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O jornal de sempre

A essência do ‘Estado’ permanece a mesma. Por isso a história sesquicentenária de serviços prestados ao País é e continuará a ser reconhecida pela sociedade brasileira

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Por Notas&Informações
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O jornal que o leitor tem nas mãos apresenta um novo formato, mais prático, mais elegante, mais contemporâneo. A nova edição impressa do Estado é resultado de um enorme esforço coletivo que nos últimos 11 meses, a despeito de toda sorte de limitações impostas pela pandemia de covid-19, envolveu dezenas de profissionais do Grupo Estado, consultores independentes, designers gráficos e, principalmente, seus assinantes.

A razão de existir deste jornal são os seus leitores, muitos dos quais têm no Estado a principal fonte de informação de suas famílias há gerações. Ao longo de um processo de transformação que, a rigor, começou em 2017, e do qual o novo formato da edição impressa é apenas a parte mais visível, o interesse maior desses leitores jamais esteve em segundo plano. Ao contrário, foi esse o norte incontornável de todo o trabalho. Tudo foi feito a fim de preparar o Estado para levar informação altamente qualificada aos seus leitores na hora e da forma que cada um deles julgar mais convenientes.

De uns anos para cá, o jornalismo profissional tem enfrentado uma onda de ataques sistemáticos como raras vezes visto na história. Por isso mesmo, informação fidedigna nunca foi um ativo tão necessário como nestes tempos sombrios. Forças antidemocráticas agem diuturnamente para turvar a noção de realidade e, assim, dificultar a compreensão dos cidadãos sobre os fatos que lhes dizem respeito. A ampla transformação do Estado se insere nesse contexto de valorização da informação de qualidade, essencial para a democracia.

O objetivo maior deste jornal é estimular o debate público saudável, capaz de produzir soluções duradouras para os grandes problemas nacionais. E isso só é possível com um firme compromisso com a verdade dos fatos, aquela que desconforta os poderosos, frustra os liberticidas e dá a cada um dos cidadãos a capacidade de tomar as melhores decisões sobre sua vida e a do País.

O Estado muda, portanto, para estar ainda mais acessível aos seus leitores, a qualquer tempo e em qualquer plataforma, seja em sua tradicional edição impressa, agora mais fácil de carregar e ser manuseada, seja na edição digital, por meio de computadores, tablets e smartphones.

Se os leitores são a razão de existir do Estado, o que o sustenta como um dos veículos de comunicação mais relevantes do País há 146 anos são a firmeza com que este jornal defende os valores republicanos que inspiraram sua fundação e o inarredável respeito aos seus princípios editoriais. O Estado é um jornal imparcial, o que significa noticiar os fatos como são, não como alguns gostariam que fossem. Mas também é um jornal que tem lado: o lado do combate ao populismo e ao extremismo, o lado da defesa da lei e da liberdade. No cumprimento desse desígnio maior, este jornal jamais se furtará a dizer o que precisa ser dito e a defender o que acha certo.

Nestas novas páginas, o leitor continuará reconhecendo o jornal de sempre, apartidário e independente, que não sacrifica seus ideais em nome de um governante ou de um partido político. Um jornal que se presta a servir de tribuna da liberdade, da democracia e dos princípios republicanos, principalmente a igualdade de todos perante a lei. Um jornal que se põe na defesa intransigente da separação entre interesses públicos e privados, da laicidade do Estado e da impessoalidade no exercício do poder e da administração pública.

Sejam quais forem as mudanças gráficas ou de transformações tecnológicas pelas quais passa este jornal, aqui o leitor sempre encontrará um abrigo em defesa da livre iniciativa, da responsabilidade fiscal e da formulação de políticas públicas destinadas a mitigar a brutal desigualdade que há séculos castiga o País.

Cioso do maior desafio global da atualidade, o Estado pretende protagonizar os esforços em defesa do meio ambiente e o combate às mudanças climáticas.

Como o leitor vai perceber, a essência deste jornal permanece a mesma. E é essa a razão pela qual a história sesquicentenária de serviços prestados ao País pelo Estado é e continuará a ser amplamente reconhecida pela sociedade brasileira.