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Fórum dos Leitores

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

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Por Notas e Informações
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GOVERNO BOLSONAROA última do chanceler “A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular.” A frase, dita primeiro pelo profeta Isaías e depois por Jesus, foi utilizada pelo chanceler Ernesto Araújo para se referir ao presidente da República. Numa paráfrase, comparou a rejeição ao candidato vitorioso em 2018 à sofrida pelo Salvador. Pelo discurso e pela comparação feitos, o chancelar mostra desconhecer as Escrituras, a religião que diz professar e o próprio certame eleitoral que consagrou a candidatura do hoje presidente. Desconhece as Escrituras porque, dentro de seu contexto, a frase indica que o Messias seria rejeitado por todos, exceto por Deus, que o escolheu como fundamento da salvação. O presidente Jair Bolsonaro não foi rejeitado por todos, tanto que a maioria dos eleitores o escolheu em primeiro e segundo turnos. Desconhece a religião que professa porque a identificação de qualquer programa político com a vontade de Deus perverte, a despeito de méritos intrínsecos, tanto a política quanto o Evangelho. E, por fim, desconhece o certame que elegeu o presidente porque este, como já dito, foi vitorioso, e sem participar de debates, sem fazer campanha intensa e sem a exposição e o desgaste dos demais candidatos.  LUCIANO DE OLIVEIRA E SILVA luciano.os@adv.oabsp.org.br São Paulo

Urgências da infraestrutura É notório que o País tem pela frente um sem-fim de problemas a serem equacionados. A meu ver, dois que teriam de ser solucionados de imediato são o linhão da rede elétrica para o Estado de Roraima e a conclusão da rodovia BR-163, que estão causando prejuízos incalculáveis à economia brasileira. HELMUT SCHMID helmutschmid@terra.com.br São Paulo

Sucessão de Raquel Dodge O presidente Jair Bolsonaro diz que não nomeará para a Procuradoria-Geral da República quem não for “seu peixe”, ainda que se apresente em lista tríplice, quando da sucessão de Raquel Dodge. O inacreditável é que essa lista tríplice para o mais elevado posto do Ministério Público (MP) brasileiro não tem previsão legal, ao contrário dos procedimentos de nomeação nos Estados. Desde 2003 as listas tríplices são respeitadas por nossos presidentes. Costume vinculante? Consideramos que passou da hora de o Congresso Nacional suprir essa lacuna institucional. Ou, então, adotar o voto direto dos membros do MP para a eleição do procurador-geral - passo que reconhecemos largo demais para a nossa pequena República. Pode estar se avizinhando mais uma crise, num país que parece adorar crises. AMADEU R. GARRIDO DE PAULA amadeugarridoadv@uol.com.br São Paulo

SUPREMO TRIBUNALLiturgia do cargo Na última sexta-feira foi realizado em São Paulo jantar de desagravo ao Supremo Tribunal Federal (STF), “em razão da verdadeira campanha de agressão que a Corte está sofrendo”, segundo seus organizadores - advogados que atuam naquele tribunal. Dias Toffoli, presidente do STF, participou do jantar. Para quem, como Toffoli, enxerga ofensas ao STF até em informação verdadeira em que seu nome é citado, como no caso da censura, já revogada, à revista Crusoé e ao site O Antagonista, sobra indignação e faltam prudência e discrição. Comparecer a jantar para receber homenagem de advogados constituídos em processos que ele julgará, mormente após protagonizar um triste episódio contra a liberdade de imprensa e outro, não menos lamentável, de instauração de inquérito para investigar “ataques” ao Supremo, não contribui em nada para dissipar as apreensões da sociedade quanto à atuação de alguns ministros da Corte.  SERGIO RIDEL  sergiosridel@yahoo.com.br São Paulo

