 2022. Oremos!
Arnaldo Luiz de Oliveira Filho
arluolf@hotmail.com
Itapeva
Governabilidade
Digníssimo presidente Jair Messias Bolsonaro, vossa excelência tem a difícil missão de governar 208 milhões de brasileiros ocupando um espaço de 8.516.000 km². É uma árdua missão que exige força, luta, patriotismo, honestidade, lealdade, planejamento, transparência, relacionamento político público e privado, negociações internas e internacionais, etc. Enfim, um desgastante trabalho digno de um verdadeiro Hércules. Entretanto, para que tudo dê minimamente certo, é preciso que governe com determinação e a indispensável colaboração dos seus qualificados ministros, cortando definitivamente os "pitacos" públicos dos seus queridos filhos. Para o seu próprio bem e para o bem do Brasil.
Walter Menezes
wm-menezes@uol.com.br
São Roque
A verdade
Impressionam as críticas advindas de grande parte da imprensa quanto ao comportamento de Jair Bolsonaro de desmentir publicamente o ministro Gustavo Bebianno. Em nome da "governabilidade", jornalistas condenam a atitude do presidente de expor a verdade dos acontecimentos. Parece que não é apenas a classe política que não notou a mudança de parâmetro da sociedade brasileira advinda das urnas em 2018.
Gabriel Henrique Santoro
ghsantoro@gmail.com
São Paulo
Wagner Moura e a democracia
Em entrevista ao repórter Luiz Carlos Merten, o ator e diretor do filme "Marighella", Wagner Moura, lamentou a radicalização que acredita ter tomado conta do Brasil, afirmando que "democracia pressupõe ouvir o outro, trocar informações. O que eu vejo é muita gente obtusa". É preciso ficar claro - e não é segredo para ninguém - que o revolucionário Carlos Marighella tinha como objetivo último implantar no Brasil uma verdadeira ditadura do proletariado, à semelhança do que acontecia na União Soviética, China e Cuba, e que nas suas cartilhas e pregações não havia a mínima referência ao conceito de democracia. Além disso, o comportamento de Wagner Moura na ocasião do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, quando ele denunciava acintosamente o episódio como sendo um golpe, ignorando o processo amplamente republicano e democrático pelo qual a ex-presidente vinha sendo submetida, não corrobora, tampouco, apreço por parte dele pela real democracia. Seria interessante se o ator conseguisse amenizar sua insistente obtusidade, aprender ele próprio a ouvir o outro para, então, entender, de fato, o significado de democracia.
Luciano Harary
lharary@hotmail.com
São Paulo
A inviolabilidade da advocacia
Uma das garantias do Estado Democrático de Direito está prevista no art. 133 da Constituição federal e no art. 7.º, II, da Lei 8.906/94 (Estatuto do Advogado e da OAB). Consiste na inviolabilidade do advogado em razão do exercício profissional. Em que pese a nomenclatura empregada pela Constituição, democracias há que se convertem em ditaduras com urnas, na expressão de Carlyle. Sabíamos que o resultado das últimas eleições gerariam tempos bicudos contra todos os cidadãos brasileiros. Estes é que estão protegidos pela tutela do exercício da advocacia. O advogado é um soldado equipado que precisa acompanhar cotidianamente os brasileiros, considerado o Estado inimigo e os demais agravos que a maioria sofre em seu dia a dia. Fragilizada sua proteção mínima, estaremos todos perdidos. O rompimento do preceito constitucional do sigilo bancário do ilustre advogado Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, ex-presidente da Ordem, noticiado pelo "Estadão" no sábado (16/2, A14), é um grande alerta para homens e instituições que prezam o regime democrático.
Amadeu R. Garrido de Paula
amadeugarridoadv@uol.com.br
São Paulo
Prerrogativas e igualdades
Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reclamou por estar sendo investigado pela Receita Federal. Agora, pela mesma razão, é um advogado de renome convocando suas prerrogativas de profissão (16/2, A14). Ora, a nossa Constituição não prega que todos são iguais perante a lei? Ou existem dois tipos de brasileiros: os "prerrogados" e nós, cidadãos comuns? Enquanto não revogarmos o pensamento dominante da exceção, de poucos podendo muito, continuaremos a ser um país com "p" pequeno, com muitos podendo pouco. Lamentável.
Honyldo Roberto Pereira Pinto
honyldo@gmail.com
Ribeirão Preto
Por que o receio?
O que faz de Gilmar Mendes e de Antonio Cláudio Mariz de Oliveira cidadãos diferentes dos demais brasileiros? Claro que não defendo vazamento indevido de sigilos protegidos por lei, mas a Receita Federal não tem os mesmos direitos sobre todos os cidadãos? Não estamos sujeitos, todos, a averiguações pela Receita? Por que tanto receio em ser averiguado?
