07 de abril de 2017 | 03h07
Entre dezembro e janeiro, só três atividades registraram elevação das vendas – hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; tecidos, vestuário e calçados; e veículos e motos, partes e peças. Já na comparação entre os meses de janeiro de 2016 e 2017, todas as atividades registraram números negativos, o mesmo ocorrendo nos últimos 12 meses, até janeiro, com os 12 meses anteriores. Caiu até o consumo de bens essenciais, como remédios.
A queda dos volumes comercializados foi notada em 14 das 27 unidades da Federação entre dezembro e janeiro. Na comparação com janeiro de 2016, o volume de vendas caiu em 24 das 27 áreas pesquisadas.
O primeiro bimestre se caracteriza pela concentração de gastos em matrículas e material escolar e tributos (IPTU e IPVA), razão pela qual, no período, sobram menos recursos para o consumo. Além disso, os consumidores parecem cautelosos com respeito à evolução dos seus rendimentos reais, apesar do recuo da inflação, que favorece a preservação do valor real dos salários. E será necessário esperar os dados de março do IBGE para avaliar efeitos positivos sobre o varejo da liberação de saques de contas inativas do FGTS.
Uma vez confirmadas as expectativas de recuperação do varejo, serão três os fatores determinantes do ritmo de avanço: a melhora do poder de compra dos consumidores, o retorno de muitas pessoas ao mercado de trabalho e, afinal, o comportamento dos juros.
Os consumidores dependem de crédito, mas evitam se endividar a custo alto para não comprometer o futuro.
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