VENEZUELAApoio claudicante Sintomática a declaração do general Vladimir Padrino López, ministro da Defesa da Venezuela, admitindo que foi sondado pelos EUA para apoiar Juan Guaidó, porém... “Dá muita indignação que me tentem comprar com uma oferta da boca para fora”, disse ele. Isso equivale a dizer que se melhorar a oferta e garantir o combinado, o governo Maduro já era?! Penso que Nicolás Maduro não manda mais nada, um general ou vários deles têm o poder nas mãos. É só questão de tempo para ver novo governo na Venezuela. CARLOS B. PEREIRA DA SILVA carlosbpsilva@gmail.com Rio Claro

Maduro nas fotos As fotos recentes de Maduro publicadas no Estado, rodeado de pessoas que ele diz serem apoiadores, não são para acreditar. Se são militares, eles receberam ordens para comparecer e demonstrar simpatia ao ditador; se são milicianos vestidos com roupas militares, isso é fraude. Maduro está maduro mesmo, prestes a cair, seja lá onde esteja pendurado. Ele está condenado. Os que o cercam também responderão por seus crimes.  ALVARO SALVI alvarosalvi@hotmail.com Santo André

Ingerência militar O leitor sr. Roberto Viana Maciel (Maldita guerra!, 4/5) fez uma breve análise da questão venezuelana, com destaque para o custo financeiro de eventualmente nos imiscuirmos militarmente na Venezuela. Tendo sido militar e ainda sendo estudioso de história militar brasileira, busquei na internet evidências que amparassem o leitor (ou não). Vejamos: o Brasil enviou 20 mil pracinhas para a Itália durante a 2.ª Guerra Mundial, não sei a que custo, mas, diferentemente do que pensa a grande maioria da população brasileira, pagamos por cada farda, cada refeição, pelo armamento e pela logística de modo geral, fornecidos pelos EUA. Aí por 2004 as Forças Armadas brasileiras foram ao Haiti a pedido da ONU para uma missão de manutenção de paz, a fim de garantir eleições limpas. Coisa rápida. E lá ficamos mais de dez anos, ao custo de US$ 2,5 bilhões. Dólares! Ainda segundo minha pesquisa na internet, a ONU ressarciu o Estado brasileiro em apenas cerca de 30% dos gastos. Você pagou! No governo FHC foi instituído um programa emergencial de distribuição de água no semiárido, que passava por uma seca inclemente. A operação “emergencial” está aí até hoje – a indústria da seca é uma das riquezas da elite nordestina desde 1500. Não se fez nenhuma ação de vulto para resolver o problema, exceto a transposição do Rio São Francisco, de Lula, que só rendeu até agora muita grana para os “amigos”. A água continua chegando em caminhões! A conclusão a que quero chegar é que as Forças Armadas vão sendo empregadas para ações pontuais que acabam não tendo fim em curto prazo. Ação militar na Venezuela, se encetada, não teria data para terminar. PAULO ROBERTO SANTOS prsantos1952@bol.com.br Niterói (RJ)

AGILIDADE E LIBERDADE

Se não houver uma solução rápida – para bem ou para mal –, a Venezuela pode se tornar um campo de batalha permanente ao nosso lado, tal qual Cuba foi para os EUA nos tempos da guerra fria, cujo ator principal está a mais de 12 mil quilômetros de distância: a Rússia. Notícias dão conta de que mercenários russos contratados pelo governo de Nicolás Maduro estão se juntando ao aparato governamental do ditador para reforçar a repressão contra manifestantes que protestam nas ruas do país. Recentemente, os russos instalaram um centro de instrução de helicópteros que, na verdade, serve de fachada para uma base russa para operações de contraguerrilha. Diante deste quadro, os EUA devem despachar times completos de guerreiros de aluguel para Caracas com vasta e truculenta atuação no Iraque e no Afeganistão, colocando-se a disposição do presidente interino Juan Guaidó, que hoje parece estar em desvantagem num possível teatro de operações que se descortina no país. Já está evidente que a cúpula militar venezuelana tem a Rússia como patrocinadora. Quem está se enfrentando não é Maduro. É Vladimir Putin. Quanto antes tiver início uma solução pacífica ou um indesejável conflito, menos tempo terá o ditador russo para planejar ações no longo prazo de apoio à ditadura bolivariana, aumentando as chances de libertar a Venezuela das garras de um time de ditadores.