Abel Cabral
abelcabral@uol.com.br
Campinas
Abuso evidente
Sobre o editorial "Abuso evidente" (17/2, A3), é claro que um "abuso evidente" não pode e não deve justificar um outro. Mas o que fazem o ministro Gilmar e seus "coleguinas solta-solta", senão abusar da nossa paciência e inteligência?
Guto Pacheco
jam.pacheco@uol.com.br
São Paulo
Coisas de Gilmar
Em 7 de março próximo, o operador tucano Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, acusado de participar de desvio de R$ 7,7 milhões em verbas de indenização para famílias que viviam no traçado do Rodoanel, na capital paulista, completará 70 anos. Na pele de Robin Hood às avessas, o irrefreável ministro Gilmar Mendes (sempre ele), defensor juramentado de endinheirados bandidos, em execrável chicana judicial, decidiu pela reabertura da fase de produção de provas em ação contra o referido operador, anulando a fase final de um processo que corre na Justiça Federal de São Paulo. Com efeito, em razão da exiguidade de tempo para os fins assinados, os crimes de Paulo Preto (peculato, inserção de dados em sistema de informação e formação de quadrilha) prescreverão no seu próximo niver. Belíssimo presente do fiel amigo! Nas mãos do plenário ou da segunda turma do STF a reversão de mais uma antirrepublicana decisão do supremo malabarista Gilmar. Há ministros e "ministros"! Até quando? Força, ministros fiéis à República!
Celso David de Oliveira
david.celso@gmail.com
Rio de Janeiro
Supremas injustiças
Arquivada a CPI da Justiça na prorrogação e por pressão, eis que o ministro Gilmar Mendes resolve interferir no poder instrutório do juiz federal e ouvir testemunhas, sem antes a matéria bater no Superior Tribunal de Justiça, e com o viés de privilegiar o chefe do esquema, segundo o Ministério Público Federal, Paulo Preto, que, ao completar em breve 70 anos, seria favorecido pela prescrição. Mais uma suprema injustiça na terra da impunidade.
Yvette Kfouri
Abrao abraoc@uol.com.br
São Paulo
No concerto de Paulo Preto
Talvez o ministro Gilmar Mendes seja um mal necessário. A cada nota dissonante, a orquestra e a plateia ficam mais inteiradas da sua incompetência.
Ricardo C. Siqueira
ricardocsiqueira@globo.com
Niterói (RJ)
Lava Jato paulista
De acordo com uma matéria publicada no "Estadão", está sendo revelado um esquema de cartel muito grave envolvendo as obras do trecho sul do Rodoanel e do Programa de Desenvolvimento do Sistema Viário Metropolitano. Tomara que a força-tarefa da Lava Jato de São Paulo, formada pelo procurador da República Guilherme Göpfert e pela juíza federal Maria Isabel do Prado, da 5.ª Vara Federal, sejam tão competentes e céleres como foram os da "República de Curitiba". Que se apure e, constatado o crime, que julgue e condene os responsáveis por tal cartel, que gera prejuízos aos cofres públicos e danos irreparáveis à sociedade, principalmente para os menos favorecidos. Basta de impunidade. Só assim vamos conseguir reduzir a corrupção que assola o nosso país. Mas que tal processo ande e nos traga um resultado, pois estou cansada de ouvir falar sobre "obras superfaturadas e corrupção no metrô de São Paulo". Chega de blá, blá, blá, queremos e merecemos uma sentença definitiva, condenando os bandidos de colarinho branco e absolvendo os inocentes, se houver.
Maria Carmen Del Bel Tunes
carmen_tunes@yahoo.com.br
Americana
Brumas e o sol
Impecável o artigo do escritor Flávio Tavares ("Brumas de uma tragédia ao sol", 16/2, A2). Desde a tragédia ocorrida no final de janeiro em Brumadinho (MG), muito se escreveu sobre o tema. Mas o articulista destacou-se pelo mérito de abordar, com precisão e acuidade invejáveis, todos os fatores que envolveram e envolvem este crime perpetrado em decorrência da ganância, da irresponsabilidade e da impunidade reinantes nesta terra dos papagaios. E, ainda, nos brindou com um trecho de um dolorido, mas magnífico, poema de nosso Drummond de Itabira. Todavia, com todo o respeito ao escritor, ouso discordar de uma frase do texto: "O que seria de um jornal que mentisse e inventasse - como as 'redes sociais' - só por agradar e ter lucro, não para informar e analisar?". Seria extraordinário que assim fosse, mas, infelizmente, um sonho. Um pequeníssimo senão que, se não lá estivesse, não faria falta alguma ao texto magistral. Parabéns pelo artigo!
