
15 de setembro de 2019 | 03h00
GOVERNO BOLSONARO
Queda de Cintra
Como bem salientou o editorial Um bode no altar do governo (13/9, A3), nem tudo é CPMF. Pareceu antes um bom pretexto para colocar na Receita alguém que atenda melhor às conveniências do presidente da República, ainda mais agora que o filho “02” se tornou suspeito de cometer o mesmo tipo de ilicitude de que é acusado também o “01”, a prática da “rachadinha”, com o perigo adicional de respingar no pai. Vamos ver até que ponto o presidente precisará chegar para escapar de investigações incômodas.
ELIANA FRANÇA LEME
Campinas
Impopularidade
Não creio que o ex-secretário da Receita Federal Marcos Cintra tenha caído só porque o presidente queria, mas, sim, pela insistência na recriação da CPMF, um imposto impopular. O País não precisa de mais impostos, ao contrário, precisa reduzir a montanha de tributos que sufocam o povo e quem produz. O caminho para reduzir o déficit público é cortar os privilégios do funcionalismo, do Judiciário, dos políticos, como a vergonha – mostrada na sexta-feira pelo Estado – do auxílio-moradia.
VILSON MANOEL SOARES
São Paulo
SEGURANÇA PÚBLICA
‘Lei Rouanet’
A segurança pública no Brasil é um dos motivos de maior preocupação da população. A ideia do governo federal de criar uma lei de incentivo à colaboração financeira da iniciativa privada é uma tentativa de melhorar os efetivos e os equipamentos. Que se pense também em remuneração adequada para os profissionais dessa área. E se incluam ações sociais preventivas.
URIEL VILLAS BOAS
Santos
Leilões do crime
Em vez de o ministro Sergio Moro buscar recursos para a segurança pública via malabarismos de intrincadas leis e mais burocracia, que em nada ajuda o Estado brasileiro, deveria é se empenhar na realização de leilões de materiais apreendidos da criminalidade. Esses bens poderiam ser oferecidos à população a um custo baixo para os cofres públicos. Carros, imóveis, embarcações, aviões, armas e munições que não possam ser utilizadas pelas forças de segurança, etc., são exemplos de bens que ficam anos se estragando em depósitos do Estado e gerando despesas desnecessárias para o erário, sem proveito para ninguém.
MARCO ANTONIO M. DE CASTRO
São Paulo
MINISTÉRIO PÚBLICO
Ouro de tolo
Surpreendeu a todos a conversa de Augusto Aras, indicado para ocupar a Procuradoria-Geral da República (PGR), com o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Tomara que esse fato inusitado tenha sido o início de uma caminhada para pôr fim à prática reprovável de visitas secretas de indicados à PGR e à Suprema Corte aos gabinetes dos senadores. Sabe-se lá os assuntos tratados a sete chaves. O procurador-geral – já podemos tratá-lo como tal, pois está com a cola na mão, dificilmente será reprovado na sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, com certeza, será referendado no plenário do Senado – foi de uma transparência ímpar ao afirmar que alertou o presidente da República sobre os direitos constitucionais do cargo e que Jair Bolsonaro não poderá “mandar e desmandar”. Ou seja: “Lá quem vai mandar sou eu”. Essa clareza toda será apenas para “brasileiro ver” ou realmente vamos viver novos tempos no comando da instituição que já liderou o ranking de confiabilidade nacional? Espero que sim. Mas que vai sair faísca nesse relacionamento, ah, vai!
SÉRGIO DAFRÉ
Jundiaí
Corrupção
Segundo parlamentares, o subprocurador-geral da República Augusto Aras disse que o formato da Operação Lava Jato pode ter levado a prejuízos não só para reputações, mas também para a economia (12/9, A6). Pergunta-se: a corrupção endêmica não prejudicou a economia? E se houve prejuízo para a reputação de corruptos, nada mais foi do que o resultado dos fatos.
WALTER MENEZES
São Roque
FUNDO ELEITORAL
Aumento incubando
Esse é mais um recurso “justificado” com sofismas para abocanhar dinheiro dos contribuintes, que deveria ser aplicado para o bem público, mas é gasto sem controles. Essas verbas são uma razão para a formação de grupos autodenominados “partidos”, sem programa, que simulam um Congresso, em esfacelamento. A eleição é um grande negócio, que não respeita a necessidade de reduzir o déficit fiscal. Ora, os partidos que financiem suas campanhas com recursos próprios, originados de contribuições e doações. O Partido Novo já faz isso. Não cabe aos contribuintes subvencionar os candidatos a “nobres”. Os cidadãos precisam protestar!
HARALD HELLMUTH
São Paulo
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Nas mãos do TSE
Está na hora de o TSE nos dizer a que veio. Não bastassem os mais de 30 partidos já existentes, alguns (talvez a maioria) inexpressivos, há uma fila de pedidos de registro, muitos com denominações esdrúxulas, até bizarras. É visível o objetivo desses pedidos: entrar na “panela” que se formou ao redor das verbas destinadas ao processo eleitoral. Será que nunca vamos tomar jeito? Ou seria vergonha?
ÉDEN A. SANTOS
Barueri
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Bizarro
Dentre as muitas notícias de situações bizarras com que me deparo ao ler sobre assuntos da política, mais uma delas conseguiu me surpreender: a criação de um Partido Corinthiano. É brincadeira?! Acho que isso só poder ser uma tentativa de pagar o que o clube deve à Caixa Econômica Federal, usando o tal fundo eleitoral...
JOSE R. DE MACEDO SOARES
São Paulo
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ARENA CORINTHIANS
Cobrar do padrinho
Considerando que essa arena somente pôde ser construída graças à intermediação do presidiário-mor de Curitiba, em conluio com a Odebrecht, que tal abater o valor da dívida com a Caixa Econômica Federal da fortuna surrupiada do Brasil pelo patrono e seu partido?
LUIZ ROBERTO SAVOLDELLI
São Bernardo do Campo
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