Paulo R. Kherlakian paulokherlakian@uol.com.br

São Paulo

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A ‘CARRANCA’ DA DITADURA

Quem não viveu em tempos de ditadura pôde ver a sua “carranca” na primeira página do “Estadão” do dia 3/5. O populista e sanguinário Nicolás Maduro, cercado de fardas por todos os lados, e 200 cidadãos venezuelanos presos – eis o retrato de um país à beira de um precipício. Eis o que não é democracia. Abaixo a ditadura!

Leandro Ferreira ferreiradasilvaleandro73@gmail.com

Guarulhos

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A SORTE ESTÁ LANÇADA

Nicolás Maduro ou Juan Guaidó, ditadura ou democracia? “Alea jacta est.”

J. S. Decol decoljs@gmail.com

São Paulo

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À ESPERA DE SENSATEZ

Enquanto parte do povo venezuelano trata de emigrar para países vizinhos, enquanto há mortos e muitos mais feridos contabilizados nesta pantagruélica fome pelo poder, tanto Juan Guaidó quanto Nicolás Maduro, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Organização das Nações Unidas (ONU) assistem de camarote a uma carnificina que se sacrifica sem o objetivo ser atingido. Maduro tem na sua vanguarda um exército obediente à presidência, e o mais sensato que o governo brasileiro deve fazer é tratar dos problemas brasileiros, e não se intrometer em brigas por poder. Muitos ainda morrerão e Maduro continuará firme como presidente, porque tem o Exército a seu favor. Enquanto isso, é fundamental que se atente para o fato de que a Rússia e a China não apoiam a oposição neste derramamento de sangue. Só o povo venezuelano deve decidir se Maduro ou Guaidó devem dirigir seu país. Maduro é cria de Hugo Chávez, e este é cria do bolivarianismo sul-americano.

Jair Gomes Coelho jairgcoelho@gmail.com

Vassouras (RJ)

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IRRESPONSABILIDADE

As iniciativas do presidente Jair Bolsonaro e de seu ministro das Relações Exteriores no campo diplomático são irresponsáveis e inconsequentes, fazem jus à célebre frase do israelense que disse que o Brasil é um “anão” da diplomacia. Prova disso é o apoio deliberado aos opositores ao governo do ditador Nicolás Maduro, incitando uma revolta popular sangrenta e de consequências imprevisíveis ao despertar o gigante adormecido da guerra fria (EUA x Rússia). Bolsonaro é seguidor incondicional de Donald Trump, que adora desestabilizar governos não alinhados, mas corre em fechar as fronteiras aos imigrantes e refugiados de guerra. Será lembrado por ter declarado guerra a uma nação vizinha e transformado a Venezuela na Síria da América do Sul, com milhares de mortos, feridos e refugiados que buscarão refúgio no Brasil.

Marcos Abrão m.abrao@terra.com.br

São Paulo

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SEM CONDIÇÕES

Numa das poucas aparições durante a crise na Venezuela, o ditador Nicolás Maduro, em cadeia nacional, fez um discurso enfadonho e aproveitou para mostrar imagens antigas do povo que, em praça pública, o ouvia passivamente, como se fosse “ao vivo”. Sem condição de permanecer no cargo, opta por recorrer às mentiras e chavões de um perdedor. Já quanto à inflação de dez milhões porcentuais, preferiu ficar calado. A propósito, muito triste e derrotada, a “tigrada” petista chora pelo líder Maduro. Fora corruptos!

