
29 de agosto de 2010 | 00h00
As empresas que atuam em serviços não financeiros dependem, sobretudo, do mercado interno. Os serviços profissionais, administrativos e complementares empregaram 3,6 milhões de trabalhadores, com remuneração média de 2,3 salários mínimos. Destacou-se o de transportes e correios, com 2 milhões de vagas (crescimento de 14,7% em relação a 2007) e salário médio de 3,1 mínimos. Outro destaque foi o de serviços prestados às famílias, em que foram criadas 37 mil empresas. "À medida que o nível de renda sobe, as famílias compram mais serviços", observa o professor da FGV Robson Gonçalves. A classe média emergente demanda mais lazer e alimentação. Em comunicado à imprensa, o IBGE deu ênfase ao setor de informação e comunicação, cuja receita foi de R$ 203,5 bilhões em 2008, e pagou os salários médios mais elevados entre todos os subsetores: 5,8 salários mínimos.
Como a maioria das empresas do setor de serviços é de pequeno porte, uma indicação a mais do fortalecimento do segmento veio do Sebrae-SP, que constatou o aumento da sobrevivência das pequenas e médias empresas (PMEs) paulistas. Entre 1998 e 2010, a taxa de mortalidade das empresas no primeiro ano de vida caiu de 35% para 27%; nos três primeiros anos de vida, de 56% para 46%; e nos cinco primeiros anos, de 71% para 58%. Ainda são índices elevadíssimos de mortalidade empresarial, mas, com normas como as da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, houve estímulo à competitividade e à consolidação dos negócios.
A expansão do setor de serviços é característica dos países mais desenvolvidos. Mas, para que seja sustentável, depende, entre outros fatores, de crescimento econômico, profissionalização dos empreendedores e tributos suportáveis.
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