Jose Antonio S. Bordeira
bordeira@compuland.com.br
Petrópolis (RJ)
Mudanças
Estamos em fase de transição. A política foi o primeiro setor a sentir o impacto significativo deste movimento, com um nível de renovação notável do Congresso Nacional. Fala-se em perda de privilégios no futuro projeto da alteração da Previdência. Veremos o que será apresentado e como as corporações que terão algo a perder reagirão para preservação do "status quo". Esperamos que finalmente se criem cenários benéficos para a empregabilidade dos milhões que continuam na esperança e lutando por uma carteira assinada. Por outro lado, as tragédias recentemente passadas por mineiros em Brumadinho e cariocas, relativas ao time do Flamengo e com as chuvas torrenciais e insegurança de civis mortos, mostram o quanto ainda temos de mudar. O presidente da Vale se defende pondo a empresa à frente do problema. Uma estratégia legal para se safar da culpabilidade, mas atrasada na retórica. Hoje sabemos que havia relatório prevendo impacto e mortes ante tal risco. Empresas tipo "joias" como Vale e Petrobrás, impactantes na cesta de empresas do Ibovespa, têm de mudar sua forma de conduta e comunicação. Se erraram, devem pagar pelo grau cometido, e fim. Colocar atletas jovens pobres em dormitórios contêineres precários, por sua vez, é de uma frieza, de um escárnio ao ser humano como nunca se viu igual. Entra ano e sai ano, chuvas previsíveis em locais cujas características climáticas regionais são conhecidas por todos continuam matando. Arrisca-se a população que constrói onde não deve, omite-se o governo que não vê o errado ou cortando verbas destinadas a este fim. Civis mortos impunemente, balas perdidas, jovens portando fuzis não podem ser aceitos como reportagens de rotina. A conclusão a que se chega é que estes apostam mais uma vez no esquecimento. Na crise do dia seguinte em que a mídia se concentrara. Subestima-se o julgamento da população. Se para alguns o impacto da mudança já ocorre, veremos que nível de cobrança será apresentado pela população aos segmentos mais resistentes.
Sergio Holl Lara
jrmholl.idt@terra.com.br
Indaiatuba
Tragédia em Minas
E quanto à segurança das barragens? De nada vale o que diz a Vale.
Eduardo Augusto Delgado Filho
e.delgadofilho@gmail.com
Campinas
Investigação
Não precisa CPI da Vale. Não precisa deste monte de laudos, perícias, alegados daqui e dali. É só conversar com o senhor Gervásio (penso que é este o nome) que trabalhou dezenas de anos na barragem em Brumadinho e disse, em matéria veiculada na mídia televisiva, que "há muitos anos vinha aumentando a umidade na base da barragem". Disse, ainda, que "isso mostrava a infiltração de água".
Orivaldo Tenorio de Vasconcelos
professortenorio@uol.com.br
Monte Alto
Os voos de Márcio França
O ex-governador de São Paulo Márcio França é um grande demagogo e mentiroso. Se apuraram que ele usou o helicóptero da Polícia Militar indevidamente, é porque a informação vazou de fontes fidedignas ("França usou helicóptero até para ir à praia jantar", 17/2, A14). O fato mostra que a população votou corretamente para eleger o novo governador, João Doria. Márcio França é mais um representante da "esquerda caviar", para quem o sacrifício e a austeridade são bons para os outros, mas para si, opta por usufruir de privilégios.
Luiz Roberto Costa
costaluizroberto@bol.com.br
São Paulo
Judiciário fora de curva
A juíza Carolina Duprat, da 11.ª Vara da Fazenda Pública, sem respeitar a autonomia da Prefeitura de São Paulo, suspendeu no último dia 13 de fevereiro o reajuste da tarifa de ônibus da cidade, que de R$ 4 foi para R$ 4,30. Alega a magistrada que o reajuste foi maior que a inflação, mesmo sabendo que nos anos de 2016 e 2017 não houve alteração no preço das passagens. Se fosse aplicado o índice inflacionário do período, que ficou acima de 13%, o valor da tarifa seria maior que os R$ 4,30. Felizmente, na sexta-feira (15/2), o juiz Manoel de Queiroz Pereira, do Tribunal de Justiça de São Paulo, sensato, derrubou a liminar que suspendia o reajuste da tarifa de ônibus, por entender que "poderia causar grave lesão à economia pública". Se a juíza Carolina Duprat realmente está preocupada com o bolso dos contribuintes, melhor seria fazer uma campanha, e de forma pública, contra os privilégios que são muitos dos magistrados, como dos 16,38% de reajuste que tiveram recentemente, auxílio-moradia, bolsa-livro, férias de 60 dias, etc., que oneram abusivamente o erário.