Júlio Roberto Ayres Brisola jrobrisola@uol.com.br

São Paulo

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APOIO VERGONHOSO

Onde estão os esquerdistas, petistas e comunistas que tanto defendiam o regime autoritário de Hugo Chávez e Nicolás Maduro, que agora impõem tanta agressividade aos seus cidadãos tentando manter este regime autoritário do bolivarianismo, que estava também em tão adiantado projeto para vingar no Brasil? E agora, como fica Lula ao ver seu amigo da Venezuela matando seus próprios cidadãos à bala e de fome, na ânsia de perpetuar-se no poder – o mesmo que Lula também almejava e para o que se preparava com os nossos recursos financeiros, inclusive financiando-os com recursos do BNDES, em prejuízo do povo brasileiro?

Benone Augusto de Paiva benonepaiva@gmail.com

São Paulo

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DERROCADA SOCIALISTA

Li no “Estadão” que os EUA têm hoje o menor índice de desemprego desde 1969. Enquanto isso, assistimos à derrocada do socialismo do século 21, apoiado incondicionalmente pelos petistas. Basta olhar em volta para ver o óbvio: a esquerda brasileira é uma piada de mau gosto.

Luiz Henrique Penchiari lpenchiari@gmail.com

Vinhedo

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ENERGIA EM RORAIMA

Sobre a matéria “Bolsonaro: linhão entre Amazonas e Roraima será construído ‘independente de manifestação dos índios’” (“Estadão”, 1/5), faz muito bem o presidente Bolsonaro impor o linhão de energia elétrica chegar a Roraima. Alguns poucos índios aparelhados não podem impedir que a energia elétrica chegue a Boa Vista, para abastecimento daquela região, já que a energia anteriormente importada da Hidrelétrica de Guri, na Venezuela, não chega mais lá.                         

Ulf Hermann Mondl hermannxx@yahoo.com.br

São José (SC)

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A REFORMA E A OPOSIÇÃO

Todos os políticos opositores do nosso Congresso Nacional não prestam, valem menos que aquilo que o gato enterra. Vejam o absurdo que Paulinho da Força – que chamo de Paulinho da Fraqueza – disse: a aprovação da reforma da Previdência ajudará Jair Bolsonaro a se reeleger em 2022, por isso é preciso “desidratá-la”. Ou seja, nas entrelinhas ele pede aos demais deputados que não aprovem a reforma. Em minha modesta opinião, políticos deste naipe deveriam ser banidos da política nacional, deveriam ser cassados e postos para fora do Congresso a pontapés na bunda, para o bem, é claro, do nosso país.

Arnaldo de Almeida Dotoli arnaldodotoli@uol.com.br

São Paulo

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BRASIL SEM ESPERANÇAS DE MELHORA

O presidente Bolsonaro precisa se conscientizar de que foi eleito não por suas qualidades, mas porque era ele ou um petista. Então nós, o povo, não vacilamos. Mas isso começa a incomodar, porque até agora ele prefere mais ouvir os filhos e um guru pirado que se acha gênio da raça, mas é desimportante no país onde vive e não sofre os problemas que afligem a população brasileira. Fica este guru interferindo de forma negativa no País, principalmente quando ataca os militares, como a pedir que percam a paciência e tomem o governo – aliás, creio que estão pacientes até demais. Para ajudar, entre os componentes do Congresso há verdadeiras ratazanas de esgoto esfomeada. Pode-se esperar tudo, menos que pensem no País, porque estão mais ocupadas com defender, primeiro, seus “direitos” a verbas para enriquecimento próprio e cargos para distribuir para sua corriola, que divide o bônus com o caixa do patrão, e, enquanto isso não acontece, nada é aprovado. Para piorar, uma desgraça política conhecida como Paulinho da Força, junto com iguais do chamado centrão da Câmara dos Deputados, combinara sabotar as reformas programadas e necessárias ao País unicamente para evitar uma possível reeleição de Bolsonaro em 2022. É graças a políticos abjetos como estes que o Brasil continua atolado na lama do terceiro mundão, e sem chances de sair dela.

Laércio Zanini spettro@uol.com.br

Garça

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INTRUSÃO DO JUDICIÁRIO

No dia 25 de abril o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou decisão sobre créditos de Imposto sobre Produtos Importados (IPI) incidentes em produtos originados na Zona Franca de Manaus. A meu ver, a decisão tomada foi “cortesia com chapéu alheio”, pois o Judiciário abriu os cofres do Executivo sem saber se existem recursos para tal, ou mesmo considerar os impactos que tal decisão terá na economia brasileira. Gostaria de ver o nosso “Estadão” se aprofundar nesta questão e nos brindar, seus fiéis eleitores, com informações que nos ajudem a formar opinião sobre o tema.

Abel Cabral abelcabral@uol.com.br

Campinas

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SUPREMOS CIDADÃOS

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu o inquérito instaurado pelo próprio STF para apurar ameaças, ofensas e a disseminação de notícias falsas contra a Corte, em resposta ao também ministro do STF Edson Fachin, relator de um processo a respeito da ocorrência de censura pelo STF. Mais uma vez os âmbitos das pessoas normais e o das pessoas enlevadas se opõem, se dividem, se fitam de maneira nada democrática, embora de um modo muito específico: quem não se recorda do famoso bordão “sabe com quem está falando?”. Senhor ministro, sentiu-se atacado, diminuído ou menosprezado, então, por favor, exerça seu papel de cidadão e recorra ao Poder da República que o senhor também representa, mas não se misture com ele, pois o Poder Judiciário não segue cismas ou caprichos, mas apenas se orienta, e se mantém, pelas leis.

Marcelo G. Jorge Feres marcelo.gomes.jorge.feres@gmail.com

Rio de Janeiro

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BARAFUNDA NOS PODERES

No país do rabo preso, o STF teme a imprensa, que teme o Executivo, que teme o Legislativo, que teme o Judiciário.

Ricardo C. Siqueira ricardocsiqueira@globo.com

Niterói (RJ)

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NADA MUDA

A cada dia que passa nos conscientizamos cada vez mais de que na política brasileira, entra presidente, sai presidente, porém nada muda na cultura de só levar vantagens, pelo menos até agora. Tanto, que o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Walton Alencar Rodrigues atua intensamente nos bastidores para emplacar a magistrada Isabel Galotti, com quem é casado, na próxima vaga do Supremo Tribunal Federal (STF). Neste caso, não vale o famoso Q.I. que determina as condições para ocupar a vaga; vale, sim, o “quem indica”. Né não?

Angelo Tonelli angelotonelli@yahoo.com.br

São Paulo

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É PRECISO MUDAR

Os ministros do Supremo Tribunal Federal deveriam ser escolhidos entre os desembargadores membros dos Tribunais Regionais da Justiça Federal. Indicações políticas são um anacronismo. O ministro Dias Toffoli foi advogado-geral da União dos governos do PT. O ministro Alexandre de Moraes foi secretário de Segurança de São Paulo em governo do PSDB e indicado ao STF por Michel Temer. O STF precisa mudar para fazer jus ao título de tribunal supremo de nossa Justiça.

Paulo Sergio Arisi paulo.arisi@gmail.com

Porto Alegre

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AS PERDAS DOS PLANOS ECONÔMICOS

Os bancos não estão cumprindo o acordo que fizeram para repor as perdas que as cadernetas de poupança tiveram com os planos econômicos de fins dos anos 1980 e começo dos anos 1990, mas não se encontra na imprensa nem mesmo uma notinha sobre o assunto. É enigmático.