Paulo Panossian
paulopanossian@hotmail.com
São Carlos
A USP e os colégios militares
A universidade de São Paulo (USP) voltou atrás, neste fim de semana, e confirmou a matrícula de alunos de colégios militares aprovados via Sisu ("Estadão", 18/2). Graças à pressão, a esquerdalha da USP voltou atrás e aceitou a matrícula de egressos de colégios militares. As desculpas foram esfarrapadas e não explicaram a causa da anterior negativa. Escola pública é qualquer estabelecimento mantido pela União, Estados e municípios. Mas o caso é emblemático, pois mostrou como a USP está infectada de esquerdistas, que têm fama de serem intelectualmente desonestos.
Ulf Hermann Mondl
hermannxx@yahoo.com.br
São José (SC)
Ideologia nas matrículas
Negando matrículas de alunos oriundos de escolas militares, a USP demonstra o quão grave é seu desmoronamento de credibilidade...
Sérgio Eckermann Passos
sepassos@yahoo.com.br
Porto Feliz
Instituições públicas
Os dirigentes da USP, ao tentarem excluir alunos dos colégios militares da condição de cotas para estudantes de escolas publicas, parecem querer atacar as Forças Armadas. Todavia, como se sabe, a maioria dos citados estudantes é originária de famílias de civis. Da mesma forma, há muito tempo a maioria dos formados nesses colégios não segue carreira militar. O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a cobrança de taxas nos citados colégios, todavia são instituições públicas. Como já demonstrado na imprensa, as taxas não cobrem nem metade das despesas. Não só colégios militares são instituições públicas de referência, aí se enquadrando, mas também os Colégios Pedro II e as escolas técnicas federais, onde a disputa por vagas é imensa.
Heitor Vianna P. Filho
lagos@araruama.com.br
Araruama (RJ)
Desastre
Sobre a reportagem sobre as "escolas militarizadas" (17/2), a vida imita a arte, num espelho pinkfloydiano da música "Another Brick in the Wall", a proposta tida como salvação da educação nacional seria militarizar escolas (modelo já sendo implantado no Distrito Federal). Caros papais e mamães, vocês querem mesmo criar seus filhos para marchar e cantar o hino? Acredito que não. Fora o revisionismo histórico que com certeza será aplicado acerca da ditadura no Brasil, os jovens não terão senso crítico, capacidade de formar opiniões próprias ou mesmo debater o status quo da sociedade. É um desastre. Mas, para alguns, o importante mesmo é saber que a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa. Que esse "modelo" não avance.
Alexandre Campini
alexcampinipinheiro@gmail.com
São Paulo
Vergonhosa confusão
A vergonhosa confusão na partida final da Taça Guanabara de futebol, no Rio de Janeiro, retrata a confusa realidade das lideranças, seja em que setor for das nossas atividades ("Torcida é barrada e Maracanã vira campo de guerra", 18/2, A21). Precisamos melhorar tais posturas desses líderes na gestão de suas funções, para evitarmos mais tragédias que podem acontecer com essas fragilidades gerencias de nossas elites.
José de A. Nobre de Almeida
josedalmeida@globo.com
Rio de Janeiro
Lambança no futebol carioca
Acabaram com o futebol no Estado e com o campeonato mais charmoso do Brasil, segundo uma emissora de TV. Só ela que vê charme nesta bagunça. Já não é charmoso há décadas. Este campeonato já não tem razão de existir. Serve para quê? E a Federação Carioca ainda instituiu o Troféu Zagallo, em homenagem ao campeão do estadual. Zagallo declina dessa homenagem. Estão enlameando seu nome.
Panayotis Poulis
ppoulis46@gmail.com
Rio de Janeiro
Pânico no Rio
Alguns clubes de futebol não respeitam a vida de seus jogadores (Ninho do Urubu) ou a segurança dos seus torcedores (Vasco x Fluminense). Para que todo este descaso não passe em branco, os torcedores deverão tomar uma atitude que causará "pânico" nos clubes, de maneira pacífica e eficiente: fazer greve contra as próximas partidas.
Omar A. El Seoud
elseoud.usp@gmail.com
São Paulo
O muro de Trump
Li o editorial "A obsessão por um muro" (16/2, A3), em que o "Estado" critica Donald Trump pela proteção que pretende construir na fronteira com o México, e por ter o referido decretado emergência nacional para levantar legalmente os recursos aptos à iniciativa. O que se vê na terra da águia é uma queda de braço entre o Executivo e o Legislativo, com o primeiro disposto a tocar a obra e o segundo, a impedi-la. De entremeio, já se vislumbra uma disputa judicial envolvendo a legalidade do decreto do Executivo e a análise é de que Donald Trump teria "banalizado" o uso do decreto porquanto não haveria emergência alguma senão na cabeça do presidente. Diz o texto: "Trata-se (o decreto) de um poder extraordinário que deve ser exercido com parcimônia, em casos de manifesta emergência", como teriam feito George W. Bush e Barack Obama em seus respectivos tempos na presidência. Concluindo, o muro seria "mais um capricho de Donald Trump". Devo dizer que o muro de Trump não constitui novidade: é "extensão" de outro já existente em parte da fronteira EUA-México, construído aos poucos por administrações anteriores, inclusive do Partido Democrata, que hoje se bate ferrenhamente contra a iniciativa. Não custa lembrar que esta história toda começou com Bill Clinton (Partido Democrata) em 1994, com o exato propósito de travar a entrada de imigrantes ilegais em território americano, e, a este propósito, recordo a Operação Guardião, que pretendeu controlar a imigração ilegal entre San Diego e Tijuana, no extremo-oeste da fronteira EUA-México. Logo, idêntico argumento! Atualmente, portanto, já existe um muro que divide os EUA do México, com extensão de cerca de 1.100 km (1/3 da fronteira). Logo, não se impute a Trump a ideia (original) de erguer a cerca, já que a ideia vem de tempos pretéritos. O que Trump pretende é estendê-la para aprimorar a contenção do processo de imigração ilegal, um belíssimo problema para Tio Sam, que foi promessa de campanha do presidente. Se é verdade que não há corrente mais forte que seu elo mais fraco, há que concluir que de nada adianta os EUA erguerem um muro "pela metade" - no caso o existente nem abarca metade, e sim um terço (1/3) da fronteira - com o objetivo de evitar imigração clandestina. Ou se faz uma proteção inteira ou não se faz proteção alguma. A crítica também verbera o anúncio da verba de US$ 6,6 bilhões para a viabilização do projeto, mas também aí permito-me ponderar que, mesmo sendo esse montante "remanejado" da área da Defesa, ainda assim tal valor não constitui sequer 1% do orçamento da pasta para o ano de 2019, que é de US$ 716 bilhões, mais que os orçamentos de China, Rússia, Arábia Saudita, Índia, França, Grã-Bretanha e Japão reunidos!
Silvio Natal
silvionatal49@gmail.com
São Paulo
Trump bateu no muro
O presidente dos Estados Unidos mente ao afirmar que o país enfrenta uma emergência nacional. Não há nada fora da rotina na fronteira com o México, simplesmente não existe emergência alguma. Um exemplo de emergência nacional foi o que houve no dia 11 de setembro em Nova York. O Estado da Califórnia será o primeiro a contestar na Justiça a declaração de Trump, que poderá perder o cargo pela deslavada mentira. Um presidente que não consegue aprovar seus projetos no Parlamento não pode se valer do recurso extremo da emergência nacional para fazer o que bem entender.
Mário Barilá Filho
mariobarila@yahoo.com.br
São Paulo
Não ao muro
O governo brasileiro e o Congresso Nacional devem propor aos países das Três Américas que, em solidariedade ao México, digam ao presidente Donald Trump: "Não construa esse muro que vai separar os EUA do México e de toda América Latina". Lembre a lição do presidente Ronald Reagan ao presidente Mikhail Gorbachov, em 1987, diante do Muro de Berlim: "Se quiser promover a paz na Europa Oriental e na Ocidental, derrube esse muro". E o Muro da Vergonha foi derrubado em 1989, o que foi aplaudido pela humanidade.
Eduardo Matarazzo Suplicy, vereador (PT/SP)
suplicy@sti.com.br
São Paulo
Horário de verão
A pretexto de uma economia pífia e até duvidosa de energia elétrica, este malfadado horário de verão chega ao fim e só serviu para detonar o relógio biológico de mais de 120 milhões de brasileiros, principalmente das crianças e dos que trabalham, além da bagunça geral que causou no País. Só podem gostar do horário de verão quem não trabalha e ou só curte praia. Espero que os atuais governantes do País, usando do bom senso, acabem com esta estupidez de uma vez por todas, afinal o nosso país é mais tropical que meridional, e, assim sendo, não precisa do horário de verão.
Carlos dos Reis Carvalho
bigcharles020@gmail.com
Avaré
Encontrou algum erro? Entre em contato