Euclides Rossignoli clidesrossi@gmail.com

Ourinhos

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AINDA O ACORDO DOS POUPADORES

O acordo entre poupadores e bancos sobre os planos econômicos foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em novembro de 2017. De lá para cá, o Banco Itaú, que é o banco em que meu pai tinha poupança, protela, e até hoje não recebemos nada. A poupança é de 1989, a ação coletiva foi feita por um escritório de advocacia e o que temos de resposta é sempre que o Banco Itaú está pagando lentamente com deságio de 60%. Incrível, mas disseram que os herdeiros ficarão por último. É claro que neste tempo meu pai morreu e minha mãe, viúva, ficará por último, porque ela tem muito tempo para receber. É isso? Será, Banco Itaú? Qual a lógica de uma viúva ficar por último? E qual a lógica de pagar com deságio de 60% a quem teve a glória de já ter sido procurado pelo banco e feito o acordo porque, se não aceitarmos o que o banco está pagando, a causa se extingue aí. Não temos nem como não aceitar, pois o banco está com este dinheiro emprestando a 10% ao mês e, depois de 30 anos, pagando-nos 40% do que temos aplicado no banco por míseros juros. São revoltantes e aviltantes a proposta e a postura do banco. Dá para entender por que crescem tanto e os resultados dos balanços que vemos anualmente. Uma vergonha fazerem tanta propaganda com pessoas lindas e felizes à custa de tantos correntistas que têm seu dinheiro aplicado no banco e nem sequer têm direito de ir ao banco retirá-lo. Desprezíveis é o que os banqueiros são.

Mara Bassan marabassan@gmail.com

Marília

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POUPANÇA

Esperamos que o STF atenda os milhões de poupadores que reclamam o pagamento da diferença na correção das cadernetas de poupança, em razão dos Planos Bresser, Verão e Collor, que continuam aguardando uma solução. Durante os últimos 25 anos, os bancos exerceram amplamente seu direito de defesa e já é hora de pagarem o que devem.

Arsonval Mazzucco Muniz arsonval.muniz@adv.oabsp.org.br

São Paulo

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TRANSPORTE AÉREO

O vergonhoso aumento de passagens aéreas com a diminuição de ofertas da Avianca mostra a urgente necessidade de abrir o mercado brasileiro para a aviação internacional. Está ficando um monopólio e um desrespeito aos usuários!

Luiz Frid fridluiz@gmail.com

São Paulo

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JARDIM BOTÂNICO

Finalmente o Jardim Botânico do Rio de Janeiro recebeu a visita de um ministro de Estado. Ricardo Salles manteve toda a equipe do Jardim, apreciou a conservação da área e escutou o problema das invasões. Parece que finalmente esta questão será resolvida. Haverá um acordo com os moradores para sua realocação em locais decentes e dignos. O perímetro do território será preservado e liberado espaço para ampliação das pesquisas científicas de espécies botânicas relevantes. Pouco a pouco, a questão ambiental está sendo tratada com profissionalismo e distante da demagogia tão utilizada por políticos inescrupulosos.

Mário Negrão Borgonovi marionegrao.borgonovi@gmail.com

Rio de Janeiro

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QUE SAUDADE

No final dos anos 60, eu, minha mãe e meu irmão, uma vez por semana, nos dirigíamos ao centro da cidade do Rio de Janeiro para almoçar com meu pai. Minha mãe, linda por natureza, parecia uma rainha, pois fazia uso de anéis, brincos, pulseira, todos em ouro legítimo. Não havia o menor temor de assaltos. O caminho era longo e nos exigia embarcar numa lotação e, depois, num trem suburbano até a Central do Brasil, onde embarcávamos num bonde até o local de trabalho de meu pai. Hoje, fazer esse trajeto com joias é uma insanidade. Não duraria a tranquilidade até a primeira esquina. Que saudade daquele Rio de Janeiro que já fez por merecer o título de Cidade Maravilhosa.

Jomar Avena Barbosa  joavena@terra.com.br

Rio de Janeiro